Lincoln mostra que também dá metidas

Metida por metida, sou mais o Lincoln. 

O guri deu uma metida precisa, milimétrica, para Bobô fazer o gol da vitória, desviando do goleiro com a frieza de um centroavante.

Pois Lincoln mostrou que ele é mais que o futuro, é o presente.

Seu primeiro tempo foi monótono. Não entendi por que ele estava exilado na direita. Estranhei. No segundo tempo, Roger corrigiu esse posicionamento equivocado, que limitava o guri. Lincoln passou a articular mais pelo meio, de onde saiu a jogada do gol. Em pouco tempo a jovem promessa se sentia à vontade, com a maioria das jogadas passando por ele. O que não é pouco para um guri de 17 anos, que hoje vive à sombra do veterano Douglas.

Comendo o mingau pelas beiradas, Lincoln começa a entrar no time.

Foi um festival de guris no time que bateu o Veranópolis por 1 a 0, consolidando o Grêmio na liderança do charmoso.

Agora, uma análise individual:

Bruno, não passa segurança;

Wesley, por enquanto apenas um esforçado;

Bressan, dispensa apresentação;

Fred, uma atuação segura, mas discreta. Mostrou que tem condições de ser titular, até porque o titular hoje é Kadu;

Hermes, é eficiente, mas não faz sombra pra Marcelo Oliveira;

Moisés, saiu lesionado. O garoto Kaio entrou e deu boa resposta;

Edinho, atuação muito boa;

Giuliano, dois ou três bons lances, bom demais pra quem está voltando;

Lincoln, a titularidade é só uma questão de tempo, de pouco tempo;

Fernandinho, alguns bons lances;

Bobô, movimentou-se bastante, mas segue muito limitado. Foi perfeito no lance do gol, sinal de que nem tudo está perdido;

Tontini, entrou bem, mostrando que pode ser muito útil;

e Batista, com pouco tempo.

Destaque para o técnico Roger Machado, que está sabendo a hora certa de aproveitar a gurizada.

TOSTÃO

Texto do ex-craque, publicado no jornal O Tempo, de MG:

“O Grêmio contratou o jogador que precisava, Bolaños, um atacante rápido, habilidoso e bom finalizador. Não é um típico centroavante, o que é melhor para o estilo do Grêmio. Luan poderá atuar pelo lado ou formar dupla com Bolaños, um pouco mais recuado, pelo centro. Sairia Douglas. Por outro lado, o Grêmio se enfraqueceu com as saídas de Erazo e Galhardo, além de não ter bons reservas para os volantes Maicon e Walace. Maicon raramente erra um passe. No Grêmio, é muito elogiado por jogar o mesmo futebol que jogava no São Paulo, quando era muito criticado”.

 

Bolaños, Libertadores e os secadores de contratação

A contratação de Bolaños credencia o Grêmio a disputar a Libertadores não apenas como coadjuvante, de acordo com o roteiro estabelecido até agora, mas como protagonista.

O Grêmio, que já começava a ganhar corpo com o crescimento de jovens como Lincoln, Éverton e Pedro Rocha, ganha com o meia/atacante equatoriano um status que o nivela a outros grandes clubes.

É claro que há outros fatores em jogo. Por exemplo, a perda de titulares importantes por motivo de lesão. Wallace, jovem volante que tornou-se fundamental ao esquema armado por Roger Machado.

O volante está fora do jogo de estreia, dia 17, contra o Toluca. Ramiro deve ser seu substituto. Não é um substituto à altura – desculpem-me pelo trocadilho infame. Mas é um jogador esforçado, participativo, incansável.

Outra perda pode ser Giuliano, que se recupera da lesão na sola do pé. 

Se Giuliano não puder mesmo jogar, eu armaria o time do meio para a frente com Ramiro e Maicon na primeira linha; o trio de meias/atacantes seria com Bolaños, Lincoln e Éverton; na frente, Luan. 

Mas é claro que Douglas será mantido, sobrando Lincoln. 

BOLAÑOS

Se alguém quiser medir o acerto ou erro de uma contratação na terra dos chimangos e maragatos basta conferir a reação da torcida adversária – tarefa fácil em função das redes sociais – e dos ‘formadores de opinião’.

No centro do país, analistas esportivos não poupam elogios ao Grêmio por trazer o equatoriano para o futebol brasileiro. 

Aqui, de um modo geral, os elogios são contidos, alguns com forte carga de inveja, além de preocupação mal-disfarçada, já que o reforço de Bolaños vai custar um esforço maior na secação.

Entre os torcedores colorados, inquietação e muita cobrança junto à direção colorada, em especial pela perda do atacante Henrique Almeida.

Aliás, a direção colorada teria investido firme para desviar Bolaños da Arena para o Beira-Rio.  

Então, Bolaños é uma grande contratação, um grande reforço, mas é só um primeiro passo, e um passo largo, rumo ao título de tricampeão da Libertadores.

Supertimes

Interessante texto do botequeiro (não troque sílabas, por favor) Alexandre Sanz.

Um texto para reflexão no carnaval!

“Amigos, atualmente os times brasileiros que irão disputar a Libertadores precisam se preocupar com duas coisas: a primeira, obviamente, é achar formas de ganhar esse título tão desejado; a segunda é procurar montar um time que seja capaz de não passar fiasco no Mundial de Clubes e, para isso acontecer, existem duas chances, a semifinal, Inter e Galo já protagonizaram, e a final Santos levou 4 ao natural do Barça, poderia ter sido mais, bem mais, digo isso porquê nos últimos anos temos percebido a constante criação de Supertimes na Europa, durante algum tempo tivemos 3 desses Supertimes, Barcelona, Real Madrid e Bayern, mesmo que ainda um pouco inconstantes esses times vêm cada vez mais se tornando mais e mais constantes em suas idéias de jogar futebol, este ano surge uma quarta força o Paris Saint Germain, que já abre 24 pontos em sua Liga Nacional a frente do segundo colocado, a Juventus de Turim e o Arsenal da Inglaterra começam a dar sinais de que estão pegando o trem da história e seus times passam a jogar um futebol baseado nas idéias de Supertime e por fim o anúncio da contratação de Pep Guardiola pelo Manchester City somada a informação de que terá em torno de 1 bilhão de Euros para formar seu time, veremos nas próximas temporadas o surgimento de mais um Supertime no futebol europeu, isso significa que cada vez menos teremos um “Chelsea, Liverpool ou Inter de Milão” nas finais de Mundial de Clubes, coloco entre aspas pois os mesmos podem se tornar os próximos Supertimes, aumentando a distância entre nós sulamericanos e eles europeus.

Interessante pensar em como e quando surgiu este conceito de Supertime, na minha opinião, baseado nas declarações, em várias entrevistas que tive a oportunidade de escutar, de Pep Guardiola este conceito foi montado durante muito tempo, através de experiências e estudo, mas o legal é que ele começou no início dos anos 80, entre 1980 e 1982, com a seleção brasileira, que foi um dos primeiros times na era pós Pelé, que colocou “os melhores” para jogar, independente de posições, foi um time que marcou pelo futebol arte, porém sem muitas responsabilidades e que atacava o adversário de forma direta através da qualidade técnica de seus jogadores, como foi um time que não venceu títulos, sempre houve críticas sobre se era a forma de se jogar mais efetiva, faltava algo que desse liga a este conceito de futebol, que hoje vemos como características nos melhores times do Mundo os “Supertimes” ou seja, jogadas que são trabalhadas em todos os quadrantes do campo, centro, esquerda, direita, dribles, tabelas, viradas de jogo e cruzamentos.

A partir daí os conceitos de futebol se transformam para o destaque na consistência defensiva, que se utiliza de alguns craques que decidam quando tenham a oportunidade, assim foi Argentina de Maradona, Alemanha de Mathäus, Brasil de Romário, França de Zidane, Brasil de Ronaldo e Rivaldo e Itália de Canavaro e Buffon.

Em 2008 a Espanha de Luís Aragonés, apresenta ao Mundo o Tic Tac, um futebol que principalmente objetiva o domínio completo da partida através da posse de bola, se utilizando de seus dois craques meio campistas, Iniesta e Xavi Hernandéz eles ganham a Eurocopa, e mostram que a consistência defensiva é a própria posse de bola, o conceito: “enquanto a bola estiver comigo não sofro gols”, apesar de revolucionário era um futebol cansativo de ver (imagine correr atrás), então Pep Guardiola acrescentou este estilo a máxima da seleção de 82 “jogam os melhores” ele teve sorte afinal tinha craques como Xavi, Iniesta, Alexis Sanchez, Fábregas e principalmente Messi, ou seja o tic tac foi a “liga” do conceito “seleção de 82”, fica claro, para mim, para muitos comentaristas do centro do país que o futebol do MUNDO INTEIRO, caminha para utilização desses dois conceitos e que os principais times europeus estão se preparando para se transformarem em Supertimes, o que será lindo de ver pois teremos jogos de altíssimo nível em breve, um nível maior que o que vemos atualmente.

No Brasil, ainda lambemos as feridas do 7 a 1, agora temos boas novas, existem dois treinadores aqui que se atentaram para as novidades européias são eles: Adenor Bacchi e Roger Machado, como o Tite teve seu time todo esgualepado, ficamos com Roger e seus conceitos para o desenvolvimento do Grêmio, que pode marcá-lo nos próximos anos e uma vindoura era de Títulos e Grandes times, talvez, se bem feita esta transição, disputando de forma digna embates contra os grandes europeus.

Muitos dirão, “sonha”, respondo “sim sonho”, os melhores jogadores do Mundo, Messi, Suarez, Douglas Costa, Neymar, Di Maria, Alexis Sanchez são sulamericanos, então é bem provável que desses nomes virão os protagonistas dos próximos Supertimes, Luan, Everton, Lincoln, Tontini, Wallce, Arthur, Balbino…o que não combina é jogar com jogadores como Douglas e Bobô, ai matamos um dos dois conceitos do “Supertime” que é “jogar com os melhores”.”

Grêmio ganha corpo para a Libertadores

O time do Grêmio começa a tomar corpo para o desafio da Libertadores.

Mesmo considerando a fragilidade do Aimoré, o Grêmio mostrou um futebol que chegou a ser empolgante – em alguns momentos – pela objetividade e pelas inúmeras situações de gol criadas.

Se o time funcionou do meio para a frente, teve problemas de novo no sistema defensivo. Um adversário mais qualificado – como os que disputam a Libertadores – saberia aproveitar melhor os espaços vazios criados.

O gol de cabeça não aconteceu, mas a escapada de Elias para abrir o placar é inadmissível. Quase todo o time todo estava no setor ofensivo. 

Mas o que importa é que o time encontrou algumas opções interessantes. O novato Wallace Oliveira fez outra boa partida. Foi dele o lançamento para o gol de Fernandinho, o 3 a 1.

Mas o principal do jogo foi que Éverton está se consolidando como titular. O guri começa a mostrar maturidade, já não está tão afoito.

Foi dele o gol de empate. Éverton recebeu uma bola preciosa de Pedro Rocha  – este ainda instável e inseguro -, driblou o goleiro, que já salvara o Aimoré duas vezes, e mandou para a rede.

Henrique Almeida terá dificuldade para ser titular se Éverton continuar assim.

No segundo tempo, aos 14, Éverton recebeu bola enfiada por Douglas e cruzou para Luan marcar como um típico centroavante.

Em resumo, o Grêmio tem um time confiável para vencer o Toluca no México. Desde que Roger não entre na conversa daqueles que já entram em campo pensando somente em garantir um pontinho, o traiçoeiro pontinho fora.

A defesa está confirmada. A dupla de volantes entrosada.

 

Luan é o homem mais adiantado.

O trio de meias tem um problema: Douglas já não tem pique para suportar o ritmo frenético de um jogo de Libertadores. Está mostrando isso neste começo da temporada. Ele compensa com sua técnica apurada, mas é preciso mais.

E o mais é Lincoln. Até acho que Lincoln precisa mesmo entrar aos poucos no lugar do maestro. Mas Roger não pode demorar tanto a colocar essa pedra preciosa se o jogo estiver enroscado.

Lincoln mais uma vez entrou muito bem no jogo. Está pedindo passagem.

Olha o Lincoln aí, gente!

D’Alessandro vai, Henrique chega (para o Grêmio)

No final de 2012, depois de uma derrota em casa diante da Portuguesa, a torcida colorada explodiu em vaias.

Entre os vaiados, o ídolo D’Alessandro – no futebol, nem os ídolos são poupados -, que reagiu ao seu estilo:

— Eu pulo da barca… não tem problema nenhum. Minha vida não acaba aqui.

Quase quatro anos depois, D’Alessandro mostra que sua vida não acabou no Inter.

Em entrevista coletiva confirmou sua saída do clube, onde acumulou títulos, e de onde sai com a fama de dono do time e derrubador de técnicos.

Acima de tudo, D’Alessandro foi um vitorioso por aqui. Reinou Abaixo do Mampituba, mas não foi tão bem acima da divisa com SC. 

D’Alessandro sai do Inter na hora certa. Seu futebol decaiu com o peso da idade.

Além do mais, e principalmente, a relação custo/benefício já não compensa ao clube manter o meia argentino.

A relação dele com a direção já não era como antes. Um amigo comentou, brincando, que Piffero temia perder o trono de presidente para D’Alessandro.

Pesou nessa decisão, nesse acerto, o fator grana. O Inter deve muito dinheiro a D’Alessandro. Segundo o comentarista Guerrinha, em declaração no programa Sala de Redação, são em torno de 8 milhões de reais apenas pelo aluguel do passe.

Não se sabe se é um valor corrigido em dólar, como seriam os salários mensais.

D’Alessandro, na verdade, passou a ser um peso, um estorvo, um incômodo para a atual diretoria.

Vamos ver agora como será a vida do Inter sem D’Alessandro, pouco dinheiro e muitas dívidas.

Prevejo tempestades sobre o Beira-Rio.

HENRIQUE ALMEIDA

O goleador do Coritiba no Brasileirão chegou a comer canapés no camarote do Beira-Rio. Sua contratação pelo Inter era certa. Hoje, o Inter desistiu do negócio em função de um suposto problema jurídico.

O Grêmio não vacilou e bancou a contratação de Henrique Almeida. Um duro golpe para os colorados.

Não lembro bem do futebol dele, mas ao menos é alguém que faz gols. Coisa rara.

Que entre logo em campo!

NILMAR

Mesmo depois de Henrique Almeida (uma aposta) estou sugerindo uma investida para contratar Nilmar. Isso, se ele estiver bem fisicamente e não for caro demais.

Nilmar, em forma e motivado, seria perfeito para esse esquema do Grêmio.

Talvez o negócio não desse certo, mas que deixaria um pessoal conhecido aqui da praça alvoroçado, deixaria.

O primeiro a ser procurado pela imprensa seria o sogro colorado de Nilmar.

 

 

 

O desespero não é bom conselheiro

A duas semanas de estrear na Libertadores o comando gremista dá sinais de desespero.

Os negócios que foram tentados – talvez não apenas os divulgados, mas também outros que conseguiram ficar sob sigilo – não deram certo.

Acredito que boa parte das investidas esbarrou em valores, como parece ter sido o caso do zagueiro Henrique.

O fato é que o tempo foi passando, passando, e nada de reforços que realmente qualifiquem o time, principalmente em duas posições: meia e atacante.

A continuar assim, o Grêmio irá estrear contra o Toluca com Douglas no meio de campo e Éverton, que alterna no mesmo jogo boas jogadas e lances bisonhos, como foi aquele chute em que a bola saiu pela lateral. 

Os titulares para essas funções não vieram. E, a julgar pela insistência com o venezuelano Josef Martinez (vi um vídeo com lances dele, quase todos sem consequência), é melhor que não venha ninguém mesmo.

Se for para contratar jogador meia-boca que se aposte e que se insista com a gurizada da base.

O fato é que à medida em que o tempo passa mais aumenta o desespero, a ansiedade, a angústia.

E aí é meio caminho andado para contratações que não trarão nada de positivo.

Melhor a fazer agora é parar, respirar fundo, e seguir buscando jogadores que acrescentem, que somem, que não sejam mais nomes para onerar a folha de pagamento.

O desespero não é bom conselheiro.

A grande lição do 1º tempo em Caxias

O melhor do jogo ontem em Caxias foi a lição que o técnico Roger pode tirar do que aconteceu, e o que aconteceu a imensa maioria dos gremistas já antecipava: um trio de volantes para enfrentar o Brasil na abertura de um Gauchão é uma demasia.

Pra quem prepara um time para disputar a Libertadores não é apenas uma demasia, é uma perda lamentável de tempo. É também um conceito de futebol que não combina com o Roger que conhecemos após a saída de Felipão.

Esse jogo contra o Brasil, pra mim é quase um jogo-treino já que o foco, o objetivo, a obsessão de todos os gremistas que eu conheço, é vencer a Libertadores. Não disputar, vencer, pra ficar bem claro.

Era mais uma oportunidade para testar alternativas, novas possibilidades. Essa de escalar Edinho quase que como um meia é o que eu chamo de invenção. Roger deve ter seus motivos, porque se trata de um treinador capacitado. Mas é um treinador, e os treinadores costumam fazer dessas coisas. Lembro aqui o RG, o Douglas Costa, o Anderson, entre outros. 

São treinadorices que eles costumam impor a nós ‘leigos’.

O mais razoável, o mais sensato e mais útil seria começar um dos guris para compor a linha meia-atacante.

Lincoln seria o mais indicado. Talvez o Tontini, ou mesmo o Pedro Rocha, que acabou entrando no intervalo, numa correção de rumo de Roger.

O guri entrou no lugar de Edinho, que até foi bem dentro de suas limitações técnicas e táticas.

O primeiro tempo, então, provou o que a gente já sabia: o papel de Giuliano não pode ser exercido por um volante.

Espero que Roger tenha se convencido disso. Mas desconfio que não. Roger, lembrando, colocou Ramiro no lugar de Giuliano; Ramiro lesionou-se e ele colocou Moisés; e agora veio com Edinho pra cima de mim. Três volantes em sequência. Temo que ele possa insistir. Portanto, o negócio é torcer para que Giuliano esteja em plenas condições de enfrentar o Toluca.

Sem Edinho e com Pedro Rocha o Grêmio foi outro time. Até ali apenas Luan e Maicon – mesmo batendo cabeça com Edinho – jogavam realmente bem. Luan, inclusive, marcando o gol de empate após jogada com Maicon, este um volante inteligente e de boa técnica.

Luan ficou ainda melhor no segundo tempo. Aos 2 minutos, ele cruzou na medida para Everton fazer 2 a 1. Foi uma bela jogada de Luan. Grande jogada também foi a de Maicon, que encontrou Pedro Rocha livre para afundar a rede com um chute que foi uma execução do goleiro Martini.

COTAÇÃO

Grohe vacilou no gol do Brasil. Mas pior foi o sistema defensivo como um todo. O atacante fazer o gol com os pés dentro da pequena área numa cobrança de escanteio é uma várzea. Wallace ficou parado, olhando. 

Wallace Oliveira mostrou bom futebol. Leva jeito pra animador de auditório também. É um jogador com potencial pra crescer e se afirmar.

Geromel muito bem. 

Kadu bem na marcação, com direito a uma grande jogada ofensiva, que deixou Pedro Rocha em condições de ampliar.

Marcelo Oliveira, alguns grandes lances de ataque. Eficiente na marcação.

Wallace eficiente como sempre.

Maicon deu duas ótimas assistências. Ainda não está 100% fisicamente, mas ainda assim foi mais competente que Douglas na hora de colocar o atacante na cara do gol.

Douglas joga em outro ritmo. Está em outra ‘vibe’. Difícil entender por que Roger não colocou Lincoln na metade do segundo tempo. 

Éverton é um bom atacante, já mostrou isso. É boa alternativa para um titular que ainda não existe no clube.

Luan o melhor do time.

Pedro Rocha entrou bem, movimentação intensa. Boa alternativa, nada além disso.

Moisés de futebol discreto, mas aplicado. Jogador de grupo.

Ah, já ia esquecendo. Tem o Bobô que… Melhor esquecer.

A quem interessar possa

Fui uma das milhares de vítimas do temporal que arrasou boa parte da cidade.

Perto de minha casa um poste quebrou rente à calçada -incrível- e está sustentado por fios.

Bem, foram 38 horas sem energia elétrica. 

Felizmente, a energia voltou a tempo de poder conferir Grêmio x Brasil.

Vejo muita gente indignada com o time escalado por Roger.

Roger perde boa oportunidade de descobrir novas possibilidades.

Parece satisfeito com as antigas.

Se a energia não cair, vou assistir ao jogo e depois escrever algumas linhas acompanhadas de um chimarrão. 

Lincoln, Bobô, Bressan e o empate em Chapecó

Considerações rápidas e objetivas sobre o empate do Grêmio B contra o Avaí, 2 a 2.

Lincoln mostrou que merece continuidade. Com mais confiança, melhor entrosamento, ele vai ganhar um lugar no meio de campo.

Não chegou a ser brilhante, mas cobrou a falta que resultou no gol de Bressan, um cruzamento na medida para o zagueiro meter de cabeça.

Depois, sofreu o pênalti que deixaria o Grêmio com 3 a 1 no placar a poucos minutos do final. Ou seja, três pontos e a liderança do grupo.

Aí, aconteceu o fator Bobô.

Lincoln sofreu o pênalti e colocou a bola debaixo do braço. Parecia dizer ‘é comigo essa bronca’.

Mas havia uma pedra no meio do caminho. Experiente, Bobô pegou a bola do guri.

Fez uma cobrança ridícula. Atrasou a bola para o goleiro. 

Na sequencia, gol de cabeça, o segundo em dois jogos, do adversário. Final: 2 a 2.

Em resumo: o Grêmio segue precisando de um goleador e agora também de um reserva.

Bobô realmente não serve. Não foi só pelo pênalti, foi pelo que ele fez no jogo. Nada.

Até André Lima, que marcou 16 gols no ano passado, seria mais útil como opção.

A continuar assim, logo, logo Braian voltará a ter oportunidade.

No mais, boas atuações para um time sem muito entrosamento e em início de temporada. Edinho, autor do primeiro gol, foi um destaque.

Agora, imperdoável a falha de Bressan no primeiro gol do Avaí. William, um aipim de carteirinha, girou sobre ele e saiu pelo único lado que ele sai, o direito. Deixou Bressan na saudade e bateu forte como deve bater um centroavante.

Então, há jogadores que a gente sabe que mais cedo ou mais tarde vão enterrar o time. Bobô e Bressan são dois exemplos.

A gurizada em campo na Primeira Liga

A Primeira Liga pode não dar certo. É um risco. Mas que graça tem a vida se não corremos alguns riscos de vez em quando?

Sei que os clubes são desunidos e que cada um pensa nos seus interesses, e isso pode resultar em rompimento mais adiante.

Mas o simples fato de desafiar a CBF os feudos regionais já me torna um ser um tanto mais feliz.

Infelizmente, setores da mídia aqui no RS amado – e não se vê isso em outros Estados – se posicionam frontalmente contrários ao projeto capitaneado pelo Romildo Bolzan e outros. Claro, a gente entende: é preciso agradar o patrocinador acima de qualquer coisa.

Eu acredito que a Primeira Liga vai dar certo. Até já está apresentando alguns resultados, basta ver a preocupação dos homens da CBF e da rede de TV, ameaçada de perder exclusividade para beneficiar Corinthians e Flamengo.

As coisas estão mudando.

Aqueles que são contra, hoje, saberão se encostar rapidamente ao lados vencedores.

A Primeira Liga, pra mim, já se justificou minimamente. Graças a ela terei chance de ver e avaliar os guris da base que estão nesse time da transição.

Não entendo por que gente que também quer ver a gurizada tendo chance se mostra irritada e revoltada contra a decisão da diretoria gremista de escalar um time reserva contra o Avaí.

Se fosse na Arena, até entendo.

O que menos me interessa é ser campeão desse torneio dito ‘amistoso’ pela CBF.

Quero ver a gurizada em campo, porque é nela que deposito a esperança de ser tri da América.

Se esse pessoal não der boa resposta – e isso veremos nesses jogos da Liga e do Gauchão – as chances de título irão diminuir radicalmente.

Então, aplaudo a escalação de reserva.

Só acho que deveria haver mais jovens da base nesse time que começa contra o Avaí em Chapecó.