Com 100% de aproveitamento no segundo turno, o Grêmio deu a volta por cima ao garantir sua vaga na fase de mata-mata com uma vitória convincente sobre o Universidad Católica.
Antes do jogo, tinha gente repetindo nas rádios que o Grêmio ainda não havia vencido chilenos na Libertadores. Nem fui conferir esse informação, que serviu apenas para aumentar em alguns o temor de uma tragédia. Parecia coisa de secador.
Os urubulinos estão por toda a parte espalhando seu fel.
Como tem acontecido na maioria das vezes, o time do mestre Renato voltou a decepcionar e frustrar muita gente com a classificação, que aconteceu conforme ele havia prometido.
Há quem ironize a vitória, que seria obrigação vencer o Universidad. No futebol, hoje, não tem moleza pra ninguém. O Grêmio foi dar ‘mole’ para o Fluminense e se lascou. Bem, ao menos o Fernando Diniz, técnico que o pessoal da kombi quer para o lugar do Renato, conseguiu evitar sua demissão. Sempre há um lado positivo nos desastres.
Aliás, sobre a saída do Renato. O que tem de gente secando o melhor treinador do Brasil não é brincadeira. Já tinha até coro formado para gritar ‘fora Renato’ se o time fosse eliminado da Libertadores.
Na segunda-feira será sorteado o próximo adversário na competição. Como diz o Renato, ninguém quer enfrentar o Grêmio.
Então, todos aqueles que torcem contra o Renato, que não suportam suas faixas, suas frases provocativas e sua ‘soberba’, terão nova oportunidade. São todos os colorados do Rio Grande e meia dúzia de gremistas saudosos dos tempos recentes de trevas.
Destilo esse veneno todo em resposta aos que desdenham da vitória sobre o Universidad e não valorizam a reação do time, que vinha de uma derrota capaz de abalar até os mais fortes.
Pois o time reagiu e atingiu seu objetivo.
A dupla de área Geromel/Kannemann mostrou que fosse ela em campo domingo o Fluminense sairia da Arena com uma goleada estrondosa. Passaria por cima até da falha do goleiro Júlio César.
No meio de campo, a dupla Michel/Maicon foi muito bem. Ainda assim tem gente querendo os dois ou ao menos um fora do clube.
Sobre o Maicon, craque de bola, estou ao lado de gente como Tite, Paulo Nunes e outros realmente conhecedores de futebol.
Outro que vinha sofrendo críticas, inclusive minhas, é o Alisson.
Não é que o primeiro gol saiu de uma lançamento longo, digno de um Dinho ou de um Sérgio Lopes (este é para a galera dos anos 60), justamente para Alisson, que mesmo entre três zagueiros conseguiu invadir a área e desviar com extrema categoria do goleiro?
Vejo que poucos enaltecem esse lance e seus dois protagonistas. Tem gente que torce mais para suas opiniões e palpites do que para o time.
Quero destacar, ainda, o Thaciano.
Thaciano é um fenômeno aqui neste espaço. Ele une urubulinos e chapistas, o que é algo raro. Todos o querem no time titular ou ao menos um reserva tipo ficha 1. Nada mais justo.
Pra variar, mestre Renato lançando efetivamente os jovens talentos na hora certa.
Está aí uma frase que irrita alguns aqui. Em especial aqueles que não conseguem ver no Renato além de um técnico de rachão, um mobilizador. Um dia Renato vai ser derrotado – que esse dia demore muito – e eles poderão jactar-se: “Eu não disse?”.