Os primeiros movimentos dos gestores do futebol do Grêmio são desanimadores. Está certo que precisa haver um enxugamento drástico do custo de folha de pagamento, um princípio que norteia todas as ações do clube no final desta desastrosa temporada. Mas dispensar o goleador do time, um goleador de peso (não resisti…) sem ter alguém melhor para a posição é um erro que pode custar muito caro lá adiante.
Imaginem enfrentar o matador Diego Souza no campeonato. Não defendo que DS deva ser o titular, mas gostaria de contar com ele até para impedir que seja contratado por algum rival na série B. Diego Souza era para ser reserva do glorioso Borja, mas acabou sendo titular por seus méritos e pela limitação técnica daquele que veio para ser titular.
Hoje, eu choro a saída de DS e lamento que Borja continue, não por vontade do clube (felizmente), mas por falta de interessados em pagar o que o Grêmio, sempre tão generoso, desperdiça com ele. Nem quero saber quanto é para não me irritar mais ainda.
Dizem que um time campeão começa pelo goleiro. Pois o Grêmio tem dois da melhor qualidade, já testados e aprovados. São jovens, como era Danrlei quando foi fisgado das categorias de base pelo então treinador Felipão, isso lá nos meados dos anos 90, para defender o time titular.
Pois Dênis e Mancine deveria se espelhar nesse exemplo para apostar em Brenno e Chapecó. É um absurdo pensar em contratar um goleiro com duas pedras preciosas para a posição. Ainda mais um goleiro de 35 anos, de trajetória pouco luminosa. Um goleiro do nível de Paulo Victor e Vanderlei, que deixaram o Grêmio sob críticas da torcida.
Aliás, quando Brenno assumiu de titular e fez belas partidas, não faltou gremista para atacar Renato nas redes sociais, dizendo que o técnico mais vitorioso do Grêmio neste século havia privilegiado seus bruxos em detrimento dos jovens goleiros da base. Não demorou muito, esses mesmos passaram a questionar não apenas Brenno, mas também o Grando.
E agora esse comando do futebol se mostra determinado a contratar um goleiro mais experiente, no caso Fernando Miguel, um jogador de nível médio. O mais sensato seria investir nos goleiros da casa, que no futuro ainda podem render um bom dinheiro.
Então, que a direção gremista pegue esse dinheiro destinado a um goleiro e o aplique, por exemplo, num ‘fazedor de gol’, ou que reconsidere e traga DS de volta.