No Gre-Nal da peste, com estádio vazio e painéis substituindo torcedores colorados, voltou a dar a lógica: vitória do Grêmio, que atinge a marca de oito jogos sem perder para seu maior rival no Estado.
Realizado no Centenário, em Caxias do Sul, o jogo reafirmou a superioridade técnica do Grêmio sobre o Inter.
No primeiro tempo, Éverton desperdiçou um pênalti cometido por Musto em Kannemann. O volante argentino, que recém havia recebido cartão amarelo, deveria ter recebido outro cartão, mas o juiz Daniel Bins deixou por isso mesmo, num erro absurdo que deixaria o Inter com um jogador a menos.
O pênalti foi cobrado por Éverton, quando se esperava que Diego Souza fizesse a cobrança. Marcelo Lomba salvou.
No segundo tempo, aos 17 minutos, Jean Pyerre cobrou falta sofrida por Alisson e marcou o único gol do jogo, contando com a sorte, porque a bola bateu em Moisés e deixou Lomba sem reação.
Como se esperava foi um jogo sem muito brilho técnico, mas também sem jogadas violentas ou desleais. Os dois times pareciam sentir o peso de jogar em meio a uma pandemia que já matou milhares de pessoas, desempregou outras tantas e fechou inúmeras empresas.
Foi um jogo morno. Faltou ânimo até para brigar, como se viu em dois ou três lances mais ríspidos.
O Grêmio foi superior e mereceu a vitória por 1 a 0. Mas o empate não seria um resultado injusto.
Destaque para Matheus Henrique, o melhor em campo, e a dupla de zaga que não perde Gre-Nal. Gostei também de Victor Ferraz e de Guilherme Guedes, jogador da base que mostrou personalidade e futebol para merecer outras oportunidades.
No mais, cabe exaltar o trabalho do técnico Renato Portaluppi, que calou os incansáveis ‘Fiscais do Leblon’com outra vitória em Gre-Nal.