Parece conto de pescador, mas é verdade: quando sentei para escrever sobre o jogo contra o São Paulo, estava convencido de que o Grêmio tinha deixado o Morumbi com um ponto.
Ocorre que eu saí de frente da TV no começo da prorrogação para tratar de uma questão doméstica. Resultado: não vi o segundo gol dos paulistas. Um gol, aliás, que fez justiça ao adversário, que criou sete situações claras de gol, contra duas do Grêmio.
Então, como eu ia dizendo, estava preparado para falar sobre um empate, quando deparei com a manchete de um site dizendo que o Grêmio havia sido derrotado nos acréscimos, afundando ainda mais no Brasileiro.
Por falar nisso, a segundona está chamando. Os sinais são muito claros, como diz a canção de Alceu Valença no refrão:
“Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais”.
Vejam o que falei para os meus botões quando o SP, no finalzinho, acertou uma bola na trave esquerda, bola que só não entrou porque eu, Chapecó e toda a torcida do Grêmio (refiro-me as gremistas, não aos ‘tesistas’) a tiramos com a força dos nossos olhos assustados.
Aí, eu falei para o meu filho mais velho, que sofria comigo:
“Uma bola como essa quando entra nos acréscimos é sinal de que o time vai cair, mas quando ela bate e volta é sinal de que a salvação virá”.
O que dizer agora? Essa bola não entrou, mas logo viria outra que acabou na rede, sinalizando que Jesus está chamando.
Eu só vejo um jeito de o Grêmio não cair: que esses dois contratados (não escrevo reforços porque não sei se eles realmente vão reforçar e qualificar o time) joguem tudo aquilo que deles esperam aqueles que os conhecem.
Não é o meu caso. Nada sei sobre eles. O que eu sei é que a maioria dos estrangeiros que o Grêmio contrata não dão uma resposta à altura do investimento. A lista é grande.
É importante também, para que o time fique turbinado, é que Douglas Costa jogue bem mais do que vem jogando. Por enquanto, não sei se ele está melhor que o Alisson, por exemplo.
Melhor que o Jean Pyerre, sim, está. JP é um caso perdido. Até o comentarista da TV flagrou: JP raramente pisa na área. E quando fica frente a frente com o marcador, num lance de drible, ele recua, e mata um ataque.
Ou JP está escondendo o jogo para que o Grêmio o negocie por um valor baixo, ou ele já chegou ao seu limite e nós não queremos aceitar ou entender.
Bem, os sinais estão aí, cada um que os interprete como quiser.