De repente, um deputado obscuro ganha os holofotes ao propor a proibição do uso de vocábulos estrangeiros.
Quase ao mesmo tempo, o governo que aí está já há longos anos avaliza – e paga com o nosso dinheiro – livro ‘didático’ com erros grosseiros de português, verdadeiros atentados de concordância como os cometidos por um certo ex-presidente.
Sem contar que a publicação ainda faz propaganda do sujeito.
Aguardo, agora, um livro de matemática provando que 2 + 2 é 5.
Vivemos um tempo de nivelamento por baixo, rasteiro. Influência do ‘estadista’ que deixou a presidência em dezembro e nos honrou com esse legado.
O futebol brasileiro reflete essa realidade (não por culpa do ex-presidente ‘curintiano’, diga-se). Quem acompanhou os campeonatos regionais percebeu que os grandes clubes estão com times médios.
O resultado foi essa campanha frustrante na Libertadores. Equipes festejadas ficaram no meio do campo, eliminadas por equipes até com pior qualidade técnica e/ou sem grande tradição.
Restou o Santos, que não deve resistir muito tempo, ainda mais que perdeu o Ganso.
Aqui no Estado, temos uma seleção de campeonato que reflete as condições da dupla Gre-Nal para a disputa do campeonato brasileiro.
A maioria é de jogadores de clubes pequenos, com folha de pagamento total que não atinge a metade do salário de um dos ‘craques’ da dupla.
Grêmio e Inter comparecem com quatro jogadores na seleção do campeonato. O campeão apenas com um, o Leandro Damião.
Tempos atrás escrevi que Damião era a diferença entre Grêmio e Inter. Com apenas Damião na seleção, o Inter foi campeão.
Não quero dizer que a seleção é errada. Pode haver um certo exagero no fato de ter tão poucos jogadores dos dois finalistas, mas de um modo geral a seleção evidencia que existe carência de individualidades tanto no Grêmio como no Inter.
A seleção confirma o que todos nós pensamos: Grêmio e Inter precisam reforçar suas equipes com pelo menos três ou quatro jogadores que venham para assumir a titularidade.
É claro que isso vale também para outros grandes clubes do País.
Se todos deixarem as coisas mais ou menos como estão, teremos um campeonato pobre tecnicamente, de um nível tão rasteiro quanto a política educacional do Ministério da Educação.