O adversário tem um time forte e competitivo. Admitir e reconhecer isso é o primeiro passo para vencer o Gre-Nal.
Tem ainda o fator local – aliás, acho que deveria haver torcida única para evitar confusão e, principalmente, para preservar os valentes gremistas que desafiam os astros ao correr o risco de ir ao Beira-Rio e ficar sujeito a pedradas e pauladas.
Ou, pior, ser vítima de atropelamento, tão assustadoramente comuns em dias de grandes jogos no estádio que invadiu a via pública sem qualquer reação do MP e outros órgãos.
Bem, além do rival que se qualificou e ganhou moral e confiança – fator anímico que muitas vezes decide jogos -, há, ainda, o Fator Arbitragem.
Dito isto, tudo está dito. Não carece de maiores explicações. Até alienígenas e espectadores do BBB sabem do que estamos falando.
Mas vamos para o jogo sempre na esperança de encontrar uma arbitragem que interfira o mínimo possível dentro de campo. Sim, tem os árbitros de vídeos. E daí?
Como diz o cornetadorw, lembrando o ‘professor’, vamos avançar.
Sei que serei chamado de texano, mas não posso evitar, é mais forte do que eu, velho combatente dos anos 70, de onde saí lacerado no corpo e na alma, mas feliz por ter sobrevivido ao massacre vermelho de dentro e de fora de campo.
Diante das circunstâncias, meu lado texano se manifesta neste momento em que o Grêmio se recompõe, se reconstrói e, diante disso, precisa ser pragmático. Ou seja, jogar mais robusto e encorpado no meio de campo.
Nada de deixar esses latifúndios verificados em jogos recentes.
Desde os tempos de Cláudio Duarte e seu ‘pega-ratão’, que eu não tenho dúvida de que Gre-Nal se ganha no meio de campo.
Por isso, rejeito veementemente a ideia que alguns defendem de repetir o time que bateu o Rosario e seu time misto no meio da semana.
Não, Michel é fundamental. Mas não no lugar do Maicon, como defendem alguns gremistas que ficaram impressionados com o time faceiro que deu certo contra os argentinos, mas que, decididamente, não pode ser repetido contra os vermelhos.
Meu meio de campo teria Michel, Maicon, MH e JP. Sei que muitos também defendem essa formação. São sábios.
Na frente, Éverton, claro, e Diego Tardelli. Não consigo imaginar André começando o jogo. Não quero imaginar. De que serve um centroavante que não faz gols, que tem menos gol que o lateral-direito, jogador que até poucos meses atrás era desprezado pelos torcedores, inclusive por mim.
Ah, mas André participa, abre espaço, preocupa os zagueiros e sei lá mais o quê. Tudo bem, é importante, mas insuficiente na minha opinião.
Centroavante bom é o que faz gol. E temos um aí nos arredores, como vimos nos últimos dias.
Jogo de alto risco. Mas penso que o Grêmio pode vencer, no mínimo empatar, com essa escalação.
Ah, ficaria mais tranquilo com Luan pelo menos como opção no caso de uma emergência. Ele no banco causa preocupação aos colorados.