Choque de gestão no Grêmio e a derrota colorada

Para quem está acostumado a perder na Vila Belmiro, o empate por 1 a 1 no sábado até foi um bom resultado.

Segue valendo a receita ‘vitória em casa, empate fora’ para ficar na ponta de cima da tabela.

Agora, se um clube ambiciona algo mais, é fundamental obter vitórias também fora. E o jogo contra o Santos sem Neymar e Muricy seria para somar três pontos, mesmo considerando o fator local.

Por isso, um sentimento de frustração com o empate e a sensação de ter perdido dois pontos, não de ter ganho um, o que em condições normais – Santos completo – seria ótimo.

Se a frustração fosse apenas pelo resultado, até seria mais suportável. O problema é que o Grêmio comandado pelo consagrado Vanderlei Luxemburgo continua jogando uma bolinha de dar dó.

Afora alguns lampejos de Vargas, Zé Roberto e Elano, o Grêmio reafirmou suas característica de time que parece não ter sangue correndo em suas veias.

A cada jogo, o que se vê é um grupo de jogadores cumprindo sua obrigação como o funcionário que bate o ponto, faz a sua parte sem olhar para o colega do lado, sem se envolver realmente com o trabalho, cumpre o horário e vai embora contando os dias para pegar o contra-cheque no final do mês.

É assim que eu vejo esse Grêmio do Luxemburgo: um time de profissionais corretos, alguns até interessados e mais esforçados, mas a maioria sem envolvimento com a causa da ‘empresa’.

Fora isso, é inegável que alguns desses profissionais não são tão eficientes no cumprimento de suas funções.

Então, a meu ver, está cada vez mais claro que além de falta de qualidade individual há um comando débil, que até agora se mostrou incapaz de mobilizar os profissionais para atingir as metas traçadas.

O grupo não é o ideal, mas está no nível dos demais grandes clubes. Portanto, um comando mais ativo, mais agregador, mais focado, com certeza teria condições de extrair mais de cada profissional.

Em resumo, o Grêmio está precisando de um choque de gestão no futebol.

INDIVIDUALIDADES

Dida: sem culpa pelos gols que vem sofrendo e não pode ser condenado por não defender pênaltis; o que está acontecendo não passa pelo goleiro, assim como não passava por Marcelo Grohe e Victor.

Pará: é um jogador esforçado, útil, que até poderia ser titular de uma equipe melhor organizada e compenetrada, o que não é o caso do Grêmio desde a  campanha com Renato Portaluppi no Brasileirão de 2010;

Werley: um zagueiro eficiente pedindo um companheiro no mínimo de seu nível;

Bressan: zagueiro jovem que está dando uma resposta boa, mas ainda não à altura de titularidade;

Alex Telles: outro jogador jovem, com enorme potencial, mas que corre o risco de se perder, assim como outros, se o time continuar desorganizado e pouco unido em campo;

Temos, então, uma defesa instável, inexperiente. É preciso contratar ao menos um grande zagueiro, um Lugano, alguém para colocar ordem na cozinha.

Adriano: um volante correto, bom marcador, interessado e brigador.

Souza: é outro que está se perdendo num esquema se não se firma e que acaba prejudicando individualidades;

Elano: a impressão que ele passa é de ser o típico funcionário se limita a fazer a sua parte, sem maior envolvimento, sem dar aquele 110% necessário muitas vezes.

Zé Roberto: joga mostrando indignação diante dos erros que vê em seu entorno. Luta muito, se entrega, joga quase todo o tempo acima dos 100% de aplicação. Mas é um só.

Barcos: é outro que faz a sua parte, o resto não é com ele. Quem o viu no Palmeiras sabe que ele joga muito mais do que vem jogando. A continuar assim, deve ir para a reserva buscar a motivação e o entusiasmo que se perderam logo após a sua estreia.

Vargas: driblador, atrevido, ligeiro. Enfim, um atacante perigoso, mas estou cada vez mais convencido de que está muito próximo de ser mais um peladeiro. Agora, num esquema mais ajustado e com um Barcos mais participativo e eficaz, ele pode render mais. Sábado, ele driblou dois e quando podia recuar a bola para Kleber que vinha de trás, livre, chutou de esquerda, muito mal. Coisa de jogador fominha e peladeiro.

A conclusão é que o time precisa de reforços, que podem encontrados na base, mas não mais no Juventude. Um clube de terceira divisão não pode ser transformado em principal fornecedor do Grêmio.

INTER E A LIPOASPIRAÇÃO

Se o Grêmio merece críticas pelo que jogou no empate com o Santos, o que resta ao Inter?

Perder em seu reduto para um dos mais fortes candidatos ao rebaixamento é algo muito próximo de um vexame.

Os colorados que aqui neste espaço gorjeiam quando o Grêmio vai mal, hoje silenciam como sabiás envergonhados e, o que é mais importante, preocupados.

A tal projeção de acumular gordura nas primeiras rodadas contra adversários fracos – o próximo é a Portuguesa – sofreu uma rápida lipoaspiração.

O Inter chegou a estar perdendo por 2 a 0 para o modesto time do Bahia. Um time modesto com um treinador que merece muita atenção, o Cristóvão.

Muriel falhou no segundo gol.  Mas o que dizer da zaga tão festejada no Gauchão. Foi só melhorar um pouco o nível dos adversários, e de arbitragens longe da influência de Noveletto, para que problemas aflorem ao natural.

A rodada termina com gremistas e colorados preocupados.

SELEÇÃO

Já escrevi e repito: Felipão repete o erro de Mano. Escala um time faceiro. O Brasil vive uma crise de valores individuais. Por isso, o mais sensato, é armar um meio de campo forte na marcação com alternativas para jogar em velocidade nos contra-ataques.

Se Felipão continuar traindo sua biografia de técnico que sabe armar sistema defensivo como poucos vai seguir rumo ao abismo, e com ele a Seleção.

Ibsen, o frasista e o efeito 1983

O ex-deputado Ibsen Pinheiro é um grande frasista.

Na Zero Hora deste sábado, Ibsen mostrou que além de grande frasista, é um grande ressentido.

Com a habilidade que acompanhei de perto na redação da Folha da Tarde, na longínqua esquina dos anos 70 e 80, quando ele assinava uma coluna no jornal e eu fazia setor do Grêmio e/ou do Inter, Ibsen criticou o Barcelona por praticar um futebol de posse de bola, sem objetividade ofensiva, reproduzindo parcialmente um texto publicado na revista Goool antes do confronto entre espanhóis e alemães.

Não entro no mérito dessa manifestação oportunista – e quem não é oportunista ao opinar sobre futebol? -, até porque concordo que o ideal é unir talento, força e pragmatismo para conquistar títulos.

O que interessa aqui é destacar que mesmo um grande frasista comete equívocos e deslizes.

Por exemplo, no tempo em que Ronaldinho era apenas Ronaldinho – sem o Gaúcho – e jogava com alegria – então autêntica -, buscando seu espaço no time titular do Grêmio, Ibsen, movido talvez por despeito, desdenhava dos que viam no guri um futuro craque.

– Não se sabe nem em que posição ele joga -, repetia com a mesma sabedoria ‘Carletiana’ que um dia comparou Messi a Taison.

O tempo tratou de mostrar em qual posição Ronaldinho jogava.

O tempo segue revelando o quanto doeu e continua doendo nos colorados o título Mundial de Clubes conquistado pelo Grêmio em 1983.

É do Grêmio o primeiro título mundial obtido pelo futebol gaúcho. E isso nunca poderá ser alterado.

“O primeiro é o que fica para a história”, sentenciou Fábio Koff.

Escancarando sua dor por não ter visto o grande Inter dos anos 70  – e foi grande mesmo, mas só no Brasil – alcançar o topo do futebol mundial, Ibsen escreveu que o seu clube não foi campeão do mundo porque não havia campeonato mundial – sugerindo que ainda não havia o tal campeonato com a chancela da Fifa, a mesma entidade que um dia rebaixou o Inter para a segundona por calote.

Ibsen revela aí um aspecto que eu desconhecia em sua personalidade: a inveja do Corinthians.

Sim, porque para ser campeão do mundo é preciso antes conquistar a Libertadores.

A isolada exceção é o Corinthians, campeão do mundo num torneio arranjado pela vetusta Fifa, sem passar pelas agruras da Libertadores.

Então, com o melhor time de sua história, o Inter não conseguiu conquistar a Libertadores.

Coube ao Grêmio suprir essa lacuna na história do futebol gaúcho.

É por isso que o Grêmio não pode deixar de comemorar os 30 anos dessa conquista inédita.

É por isso que eu continuo me deliciando com a minha cervejinha.

A 1983, além de saborosa, não deixa ninguém esquecer que o Grêmio é o primeiro campeão mundial de clubes do Rio Grande do Sul.

O resto é frase de efeito.

CORNETA

http://www.cornetadorw.blogspot.com.br/2013/06/ibsen-pinheiro-tira-america-do-sul-do.html

Boas notícias e o goleiro sortudo

A semana termina com duas boas notícias, ao menos para o Grêmio.

A primeira boa notícia (diria excelente notícia) é a lesão de Marco Antônio. Custei a acreditar que ele se lesionou quando treinava no time titular para enfrentar o Santos, porque ele não pode mais ser titular no Grêmio, nem por poucos minutos.

Escrevi dias atrás que considero o Grêmio candidato ao título, desde que consiga uns dois ou três reforços, que até podem ser jogadores da base se afirmando como titulares, e que Luxemburgo faça o time engrenar.

Agora, se o Luxemburgo insistir com MA como primeira opção de reserva para o meio de campo, retiro tudo o que escrevi.

A boa notícia, portanto, é que MA se lesionou, e de novo lesão muscular, porque lesão por choque físico ele nunca deve ter sofrido simplesmente porque ele se livra da bola antes que qualquer adversário se aproxime.

Outra boa notícia, extraordinária notícia, é a demissão de Muricy.

Muricy, Felipão e Luxemburgo são os técnicos mais vencedores em atividade do futebol brasileiro.

Assim, enfrentar o Santos sem Muricy e, claro, sem Neymar, é uma dádiva. Jogo para somar três pontos.

Até porque não joga MA – fica fora pelo menos por dez dias -, e sim Adriano, que sabe tudo sobre a Vila Belmiro.

O SORTUDO

Victor já foi considerado um goleiro sem sorte.

Cansei de escrever aqui que sou admirador do Victor. É, sem dúvida, um dos melhores goleiros do futebol brasileiro.

Não gostei quando ele foi vendido, mas acabei concordando em função do dinheiro que o clube recebeu e porque havia Marcelo Grohe esperando uma chance de ser titular.

Victor provou que tem sorte, embora se saiba que a sorte pode ser duradoura, mas dificilmente é eterna.

De uns tempos para cá, Victor anda com sorte. Primeiro, teve a sorte de sair do Grêmio onde boa parte da torcida não gostava ele – e até hoje torce contra ele para poder dizer que tinha razão.

Teve sorte também porque saiu do Grêmio na hora certa, porque até hoje o seu ex-clube não conseguiu afirmar-se plenamente.

Por fim, teve sorte de ir para um clube que investiu e investe muito para voltar a conquistar títulos.

Além de tanta sorte, muita competência.

(Já o Grohe também teve competência, tanta que me fez esquecer Victor, mas faltou-lhe sorte, porque apareceu um Luxemburgo em sua vida para interromper sua ascensão).

Victor, defendendo pênalti de forma sensacional com as pernas, garantiu a continuidade do festejado Atlético Mineiro – até pouco tempo o preferido de dez entre dez colorados – na Libertadores.

Por detalhe esse time tão poderoso não foi eliminado dentro de sua própria casa.

E graças ao Victor.

Torço por ele – mas assim de leve -, porque torço muito mais contra o Atlético.

Na verdade, eu seco o Atlético.

Acho que não preciso explicar por que.

FORLAN

O Inter venceu com méritos o Criciúma. Fez o dever de casa.

Só não entendi a forma como Forlan saiu de campo, com gestos manifestando irritação com a substituição.

Curioso isso. Medalhão acha que tem direito de ficar em campo mesmo não jogando bem.

Agora, esse fato, somado a outros envolvendo Dunga, aponta que as coisas não estão tão serenas no Inter quanto nos fazem acreditar.

Nova condenação da família Assis Moreira

Quanto mais dinheiro, maior o desprezo pelos ‘simples mortais’.

A família Assis Moreira construiu um muro em sua mansão para aterrar uma área para construir um campo de futebol.

A pressão da terra foi tão grande que o muro – construído sem alvará – desabou e atingiu violentamente a casa vizinha.

Apesar de toda a grana que possui, a família Assis Moreira achou por bem que não tinha que indenizar o vizinho, que foi obrigado a recorrer à Justiça, que tarda e por vezes falha, mas também é muitas vezes justa.

A indenização total é de 500 mil por danos materiais e morais.

Vale a pena ler a decisão magnífica e exemplar do juiz Alex Gonzalez Custódio, a quem envio meus cumprimentos.

Abaixo transcrevo um trecho da decisão e o link de onde extraí a informação, o blog gremistasempre.blogspot.com.br:

http://gremistasempre.blogspot.com.br/2013/05/justica-castiga-familia-assis-moreira.html?spref=tw

Parte da decisão judicial:

O feito comporta julgamento antecipado, não sendo necessária a produção de outras provas, fulcro no art. 330, inciso I e II, do Código de Processo Civil.

Constata-se a desconsideração e o desrespeito que o dinheiro e fama em excesso podem causar em uma pessoa, mesmo com seus vizinhos, em total descaso, mesmo conscientes de que causaram prejuízos a terceiros, necessitando essas pessoas virem a Juízo buscar a satisfação de seus direitos.

E não é a primeira vez que isso ocorre!

Os requeridos entendem estarem acima da lei e da Justiça, ocultando-se para não serem citados, como bem comprova a certidão do Oficial de Justiça, em Notificação interposta pelos autores, a fls. 109-verso dos autos, em que suspeitava que o Sr. Roberto de Assis Moreira estava ocultando-se para impedir o cumprimento de ordem judicial.

Também não é a primeira vez que isso acontece nesse Juízo!

Em nova tentativa de notificação do Sr. Roberto de Assis Moreira, o Oficial de Justiça certificou a dificuldade de acesso ao condomínio em que reside o réu, com nova suspeita de ocultação, fl. 114-verso, somente sendo notificado na pessoa do seu Procurador, conforme se constata a fl. 117-verso.

Repiso o que afirmei em Sentença anterior com relação a postura e conduta do Sr. Roberto de Assis Moreira: é pessoa tão comum quanto um gari que recolhe os dejetos na frente do Forum! Não é sua condição financeira que determina quando e como ele possa ser citado, intimado ou notificado.

O mesmo se diga de suas irmãs, conforme as certidões dos oficiais de justiça descrevem!

Ressalte-se que essa desconsideração com a Justiça chega ao ponto de ter a família Moreira que ser defendida pela DEFENSORIA PÚBLICA, em razão de não se conseguirmos localizá-los, mesmo depois de inúmeras tentativas, esquivando-se de citações e intimações, como se isso pudesse livrá-lo de responder pelo evento lesivo decorrente do colapso do muro edificado por eles.

Gordura, celulite e lipoaspiração

A delirante projeção de vencer quatro jogos seguidos no início do Brasileirão não resistiu a0s primeiros 15 minutos do jogo em Salvador. O Vitória fez dois gols, entrando com facilidade na área da festejada dupla Moledo/Juan. O Inter correu atrás e conseguiu empatar.

O empate – e não há desonra em empatar na Bahia – acabou sendo um ótimo resultado, mas comprometeu os cálculos otimistas de certos setores da crônica esportiva que falavam em gordura a ser acumulada antes da Copa das Confederações.

Cálculos esses feitos a partir de uma premissa traiçoeira, fundamentada em jogos contra o Santa Cruz – um time da série C – e outros de séries ainda inferiores.

Temos então que o Inter começou passando por uma lipoaspiração.

Pelo que jogou no segundo tempo, o Inter mostrou que pode começar a acumular gordura já contra o Criciúma, mas dificilmente será como esperam seus admiradores.

Já o Grêmio, que não foi brindado por gorduras, celulites e nada parecido, fez o que tinha de fazer: venceu o Náutico.

Fosse em sua casa de verdade, a Arena, acredito que a vitória teria sido por vantagem maior. O público seria pelo menos o dobro. Afinal, depois de meio ano, o Grêmio faria seu primeiro jogo num domingo à tarde em sua nova casa.

O placar de 2 a 0 foi justo. O Náutico pouco ameaçou, e o Grêmio criou algumas boas oportunidades.

Agora, mais uma vez não gostei do que vi.

O Grêmio ganhou muito mais em função da maior qualidade de seus jogadores, em especial Zé Roberto. Há muita condução de bola, poucas jogadas trabalhadas, excesso de passes errados, como se os jogadores tivessem se conhecendo agora.

Os chutes de fora da área pareciam mirar o pipoqueiro na arquibancada. Os chutes que foram a gol eram fracos, colocados, fáceis para o goleiro Felipe.

É preciso considerar que o time vem de um trauma que só será superado com um pouco mais de tempo. A eliminação prematura da Libertadores mexeu com todos, inclusive com os profissionais. Abalou a confiança, que só será recuperada com vitórias e, se possível, boas atuações.

Como disse o Luxemburgo, cada jogo é uma decisão. Portanto, são mais 37 decisões pela frente.

O importante é pontuar e se manter sempre na ponta de cima da tabela, e deixar que outros se preocupem em acumular gorduras.

REFORÇOS

O primeiro reforço é garantir Kleber. Estou convencido de que, em forma e com moral, Kleber não deve nada a Barcos e a Vargas. O mesmo vale para Marcelo Moreno.

O campeonato é longo e Kleber deve ser mantido. A não ser que venha outro de igual ou superior qualidade.

Os outros atacantes do grupo são duas promessas, Lucas Coelho e Mamute, e um mistério, Welliton.

Garantido Kleber, é fundamental contratar um zagueiro, um grande zagueiro, que chegue e saia jogando.

Se for possível, que se mantenha Fernando. Caso contrário, que venha outro de bom nível, que até pode ser o Rodrigo Souto, 29 anos, do próprio Náutico. Pensando bem, Rodrigo Souto poderia se contratado mesmo que Fernando fique.

Gérson, zagueiro destaque da base, poderia ser testado como primeiro volante, já que seu problema parece ser a altura, inferior a 1m80.

Fora isso, como André Santos está mesmo saindo, um lateral-esquerdo com muita qualidade ofensiva e um lateral direito também eficiente no apoio.

CERVEJA

Atendendo a inúmeros pedidos, inclusive de outros estados, estou lançando mais um lote das cervejas campeãs, talvez o último. Portanto, quem quiser a 1983, a Kidiaba, a Mazembier e a Olímpica, que se mexa.

Quem pede recebe, que se desloca tem preferência.

Não tenho como avisar um por um dos que pediram as cervejas.

Bem, são cervejas tipo pilsener, estilo cerveja tcheca, de qualidade superior.

São long neck.

O kit presente, com quatro unidades – a escolher -, custa 38 reais.

Caixa com seis – também a escolher – custa 48 reais.

Pedidos: ilgowink@gmail.com

Grêmio candidato e o prejuízo pela interdição

O Grêmio mais uma vez vai brigar pelo título do Brasileirão. Já o Inter outra vez será apenas um coadjuvante.

No ano passado foi assim e tudo indica que a história irá se repetir. O Inter deverá ficar ali pela 12ª colocação, enquanto o Grêmio vai de novo para a ponta de cima da tabela e, se contratar ao menos um grande zagueiro, terá tudo para ser campeão.

Não escrevo isso por soberba – até porque a tal soberba atribuída aos gremistas durante longos 23 anos passou para o lado vermelho desde o título mundial sobre o Barcelona.

Pode até ser um pouco de loucura minha, desespero por completar mais de uma década sem grande título. Ou simplesmente desejo. Mas eu acredito que o Luxemburgo tem condições de levar esse time, também aproveitando mais a base e afastando alguns jogadores que só comprometem, ao título brasileiro.

É claro que se Luxemburgo não mudar sua atitude e seu pensamento a respeito de alguns jogadores, ficará mais uma temporada dando explicações e repetindo que ‘as derrotas pertencem aos campeões’.

E o atual campeão gaúcho? Qualquer projeção isenta que se faça não pode ignorar um dado muito importante: o Inter não terá um jogo sequer em sua casa verdadeira, o Beira-Rio. De certa forma, será sempre um visitante, um andarilho.

Se o Inter ainda tivesse um super time, até poderia superar esse fator. Não é o caso. O time colorado é bom, mas não o suficiente para enfileirar quatro vitórias seguidas -conforme preconizam alguns setores da imprensa-  seja contra quem for. Até porque as arbitragens do Brasileirão não são tão benevolentes quanto as do Gauchão, do qual o Inter saiu sem um cartão vermelho sequer, o que por si só merece ao menos um mínimo de reflexão.

Então, Dunga terá de fazer milagre e contar com uns dois ou três reforços de qualidade para brigar ao menos por uma vaga na Libertadores de 2014.  Ah, e não pode perder Damião, que pela terceira janela seguida está ‘praticamente vendido’ por uns 20 milhões de euros.

Sobre perdas, o ideal é que o Grêmio pudesse manter Fernando até o final do ano. Se ele sair, terá de vir outro volante com boa pegada na marcação e alguma qualidade no passe.

CANDIDATOS

Os rivais do Grêmio na corrida pelo título são Atlético Mineiro, Corinthians e Fluminense. O Santos, se não vender Neymar, também é candidato. E é só.

Os demais são figurantes.

Candidatos ao rebaixamento: Bahia, Portuguesa, Vitória, Criciúma, Náutico, Atlético PR e Vasco.

PREJUÍZO

Elano falou hoje na coletiva sobre a falta que fez na Libertadores a torcida não ter ocupado aquele espaço de oito mil lugares na Arena.

A culpa da interdição deve-se ao lamentável episódio da queda do alambrado.

A Polícia Civil está indiciando os engenheiros, dois deles da OAS, a parceirona mui amiga do Grêmio.

Os engenheiros serão indiciados por dois crimes: lesão corporal culposa e exposição de outras vidas ao perigo iminente.

Quem sabe mais um indiciamento: prejuízo irreparável ao Grêmio.

O que era para ser um muro de contenção era na verdade um peça frágil, mais apropriada, talvez, para uma sacada de um dos apartamentos que a empreiteira irá construir na área que o Grêmio valorizou.

Elano admitiu que sentiu a falta da torcida vibrando naquele local.

Então, parte da eliminação do Grêmio da Libertadores pode ser atribuída também a OAS.

E quem paga esse prejuízo?

Ninguém, é óbvio.

Mas é preciso deixar muito claro isso: a parceirona parece ter falhado de maneira inaceitável para uma empresa do seu porte e comprometeu a campanha do Grêmio na Libertadores. Pior que ela só o Cris.

Vejam:

Professor no Laboratório de Metalurgia Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Telmo Strohaecker, auxiliou o Instituto Geral de Perícias (IGP) e disse que o laudo mostrou que o guarda-corpo usado no setor onde fica a torcida Geral do Grêmio não tinha nem a metade do que é exigido para uma sacada normal, de um apartamento, por exemplo.

– Causou-me surpresa a liberação desse setor. Foi uma irresponsabilidade. Não deram a devida importância e não atenderam às normas. Liberaram um local que não tinha nenhuma condição de uso. O carregamento que ele suportava era menos que a metade do exigido nas normas da ABNT para uso coletivo. Quando for para ginásios ou estádios, tem que ser feito uma avaliação à parte. A norma é para uma casa de prédio. Mas quando é apara estádio exige cálculo específico – salientou o especialista.

Por fim, só uma perguntinha: o Corpo de Bombeiros não viu isso?

VIOLENTO

Bolívar foi eleito pelos jogadores o mais violento do futebol brasileiro. Em segundo, quem? Cris.

Depois, aparecem Pierre, Airton e Edinho. – quatro ‘gaúchos’ no top five.

Vejam esse lance do Bolívar, que nem recebeu amarelo e isso que não foi no Gauchão:

http://outroangulofotografia.blogspot.com.br/2011/11/sem-maldade.html?m=1

Um carrinho do Dinho no peito

Faça uma boa ação: leve um carrinho do Dinho no peito

O Instituto Desejo Azul é uma ONG que transforma a paixão pelo
tricolor em esperança. Ela busca realizar pequenos desejos de crianças
e jovens portadores de doenças graves, levando um alento gremista para
hospitais, UTIs e Centros Clínicos justamente naquele momento que os
pacientes mais precisam.

O problema é que o Instituto Desejo Azul precisa de grana pra
conseguir levar esperança. E é pra resolver este problema que o Dinho
e o Grêmio Libertador entraram de carrinho nessa história.

Dinho dispensa apresentações. O nosso Rei do Cangaço cansou de mostrar
as garras da chuteira pra conquistar títulos e glórias para milhões de
gremistas em todo o mundo. E cedeu sua maior marca registrada, as
marcas da sua chuteira, pra continuar conquistando alegrias para
milhares de crianças e jovens necessitados.

Para isso, emprestou seu nome, imagem e patada pra estampar uma
camiseta exclusiva e com edição limitada, com 100% do lucro destinado
para ajudar os pequenos tricolores do Instituto Desejo Azul.

Video da ação http://youtu.be/pjleZTvYNWU

Para comprar e fazer a sua boa ação, é bem fácil: acesse grem.io/kwH
para escolher o tamanho e pagar pelo Facebook mesmo. Qualquer dúvida,
manda email para vendas@gremiolibertador.com que a gurizada resolve.

É a sua chance de levar um carrinho do Dinho pra casa. Um símbolo da
raça e determinação na busca das vitórias.

O exemplo perfeito pra essa gurizada que luta todos os dias pela própria vida.

———

Quem é o Grêmio Libertador

É um coletivo de gremistas. Graças a Renato Portaluppi, Hugo de Leon,
Mazaropi, Tarciso, Tita, Osvaldo, Cesar, Danrlei, Arce, Dinho, Goiano,
Paulo Nunes, Jardel e outros heróis, tivemos a alegria de ver nosso
time ser duas vezes Campeão da América, em 1983 e 1995, e Campeão
Mundial em 83. Como canta nossa torcida “vamos seguindo a canção,
sempre em busca do Mundial”. Sempre pra cima deles, sempre tentando,
lutando até o final.

O blog é feito por gremistas, para gremistas. Sem bom-mocismo,
IRÔNICO, sarcástico, e muitas vezes incorreto. Um blog onde cada um
expõe sua opinião, por mais divergentes que seja. Um coletivo
anárquico-editorial contemporâneo, por assim dizer. E obviamente,
fanático pelo Grêmio, incansável na sua defesa e que vive de loucura.

O técnico preferido de Koff

Baixou o bicho carpinteiro em mim nesta terça-feira, dia seguinte ao anúncio de que Luxemburgo será o timoneiro na travessia do mar agitado e traiçoeiro do Brasileirão.

Inquieto e intrigado, fui atrás de algumas informações sobre o Grêmio e suas circunstâncias – parafraseando a dupla de atacantes da seleção espanhola da década de 50, Ortega y Gasset.

Brincadeirinha à parte, o fato é que saí por aí fazendo perguntas para algumas pessoas que vivem nas entranhas do clube e também nas adjacências.

Na verdade, depois de três anos – ou serão quatro? – voltei a dar uma de repórter.

Mas por que isso, logo agora? Por dois motivos, um deles é que um velho conhecido dos tempos de reportagem me telefonou dizendo que o Jairzinho, aquele, o furacão da Copa de 70 e descobridor de Ronaldo Fenômeno, queria um contato do Damião.

Jairzinho seria portador de uma proposta milionária pelo atacante colorado. Quer dizer, mais uma proposta ‘milionária’ sem fundamento, pensei com meus botões, meus melhores conselheiros, até porque não me contestam. Bem, passei o contato do procurador de Leandro Damião.

Sei, vão me chamar de traidor. Tudo bem. Mas eu tenho certeza de que o Inter mais perde do que ganha se vender Damião. Além disso, se o negócio for concretizado eu tenho a garantia de que darei o furo.

E nada mais atiça um repórter, mesmo aposentado, do que a possibilidade de um furo, ou seja, a notícia exclusiva, muito diferente do que alguns com mente mais bagaceira podem estar pensando com um sorriso maldoso.

É claro que não levo essa história a sério. Tanto que a estou contando aqui, o que poderá fazer com que Jairzinho passe a receber inúmeros telefonemas aqui do Sul e aí o meu eventua furo – repito, notícia exclusiva, em primeira mão – vai para o espaço.

Bem, acho que isso mexeu comigo. Fui atrás de informações sobre o Grêmio.

Vou revelar agora, nas linhas a seguir, a principal delas. Talvez vocês todos a conheçam e eu vou ficar aqui de marido enganado, o último a saber. Talvez vocês achem graça e saiam por aí rindo da minha cara.

Não importa. Vou informar agora quem o presidente Fábio Koff queria para treinador.

Quem pensou ou murmurou ‘Felipão’, como eu fiz, errou.

Também errou quem disse Mano, Renato e – toc-toc-toc – Celso Roth. Nenhum deles.

O técnico dos sonhos – ou pesadelos – de Koff antes de sucumbir diante da avalanche pró-Luxemburgo – da qual eu e mais meia dúzia não participamos – era…

Tchan, tchan, tchan, tchaaaaannnnn…

Dunga!

É claro que hoje o técnico preferido dele é Luxemburgo.

A FICADA

Acreditem, o Conselho de Administração não participou da decisão sobre a ‘ficada’ de Luxemburgo.

Nem o atuante e onipresente – em termos de mídia – Nestor Hein foi consultado.

Não sei se um ou outro dos seis vices não irá pedir desligamento.

Mas sei que há descontentamento.

FOGUETE

Custou caro ao Grêmio o foguete ou sinalizador ou rojão jogado no Gre-Nal por um irresponsável, um criminoso, no último Gre-Nal do Brasileirão passado, aquele em que o Grêmio foi incompetente para vencer o Inter mesmo tendo dois jogadores a mais.

O Grêmio vai estrear no Brasileiro fora de sua casa, sábado.

Além do mais, terá de ressarcir a OAS. Sabem por que? Porque os gênios que colocaram aditivos sem consultar os conselheiros aceitaram uma cláusula dizendo que o clube terá de indenizar a empreiteira com determinado valor a cada jogo que não puder ser disputado na Arena.

Agora, imaginem se outros irresponsáveis cometerem desatinos e a Arena for interditada por mais jogos.

Não, é melhor nem imaginar.

CRIS

A folha de pagamento do Grêmio hoje é de 8 milhões de reais por mês.

A ideia é baixar esse valor para no máximo 6 milhões.

Portanto, haverá muitos negócios em seguidinha.

Ah, Cris, pelo que soube e ainda custo a acreditar, vai receber novas oportunidades.

Já Marco Antônio vai exibir seu exuberante futebol em outro lugar.

NOVO FILME

Nosso Spielberg gaudério acaba de lançar outro vídeo pra atazanar a mídia:

A briga de Zini com Luigi. Não percam:

http://www.youtube.com/watch?v=LOT6-8CRoHw

Luxemburgo, Cris e as nossas escolhas

Ficar ou não ficar com Luxemburgo, eis a questão. Lendo e ouvindo alguns comentários de fonte vermelha, que insistem em colocar o nome de Celso Roth na roda, fico inclinado a manter o técnico de passado vitorioso e presente perdedor.

Pela lei das probabilidades, depois de disputar cinco competições e não erguer nenhum troféu a sinalização é que Luxemburgo está cada mais próximo de um título.

O problema é que esse título pode não vir ainda neste ano, o que é muito provável diante do quadro de incertezas e das nuvens escuras que pairam sobre o Olímpico e a Arena.

Eu não tenho todos os elementos para uma tomada de decisão racional. Também não integro o tal conselho de administração do clube – infelizmente para o clube e também para mim -, que hoje irá reunir-se para deliberar se Luxemburgo fica ou não fica.

Se prevalecer o emocional, Luxemburgo não continua. É fácil para alguém de fora, sem compromisso maior com a gestão, dar palpite ou opinião. Não terá de arcar diretamente com as consequências.

Uma questão que deve ser pesada: o Grêmio tem como bancar uma indenização de 6 milhões de reais?

Ouvi o dirigente Nestor Hein, sempre procurado e facilmente encontrado para dar entrevistas, dizer que essa indenização não seria obstáculo porque aí seria coisa de clube pequeno.

Sendo assim, se dinheiro não é problema – o que eu duvido – e considerando o trabalho de Luxemburgo até aqui, a tendência é de que ele será mesmo demitido.

Agora, eu tenho convicção de uma coisa: não fosse a indenização, Luxemburgo só voltaria a Porto Alegre para cuidar do seu negócio com vinhos.

ORIGEM

Já escrevi muitas vezes: nós somos responsáveis por nossas escolhas e por tudo o que resulta delas. Isso vale para o futebol e para todas as coisas.

Quando algo começa mal, é improvável que termine bem.

Quando Paulo Odone manteve Renato Portaluppi como treinador mesmo querendo outro, ele deu o primeiro passo para o seu fracasso em 2010.

É preciso aprender com os erros do passado. Mas nem sempre se aprende e os erros se repetem. No futebol isso é muito comum, rotineiro.

Dois anos depois, Fábio Koff fez a mesma coisa: ficou com um treinador que ele não queria.

Nas duas situações, os dirigentes estavam respaldados pela voz das arquibancadas.

Odone ainda tinha mais razão para manter Renato, que havia pego o time ameaçado de rebaixamento e o conduziu à ponta de cima da tabela, e isso sem contratações milionárias.

Se a atual direção ouvir de novo o clamor da torcida, a mesma que gritou ‘fica Luxemburgo’ – praticamente intimando Koff a renovar o contrato do treinador -, terá de demitir Luxemburgo.

Mas, seja qual for a decisão da reunião marcada para esta segunda-feira, que seja resultado de análise e avaliação sensata e racional.

Que o torcedor que existe em cada dirigente fique do lado de fora da sala.

BOLÍVAR

A eliminação prematura da Libertadores tem várias causas. Algumas subjetivas. Outras obscuras.

Mas há as causas bem objetivas, cristalinas. Por exemplo, o pênalti desnecessário cometido por Cris no jogo de ida contra o Santa Fé.

Sem o pênalti e o consequente gol, o Grêmio estaria classificado.

Hoje, ninguém estaria lamentando o gol perdido por Vargas no finalzinho do jogo na Colômbia.

Curioso: no dia seguinte ao jogo, setores da imprensa – aqueles já muito conhecidos – especularam que Vargas não ficaria mais no clube. E isso que Vargas teve boa atuação.

Não li ninguém especulando sobre a saída de Cris, Fábio Aurélio, Marco Antônio…

BOLÍVAR

Falando em Cris: no ano passado, eu sugeri a contratação de Bolívar, que estava deixando o Inter. Houve boatos de que ele poderia ser contratado pelo Grêmio. Houve rejeição total dos torcedores gremistas.

Bem, não veio Bolívar. Veio Cris.

Cris afundou e Bolívar é campeão no Rio com o Botafogo, aquele que ‘nunca chega’, mas que com Bolívar chegou.

Nesta segunda-feira, ele pode ser eleito zagueiro da seleção do campeonato carioca.

Nós somos responsáveis por nossas escolhas.

O grande culpado

A quem culpar? Preciso de alguém para culpar pela eliminação. Os foguetes da enorme comunidade colombiana que de repente apareceu em Porto Alegre não param de explodir nesta noite fria.

Estranhamente não sinto raiva. Só um sentimento de frustração, porque porque o meu lado emocional acreditava na vitória, na classificação, e até delirava na expectativa de um tri da Libertadores.

Já o meu lado racional há muito tempo previa que o resultado seria este: a morte no meio do caminho.

O Grêmio não jogou mal. Jogou o que vem jogando em média neste ano. Teve alguns raros momentos de um futebol reluzente e outros tantos de um futebol nada condizente com a qualidade individual da equipe.

Então, nenhuma surpresa. E isso é triste. Perder sem poder culpar o goleiro adversário por ter feitos defesas milagrosas; perder sem poder responsabilizar a arbitragem, por estar na gaveta ou por ser incompetente; perder sem poder cobrar dos atacantes uma série de gols perdidos; perder sem poder xingar o técnico que substituiu errado.

Enfim, quando não há ninguém especificamente para culpar pela derrota por 1 a 0 diante do Santa Fé  é um indício de que o fracasso aconteceu ao natural, consequencia de um equívocos sucessivos que resultaram nisso: a eliminação.

Não dá nem para lamentar muito porque o Santa Fé jogou melhor. Poderia ter marcado seu gol bem antes não fosse Dida. Sim, o criticado Dida fez pelo menos duas defesas monumentais. Uma delas, pouco antes do gol colombiano, dificilmente outro goleiro em atividade faria.

Então, não dá também para culpar o goleiro. Pelo contrário.

Mas eu preciso encontrar um culpado. Poderia apontar a dupla de área que foi envolvida no gol colombiano e que em outros lances do jogo mostrou fragilidade.

Mas aí seria preciso responsabilizar também, por questão de justiça, os meias que quase nada criaram e os atacantes que pouco concluíram. Quem sabe culpar o Vargas, que perdeu o gol no minuto final?

Se é difícil apontar um ou mais culpados pela derrota nesse jogo na altitude – aliás, o time resistiu muito bem no aspecto físico -, não há maiores problemas para indicar o responsável pela trajetória vacilante e irregular da equipe nesta temporada: Vanderlei Luxemburgo.

Além de não ter conseguido dar um padrão de jogo ao time, Luxemburgo é quem trouxe o zagueiro Cris. E, como se sabe, Cris foi expulso no jogo em Porto Alegre após fazer um pênalti absolutamente dispensável, que resultou no gol dos colombianos.

O gol que tornou mais fácil a vida do Santa Fé e que, no final das contas, resultou em sua classificação.

Não fosse Cris, o Grêmio teria vencido por 2 a 0 ou até mais, porque não ficaria com um jogador a menos, e hoje estaria classificado o modesto Garcilasoper.

Chego ao final dessas linhas sem encontrar um culpado pela derrota na Colômbia, mas sem nenhuma dúvida de que o maior culpado pela eliminação prematura é o treinador Luxemburgo.

Já a minha culpa foi ter permitido que a emoção dominasse a razão. Foi ter acreditado no título mesmo tendo escrito já faz tempo que o Grêmio com Luxemburgo no comando não seria campeão da Libertadores.

Mas, o que fazer? No futebol, a emoção sempre fala mais alto.

Vem aí a Copa do Brasil e o Brasileirão. A vida continua.