O ‘corpo’ – na linguagem policial seria ‘presunto’ – nem esfriou e já estão indicando treinadores para o lugar de Renato Portaluppi. Desculpem-me por este início um tanto macabro, mas adequado a esses tempos de tanto ódio por questões do futebol, como se viu no ataque que sofri pelo ‘crime’ de opinião.
Vários nomes são citados entre os brasileiros, fora alguns estrangeiros conhecidos ou nem tanto. O português JJ abriu o caminho para essa invasão, assim como Moisés abriu o o mar vermelho (por favor, não há conotação política nem religiosa).
Particularmente, confio mais nos técnicos brasileiros. Há bons e ruins como em qualquer país. Mas a modinha é trazer alguém que fale espanhol, por exemplo, o badalado Jorge Sampaoli, que cobra caro sem o retorno esperado.
Chegou a ser endeusado por muitos gremistas nas redes sociais. O lugar no momento é ocupado pelo técnico Abel, esse do Palmeiras. O tempo dirá se ele tem sorte ou um talento excepcional.
Contratar pelo idioma não é uma boa. Nem para treinador e menos ainda para jogador. Pinares é um exemplo. Pelo que vi até agora ele não é superior ao Thaciano, ou ao Isaque. Mas habla espanol.
A contratação dele foi um equívoco. Agora, deixar o sujeito, jogador de seleção chilena para entrar nos minutos finais chega a ser uma afronta ao profissional. Aí ele pede para não entrar, o que não é correto, mas é a maneira que ele encontrou de protestar. Ninguém tem sangue de barata.
Não viajou para enfrentar o Botafogo segunda-feira. Não fará falta. Aí dizem que ele não está na posição dele. Pelo amor de Deus. Ninguém sabe a posição dele, sabe-se que é no meio de campo, onde ele até agora jogou um futebol muito mais ou menos.
Jogador de seleção se é realmente bom chega, veste a camisa e desempenha. Sem mimimi.
Voltando ao treinador, antes da bobagem que ele fez na decisão da Libertadores, querendo imitar Renato fazendo gracinha junto ao campo, era o mais cotado entre os torcedores. Foi um deslize de um treinador com um histórico positivo, com altos e baixos como TODOS os treinadores.
Entre os técnicos que surgem como meteoro, fazem uma ou meia temporada luminosa, e os mais cascudos, fico com a experiência, a quilometragem, combinada com atualização e ganas de vencer.
No caso, hoje, Cuca seria um nome a ser considerado.
Sobre Renato, acho que ele deveria fechar o ciclo na final da Copa do Brasil e seguir seu rumo. Ele também precisa dar uma sacudida na mesmice. Seria bom pra todo mundo.
Além do mais, qualquer problema, a gente tira Renato do Leblon.
Só espero que aqueles que hoje o detonam e querem vê-lo longe não reforcem o coro de ‘volta Renato’.
Há quem o detone antes mesmo de sua chegada quase cinco anos atrás, mas esses não lotam uma kombi.