O Flamengo comemora o seu segundo título da Libertadores. Fez uma campanha digna de legítimo campeão, culminando com uma virada histórica sobre o River Plate em Lima. O placar de 2 a 1 reflete o que aconteceu no jogo, um jogo equilibrado, mas foi o time comandado pelo técnico Jorge Jesus que mais criou situações de perigo.
É bem verdade que o River nos minutos finais da partida fraquejou, depois de uma atuação quase impecável em termos de marcação, de combate e de luta incessante pela bola.
E tudo começou com uma bola perdida por esse enganador – como tem gente que gosta desse aipim -, o Pratto. Ele perdeu a jogada, armando o contra-ataque que resultou no empate. Modestamente, eu cantei a jogada após o erro de Prato e afirmei que sairia o gol. E não deu outra.
O segundo gol foi um erro do excelente zagueiro Pinola, que deu um passe de cabeça, de pai para filho, para Gabriel fazer o gol da virada. Goleador é isso. Gabriel não jogou absolutamente nada, mas quando a bola ficou à feição ele mandou para a rede.
Quer dizer, o jogador que saiu de campo debochando do Grêmio após a vitória por 1 a 0 na Arena, entrou definitivamente na história do clube carioca. Pesaroso admito que não adiantou a minha secada.
Por fim, méritos também do técnico Jesus, que mostrou que além de competente, tem estrela, conforme indicam os dois gols sofridos pelo River naquele momento do jogo em que os argentinos são mestres em garantir resultados.
O resultado praticamente coloca o Grêmio na Libertadores de 2020. Agora, eu trocaria essa classificação bem encaminhada por uma derrota do Flamengo.
O oba-oba da mídia carioca já estava insuportável. Agora, então, se tornou um pesadelo.
GALLARDO
O técnico do River começou a perder o jogo quando caiu na tentação de trocar um atacante de movimentação por um centroavante tradicional. Quer dizer, até os melhores se deixam seduzir por atacante aipim. E pagam o preço, mas não desistem (caso também do Renato).