Dias atrás eu escrevi que o Grêmio só não cairia se as contratações anunciadas dessem resposta de alto nível, jogadores que realmente capazes de fazer a diferença. Os três, digamos, reforços, até agora foram discretos, opacos, no momento em que o time precisa de talentos individuais.
Borja, Villasanti e Campaz, pelo que mostraram até agora, são medianos. Está certo que a mostra ainda é pequena, não dá para tirarmos conclusões definitivas, mas já sinalizam alguma coisa.
Borja, que era o mais conhecido de nós, é um centroavante dependente da qualidade dos companheiros, em especial dos ‘pontas’ e dos meias. Não gosto desse tipo de jogador parasita, incapaz de um drible. Ontem, perdeu um gol no seu forte, o cabeceio.
Villasanti é um volante/meia, um Luiz Carlos Goiano, conforme definiu Felipão, que ainda busca um ‘Roger’ para a lateral-esquerda, onde o carimbador Rafinha busca preencher o espaço, mas parece mais preocupado em discutir com a arbitragem. Faz caras e bocas de indignação.
Mas voltando ao Villasanti, tem tudo para ser o titular, mas não é o cara capaz de resolver uma partida numa bola enfiada, um drible, um chute de fora da área. Enfim, o Grêmio precisa mais do que ele apresentou.
Campaz, dos três, é o que aparentou em um jogo e meio ter potencial para ser o jogador que rompe paradigmas dentro do jogo, rompendo as linhas, como costumam dizer comentaristas, técnicos e jornalistas. Até agora não rompeu coisa alguma. Potencial ele tem, se movimenta, é inquieto, briga pela bola, e até parece se dar bem com ela. Mas contra o Corinthians ele foi insuficiente para o que o time tricolor precisa para escapar do inferno que é esse Z-4.
Enfim, em resumo, se Villasanti e Campaz não jogarem bem mais no ‘terço ofensivo’ (outra expressão dos tempos atuais), o Grêmio não escapa da queda. Nem mesmo se Douglas Costa se recuperar e voltar a ser uns 80% do que um dia foi o Grêmio escapa.
Não, não vou rezar. Deus tem coisas mais importantes para resolver.
SÓCIO
Qualquer associado gremista tem o direito de desligar-se do clube. O que não pode é, sendo realmente gremista, fazer campanha pela desassociação. Coisa desse tipo pode inviabilizar do clube se houver desligamento em massa, o que não irá ocorrer, claro.
Mas aqui neste modesto espaço esse tipo de campanha não terá guarida. Pelo contrário.