Quando tudo parecia perdido eis que apareceu o pé salvador de Lincoln.
Lincoln é esse guri de 17 anos, que segundo alguns não ‘está pronto’, não tem ‘estofo’, que nove entre dez gremistas queria ver de titular desse time instável armado por Roger Machado.
Pois Lincoln entrou apenas na metade do segundo tempo quando Douglas e Giuliano se arrastavam já fazia muito. Roger, como sempre, demorou para substituir. Lincoln, que sequer ficou no banco contra o San Lorenzo, na Arena, teve enfim sua chance num time confuso, desorganizado, que corria atrás do empate que parecia algo absolutamente impossível.
Até que Maicon lançou uma bola para a área, Éverton (o melhor do time depois de Super Grohe e Super Geromel) cruzou, Lincoln apareceu para mandar para a rede, um duro golpe no time argentino que foi superior e merecia até golear o Grêmio.
Mas o futebol é assim. Nem sempre vencem aqueles que foram melhor.
O San Lorenzo já poderia ter ampliado no primeiro tempo. Marcelo Grohe fez dois grandes milagres, além de outras intervenções importantes.
Mas tudo depois de o Grêmio levar o gol aos 3 minutos, num pênalti imbecil cometido por Marcelo Oliveira, que faz uma temporada deplorável.
O Grêmio reagiu, ameaçou o empate, mas ficou nisso. No terço final do primeiro tempo só deu San Lorenzo.
O time do Papa deparou então com São Grohe. Que no segundo tempo também fez defesas importantes.
Quando se esperava que Roger alterasse o time no intervalo colocando Lincoln e Pedro Rocha no lugar de Douglas (não acerta nem lançamentos nem cobranças de falta e escanteio) e de Giuliano, que anda correndo muito e jogando pouco, eis que ele mantém a escalação.
Mudança só bem depois. Mas até aí Roger foi mal. Não era para entrar Bobô, porque o Grêmio não sabe jogar com centroavante, mas sim Pedro Rocha. Melhor seria Henrique Almeida, mas este nem no banco ficou.
Felizmente, entrou Lincoln, que correu muito, teve alguns bons lances, e estava na área no momento exato, no lugar preciso, para fazer o gol de empate que mantém o Grêmio com chance de classificação na Libertadores.
Mas fica o recado dos deuses do futebol, que nem sempre vão estar disponíveis para ajudar o Grêmio.
Roger precisa rever imediatamente seus conceitos.