Depois de novo empate e de uma atuação pra lá de preocupante, chegou a hora de agir. Discursos e explicações são dispensáveis, especialmente manifestações que buscam mascarar a realidade. É o que tem saído do vestiário gremista ultimamente, e voltou a acontecer neste domingo, em Goiânia, onde o Grêmio ficou no 1 a 1 contra o Atlético Goianiense.
Lembrar que o Atlético venceu o Flamengo por 3 a 0 na primeira rodada do Campeonato Brasileiro como uma tentativa de valorizar o empate, o quinto em sete jogos, não serve como justificativa para mais uma atuação pobre, medíocre e preocupante.
Por momentos, entre inúmeros passes errados, dificuldades da defesa e falta de criatividade na frente, cheguei a pensar que a continuar assim o Grêmio, tão aclamado nos últimos anos como praticante do melhor futebol do país, sobre o risco de rebaixamento.
O gol de Isaque, aos 40 minutos, depois de um passe preciso de Alisson, reacendeu a esperança de uma reação. Acreditei que aquele primeiro tempo não se repetiria, e fiquei mais tranquilo. O segundo tempo foi igualmente assustador.
Está claro pra mim que a direção precisa agir rápida e firmemente. Acredito que o presidente Romildo Bolzan já tenha o diagnóstico do que está acontecendo.
Por exemplo, a lentidão do time, a falta de uma pegada mais forte e de envolvimento com o jogo. Qual a causa, ou as causas. A preparação física está adequada, é satisfatória? E a parte médica?
E o trabalho de Renato como treinador?
Diferente do que leio nas redes, com boa parte de torcedores querendo a cabeça de Renato, não concordo em trocar de técnico. Poucos dias atrás o Grêmio, este mesmo, teve duas atuações de gala, empatando com Flamengo e Corinthians, mas jogando bem e merecendo a vitória.
O que aconteceu de lá para cá? A resposta deve estar com os dirigentes e a comissão técnica.
Eles têm obrigação de saber o que está levando o time ao abismo.
De fora, a gente percebe que a saída de Éverton reduziu muito o poder de fogo do time, e isto é incontestável.
Assim como é fato que o time cai de rendimento sem Maicon.
Tem ainda a resposta até agora insuficiente de algumas contratações.
São apenas alguns aspectos visíveis desse iceberg.
Por fim, acredito que esse mesmo grupo, com mais uns dois ou três reforços, tem condições de reagir na competição e brigar pelo título, até porque ninguém realmente está jogando um futebol diferenciado.