É fácil perceber que boa parte da torcida está ‘cabreira’ com o Grêmio e o que pode acontecer nesse retorno à realidade nossa de cada dia, jogos em abundância e expectativas robustas.
Admito que também estou assim meio desconfiado, temendo que a saída de Arthur e as sucessivas ausências de Maicon prejudiquem demais o time.
No jogo desta quarta contra o Atlético Mineiro, me preocupa que Renato não terá Maicon nem Arthur. Tempos atrás escrevi que o Grêmio jogava ao ritmo de seus três tenores, suas maiores referências técnicas, os jogadores que definiam o estilo de jogo iniciado com Maicon, Douglas e Luan.
Bem, esse trio já não existe mais. Mas com Maicon e Luan parte das características do time é mantida. Já apenas com Luan fica complicado.
Renato terá de alterar a forma de jogar que tanto encantou o país, e, que, apesar disso, desagradou gremistas mal-humorados que sempre buscam uma razão para destilar rancor e pessimismo.
A entrada de Cícero é um indicativo de que o Grêmio vai rodar menos e a bola. Seu jogo tenderá a ser mais vertical. Cícero, diferente de Maicon, busca mais o lançamento longo, a virada de jogo direta, sem muita troca de passes.
O jogo contra o Atlético não será fácil – aliás, tudo é muito difícil no Brasileirão devido a paridade de forças -, mas é possível vencer. Na defesa, apenas Kannemann é desfalque, e um expressivo desfalque.
Do meio para a frente, vemos um time com mais pegada no meio graças a presença de Jailson e um ataque veloz, com Éverton e André, que a qualquer momento pode justificar sua contratação. Esperemos que comece agora.