Promessa da base tricolor anima e dá esperança de dias (muito) melhores

Depois do golpe doloroso que foi a queda para a segundona, admito que fiquei sem motivação para escrever. Sei, isso passa, a gente se acostuma. É mais um sapo que engolimos.

“Viver é a arte de engolir sapos”, declarei certa vez, no meio da redação do Correio do Povo por algum motivo que não lembro qual, mas era algo que me deixou abalado. Talvez o título mundial do Inter, talvez.

Ah, lembrei: foi a reação que tive quando o editor do jornal pediu (ordenou fica mais adequado) que eu fizesse um texto de louvação ao nosso rival. Aliás, eu já havia feito isso quando da primeira Libertadores deles. Inúmeros colorados confessaram que choraram quando me leram.

Até eu deixei pingar algumas lágrimas sobre o teclado, envolvido na emoção. Como eu consegui? Coloquei-me no lugar de um colorado, dos longos anos que eles esperaram para igualar-se ao Grêmio. Bem, modéstia à parte, é um bom texto. Prova de neutralidade, de profissionalismo.

Mas vamos ao que interessa: saí do jogo contra São José pensando nas coisas boas da partida, sempre considerando que se tratava do primeiro jogo dos titulares na temporada, e que o adversário é fraco – mas vai complicar no jogo da volta, no carpete do Zequinha, imposto pelo Noveletto.

Assim como vocês, a cada jogo em que aparece gente nova, analiso o aspecto individual para ver se tem alguém promissor, com potencial para ajudar a levar o clube de volta ao topo.

Dito isso, gostei do Campaz, que confirmou, conforme me alertou o companheiros Gremista, ser um cobrador de faltas como há muito não se via no tricolor. Ele foi o destaque individual.

Mas o que realmente me deixou motivado para escrever antes do jogo contra o Guarani, neste domingo, 19h30, foi um guri de apenas 19 anos. O Gabriel Silva. Nunca havia ouvido falar nele.

Prestei atenção nele. Na primeira bola que ele recebeu, invadiu a área pela direita, entornou um zagueiro e chutou na trave. O jogo terminou minutos depois. O pouco que ele mostrou já sinaliza que Éverton tem um sucessor. Moleque atrevido, que aproveita a oportunidade que recebe. Não fica de mimimi.

Só lamento que Renato, o Mestre da Lapidação. não esteja no clube para lapidar mais essa promessa.

Por culpa desse guri vou ser obrigado a assistir ao jogo contra o Guarani, que tem zero ponto em três jogos, e ainda sofre com jogadores acometidos de Covid, assim como o próprio Grêmio.

Link com a notícia sobre o Gabriel Silva aqui.

JP

Tempos atrás, meu urologista (o da cirurgia da minha próstata) apalpou minhas bolas. Uma maior que a outra. Mas sem problema. Será que foram apalpar as bolas do JP só lá na Turquia? Não deveria ser um procedimento rotineiro nos clubes, até como medida preventiva?

Bem, vamos torcer para que ele se recupere e, quando ele voltar, mostre ao mundo todo seu potencial.