Foram dois jogos assustadores, tão assustadores que já havia mensageiros do apocalipse prevendo o Grêmio mais um ano de hospedagem na série B, e, pior, caindo para C, o que, convenhamos, nem RB e seu fiel escudeiro Amodeo teriam (in) capacidade de conseguir.
Bastou o técnico Roger Machado ajustar o seu frágil sistema defensivo, seu obtuso setor de criação e seu incompetente ataque, vulgo ‘Detefon, tonteia mas não mata’. Roger, depois de um estudo profundo, encontrou a solução: esquema Diego Souza.
Mas tem um problema. O esquema que só funciona com Diego Souza em campo. Nada de fórmulas matemáticas como 4-3-3, ou similares. É preciso que o time tenha um matador, um fazedos de gols, que marque gols de tudo que é jeito. Gols de cabeça, saltando mais alto que um arranha-céu de Balneário Camboriú e também rente ao chão, além dos gols de oportunismo e chutes fortes.
Dizem que Guardiola já manteve contato com Roger Machado para saber detalhes do esquema, e não acreditou que o segredo é um jogador acima do peso, idade pra ser avô e lentidão de uma tartaruga. Um atleta que chegou desacreditado por muitos, não por mim, e hoje tem seu nome gritado na Arena, como aconteceu nesta quinta-feira na vitória por 3 a 1.
A prova de que o esquema Diego Souza deu certo é que o restante do time continuou sem fazer gol, por imperícia, nervosismo ou insegurança.
Quer dizer, sem Diego Souza o Grêmio teria perdido por 1 a 0. Isso é preocupante.
Então, cabe agora ao treinador encontrar um jeito de fazer os outros jogadores aproveitarem as chances de gol que aparecem. Caso contrário, a classificação entre os quatro será muito difícil.
Roger poderia, pra começo de conversa, fazer Manoel Elias, um atacante promissor, nada além disso, treinar conclusões a gol, de cabeça e com os pés. Mas há outros que precisam de um curso intensivo de finalização.
Bem, brincadeiras à parte, a vitória foi alentadora e a atuação do time convincente, devolvendo a esperança aos gremistas. Mas que fique bem claro: o time não pode ser DS dependente.