Até coletiva de imprensa virou motivo pra corneta. Não sei o que esperavam de uma coletiva em meio a uma crise, na véspera de um clássico nacional pelo Brasileirão e a poucos dias de um Grenal, pela Libertadores.
Quer dizer, sei o que muita gente esperava: a demissão do Renato. Não um pedido de demissão, mas um ponta pé na bunda mesmo para alegria dos ruidosos antirenatistas, um grupo que incha e diminui dependendo dos resultados. No momento, mais inflado que nunca.
Pois o presidente Romildo Bolzan, o primeiro a falar, decidiu manter o treinador. Até porque outra decisão seria um tiro no pé. Nenhum treinador chegaria agora e faria algo melhor. A não ser que por milagre os titulares que estão no departamento médico, o que mais trabalha no país pelo número de ‘internados’, de repente apareçam recuperados e pronto para jogar.
Decidiu manter, também, o preparador físico. O que vai mudar se trocar de preparador físico neste momento? Nada. Então, fica o sujeito que, pelo que li, foi indicado pelo Renato.
A favor desse profissional, Márcio Meira, está o bom jogo contra o Bahia, um oásis de qualidade e aplicação técnica e tática nesta fase assustadora. O Grêmio correu muito no segundo tempo. SErá que o problema é mesmo o preparador físico? Não sei, não entendo disso.
Sobrou, então, para o gerente executivo. Motivo? Não sei. Só sei que um executivo executa. Ele faz o que os superiores mandam. Apresenta sugestões, pesquisa, etc, mas só contrata com autorização de cima.
O presidente ainda comentou sobre a força das redes sociais. Dias atrás, fiz um artigo sobre a influência das redes sociais no futebol, em especial no Grêmio, rivalizando com a mídia tradicional.
Por fim, Renato deu aquele seu discurso tradicional, que não fede e não cheira, e não trouxe nada de novo. Lamentou apenas que não possa contar com titulares importantes por motivo de lesão ou de cartão. Frisou que o time está na luta pela Libertadores e pelo Brasileiro.
O momento mais tenso foi quando um repórter de rádio ao fazer sua pergunta deu a entender que Romildo teria dito que não garantia o treinador em caso de derrota no Grenal. Romildo elevou o tom para rebater esse disparate.
Qual dirigente vai dizer um absurdo desse com o treinador ao lado às vésperas de dois jogos de elevada importância. É muita maldade. Sempre aparece alguém para colocar mais gasolina no fogo, ainda mais se for no lado do Grêmio.