Lamentei a expulsão do agressor de Pepê, que poderia ter saído de camburão do Jaconi. Genilson, com sua voadora no atacante gremista, mereceu o cartão vermelho direto (é raro o Leandro Vuaden fazer isso a favor do Grêmio). O problema é que prejudicou meu planejamento.
Eu esperava ver o Juventude com onze, jogando em sua casa, para observar melhor os jogadores que estão pedindo passagem ao time titular, ter uma avaliação mais precisa.
Mas o Ju ficou com um a menos logo aos 19 minutos, o que facilitou e muito o trabalho do time misto de Renato, que voltou a improvisar na zaga – o Midas do futebol está revelando um zagueiro, Michel, e recuperando o que parecia irrecuperável, o Marcelo Oliveira, que até goleador virou ao abrir o placar com um belo gol.
Exagero meu, e é de propósito, só para jogar um pouco de água fria na fervura em que ficou boa parte da torcida com a estrondosa goleada de 6 a 0 no clube que durante um certo período foi um adversário que impunha mais dificuldades e que não cairia para time misto algum dos grandes.
É preciso destacar, para não cair no esquecimento, que o Juventude terminou o jogo com dez em campo pela tolerância de Vuaden, que deixou em campo até o final o volante Rafael Jataí, que cometeu pelo menos duas faltas criminosas, dignas de vermelho direto. Mas se expulsasse mais um do Ju num jogo contra o Grêmio, Vuaden não estaria sendo Vuaden.
Dito isso, mesmo considerando as facilidades encontradas, não tem como enaltecer mais uma vez a atuação de Thaciano. Com ele, Matheus Henrique.
O técnico Renato mostrou-se sábio mais uma vez para estupefação de seus críticos e detratores, aqueles que hoje já não lotam sequer um fusca, quanto mais uma kombi.
SEm querer insinuar qualquer coisa, parece até que REnato é leitor desse blog e nele se inspira para arrumar a casa, nem tanto pelo que escrevo, mas pelo que dizem nos comentários os gremistas mais lúcidos e menos rabugentos.
No post anterior, após o jogo em Pelotas, destacamos que Thaciano tem todas as condições, e até mais e melhores, para substituir Ramiro. DEixamos uma porta aberta também para Matheus Henrique. Pois os dois foram escalados por Renato para essa função, revezadamente. A meu ver, acabou se impondo Thaciano, mas não tem por que não repetir a dupla em jogos realmente mais competitivos.
Para concluir, como é bom ver jogadores já descartados por muitos dando a volta por cima. É o caso de André, que está se revelando um jogador solidário e participativo.
Mesmo assim, ainda insisto que o Grêmio jogaria melhor sem o camisa 9 tradicional, ainda mais se há Diego Tardelli aquecendo os motores. Tardelli e Luan (que um tapa de luva em seus algozes habituais) se revezando; MH e Thaciano se revezando. SEria de pirar qualquer sistema defensivo.
Bem, Renato, fica a dica.