Vergonha: Grêmio eliminado da Copa do Brasil na primeira fase

Quando escrevi aqui que Roger e Mancini são treinadores que se equivalem, muita gente achou que a frase era uma provocação aos admiradores do atual técnico gremista, que sofreu nesta noite a primeira derrota desde sua recente volta ao clube que o formou.

Hoje, depois da derrota vergonhosa por 3 a 2 para o Mirassol, clube pequeno com um time esforçado, e a eliminação da Copa do Brasil logo na primeira rodada, começo que a acreditar que até fui injusto com Mancini.

MANCINI E ROGER

Tudo que Mancini fazia e era criticado pelos corneteiros da internet foi mantido por Roger, com uma ou outra mudança de nomes. Por exemplo, Thiago Santos. Se Roger fosse tão bom quanto imaginam e devaneiam seus seguidores, esse volante à moda antiga não seria mantido.

E essa insistência com Churin? Será que faz parte do contrato colocar esse paraguaio em campo nos minutos finais? Ou Roger, mesmo com muitos treinos, ainda não viu que o atacante, figura simpática e humilde, não tem condições de acrescentar coisa alguma ao time?

Sobre o jogo que resultou na vergonhosa eliminação eu tenho apenas um questionamento: por que Roger começou o jogo sem os titulares Campaz e Benitez, que mudaram a cara do time no segundo tempo, mesmo considerando que o adversário teve um jogador expulso logo aos 5 minutos.

Gosto quando são colocados jovens da base para jogar, mas lançar os novatos como Bitello e Gabriel Silva em jogo decisivo, ainda mais fora de casa, é um risco que não se pode correr.

Não concordo que o grupo atual seja de qualidade insuficiente para enfrentar os dois desafios que restam na temporada. Com ele, Mancini colocou o time na liderança do Gauchão, bem à frente do Inter. Hoje, há mais jogadores à disposição do treinador.

O técnico Roger, considerado por alguns o idealizador do Grêmio multicampeão – mais para fustigar os renatistas do que qualquer outra coisa – tem material humano para provar que não é ‘compositor de um sucesso só’.

LIVROS

Para isso, é aconselhável que restrinja o seu foco ao futebol, pelo menos enquanto não firma e consolida um time forte e competitivo, deixando em segundo plano o projeto, elogiável, de lançar 50 livros de autores negros e indígena nos próximo cinco anos.