A competição que interessa é a Libertadores. Infelizmente, mais uma vez, dirigentes do Grêmio não tiveram capacidade para armar um time compatível com o nível de exigência do torneio.
Não percebi nenhum esforço para suprir a ausência de Jonas, goleador do clube nas duas últimas temporadas.
Como se não bastasse, acontecem desfalques que fragilizam ainda mais o time. Perder Victor nesta hora é trágico.
É a mão do destino. A mão que afaga com o surgimento luminoso de Leandro é a mesma que apedreja lesionando Victor.
Agora, sãos as mãos de Marcelo Grohe que podem manter a esperança de tri na Libertadores.
A situação é parecida com uma festa que a gente promove. Alguns convidados não aparecem. Em vez de lamentar ausências, devemos exaltar e valorizar quem veio, quem está presente.
Portanto, o momento é de fechar em torno do time que entra em campo hoje à noite.
Gilson é insuficiente? Era. Hoje ele deve ser visto como um novo Roger: forte na marcação, atento e eficiente no ataque. Mágicas acontecem.
Borges não é o camisa 9 dos sonhos de um torcedor que já teve Jardel? Sem dúvida, mas quem sabe ele não tem uma noite de um baixinho mais talentoso, o Romário? Quem sabe? É hora de acreditar em milagres.
É hora de acreditar na energia positiva do Olímpico, na força da torcida.
Não é hora de dúvidas, desconfianças, rancores.
É hora de acreditar, de torcer, de incentivar os mais fracos. É hora de ter fé.
Pelo menos durante os 90 minutos.