O Grêmio teve uma atuação para afastar temores e uma vitória necessária para essa retomada que inclui uma maratona de jogos.
A presença surpresa de Maicon deu estabilidade ao time. O maestro tricolor comandou o toque de bola e ditou o ritmo. Impressionante o número de vezes em que apareceu na área para concluir ou participar das jogadas.
Fez isso porque tinha atrás, na cobertura ágil e precisa, o Cícero, que muitos diziam que ele só joga porque é ‘bruxinho’ do Renato.
O Grêmio, na verdade, não deixou o Atlético respirar. Foi um sufoco durante quase todo o jogo. Mas como o adversário usou, como diria o técnico Odair, a ‘marcação de Copa do Mundo’, eufemismo para retrancão com grife, ficou difícil criar situações claras de gol.
Aí chegou a vez do técnico. No intervalo, Renato ajeitou o time e as chances começaram a surgir, não em abundância, mas o suficiente para golear o Galo.
Vieram os gols. E vieram de dois jogadores em débito com a torcida: Bressan e André. Gosto e me emociono quando vejo alguém dando a volta por cima. Bressan já faz algum tempo é outro zagueiro, não aquele chama-raio de dois ou três anos atrás.
O gol de Bressan foi uma jogada ensaiada nos treinos, fiquei com essa impressão, quase certeza.
Já o André claramente começa a se adaptar ao tipo de jogo do Grêmio. Ele se movimenta muito, muito mesmo, mas a bola raramente chega até ele em situação de conclusão. No primeiro cruzamento na medida, gol de André. Muitos ainda virão.
Teve ainda um pênalti escandaloso sofrido por Éverton. Luan bateu e acertou a trave direita. O gol perdido não fez falta.
A destacar ainda a volta de Douglas. Ele passou a impressão de que em poucos jogos estará disputando posição no time.
Olha, foi um recomeço auspicioso. A lamentar apenas que o time titular não poderá estar em campo em todos os jogos que teremos pela frente.