As redes sociais oferecem um espetáculo à parte no futebol atual. Muitas vezes melhor que assistir a um jogo, em especial da seleção do Tite. O que se lê antes, durante e depois dos jogos é muito interessante.
A gente se diverte, e também se irrita, em igual ou menor intensidade. Antes da vitória de 3 a 1 sobre o Botafogo – que depois de perder na Arena foi taxado por alguns (gremistas de pouca fé) como time fraco, numa tentativa inócua de desmerecer o excelente resultado – eram fortes as críticas ao Renato pela escalação de Robinho e Victor Ferraz.
Pois os dois “bruxinhos do Renato” participaram do primeiro gol, numa jogada trabalhada de dar inveja aos times que sobrevivem na base do chutão para dentro da área. Robinho recebeu pela direita, cruzou na medida para Alisson escorar de cabeça para o goleador Diego Souza mandar para a rede. Mais um gol do “atacante de Gauchão”.
Mas o Grêmio não fazia boa partida. O Botafogo deu alguns sustos, e aos 40 minutos empatou num entrevero na pequena área, após bola alçada. No intervalo, duras críticas ao Renato, ao Romildo, etc. Não faltou quem pedisse a cabeça do treinador mais uma vez.
No segundo tempo, logo de saída, Pepê fez o segundo gol, após jogada de Alisson e assistência perfeita de DS. Pepê bateu forte, um tiro seco, indefensável. Logo depois, aos 6 minutos, DS foi expulso (pelo VAR) por ter acertado um pontapé num adversário. O cartão amarelo ficaria de bom tamanho, mas como era contra o Grêmio…
Isaque entrou e saiu Robinho. O time ficou bem compactado, marcando firme e de forma solidária (isso que nos últimos dias houve quem dissesse que o time está mal porque o vestiário está desunido).
Aos 20, Pepê, após bela jogada trabalhada – por certo consequência de treinamento do ‘treinador que não treina jogadas ensaiadas -, recebeu de Victor Ferraz e fez 3 a 1, com muita categoria. Aliás, Ferraz, que muitos gremistas querem ver na reserva, fez ótima partida, talvez a sua melhor no Grêmio.
Mesmo com um jogador a menos durante quase todo o segundo tempo, o Grêmio conseguiu vencer, algo que por momentos pareceu improvável.
Ficou nítido que uma formação com Geromel na zaga, Matheus Henrique e Maicon no meio de campo, e Pepê em fase iluminada, é outro time, um time que poderia brigar pelo título do nacional.
Ah, e com Renato de treinador.