Grêmio empata de novo e dá sinais de que nada vai mudar

Ainda vamos sangrar muito até que o presidente Romildo encare a realidade e tome as medidas necessárias para que o Grêmio se classifique para a série A ainda nesta temporada.

De empate em empate, vamos morrer na beira do mar, sempre acreditando que na próxima rodada o time deslancha.

No caso do Grêmio o 0 a 0 diante do Vasco da Gama, em São Januário, manteve a ilusão de que é possível confirmar a vaga acumulando empates intercalando com algumas (raras) vitórias e derrotas previsíveis.

O empate desta noite por um lado foi positivo, porque o time precisa somar pontos para chegar vivo nas últimas rodas e em condições de brigar pela quarta vaga;

por outro é danoso, porque permite que o presidente Romildo, bem ao seu estilo de empurrar com a barriga, postergue a adoção de medidas urgentes, como mudanças na comissão técnica, aquelas que venho defendendo aqui.

Aqueles que estão sendo questionados e citados como substituíveis já estão se defendendo, o que é natural, porque a pressão externa e interna é grande. O vice Dênis Abraão, talvez por falta de coisa melhor para dizer, destacou que o “hoje o Grêmio estreou na série B”.

Ora, não vi nada que justifique essa frase que tem por objetivo passar otimismo e confiança ao sofrido torcedor gremista, ao mesmo tempo em que garante mais alguns dias no comando do futebol.

Já o treinador Roger Machado não deixou por menos: “Talvez tenha sido nosso melhor jogo até o momento”. É outro que quer ganhar tempo, o que é legítimo, mas quem perde com isso é o clube, que precisa de um choque de gestão para buscar resultados compatíveis com a sua grandeza.

Sobre o jogo, de novo uma irritante insuficiência técnica nas conclusões e no acabamento de jogadas. Do meio para a frente quase ninguém se salva. Já o sistema defensivo está seguro, mas ainda assim por detalhe o Vasco não ganha o jogo na reta final. Aliás, o crescimento vascaíno a partir dos 40 minutos é efeito das substituições equivocadas do técnico, que tem errado nesse quesito.

Grêmio empata de novo, indicando que mudanças são necessárias e urgentes

No dia 25 preconizei e defendi neste espaço a adoção de providências radicais para tirar o Grêmio do buraco em que se meteu desde a reeleição (por aclamação) de Romildo, quando a derrocada começou.

Em vez de medidas paliativas, soluções amargas. Defendi mudanças urgentes no departamento de futebol: a começar pelo vice Denis Abraão.

Hoje, após o empate com o Vila Nova, ele praticamente assinou seu desligamento ao dizer que não sabe explicar o que está acontecendo. Se ele que vive o dia a dia do futebol gremista não sabe o que está ocorrendo, quem vai saber?

São poucos os nomes com preparo e experiência para assumir essa missão agora. Conforme escrevi, Preis e Ico Roman são os mais indicados.

A substituição do ‘homem forte’ do futebol precisa ser acompanhada da troca da comissão técnica. Roger Machado dificilmente vai extrair mais do grupo atual. Por outro lado, quem poderia substituí-lo? Sugeri dois nomes: Renato (favorito nas redes sociais), e Cuca.

Tanto para o comando do futebol como do time, será necessária uma engenharia política, muita habilidade e humildade principalmente para o cargo de vice de futebol.

No caso de Renato, também há arestas a serem aparadas. Será que a frase aquela de que um chamado do Grêmio é uma convocação terá validade em relaçao à direção atual e seu Conselho Administrativo?

QUEDA?

Há informações de que Roger pode cair nas próximas horas. Duvido. Não é o modo Romildo de operar. Velocidade não é o forte de Romildo, que faz mais o estilo empurra com a barriga ou mata no cansaço.

Bem, seja quem for, o técnico gremista terá problemas para enfrentar o Vasco, quinta-feira à noite, no Rio. VilllaSanti e Campaz foram convocados para suas seleções. O primeiro fará muita falta.

O JOGO

O Grêmio até que construiu algumas boas jogadas. Biel perdeu uma chance clara ao chutar sobre o goleiro, mostrando que não é um matador.

O tricolor teve um gol anulado, num lance muito discutível. Era jogada para ser conferida com o VAR. Mas, decididamente, o Grêmio não conta com a simpatia das arbitagens. Será que o Chico Noveletto tem alguma coisa a ver com isso.

O Vila Nova também criou situações, numa delas Bruno Alves evitou o gol com o peito, com a bola ainda batendo na trave.

De resto, foi mais um jogo ruim de série B, com uma atuação irritante do Grêmio, que a continuar assim não termina entre os quatro primeiros.

Grêmio é Tri da Recopa/RS

A Recopa estadual não significa grande coisa, mas é minha, digo, é nossa. Por isso, deve ser comemorada e exaltada, como costumava fazer a mídia colorada quando o título desse torneio de um só jogo caía no colo vermelho.

Portanto, quero isonomia. Exijo o mesmo alarde agora que o título ficou com o Grêmio mais uma vez. O Grêmio é Tri da Recopa.

Não me critiquem. Quero viver a ilusão deste momento, antes de voltar à nossa realidade, tão cruel nos últimos tempos. Quero festejar, mesmo que discretamente, esses 5 a 0 sobre o Glória.

Independente do adversário, um time modesto, com um pouco de boa vontade e menos ranço é possível extrair alguma coisa de positivo desse jogo em Vacaria.

A começar pelo retorno de Kannemann. O argentino, decididamente, dá um outro tom para o sistema defensivo. Ele é a garra que anda faltando. Com ele, o time titular vai render mais do que vem jogando.

Outra atuação que me deixou mais esperançoso foi a do Campaz, jogando com mais liberdade pelo meio, caindo para o lado esquerdo, driblando, marcando e até articulando um pouco.

Outro que se destacou foi o Janderson, que fez um belo gol de bicicleta, e participou de outros três, inclusive sofrendo um pênalti que Campaz cobrou com precisão. Vamos ver se diante de adversários mais fortes ele repete o desempenho desta noite.

Importante frisar que o aproveitamento ofensivo do GRêmio foi muito alto, quase 100 por cento. Se o time seguir assim entra logo no G-4.

Por fim, foi bom ouvir o hino tricolor na entrega do troféu, como observou o parceiro Rodrigo Severo na seção de comentários do post anterior.

Grêmio precisa de mudança radical no Futebol, com Preis no comando e a contratação de Cuca ou Renato

Depois do empate com o Criciúma, na Arena, fiquei convencido de que o Grêmio não vai mesmo subir e se isso acontecer (a classificação entre os quatro para a série A), será algo quase tão dramático quando a Batalha dos Aflitos.

É claro que posso estar errado, mas deixando a paixão de lado, uma análise fria e racional aponta que a tendência é mesmo o Grêmio ‘repetir de ano’, como se dizia no meu tempo de ginásio e científico no Castelinho, em Lajeado. Bons tempos…

O Grêmio tem um grupo insuficiente para disputar uma série A. A queda prova isso. Mas o mesmo grupo, em condições normais, ou seja, com arbitragens menos danosas, menos lesões e bom preparo físico, está apto a entrar no G-4 da Segundona e não mais sair.

Para isso, algumas medidas precisam ser tomadas, e com urgência:

1 – mudança no departamento de futebol, com o desligamento de Dênis Abraão. Assumiriam Adalberto Preis e Odorico Roman, uma dupla séria e competente;

2 – afastamento do atual treinador e seu grupo de trabalho. Penso que explicações são desnecessárias;

3- Aproveitar a folga de quase duas semanas para fazer uma pré-temporada, já com o novo técnico, evidente;

4 – quem seria o treinador? Eu não hesitaria em convidar o técnico CUCA, que tem ligação com o Grêmio, e, em nome disso, poderia fazer uma pausa em seu descanso;

5 – RENATO seria a segunda opção. Não sei como ele encara uma volta um ano depois de uma saída conturbada, uma história mal contada, com questões pendentes. Ah, o novo técnico teria carta branca para agir ao lado do novo comando do Futebol.

Bem, para começar seria isso: aproveitar a pausa para arrumar a casa enquanto ainda há tempo.

Sei que não será fácil acertar com Renato ou Cuca. Mas creio que Preis pode convencer um dos dois a assumir, ou algum terceiro nome de peso.

É importante também que o presidente Romildo tenha humildade para convidar Preis a assumir. Nem sei se ele aceitaria, mas gremista como ele é será difícil que não atenda o chamado.

É difícil que minhas sugestões sejam implementadas, mas não vejo outro caminho para buscar o retorno à série A neste ano.

MAIS comentários no post anterior, confira.

Grêmio piora e revolta sua torcida nas redes sociais

Não fosse pela circunstância de sofrer o gol do Ituano nos acréscimos, o empate por 1 a 1 seria motivo de comemoração pelo que jogou o Grêmio, mais uma vez decepcionante, irritante.

O Ituano foi superior ao longo da partida. A derrota seria um castigo. Foram três bolas nas traves e duas ou três grandes defesas de Brenno, uma delas, aos 28 do primeiro tempo, foi espetacular.

Definitivamente, o momento do time gremista não passa pelo goleiro.

Repetindo: os laterais são fracos, o meio-campo é instável, sem criatividade ofensiva e fragilidade na marcação, e um ataque pouco criativo, que sucumbe diante de uma marcação forte como a dos times que se dão bem na série B.

O Grêmio, com o material humano que possui tem condições de ficar entre os quatro primeiros, mas não será fácil. Os jogos estão mostrando que alguns jogadores, em especial os mais jovens, não estão entregando o que deram a impressão de que poderiam dar.

Culpa deles ou do técnico, que não estaria conseguindo armar um time mais competitivo, forte e ao mesmo tempo criativo, rápido e efetivo nas conclusões.

Nesse jogo em Itu, diferente de outros jogos, o time não criou, mas deixou escapar vitórias por falta de pontaria. Desta vez, o goleiro quase não foi ameaçado. Nem lembro o nome dele. Seria um sinal de que o time caiu tanto que sequer ameaça o goleiro adversário?

Roger Machado teve oito dias para treinar. O resultado foi o que se viu.

Nas redes sociais o clima está pesado, tenso. Tem gente defendendo Roger (‘não seria bom trocar de treinador de novo’); outros querendo a cabeça de Roger e sugerindo nomes como o de Lisca (‘sabe tudo de segundona’); sem contar a legião que pede a volta de Renato (‘antes que seja tarde demais’).

Claro, sobra também para a direção, em especial o presidente Romildo e o vice Dênis, este com a cabeça na guilhotina por conta de suas frases um tanto folclóricas e dispensáveis.

O TREINADOR

Sobre o técnico, eu imagino que o pessoal da direção saiba avaliar o desempenho dele para decidir se o mantém ou não, e se outro treinador terá condições de tirar mais leite desse rochedo.

O TIME

Hoje, no meu Grêmio jogariam Brenno, Geromel, Bruno Alves, Lucas Silva, Villa Santi e DIego Souza.

Sobre Geromel, outra grande atuação, um exemplo para os demais jogadores. Mas ele falhou no gol do Ituano. Mal colocado, ele ‘tirou’ o impedimento do atacante Lucas Nathan. Acho que termina o jogo ele fica meio tonto de tanto corrigir erros dos companheiros.

Destaque para Diego Souza, que deve estar se perguntando ‘o que é que estou fazendo aqui?’, tamanha a ruindade ofensiva do time. Foi dele o gol ‘achado’ pelo Grêmio. Do meio pra frente o time é um misto de pobreza técnica e falta de inteligência para jogar futebol.

POST ANTERIOR

Comentários de torcedores sobre o empate gremista no post anterior. Vale a pena conferir.

Bolzan diz que fica. Será mesmo?

O presidente do Grêmio anunciou nesta tarde, dia 12, que fica no cargo até o final, abrindo mão de disputar o governo do Estado pelo PDT.

A decisão contraria o interesse e a vontade da imensa maioria do torcida tricolor, louca pra ver o dirigente pelas costas.

Depois do ‘peremptoriamente’ do Tarso Genso, na eleição municipal de 2.000, difícil acreditar que a decisão não possa ser revertida.

Resta torcer para que Romildo Bolzan, com foco apenas no clube, consiga amenizar os efeitos desastrosos de sua gestão nos últimos dois ou três anos.

E pensar que eu, apressadamente, depois de dois anos iniciais de gestão, elevei Bolzan ao panteão dos três maiores presidentes da história do Grêmio, ao lado de Koff e Dourado.

Hoje, apesar dos títulos da Copa do Brasil e Libertadores, tirando o clube do atoleiro de 15 anos, Bolzan, para muita gente, já está na lista dos piores presidentes de todos os tempos.

Não chego a tanto, mas realmente ele maculou sua biografia como dirigente gremista.

Ele só tem uma saída para melhorar sua imagem: ficar entre os quatro classificados para a série A de 2023 e resolver a questão da Arena e seu entorno.

Bolzan tem agora o compromisso moral de salvar o clube.

Sobre sua saída, ele declarou em entrevista coletiva, segundo o GZH:

 -Sou filiado a um partido e não vejo nisso nenhum crime ou desonra. Para estar no Grêmio em 2014 eu renunciei a presidência do PDT. Por quê? Naquele momento tinha missão de ser presidente do Grêmio e pretendo concluí-la. Recebi convite do meu partido para concorrer ao governo do Estado. Como cidadão e militante, me sinto extremamente orgulhoso desse convite. Sou muito grato ao PDT, mas disse a eles que não poderia aceitar, que vou cumprir meu compromisso com o Grêmio. Isso é definitivo — garantiu Romildo.

Bem, vamos ver se é definitivo mesmo.

A hérnia inguinal de Ferreira e a minha experiência sobre o tema

Está muito estranha essa história da hérnia inguinal no Ferreira. Já enfrentei esse problema. Escrevo até com a autoridade de um paciente.

Difícil engolir que ninguém do departamento médico do clube tenha percebido a lesão, que qualquer um pode constatar ao simples toque nas regiões atingidas.

Eu já tive hérnia inguina. Na verdade, ainda tenho, mesmo sendo submetido a um procedimento cirúrgico.

Há uns 15 anos, ainda no Correio do Povo, vi que a minha hernia inguinal do lado direito crescia muito e já prejudicava meu desempenho magnífico nos embates de sábado em jogos de futebol 7.

Fui pra faca, com muita relutância, registre-se. O médico garantiu que era coisa simples, sem risco, e que mais cedo ou mais tarde eu teria de impedir o crescimento da hérnia, o que acabou sendo feito com a aplicação de uma rede na lesão. Não me lembro de detalhes. Só sei que doeu muito depois do ato invasivo.

O mesmo médico descobriu, apalpando, que a hérnia do lado esquerdo já começava a se assanhar. Eu apalpei e senti uma leve protuberância, mas deixei por isso mesmo.

Fiz a cirurgia e alguns meses depois, durante um jogo no campo da PUC, a hérnia direita se abriu após eu fazer um lançamento de 30 metros nos pés de um companheiro. Sabem o que eu fiz? Larguei de mão. Convivo até hoje com a hérnia. Vale o mesmo para hérnia inguinal esquerda, que cresceu e dói um pouco em determinadas condições.

Vivemos em paz nesse triângulo amoroso: Eu e minhas hérnias inguinais.

É claro que se eu fosse um atleta profissional a história seria diferente. Teria feito as duas cirurgias para poder jogar futebol de alta performance.

Dito isso, pra mim é muito claro que detectar hérnia inguinal é fácil, basta um mínimo de investigação. A começar pelo próprio jogador, que poderia ter visto que havia, ou já, alguma irregularidade, ainda mais ele que vem encontrando dificuldade parajogar. Os médico, então, nem se fala.

Se um jogador como Ferreira, com seu baita potencial, aparece com algum problema de saúde, é OBRIGAÇÂO dos médicos do clube fazerem uma investigação minuciosa. Talvez até passar por uma junta médica.

Pior, soube agora nas redes sociais, que o problema foi apontado por um torcedor do Grêmio que sentiu os mesmos sintomas. Foi a partir do depoimento do torcedor que a causa do ‘desconforto’ de Ferreira foi descoberta.

Bem, se tudo isso é realmente verdade cabe uma apuração para definir responsabilidades. O que não pode é deixar por isso mesmo, e continuar empurrando com a barriga até a definição política do presidente.

O prblema é que Grêmio não pode esperar mais.

Ah, e o que vão dizer agora aqueles que atacavam Ferreira por ter caído de produção e por estar afastado dos treinos normais?

Jogo de ‘quinta’ entre equipes de segunda termina com derrota do Grêmio em MG

Jogo de primeira divisão, equipes de segunda e performance de quinta. Em resumo foi o que houve no estádio Independência, neste domingo, quando o Cruzeiro bateu o Grêmio por 1 a 0.

Foi um golzinho chorado, com a bola constrangida de estar participando de um dos piores jogos que já vi entre dois grandes clubes, que hoje, pela tradição e peso, deveriam estar na série A, mas pelo futebolzinho apresentado merecem mesmo uma temporada na segundona.

O técnico Roger Machado tem responsabilidade sobre o futebol ‘cometido’ pelo Grêmio, que até vinha dando sinais de um leve crescimento técnico e tático. Não vou fazer uma defesa do treinador, que tem um fã clube inexplicável, mas duvido que outro treinador – que não o Mestre Renato Portaluppi – fizesse um trabalho melhor com o material humano que possui para armar um time capaz de subir para a série A.

É muito jogador mediano ao mesmo tempo, acrescido de uns dois ou três que deveriam estar disputando posição no Criciúma, como todo respeito aos torcedores do clube catarinense. Nada pessoal.

Não vou citar nomes, porque eles não têm culpa de estarem no clube errado, na hora errada. Mais cedo ou mais tarde acabam entrando no time. E é aí que mora o perigo.

Agora, Roger tem obrigação de saber com quem pode realmente contar. E ele parece não saber. Quando bate o desespero, com o tempo passando e nada de criar situações de gol, ele amontoa gente na frente.

Por falar em amontoar, o que foi isso que ele fez com Elias e Biel, que viraram assessores de laterais, correndo de ponta a ponta para marcar o lateral adversário? Resultado, chegou um momento que eles não tinham mais condições físicas de fazer a jogada ofensiva. Será que Roger faria isso se tivesse dois laterais mais confiáveis?

Estou aqui amenizando a responsabilidade de Roger porque à esta altura seria péssimo trocar de treinador. Mas não há dúvida de que Roger está queimando a gordura de crédito que tinha quando assumiu.

É o que se percebe nas redes sociais.

E também nos comentários do post anterior deste blog. Confira.

O maior clássico da Segundona em todos os tempos

A série é B, mas o jogo é de série A. Cruzeiro e Grêmio se enfrentam no estádio Independência neste domingo, 16 horas, protagonizando o maior clássico na história da Segundona.

A rivalidade entre os dois clubes é grande. Na minha opinião, é o maior clássico nacional envolvendo dois clubes de estados diferentes e fora do eixo Rio-São Paulo.

Os números não mentem, nem sob tortura.

Vejam:

GRÊMIO

1 MUNDIAL (1983)
3 Libertadores (1983, 1995 e 2017)
2 Recopa Sul-Americanas (1996 e 2018)
2 Brasileirões (1981 e 1996)
5 Copas do Brasil (1989, 1994, 1997, 2001 e 2016)
1 Copa Sul (1999)
1 Série B (2005)
41 Campeonatos regionais

CRUZEIRO

2 Libertadores (1976 e 1997)
2 Supercopa Libertadores (1991 e 1992)
1 Recopa Sul-Americana (1998)
3 Brasileirões (2003, 2013 e 2014)
1 Taça Brasil (1966)
6 Copas do Brasil (1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018)
2 Copa Sul-Minas (2001 e 2002)
38 Campeonatos Mineiros

Mas quem vive de passado é museu (no caso, dois museus abarrotados de troféus e história).

A realidade é cruel. Dois dos maiores clubes da América Latina encontram-se na série B, algo inimaginável até pouco tempo atrás.

Sobre esse confronto entre dois dos principais candidatos a subir para a série B, penso que um empate está de bom tamanho para os dois, em especial para o Grêmio que joga fora de casa.

Quem vencer terá mais moral e confiança para enfrentar os próximos adversários.

Quem perder terá contra si a desconfiança sobre o real potencial de seu time.

A postura do presidente Romildo e a deteriorização do futebol

O presidente Romildo Bolzan participou de uma gravação do PDT, no parque da Redenção, sinalizando que é cada vez mais menos presidente do clube e mais candidato ao Piratini.

Então, que saia de uma vez, desocupe a moita. O Grêmio é muito maior do que eles pensam.

É uma pena que presidente que levou o Grêmio a conquistar mais uma Copa do Brasil, a quinta, e o trio da Libertadores, tendo como cereja do bolo um futebol que vai deixar saudade até nos mais antirenatistas, tenha esse tipo de atitude.

O tempo vai confirmar o que digo: um Grêmio como o de 2016 e 2017, mais um tantinho de 2017, é praticamente insuperável.

Nunca mais eu verei um Grêmio de futebol tão bonito e ao mesmo tempo tão competivo, que orgulhou todos os gremistas. O tempo corre. Meu prazo de validade está vencendo. Ao menos posso dizer que vivi esse período.

Algo que dificilmente se repetirá no Grêmio com essas mudanças que chegam surfando na onda das casas de apostas e empresas que sugam o que podem e depois se afastam.

Li hoje que o Atlético Mineiro, tão festejado ultimamente, está endividado até o pescoço. Pelo menos soube aproveitar a fartura. Mas tudo indica que agora começam os sete anos de vacas magras para o Atlético e outros clubes, como o Flamengo e a dupla Grenal.

No caso do Grêmio, o que tenho a dizer é que dá uma tristeza muito grande ver um clube tão grandioso, tão vitorioso, disputando a segundona, um lugar que não lhe pertence, segundo Abel, do Palmeiras, o técnico unanimidade nacional.

Por fim, fica a sensação de que o futebol é cada vez mais uma mercadoria, e menos um esporte.

TEMA DE CASA

O que vocês acham da postura do presidente em toda essa história?