A Recopa estadual não significa grande coisa, mas é minha, digo, é nossa. Por isso, deve ser comemorada e exaltada, como costumava fazer a mídia colorada quando o título desse torneio de um só jogo caía no colo vermelho.
Portanto, quero isonomia. Exijo o mesmo alarde agora que o título ficou com o Grêmio mais uma vez. O Grêmio é Tri da Recopa.
Não me critiquem. Quero viver a ilusão deste momento, antes de voltar à nossa realidade, tão cruel nos últimos tempos. Quero festejar, mesmo que discretamente, esses 5 a 0 sobre o Glória.
Independente do adversário, um time modesto, com um pouco de boa vontade e menos ranço é possível extrair alguma coisa de positivo desse jogo em Vacaria.
A começar pelo retorno de Kannemann. O argentino, decididamente, dá um outro tom para o sistema defensivo. Ele é a garra que anda faltando. Com ele, o time titular vai render mais do que vem jogando.
Outra atuação que me deixou mais esperançoso foi a do Campaz, jogando com mais liberdade pelo meio, caindo para o lado esquerdo, driblando, marcando e até articulando um pouco.
Outro que se destacou foi o Janderson, que fez um belo gol de bicicleta, e participou de outros três, inclusive sofrendo um pênalti que Campaz cobrou com precisão. Vamos ver se diante de adversários mais fortes ele repete o desempenho desta noite.
Importante frisar que o aproveitamento ofensivo do GRêmio foi muito alto, quase 100 por cento. Se o time seguir assim entra logo no G-4.
Por fim, foi bom ouvir o hino tricolor na entrega do troféu, como observou o parceiro Rodrigo Severo na seção de comentários do post anterior.