Os otimistas do Olímpico

Ainda me recuperando da ressaca de Copa do Mundo, agravada com a derrota da ‘minha’ seleção, a da Holanda, não a do Brasil, busco forças para me empolgar com o capeonato brasileiro.

Não é fácil. Imagino que esse recomeço é difícil pra muita gente. Acho que até os jogadores vão demorar um pouco para cair na realidade dura e espinhosa o Brasileirão.

Os colorados voltam com um olho no brasileirão e outro na Libertadores. Imagino que isso ocorra também com o time colorado.

Já os gremistas retornam preocupados. O time que foi tão bem na Copa do Brasil – exceção das finais contra o Santos, mas aí por culpa do Aprendiz -, com o aproveitamento maior da gurizada da base, foi parcialmente desmontado.

Ninguém sabe qual é o time titular.

A pausa provocada pela Copa só fez mal ao Grêmio. Os resultados foram péssimos, culminando com a lanterna no torneio de Floripa. Mas o pior é a incerteza e a insegurança em relação ao time.

Vislumbro, além da onda de frio que avança prometendo congelar nossos ossos, nuvens sombrias pairando sobre o Olímpico.

Sei que vão dizer que sou pessimista, mas estou com José Saramago. Para ele, os pessimistas é que movem o mundo. Os otimistas sempre acham que está tudo bom e deixam como está.

Desconfio que os doutos do clube, Duda/Meira são otimistas.

Roth e Silas: a arte de perder o comando

O técnico Celso Roth vem a público informar que deu uma carraspana no bad boy do Beira-Rio, o D’Ale, pivô da queda do grande treinador Tite.

Roth disse que disse para o argentino rebelde que essa era a última vez que ele, D’Ale, sairia da linha (aquela encrenca com um jogador do Cerâmica no meio da semana). Que ele, Roth, não toleraria mais esse tipo de reação, que poderia se repetir num jogo e aí complicaria todo o trabalho.

Está certo o Roth em conversar com o jogador a respeito disso. Ele erra ao divulgar sua cobrança aos quatro ventos, ou seriam cinco ventos, ou seis, sei lá.

Qualquer manual de RH ensina que o chefe deve cobrar o subordinado discretamente, sem estardalhaço. Já conheci chefes, ou chefetes, que gostam de mostrar poder, de humilhar seus subordinados. Existem aos montes, inclusive na imprensa.

Roth gosta de mostrar que ele manda, que ele não deixa por menos.

Na minha opinião, a conversa com D’Ale, se realmente ocorreu, foi em outro tom, não da maneira impositiva como Roth deixa transparecer.

Acho que foi algo mais ameno. Algo como ‘Dalezinho, você não deve mais fazer esse tipo de coisa, cair na provocação do adversário. Você precisa se controlar, tá bem? Eu falo pro teu bem e o bem do time, não leve a mal, tá?’.

Desconfio seriamente que foi mais ou menos assim. É claro que posso estar enganado.
A favor da minha versão tem uma historinha.

Certa vez, no Grêmio, um treinador metido a turrão, homem de poucos sorrisos, cara fechada, pegou um jogador no meio do campo, depois de um treino. O jogador havia criado um problema e precisava levar uma dura.

Ele chegou no jogador (cujo nome esqueci) e disse baixinho que iria gesticular como se estivesse furioso, fazendo de conta que o cobrava com veemência, e coisa e tal.
O técnico ficou ali fazendo o seu teatrinho perante o restante do grupo, que estava mais afastado. O pessoal da imprensa viu aquilo e também pensou que a coisa era séria.

Depois, no vestiário, adivinhem: o jogador revelou aos parceiros que tudo não tinha passado de um teatro. É óbvio que o treinador perdeu o moral com os jogadores e não demorou muito para cair.

Treinador que é treinador de verdade se impõe de outra maneira.

Há duas semanas o técnico Silas quis dar uma de galo ao declarar que M. Fernandes não jogaria mais na zaga, que disputaria posição na lateral.

Não resistiu uma semana.

É por essas e outras (como falar primeiro pra imprensa antes do jogador) que um técnico perde o comando do grupo, onde o que não há é anjinho.

Para refletir:

Essas dores musculares que afastam titulares do time, como Borges (de novo) e Jonas, serão mesmo verdadeiras?

Insisto: Silas perdeu o comando, já não tem o respeito do grupo. Isso para não falar de parte dos dirigentes, dos conselheiros e dos torcedores.

SAIDEIRA

Silas teria proposta do futebol árabe. Pode ser a salvação da lavoura…

ESPAÇO POLICIAL

Dias atrás escrevi que em breve o presídio de MG ou do Rio seria reforçado por um grande goleiro. Hoje, o site do Globo publica foto do Bruno no time de um presídio mineiro, aos 16 anos. A diferença é que era o time dos funcionários do presídio, não dos clientes. Ironias da vida.
Agora, falando sério, dá uma tristeza ver um jogador que sofreu tanto para chegar aonde chegou cair dessa maneira, cometendo um crime tão cruel, tão hediondo. Tudo isso é muito triste.
Tenho convicção de que se as punições em todas as instãncias fossem mais rígidas (como pena de morte) essa gente pensaria melhor antes de cometer tais barbaridades.
A impunidade (e penas brandas para todos os tipos de infrações) é o grande mal deste país.

Chico Xavier e a Copa de 2014


A foto estampa as páginas dos jornais em todo o País. O presidente deste país do ‘nunca antes’, o Teixeira e o Blatter de mãos dadas. Querem passar a impressão de que estão unidos para a Copa de 2014.

Nem precisava. A gente sabe que eles estão muuuuuito unidos. Afinal, vai girar muuuuuuuita grana, e onde tem dinheiro jorrando como no cofre do Tio Patinhas com seus trilhoes de moedas eles estão por perto.

A Copa não passa de um grande negócio. Eles vêm com a balela que o País sede ganha muito. Se gasta os tubos do dinheiro público para reformar e ou construir estádios para meia dúzia de jogos.

Alguns dos estádios que sediaram jogos na África não são melhores que o Beira-Rio ou o Morumbi. Bastaria uns retoques e os estádios estariam aptos a abrigar jogos. Mas a Fifa é exigente. Não sairá do bolso dela o dinheiro. Ao contrário, a Fifa só ganha, não bota pra perder. A cada quatro anos fatura milhões. Para onde vai o dinheiro?

Não precisam responder.

Outra leitura que faço da foto com os três poderosos é que, como cada um conhece o outro muito bem, tiveram o cuidado de prender as mãos em conjunto. Ninguém solta.

Agora, devo admitir que fiquei mais tranquilo depois que o presidente que descobriu o Brasil afirmou que haverá total transparência em relação aos recursos que serão aplicados nas obras da Copa.

Uma afirmação como essa, vindo de alguém que meses atrás atacou órgãos fiscalizadores, como o Tribunal de Contas da União, por emperrar as obras do PAC só porque encontrou pontos obscuros nas licitações, é realmente tranquilizador.

Posso dormir tranquilo que ninguém vai desviar dinheiro.

Por isso, passo a apoiar a realização da Copa. Meu temor era que acontecesse o mesmo que aconteceu no Pan do Rio, mas agora diante da garantia dada pelo presidente fiquei mais tranquilo. Tudo será muito transparente. Ah, que bom!

Só resta aguardar o clássico mundial Gana x Coréia no Beira-Rio (ou talvez no Banhadão do Humaitá?).

SAIDEIRA

O numerólogo que previu Alemanha campeã com base em alguns cálculos que acredito são conhecidos de todos os botequeiros ficou desmoralizado. Se alguém souber de alguma explicação dele, por favor me informe.
Resta agora desmoralizar o polvo, que aponta a Espanha campeã.
No buquimequi cravei Holanda. Mas tudo pode acontecer, porque são equipes parelhas. A melhor de todas, a Alemanha, caiu.
Então, até não sei se não é de cancelar o jogo e dar logo o título para a Espanha. Afinal, o polvo parece que não erra mesmo. Já poderíamos perguntar quem será o campeão de 2014.

SAIDEIRA II

Não gostei da logo do Mundial de 2014. As cores não foram as melhores (em vez de vermelho deveria ser azul na data), mas também o desenho deixa a desejar.
Vocês repararam que parece o Chico Xavier psicografando? Observem a parte verde no alto (seriam os cabelos do grande Chico), a cabeça debruçada sobre a mão.
Sem dúvida, será uma Copa do outro mundo…

SÓ MAIS UMA DOSE

No post anterior o botequeiro Marcelo Panna escreveu perguntando sobre o 13 salário, que estaria sendo extinto em Brasília. Não é verdade. Mas não duvido que um dia acabe. Grandes empresários estão mobilizados nesse sentido.

FECHANDO A CONTA

Categoria de base do Grêmio conquistou sete títulos na temporada. É bom festejar título, até de peteca e cuspe à distância, mas o principal é formar jogadores. E, depois, aproveitá-los. Não fazer como fizeram com o Mithyuê.

A voz do polvo é a voz de deus

Na briga entre o polvo e o numerólogo, ganhou o molusco marinho. O polvo apontou com seus tentáculos melequentos a Espanha como vitoriosa contra a Alemana, enquanto o estudioso do números garantiu que a Alemanha seria campeã.

Não foi só o numerólogo que se quebrou. Eu também. Eu e muita gente mais depois do que os alemães fizeram com os argentinos, naqueles 4 a 0 memoráveis que me deram muita alegria.

Entrei num estágio de euforia extrema, a ponto de escrever que finalmente surgia uma grande equipe na Copa, a Alemanha, por supuesto.

Enxerguei no time alemão meia dúzia de talentos. Hoje, descobri talentos no time espanhol, que começou fazendo fiasco, mas acabou chegando à final (pela primeira vez em sua história) da Copa com esse 1 a 0 sobre os germânicos.

Minha terra, Santa Cruz do Sul, está de luto.

Vamos agora à final. Duvido que alguém tenha acertado que a decisão seria entre Holanda e Espanha, que pariu uma bigorna incandescente para vencer o Paraguai, enquanto a Alemanha goleava um dos grandes favoritos, a Argentina.

Mas isso é o futebol.

Eu apontei duas seleções como minhas candidatas mais fortes ao título, isso quase um mês atrás: Argentina e Holanda.

Uma delas está na final. Entre Holanda e Espanha, ainda fico com a primeira. Vou torcer pela Holanda, que já disputou duas finais e perdeu injustamente, em especial aquela decisão de 74, com o poderoso carroussel.

Aposto na Holanda, mas vou esperar para ver o diz o polvo.

Afinal, o polvo sempre tem razão. Ou ‘a voz do polvo é a voz de deus’.

Lanterna da Hora e a falta de comando

O ‘campeão da hora’ virou o ‘lanterna da hora’. Isso significa que minha previsão segue valendo, ou seja, a de que o título do Gauchão seria o único do Grêmio na temporada.

O time milionário formado pelos doutos do Olímpico com a ajuda do Aprendiz e suas indicações terminou lanterna desse torneio mixuruca.

Se tivesse vencido, o sr. Duda estaria exultante, talvez providenciasse um DVD. Como perdeu, saiu-se com essa frase vergonhosa:

– Nunca foi a do Grêmio jogar amistoso. O Grêmio é um time de competição, de torneio, de Copa do Brasil, já ganhou quatro, de Campeonato Brasileiro, já ganhou duas, de Libertadores, já ganhou duas. É o único time do sul que já ganhou a Libertadores duas vezes, que isso fique bem claro.

O presidente gremista enumerou títulos que ele viu das cadeiras ou da tribuna de honra, não do comando do clube. Esqueceu de dizer que o último grande título foi a Copa do Brasil de 2002, se não me engano, com o técnico Tite.

São oito anos de secura. E o sr. Duda ainda se acha no direito de destacar que o Grêmio é o único do Sul que ganhou duas Libertadores, provocando o Inter, que está na iminência de chegar lá de novo.

Não é hora de provocações, é hora de trabalhar, assumir o posto de presidente do Grêmio, um dos maiores clubes de futebol do planeta, em toda a sua plenitude, não permitindo que subalternos assumam total controle do vestiário e adjacências.

Minha crítica é construtiva.

Aqui de longe, na minha trincheira, o balcão do boteco, percebo que o Aprendiz perdeu o controle do vestiário. Já registrei isso aqui dias atrás. Reafirmo. No amistoso contra o Vasco, no gol de Borges, Edílson fez a jogada, chutou e Borges pegou o rebote. Edílson saiu caminhando como se estivesse na rua da Praia. Não esboçou qualquer reação. Estava indiferente, talvez até arrependido de ter chutado.

Agora, depois de cair vergonhosamente diante do Avaí, a direção e o técnico pouca prática anunciam dispensas. É uma forma de intimidação. Tentativa de retomar o vestiário. É a leitura que faço.

Aquela frase do Mário Fernandes continua saltitante na minha cabeça:

– Ele (o Silas) sempre fala antes pra imprensa.

Referia-se aquela bobagem de anunciar que o guri não jogaria mais na zaga e disputaria posição na lateral, decisão que não resistiu uma semana. Não tenho dúvida de que Mário não falou apenas por si mesmo. É um sentimento também de outros jogadores.

SAIDEIRA

Sobre o Bérgson. Estive com ele no Cadeira Cativa há oito dias. Eu disse, no ar, para o guri e seu procurador que Bérgson estava sendo torrado jogando como primeiro atacante, que eu e a torcida já tinhamos dúvidas sobre suas qualidades, e que ele, Bérgson, deveria pedir uma chance como segundo atacante, caso contrário comprometeria sua carreira. Ele concordou comigo. Ontem, ele jogou na dele e foi melhor, até fez gol, seu primeiro como profissional.

FECHANDO A CONTA

O Aprendiz está anunciando que Maylson será reserva de Leandro no jogo contra o Vitória, dia 14.

Cada vez mais firmo a convicção de que em pouco tempo o Grêmio estará beirando a zona de rebaixamento.

O campeão da Hora

Depois de uma derrota e uma vitória, o Grêmio volta a campo nesta segunda para a última rodada da Copa da Hora. O Tricolor encara o Avaí, a partir das 21h30min desta segunda, na Ressacada, em Florianópolis. Vasco e Coritiba jogam antes, às 19h30min.
Os quatro participantes do torneio amistoso chegam vivos à última rodada. O Grêmio está em segundo lugar pelo confronto direto com o Coritiba (perdeu por 2 a 0 na estreia). Para ser campeão, o time gaúcho precisa vencer e torcer por um empate entre Vasco e Coritiba ou vitória do Cruzmaltino, desde que pela mesma diferença de gols do Tricolor.

Esta é a principal notícia do Grêmio nesta segunda-feira em que o Brasil retoma seu ritmo normal depois da eliminação prematura da Copa, algo previsto por 9 entre 10 torcedores e jornalistas que eu conheço. Aliás, o Brasil só não saiu antes porque não pegou a Espanha nas oitavas. Forte esse time armado pelo Dunga e seu fiel fanático religioso Jorginho. Ambos demitidos, como também era previsível.

Mas voltando ao Grêmio. Quando terminou o Gauchão, eu e alguns botequeiros previmos que esse seria o único título do glorioso tricolor de Meira, Duda e Silas.

Acho que erramos. Existe a forte possibilidade de o Grêmio conquistar a tal Copa da Hora, em Floripa. Copa da Hora, vejam só. Esse nome me lembra os Mamonas (mina, teu cabelo é da hora…), de saudosa memória.

Não duvido que no final do ano, no balanço após o fiasco que se anuncia no Brasileirão, a direção contabilize essa eventual conquista como uma de suas façanhas.

Para um clube que já festejou saite, ônibus, etc, nada mais me surpreende.

Agora, a tendência é que o time do Aprendiz fracasse também na Copa da Hora.

SAIDEIRA

Todos já perceberam que Celso Roth virou um grande treinador, assim de uma hora para outra. Poucas semanas atrás, seu nome não era sequer cotado para treinar o Inter. Ninguém se atrevia a tanto.

Agora, ele já virou até estrategista. Li e ouvi que o time já tem outra cara, em função do jogo contra o Penarol em Rivera.

A imprensa é assim muitas vezes: segue o rumo do vento.

Dunga já devia saber disso e deixar de lado essa bronca com a imprensa, que é volúvel. Se o sujeito vence, é festejado. Se perde, é execrado, mesmo que eventualmente tenha feito um bom trabalho. Não é o caso de Dunga, que só acertou na questão da moralização e em sua guerrinha particular com a mídia. Com menos radicalismo, talvez o resultado fosse outro.

Surge uma grande equipe: a Alemanha

Brasil e Argentina voltam para casa mais cedo do que esperavam seus comandantes e comandados.

Boa parte da imprensa e da torcida dos dois países, na realidade, desconfiavam que a eliminação na Copa não tardaria. Muitos dos freuqentadores do boteco tinham o mesmo pensamento, inclusive eu.

Escrevi várias vezes que bastaria um adversário mais forte e mais organizado que os dois sucumbiriam.

Foi assim com o time de Dunga. Foi assim com o time de Maradona.

Dois aprendizes. Na hora do aperto, da dificuldade, é que o técnico precisa fazer a diferença, justificar seu salário.

Contra os fracos, os jogadores resolvem sozinhos, praticamente.

O bom treinador aparece na hora ruim. É assim com Silas no Grêmio. Não seria diferente com Dunga e Maradona.

O argentino volta com o rabo entre as pernas. Caiu de quatro diante dos alemães. Dunga ainda retorna com um mínimo de dignidade. Perdeu por 2 a 1 jogando com um a menos, o que reduz sua culpa, embora o expulso tenha sido por ele convocado, contrariando todos os que conhecem um pouco de futebol.

Chega de perdedores.

A Alemanha surge agora como grande favorita. Enfim, uma grande equipe, ao que tudo indica. Fui cético na estreia alemã, mas meter 4 a 0 na Argentina numa decisão de Copa do Mundo não é pra qualquer um. É coisa de cachorro grande.

Agora, é preciso ressaltar que o placar foi duro para a Argentina, que concluiu inúmeras vezes de média distância, mas normalmente no centro de goleira.

Vejo na Alemanha alguns talentos: além do goleiro, o lateral e capitão Lahn deu uma aula de como jogar na posição; o volante Schweinsteiger é só espetacular (este sim, não o Mathias do Fernando Carvalho), uma maestro, um marcador e, além de tudo, tem muita técnica como mostrou no terceiro gol; Podolski, o Klose e o Muller. Talvez tenha esquecido algum.

A Holanda é melhor que a Argentina.

Quem sabe a Holanda não devolve o que aconteceu em 1974…

SAIDEIRA

O Aprendiz do Olímpico afirmou peremptoriamente (sempre lembro do T. Fernando, não adianta) que M. Fernandes com ele é lateral.

Sempre desconfiei dessa declaração. Ele parecia mandar recado para alguém. Para o empresário Machado, dono de 50% do passe do guri?

Não sei. O fato é dias depois M. Fernandes volta pra zaga.

A desculpa do Silas é mais do que esfarrapada para justificar dua mudança.

Aí tem coisa. Ou tinha coisa. Ou então o aprendiz é um cagalhão.

Com todo o respeito.

HEXA FICA PARA 2014, EU AVISEI

Vou emoldurar a coluna anterior.

Silenciaram os foguetes. Um vizinho soltou foguete até em cobrança de escanteio para o Brasil. Insuportável.

Quando Robinho fez 1 a 0, no lançamento de Felipe Melo (o que é a vida?) aproveitando um vale verdejante entre a zaga holandesa, temi pelo pior.

A Holanda me decepcionava profundamente. O Brasil dominava. Aos 30 minutos fui pra cozinha preparar uma carne assada. Larguei.

No começo do segundo tempo fui conversar com o Alfredo, meu cardeal, inquieto com tanto foguetório.

Nisso, empate da holanda. Corri para ver o lance. Falha de Júlio César que saiu mal, com Felipe Melo, até ali um herói, cabeceando para a rede.

Voltei para o meu diálogo com Alfredo.

O jogo estava 1 a 1. Decidi voltar para a frente da TV ali pelos 20 minutos. Estava ali cercado de mulheres enlouquecidas, tendo chiliques a cada lance de ataque brasileiro, quando a Holanda fez 2 a 1.

Vibrei por dentro, para não apanhar.

Como foi o gol? Jogada ensaiada de escanteio. A Holanda havia tentado o mesmo lance minutos antes. A bola jogada no primeiro pau. Luís Fabiano estava posicionado para interceptar o cruzamento. Kuyt saiu do meio e correu para se antecipar ao atacante, que não tem o cacoete do defensor. Sneidjer marcou.

Em seguida, Felipe Melo se transformou no grande vilão. O comentarista Júnior havia alertado ainda no primeiro tempo que o grande perigo era o temperamento desse volante que tanto apoio recebeu de Dunga. O técnico o bancou contra tudo e contra todos. Jogador limitado e ainda por cima nervosinho.

Pois Felipe Melo cravou um punhal nas costas de seu benfeitor ao ser expulso de maneira ridícula e irresponsável.

Quem convocou Felipe, que o embale…

Com a derrota e a eliminação iminente, ficou difícil para Dunga ajeitar o time diante de uma Holanda fria e serena.

No banco sua melhor alternativa era Nilmar. Pouco para quem contava com 15 minutos para buscar um empate. Faltou a tão cobrada q8alidade nesse momento, se bem que a essa altura dificilmente alguém poderia alterar o quadro de catástrofe nacional.

Lula não irá mais receber os ‘campeões’ em Brasília.

Aguardo para qualquer momento uma paulada dele na seleção. Ele deve estar muito frustrado por não poder capitalizar politicamente o hexa.

Ah, como eu ia dizendo, o hexa ficou mesmo para 2014.

Mas com um técnico que fique no meio termo: nem liberalidade nem prisão.

De preferência, com menos volantes.

O hexa fica para 2014

Que a Fifa é uma entidade manipuladora ninguém pode ter dúvidas. A questão que fica é até que ponto ela manipula (leiam o blog do Juca de quatro dias atrás). Eu acredito que a Fifa vai fundo e até entra em campo para ajeitar resultados de acordo com suas conveniências políticas e, principalmente, financeiras.

Diante disso, afirmo peremptoriamente (sempre que uso esta palavra me lembro do Tarso Genro) que o Brasil não será campeão do mundo, pelo menos não agora. O hexa vai ficar para 2014, com final no Maracanã (desde que o adversário nao seja o Uruguai).

Fora essa questão de manipulação, o time armado por Dunga, aliás bem armado com o material humano que ele decidiu levar para a África), não tem futebol para conquistar o título.

Mesmo assim, diante da incompetência de seus rivais, o título seria possível.

Escrevo ‘seria’ porque a Fifa não vai deixar o Brasil ser campeão, mesmo que em campo o time mostre capacidade e condições para tanto.

Ocorre que se o Brasil for campeão agora, terá tudo para repetir o feito dentro de quatro anos, quando jogará em sua casa. E aqui não tem pra ninguém, mesmo que Romário seja convocado para treinar a Seleção, auxiliado pelo Edmundo.

Então, o Brasil chegaria ao hepta, tirando muito do brilho da competição, e, por consequencia, afetando o lucro, normalmente abusivo, de Blatter e seus, digamos, parceiros.

No buquimequi já cravei 2 a 1 pra Holanda.

Podem enrolar suas bandeiras verde-amarelas.

SAIDEIRA

Clube poderoso mesmo é o Grêmio. Que Barcelona, que nada. Inter de Milão? Real Madrid? Estão de brincadeira.

Qual clube no planeta fixa o passe de sua estrela mais reluzente em 15 milhões de euros e depois a deprecia assim sem mais nem menos?

Foi o que fez a direção do Grêmio, que tempos atrás estipulou o preço do Mário Fernandes no valor acima e agora nada faz para impedir a ação danosa de seu treinador.

O Grêmio é tão poderoso que pode se dar este luxo.

SAIDEIRA II

Ouvi no Sala de Redação que o zagueiraço Ozeia é da religião, reza pela mesma cartilha do treinador. Aliás, essa história de panelinha de jogadores religiosos já teria ocorrido no Avaí, o que foi negado pelo técnico quando de sua contratação pelo Grêmio.

A Fifa, a galinha morta e o poder de Alfredo Possas

Joseph Blatter pediu desculpas pelos erros que prejudicaram Inglaterra e México. O presidente da Fifa não fez qualquer referência a uma punição aos árbitros.

Jorge Larrionda, que cometeu o maior erro que já vi em Copa do Mundo, não será sequer advertido. Não tenho dúvida de que ele irá representar o Uruguai na próxima Copa, prevista para ser disputada no Brasil.

A Fifa não desampara seus amigos, seus parceiros, seus operadores.

Vale a pena ler entrevista com um jornalista inglês sobre a Fifa publicada no blog do Juca Kfouri, ontem.

EM TEMPO

Conforme escrevi anteontem, o Brasil pegou uma galinha morta e fez a sua parte, venceu com facilidade.

Mas continua sem convencer. Jogou um futebolzinho de doer. No segundo tempo, o Chile entrou na área brasileira umas dez vezes pelo menos. Ficou ali tocando bola sem saber o que fazer, concluindo duas ou três vezes. Ridículo aquele joguinho de tico-tico dentro da área.

O argentino Bielsa achou que poderia enfrentar o Brasil de igual para igual. Muita pretensão. Aliás, pretensão é o que não falta para os argentinos.

Agora, a Holanda, seleção que apontei como favorita ao título. O Brasil sempre penou para derrotar o time holandês.

A Holanda passou com muita dificuldade pela Eslováquia, que é superior ao Chile, sem qualquer dúvida.

Aposto na Holanda. Se a arbitragem não interferir…

No único jogo em que pegou um adversário melhorzinho, contra Portugal, o Brasil só empatou.

EM TEMPO II

Sobre Argentina x Alemanha: sou mais a Alemanha. O time do Nelson Ned foi beneficiado pela arbitragem em todos os jogos. A Alemanha só contra a Inglaterra. Se a Argentina der espaço para contra-ataques, com aquela sua defesa peneira, vai levar goleada da Alemanha.

Aliás, se o Brasil tivesse o contra-ataque alemão no jogo contra o time do cabernet sauvignon, do carmenere e dos terremotos teria feito uns 10.

SAIDEIRA – O PODER DE POSSAS

O colega Alfredo Possas é conhecido por suas posições radicais e, muitas delas, sem qualquer explicação lógica. Ele tem ódio mortal por algumas pessoas famosas ou quase, as quais nem conhece pessoalmente.

Por exemplo, ele odeia Neimar, um ‘gurizinho petulante e exibido’, segundo ele. Odeia o piloto inglês de F-1, o Hamilton (se diz RRRÉMILTON, segundo Mariana, a Bela).

O Bragantino, no seu auge, foi alvo da ira de Possas. Sumiu o Bragantino.

O mesmo em relação ao São Caetano, não poupando sequer os jogadores do São Caetano.

Um deles morreu dentro de campo, esqueci o nome dele.

O goleador Fabrício Carvalho surgiu como um fenômeno de atacante tempos atrás. Bastou para despertar a fúria secadora de Possas.

Descobriram um problema cardíaco no rapaz.

A lista é enorme.

O goleiro Bruno é o exemplo mais recente do poder do olho grande do Possas. Antes da Copa, ele dizia, cuspindo fogo, que Bruno seria convocado pelo Dunga no lugar do Victor e que acabaria titular.

Possas odeia tudo o que é relacionado ao Flamengo. Sobrou para o Bruno, acusado agora de assassinato. Em breve, tudo indica, irá reforçar o time do presídio.

Eu sei que o Possas vai tomar conhecimento que estou escrevendo. Por precaução, quero deixar muito claro que gosto do Possas, meu amigão, grande jornalista, polêmico, excelente ser humano, gente fina barbaridade…

Possas, por favor, considere isso uma homenagem.

Possas, tu é o cara!!!!