Vitória do time B alivia a pressão e dá mais moral para a decisão de terça

Depois de cinco jogos sem vitória no Brasileirãããão- mais longo que esperança de pobre -, o time B do Grêmio conseguiu vencer, batendo o time misto do Atlético Paranaense, na Arena, por 2 a 1.

O Grêmio venceu como poderia ter perdido ou empatado de novo, porque foi instável, inseguro e inconfiável mais uma vez. A diferença agora é que o time foi objetivo e vertical nas jogadas, e soube aproveitar o erro iniciar do adversário.

Aos 3 minutos, Thaciano roubou uma bola no meio de campo e lançou Luan. Na disputa, Luan perdeu, mas o zagueiro Léo Pereira vacilou. Tardelli apareceu de surpresa e deu um toque rápido e curto para Luan, que concluiu com aquela categoria que Deus lhe deu e Renato ‘Midas’ Portaluppi lapidou (brincadeirinha…).

Luan, muito em função do gol, cresceu, mostrou vontade e disposição, além de boa técnica. Saiu de campo aos 47 do segundo tempo, numa iniciativa do treinador para que o jogador pudesse receber o carinho da torcida, que gritou seu nome com entusiasmo. É também assim que se recupera um jogador.

Com a desvantagem, o Atlético viu-se na obrigação de atacar. E atacou, aproveitando os passes errados do time tricolor. Criou algumas chances (Júlio César esteve perfeito) até chegar ao empate, aos 2 minutos do segundo tempo.

Cirino, um velocista que lembra um tipo de motoqueiro que gosta de ultrapassar por tudo que é lado, passou de viagem por Paulo Miranda e cruzou para Rony marcar um golaço. Rony, aliás, foi o melhor do jogo na minha opinião.

O Atlético ainda festejava quando, aos 6, Thaciano, vindo de trás como costuma fazer, aparou cruzamento preciso de Galhardo e cabeceou sem chance para o goleiro Santos, outro que foi bastante exigido.

Thaciano a cada jogo firma-se como um reserva importante, capaz de executar várias funções no meio de campo, sempre com boa resposta. É um jogador muito útil que busca seu espaço sob a orientação do mestre Renato.

O Grêmio sofreu para manter a vantagem. No momento que o adversário mais pressionava, apareceu uma chance de ouro para ampliar. Patrick, que recém havia entrado no lugar de Luciano (esforçado no jogo, mas pouco efetivo), recebeu pela esquerda, driblou e foi calçado dentro da área. Pênalti. Tardelli cobrou mal, fraco e telegrafado, tanto que Santos abafou a bola sem maior esforço.

O gol aliviaria o time e daria mais moral para Tardelli, que ainda não mostrou todo o futebol que o levou a ser contratado.

É possível que essa vitória eleve o moral do time B, que até agora não havia vencido um jogo sequer no campeonato. O resultado, é certo, dá um pouco mais de tranquilidade ao clube para dedicar-se aos jogos da CB e da Libertadores.

Algumas observações finais:

Júlio César está mostrando que é um bom goleiro, um reserva do nível do titular. A dupla de área deu alguns sustos. Gostei mais do Braz.

Os laterais mostraram que a reserva lhes cai bem.

No meio de campo, destaque para Thaciano. Rômulo foi discreto, guardou posição para liberar Thaciano, um volante/meia com vocação para entrar na área a todo instante.

Na frente, uma preocupação. Pepê há alguns jogos vem encontrando dificuldade para driblar e também para discernir qual a melhor jogada, a melhor opção. Isso é natural principalmente com jogadores mais jovens. O fato é que Pepê caiu de rendimento e isso reflete muito na capacidade ofensiva da equipe. Ele compensa com vontade a aplicação tática, o que é pouco para o seu potencial.

Libertadores

Um duelo de titãs na terça-feira. Acredito muito na vitória e na classificação. Se o Grêmio jogar tudo o que já jogou e o Palmeiras continuar tão dependente de Dudu, a vaga é muito possível.

De novo, minha preocupação maior não é com Felipão e seu grupo milionário, e sim com a arbitragem.

Repito o que escrevi antes da derrota por 1 a 0 na Arena: com uma arbitragem isenta e idônea, dá Grêmio.