Informações dão conta que está em gestação um artigo (ou reportagem) sobre racismo no Grêmio. Torcedores teriam sido flagrados no jogo contra o Atlético Mineiro, na Arena, entoando canções de cunho racista.
Comportamento inaceitável sob todos os aspectos.
O Grêmio não precisa desse tipo de torcedor, que a qualquer momento pode provocar danos irreparáveis como o causado por aquela torcedora no jogo do ‘Aranha’. Até hoje o Grêmio paga a conta desse estrago em sua imagem.
Agora, é impressionante como setores da mídia gaúcha não perdem uma oportunidade para reforçar o rótulo de racista ao clube que tem seu hino composto por um negro, o genial Lupicínio Rodrigues.
A mesma imprensa que sonega informações negativas sobre o Inter ‘por respeito’ à entidade, é ligeira para criar ambientes de tensão e discórdia no Grêmio, ainda mais neste período de grandes conquistas do tricolor.
Questão de ordem: alguém sabia que Adriano Gabiru, o herói desprezado, estava em litígio judicial com o Inter, um caso que teria encerrado com um acordo ontem na Justiça do Trabalho? Pois é.
Voltando:
Foi só o Grêmio perder, jogando mal, que o pessoal saiu disparando que o vestiário tricolor teria problemas, ainda mais depois das declarações do técnico Renato ao final do jogo contra o Vasco.
Esse tipo de ‘informação’ foi ampliada por outros cronistas ‘isentos’ da aldeia, entre os quais um conhecido apresentador.
Teve jornalista que admitiu publicamente, ao microfone, que sabia de três meses de atraso salarial no Inter, e que agora poderia falar porque as contas foram colocadas em dia. (será mesmo que foram?)
E assim vai a crônica esportiva gaúcha nessa época de redes sociais atuantes para o bem e para o mal.
O torcedor hoje tem força, precisa ser ouvido. Quem subestimar o poder dos tuiteiros, por exemplo, pode se dar muito mal, principalmente se não atuar de forma isenta e séria, sem esse desespero que se percebe na busca pelos cliques fáceis e fugazes.
Já há exemplos de repórteres que perderam seus espaços na mídia tradicional por terem relegado o maior patrimônio de um jornalista, a credibilidade, e que hoje navegam sem rumo no mar agitado das redes sociais.
Nas última horas, as ondas cresceram. Revoltados, torcedores prometem retaliação se for mesmo publicada outra matéria no sentido de fixar em cada gremista o injusto rótulo de racista.
Ainda mais quando se sabe que injúrias raciais acontecem em todas as torcidas, inclusive a do Inter, conforme fartamente comprovado, mas nunca com a repercussão dada aos episódios envolvendo o Grêmio.
LIVRO
A propósito, o assunto é abordado com talento pelo jornalista Léo Gerchmann em seu livro Somos azuis, pretos e brancos.