Tem gente na imprensa decretando que o Grêmio não tem nenhuma condição de vencer o Rosário Central nesta quinta-feira, às 19h15.
Mas não só da imprensa. Já ouvi e li expressivo número de gremistas dizendo que não há chance de reverter o resultado, a derrota por 1 a 0 em pleno Olímpico, com direito a muitos minutos de pânico.
Li também que no Gigante de Arroyito esse time tão festejado aqui na aldeia é praticamente imbatível.
Com toda essa aura pessimista fico pensando se não seria mais inteligente o Grêmio permanecer em Porto Alegre. Economiza um bom dinheiro – voo charter sempre tem custo elevado – e ainda evita o risco de ser humilhado pelo poderoso Coritiba argentino.
Não há dúvida que a missão gremista é espinhosa. Mas já foi assim tantas e tantas vezes. Muitas com resultado positivo, para surpresa dos descrentes.
O que eu percebo, e isso me irrita, é essa tentativa de diminuir o Grêmio e elevar o Rosário a um esquadrão poderoso, que veio a Porto Alegre e, segundo alguns, massacrou o Grêmio.
Um ‘massacre’ que quase não deu trabalho ao goleiro Marcelo Grohe e que resultou num gol obtido a partir de um chutão para a área e falha do sistema defensivo.
Foi a pior atuação do Grêmio nos últimos tempos, e ainda assim o time perdeu por apenas 1 a 0.
Foi uma noite/pesadelo. O técnico se revelou impotente e os jogadores pareciam desnorteados durante a maior parte do tempo.
Mesmo assim o Rosário fez um mísero golzinho.
Um golzinho tão miserável que o Grêmio pode devolver facilmente se repetir algumas atuações grandiosas que teve basicamente com o time que agora é massacrado, e condenado à eliminação mesmo com 90 minutos de jogo pela frente.
O Rosário é favorito. Joga pelo empate, joga em sua casa.
Mais ou menos como há 35 anos, quando o Grêmio bateu o São Paulo (base da seleção brasileira na época) por 1 a 0 (gol antológico de Baltazar), conquistando seu primeiro seu primeiro título nacional, abrindo caminho para o mundo.
Naquele jogo o Grêmio foi valente, não se intimidou.
Ignorou o favoritismo do adversário e não foi atrás dos abutres de então.
Foi lá, fez seu jogo e venceu.
Por que não pode ser assim agora?
Ninguém está proibido de vencer, que o diga o pequeno Leicester.