Sempre tão diplomático e tranquilo nas entrevistas, o presidente Romildo Bolzan, a meu ver, pisou na bola durante entrevista à RBS, quinta-feira. Nunca pela decisão sensata e inteligente de não continuar com o Trio Desesperança em 2020, atendendo apelo das redes sociais.
O problema é que o zeloso presidente tricolor expôs demais os jogadores. Todo mundo sabe, agora, que o clube não deverá contar com Tardelli, André e Rômulo.
Ressalto que vibrei com a notícia e tenho impressão até de ter ouvido foguetório ao longe na hora do programa.
Penso que Romildo tentou apagar o fogo na selva das redes sociais, onde já faz tempo são fortes e duras as críticas de um grande número de torcedores contra esses três atletas, em especial os dois primeiros.
Rômulo também não agrada, mas dele nunca se esperou muita coisa. O problema dele é que surgiu uma especulação de que o Grêmio compraria seu passe por R$ 5 milhões de reais, o que, convenhamos, merece repúdio e revolta da masse gremista.
O que faltou nessa história foi bom senso ao presidente – coisa rara. Ele esqueceu de uma velha cartilha do clube, herança dos anos 60. “Assunto de economia interna”, deveria ter respondido ao ser questionado sobre os três jogadores.
O que temos agora é que eventuais interessados vão poder barganhar e contratar qualquer um deles por um custo bem inferior ao que o Grêmio gastou e ainda gasta com eles, como, por exemplo, pagamento de remuneração compartilhada. Sem contar alguma eventual medida judicial pela exposição negativa dos profissionais.
Bem, depois de tantos acertos, como a renovação de contrato do Professor Renato Portaluppi, Romildo tem direito de cometer algum deslize de vez em quando.