Por que acreditar? Por que duvidar?

Apesar de ter jogado a toalha faz umas 5 ou 6 rodadas, reservo-me o direito de continuar acreditando. E ninguém tem nada com isso. Fico com a minha coerência ou falta dela.

Afinal, sou torcedor. E como todos os torcedores estou concentrado no jogo (batalha?) e, mesmo que todas as evidências apontem para um resultado negativo diante do Bahia, acredito em milagres.

Na verdade, pela lógica, essa chata de galocha, o Grêmio está à beira do abismo.

Sei que quem foi protagonista na épica batalha dos Aflitos tem direito de alcançar e superar qualquer obstáculo. E acreditar que tudo é possível. E que impossível é apenas alguma coisa que deixou de acontecer.

Racionalmente falando, crer na vitória sobre o Bahia é delírio de uma mente que vive aos sobressaltos com esse time do Grêmio e sua direção, que conseguiu deixar o clube a uma passo da segundona para desespero de sua torcida.

Nada muda a cada rodada: a arbitragem é a mesma, o VAR idem. São rodadas após rodadas em que o Grêmio, hoje fragilizado física e psicologicamente, foi prejudicado, e em alguns casos de forma insolente, escancarada.

Hoje, contra o Bahia, eu não tenho a menor dúvida que seremos mais uma vez prejudicados pelos tais ‘erros humanos’. Prevejo até que o Rossi, um atacante/ator, vai cavar uma expulsão. E por aí vai.

Mas eu ainda ouso imaginar que esse time gremista, com suas dificuldades e seus desfalques, pode, sob inspiração e proteção dos deuses, superar tudo e a todos.

Por que? porque o Grêmio é o Grêmio, ora!

Grêmio arranca empate e segue na luta contra o rebaixamento

O Grêmio agoniza. A cada rodada a esperança avança para o jogo seguinte. E lá vamos nós de novo, acreditando, confiando na imortalidade.

A imortalidade que hoje se fez presente quando o time ficou com um jogador a menos e buscou forças para reagir, para buscar um empate improvável naquele momento.

Depois de estar perdendo por 2 a 0, gols de Vitinho, um dos tantos reservas que Renato mandou a campo e que seriam titulasres no próprio Grêmio, o time perdeu Jonatan Robert.

Naquele instante fiquei com vontade de desligar a TV, mas decidi apostar na tal imortalidade, cada vez mais frágil, e fui compensado. Borja fez o primeiro num cruzamento de Ferreira, e o próprio Ferreira, o melhor do time, fez o segundo.

O Grêmio teve chance de fazer o terceiro, assim como o Flamengo.

O time de Mancini foi superior no primeiro tempo e merecia ao menos um gol.

O agonizante tricolor enfrenta agora o Bahia, sexta-feira, em Salvador. É um adversário direto na briga contra o rebaixamento. Uma derrota será fatal.

Já uma vitória dará ânimo para seguir na luta para continuar na série A. Não é fácil, mas quando as coisas foram fáceis para o Grêmio, hoje um clube que sofre como nunca com arbitragens altamente suspeitas.

RENATO

Acho que ele, conhecedor dos dois times, poderia ter escalado um time mais fraco, mesclado de reservas e jogadores da equipe C. Assim, as chances de vitória gremista seriam maiores.

Não adiantou aparecer na TV de cara fechada a cada gol do seu time, querendo passar a impressão de tristeza com o resultado.

Custava armar um time mais fraco sabendo que o nosso é altamente inconfiável?

Renato e sua política de eventualmente escalar reservas no Brasileiro

Aqueles que cobravam de Renato Portaluppi força máxima gremista em todos os campeonatos, principalmente no Brasileirão, hoje querem, e imploram, que ele escale um Flamengo misto de time B com C, contra o tricolor nesta quarta-feira.

Não sei qual o time que Renato irá mandar a campo poucos dias antes da decisão da Libertadores/2021. Mas não tenho dúvida que ele irá poupar os melhores jogadores, escalando o time principal e pelo menos alguns reservas mais importantes, como fez em sua passagem extremamente vitoriosa pelo seu ex-clube.

Graças à sua política de aproveitamento de jogadores de olho nos indicativos médicos é que hoje são grandes as chances de um time mais fraco para enfrentar o Grêmio. Fosse o JJ, ex-técnico do Flamengo, talvez a história fosse diferente, com o Flamengo jogando com o máximo de titulares.

O ideal é que Renato pegasse só a rebarba, convocando até o roupeiro se for o caso, mas nada que sequer lembre o poderoso time principal dos cariocas, o melhor do Brasil, seguido do líder Atlético Mineiro.

Aliás, Renato foi muito feliz ao afirmar, após a vitória sobre o Inter, que seu time só não lidera o Brasileirão por causa de erros de arbitragem.

Bem, a gritaria contra a CBF e seus árbitros é geral. Todos os times sofreram prejuízos, alguns mais outros menos. O Grêmio, por exemplo, foi um dos mais penalizados até agora, e nada garante que não volte a perder pontos para o juiz e/ou o VAR.

Sobre a Arena e a luta da direção para obter a liberação da torcida na etapa derradeira do Brasileiro, eu tenho minhas dúvidas se é bom o time jogar com a presença/fiscalização da torcida.

No mais, reforço o apelo para que Renato seja no Flamengo, ao menos nesta quarta, como ele foi no Grêmio: que poupe sua força máxima para o jogo decisivo da Libertadores.

Na verdade, estou tranquilo neste aspecto: ele pode escalar só reservas sem que seja acusado de estar fazendo isso para proteger e ajudar seu time.

Grêmio contra tudo e contra todos na reta final

Vendo a movimentação das peças neste tabuleiro do futebol cada vez mais firmo a impressão de que existe uma forte conspiração para rebaixar o Grêmio.

Conheço muitos gremistas que pensam assim. Ninguém, infelizmente, tem provas de uma articulação nesse sentido.

Mas quando a gente vê um STJD negar o pedido do clube para liberar a presença da torcida tricolor nos jogos derradeiros do fatítido Brasileirão/2021 bate uma revolta, uma indignação, uma sensação de impotência…

Ao mesmo tempo em que rejeita o pedido do Grêmio – um pedido que seria deferido se fosse o Flamengo ou o Corinthaisn -, esse tribunal tem a cara de pau de não punir com igual agilidade o São Paulo e o Inter.

Ah, mas foram apenas dois torcedores na invasão ocorrida no Beira-Rio depois do Gre-Nal. Só que num ambiente tenso, explosivo como aquele, a ‘invasão de um mosca’ pode deflagrar uma gerra. E isso deveria ser considerado pelos doutos do STJD.

Agora, é evidente que a invasão na Arena foi mais acintosa. Um grupo de indivíduos, supostamente gremistas, ajudaram a afundar o Grêmio, que por culpa deles não pode jogar mais ao lado de sua torcida.

Eu desconfio desse grupo. Gostaria de saber quem liderou a invasão e os atos de vandalismo. E se foi uma ação deliberada dentro desse contexto de suspeição sobre a lisura da competição.?

Alguém está apurando essa possibilidade? Ou é tudo anjinho? O futebol é um negócio que movimenta milhões dólares no país, ainda mais agora com a invasão de casas de apostas, que, não por generosidade, investem pesado em patrocínios de veículos de comunicação. E nos próprios protagonistas, os clubes. Algo nunca visto.

Agora, fica a pergunta, por que atingir o Grêmio? Ora, porque o tricolor causa inveja de quem ficou babando quando o time comandado por Renato Portaluppi jogou o melhor futebol do país e conquistou grandes títulos, de, de quebra, arrasou nos clássicos.

Não esqueço os programas de TV, daqui e do centro do pais. havia elogios, sim, mas nem todos verdadeiros. Manifestações que disfarçavam uma baita secação, principalmente no seio dos colorados da mídia, que hoje nem escondem a felicidade deles com a queda tricolor.

CHAPECÓ

Bem, sobre o jogo contra a Chapecoense, neste sábado. A região de Chapecò é repleta de gremistas. Mas eles não podem ir ao jogo por causa da decisão draconiana do tribunal esportivo, sempre tão rigoso e rápido quando se trata de punir o Grêmio.

Se o Grêmio vencer, ainda restará um fio de esperança. É nela, a esperança, que nos agarramos. A imortalidade enfrentando mais uma dura prova.

É o Grêmio contra tudo e contra todos.

O Tri da Libertadores e o sonho distante do Tetra

Fazia 22 anos que o Grêmio não conquistava o título de campeão da América quando, em 2017, ergueu o troféu mais cobiçados das Américas, o mais importante fora do continente europeu. O último (o bi) havia sido em 1995.

Para muitos, esses que têm uma vida pela frente, 20 anos não é nada, como diz o tango Volver, consagrado por Carlos Gardel.

Mas para os gremistas de cabelos grisalhos, ou tingidos, esperar mais 20 anos pelo tetra é quase uma etenidade. A verdade, dura e amarga verdade, é que alguns dos que estão me lendo agora, inclusive eu mesmo, não estaremos aqui para festejar.

Então, quem vibrou e festejou agora, em 2017, sem pensar no hoje, nem no amanhã, fez o certo. Festejou pura e simplesmente, como uma criança no parque de diversões.

Agora, tem um tipo de gremista que se preocupa muito mais em ver suas ideias e teses triunfarem, mesmo que isso custe a derrota do seu time, o adiamento de um sonho de grande título.

Os mais jovens até podem se dar ao luxo de criticar e contestar à vontade, chamar o técnico de burro e o dirigente de incompetente (muitas vezes até estão certos), porque terão novas oportunidades de expor sua genialidade futevolística. Já os mais velhos lutam contra o relógio.

Foi também por isso que me deixei levar quando o Grêmio embalou para conquistar o tri da América. Tinha consciência de que seria mais ou menos um “agora ou nunca”.

Lembrei numa noite em que caminhava rumo à Arena da expressão “Carpe diem”, que significa aproveite o dia, aproveite a vida com o que ela lhe oferece.

No caso do torcedor do futebol, significa viva esses momentos intensamente e deixa de ser ranzinza, de ter a pretensão de saber mais do que o treinador que vive o vestiário e sabe de tudo o que acontece lá dentro.

Tem gremista que festejou sua primeira Libertadores apenas com mais de 22 anos. Esse vibrou muito com o tri, colocando em segundo plano eventuais e supostos erros do técnico e dos jogadores.

Quem não fez isso em 2017 talvez não tenha outra oportunidade. Talvez seus filhos e netos. Se isso lhe serve de consolo.

Pela média de três Libertadores em 34 anos (1983 em diante), o próximo título das Américas aconteça somente dentro de 11 anos.

Não sei se estarei aqui, mas eu posso dizer: tenho muito orgulho do nosso tricampeonato. E posso dizer que saboreei cada lance, cada gol.

Sim, sou muito grato ao técnico Renato Portaluppi pelos dois títulos da Libertadores que ele ajudou a conquistar, e também ao Felipão pelo título de 1995. Muita felicidade.

Desolação e revolta

Desolação, tristeza, irritação e revolta são sentimentos que tive ao longo da derrota por 3 a 1 diante do América MG, um adversário que em outra circunstância seria batido até com a facilidade.

A mesma facilidade que encontrou o time mineiro para vencer o Grêmio ao natural, fazendo seu primeiro gol aos 4 minutos, prejudicando a estratégia tricolor para repetir a vitória que teve sobre o Fluminense e que fez renascer a esperança da torcida.

Agora já não há esperança, não há mais nada. O Grêmio virou um saco de pancadas, um time que não é respeitado pelos árbitros. Hoje, foi um pênalti não assinalado. Um lance que o juiz de campo simplesmente recusou-se a conferir no VAR, a exemplo do que aconteceu no lance escandaloso de Moisés sobre Geromel.

E onde está o presidente do clube para atuar politicamente, como fez o presidente do Bahia após o jogo contra o Flamengo?

Onde estava Romildo Bolzan para mostrar os erros sucessivos contra o Grêmio para mostrar que o Bahia até que sofreu pouco com arbitragens na comparação com o tricolor?

Bem, agora é tarde, Inês é morta. O Grêmio, que tem um time de segunda divisão – ao menos quando perde 3 ou 4 titulares, como foi hoje em BH – vai cumprir sua sina, e nós com ele.

Sobre o jogo, é inegável que o time sentiu o gol logo no primeiro ataque americano. Esboçou uma reação, mas sem força, sem criatividade. No segundo tempo, Campaz deu mais mobilidade ao time, que até melhorou.

Ferreirinha, que uns chamam de peladeiro, foi o único atacante que preocupava a defesa rival. Marcou um gol após jogada individual, o que motivou o time a buscar um segundo gol, que não veio.

Agora, é começar a preparar o time para 2022. Muitos do atual grupo não ficarão por um motivo ou outro. Mas este é assunto para avaliar nos próximos dias.

Ah, a toalha que joguei ao chão dias atrás continua lá, mas agora, definitivamente, sem chance de ser recolhida.

Time tricolor começa a ter a cara do treinador. É um bom sinal

Qual o time de Vagner Mancini para o segundo jogo do grande desafio que é continuar na série A do Brasileiro? Percebo que não há consenso em relação a algumas posições.

O time que está sendo especulado para enfrentar o América MG, sábado, 18h30, deve ter Brenno, Vanderson, Geromel, Kannemann e Cortez; Thiago Santos, Lucas Silva e Campaz; Douglas Costa, Diego Souza e Ferreira.

É a formação que o técnico busca consolidar, contrariando parte da torcida, contemplando outra. Enfim, não tem como buscar unanimidade. Por isso, o técnico deve ir ‘por sua cabeça’, porque no caso de resultado negativo a bronca será com ele.

Escrevo isso porque tem uma parcela considerável da torcida, aquela mais ativa e ruidosa, que ‘está sempre com a razão’, que exige, por exemplo, que Mateus Sarará seja mantido titular, alguns para todo o sempre.

Os mais radicais querem Thiago Santos longe do clube – um absurdo imenso diante da situação atual em que não se pode dar ao luxo de dispensar alguém. Penso que os dois, o cascudo e o novato, podem ser muito úteis.

O técnico vai decidir quem começa contra o América. A tendência é que ele escale Thiago, que saiu do time por suspensão. Normalmente, os treinadores automaticamente reconduzem quem saiu por lesão ou suspensão, não por deficiência técnica.

Eu penso que a dupla Lucas Silva e Sarará foi muito bem, tendo como estofo a melhor dupla de área do Brasil. Eles realmente dão segurança aos que jogam no setor defensivo. Por isso, eu manteria Sarará. Mas não é isso que ele irá fazer.

Sobre Lucas Silva, sempre que ele chuta a narração fala dessa suposta qualidade que ele possui, de chutar de long. Não lembro de um gol feito por ele dessa forma. Acho que até o fim do campeonato ele marca ao menos um.

Na meia, eu insistiria com Campaz, até por não ter outro. Ele se movimenta muito, é inquieto e combativo. Quem sabe daqui a pouco ele mostre qualidades que justifiquem a fortuna dispendida em sua contratação.

Na frente, a única dúvida seria Ferreira. O guri não tem jogado bem. Não faz gol há 10 ou 11 jogos. Por isso, penso que Mancini poderia insistir com Elias, deixando Ferreira para o segundo tempo, conforme sugeri também no jogo contra o Fluminense e no Grenal.


Ferreira parece que perdeu o arranque na hora do drible, e a força nos arremates. Além do mais, ele já está manjado pelos marcadores.

Pena que Renato não está aqui para lapidar o Elias, assim como fez com Éverton e outros, rendendo títulos e dinheiro.

Sobre Alisson e Jean Pyerre, por enquanto o melhor para eles, e para o time, é que fiquem no banco, só entrando em caso de muita necessidade.

Bem, o time começa a ter uma cara, a cara do Mancini. É assim que se constrói um time vencedor. Na insistência. Na repetição. Nem sempre isso é possível, mas esse é o caminho.

Quem deve prevalecer no time: ‘Us guri’ ou os ‘cascudos’?

De tanto ler e ouvir gremistas disparando contra a escalação dos ‘cascudos’ em detrimento da gurizada da base, fui apurar como seria o time se o Vagner Mancini atendesse o clamor da torcida.

Primeiro, quero frisar que sou absolutamente a favor do aproveitamento dos jovens realmente talentosos, mas não sou contra os veteranos igualmente talentosos. A mescla, se sabe, é a melhor receita.

Agora, o que fazer quando os jovens entram no time e não dão a resposta esperada? Primeiro, insistir um pouco, pelo menos o suficiente para firmar-se convicção sobre seu aproveitamento. Depois, se for o caso, emprestá-lo. Vale ressaltar que a maioria dos que são emprestados acabam não ficando no clube.

Na gestão atual há forte preocupação em lançar jovens da base, até porque dali é que saem os jogadores que podem render bom dinheiro ao clube, como todos nós sabemos, além de títulos, conforme aconteceu recentemente com o tricolor.

Jean Pyerre é um que não se firmou, e não se diga que ele não teve oportunidade. Lembro que os ensandecidos das redes sociais atacavam Renato por não escalar o jovem. “Renato só escala os bruxos”, diziam os apressados em julgar e condenar o treinador mais vitorioso do clube os anos 90. Até o pai do JP se sentiu à vontade para atacar REnato.

Depois, aproveitado pore Renato, JP estourou. Ganhou as manchetes. Foi no Bem, Amigos, da Globo, e recebeu um artigo apaixonado do mestre Tostão, entre outros elogios Brasil a fora.

O Grêmio teria recusado uma proposta maravilhosa do Palmeiras, que teria oferecido quatro jogadores por JP. O Grêmio recusou, a torcida atacou a oferta, “onde já se viu?” Eu mesmo fui contrário. Afinal, estava ali uma pedra preciosa de imenso futuro.

Pois é, deu no que deu. Hoje, a maioria muda de assunto para não ter de admitir que Renato sempre teve razão. Ele não estava protegendo algum bruxo do meio de campo.

JP é um entre tantos jovens que surgiram e mostraram com o tempo que foram como foguete molhado, nunca estoura.

Poderia citar um time inteiro de promessas, do goleiro ao ponta-esquerda, hoje chamado de atacante pelo lado.

Mas vamos ao time que a torcida, ou a parcela mais ativa dela nas redes sociais, defende para concluir o fiasco no Brasileirão. Acredite, tem gremista querendo a dispensa de meia dúzia de cascudos e a ascensão imediata dos ‘guris’ que estão no grupo, e que entram de vez em quando.

Bem, o time com base nos jovens que estavam à disposição contra Atlético e Inter, e sem a maioria dos cascudos, seria mais ou menos esse:

Brenno (Chapecó); Vanderson, Rodrigues, Ruan e Guilherme Guedes; Darlan (Sarará), Fernando Henrique (Bobsin) e Jean Pyerre; Jonatan Robert (Pedro Lucas), Elias e Ferreirinha (Léo Pereira).

Esse seria um time com os formados na base. Seria um time radical, mas há quem o defenda. Fico imaginando esse time no Grenal passado. Não, não quero imaginar.

Mas é claro que mesmo os mais radicais defensores da juvenilização da equipe iria escalar alguns decanos. Por exemplo, a dupla de área. No meio de campo, pelo que leio nos grupos de whatts, Thiago Silva e Lucas Silva seriam detonados pela maioria.

Douglas Costa, desconfio, também teria lugar. O centroavante Borja, que está se revelando um perdedor de gol, disputaria posição o jovem Elias. Campaz disputaria uma vaga no meio, assim como Villasanti.

Acho que deixei algum nome de fora, mas já dá para ter uma ideia de como seria o time tendo como base a gurizada.

Podem não acreditar, mas tem gente nas redes sociais defendendo um time parecido ainda neste Brasileiro.

Desnecessário dizer que esse pessoal colocaria no primeiro avião, ou ônibus, os cascudos Diego Souza, Éverton e Saulo, entre outros.

Anotem os nomes desses jovens da base para conferir, depois de alguns meses no Gauchão e na série B (ou na A), quais deles vão continuar vestindo a camisa tricolor. Aposto que a maioria não será aprovada. Estatística, não opinião.

Grêmio merecia um resultado melhor, mas voltou a perder

Mais uma vez o Grêmio foi valente, disputou cada palmo até o último minuto – e até depois do jogo -e por momentos se impôs no estádio tomado por colorados, mas outra vez perdeu, consolidando sua posição no grupo dos que irão disputar a série B no próximo ano.

Aliás, a confusão no fim do jogo foi porque Patrick, irresponsavelmente, desfilou com dois caixões, numa afronta aos jogadores do Grêmio. Dois deles, Thiago Silva e Cortêz, foram para cima do jogador colorado. E aí sobraram tapas, empurrões e safanões para tudo que é lado. Gostei da reação dos jogadores gremistas, podem me condenar, assim como gostei do soco do saudoso Everaldo num árbitro, que havia marcado pênalti contra o tricolor.

Sem querer, recuei no tempo para lembrar nossa estrela amarela na bandeira – não é alusiva ao goleiro Lara, diferente do que divulgou o clube nas redes sociais, um erro absurdo.

Mas, sem me alongar, o Grêmio não mereceu vencer. Jogou relativamente bem, e seria mais justo o empate. Infelizmente, a sorte parece abandonar os grandes clubes quando eles ingressam na zona de risco. É tipo um grande complô, que parece contar inclusive com arbitragens sempre, ou quase sempre, favoráveis ao adversário.

Ah, e também os comentaristas de arbigragem parece que participam. Nesse jogo, o comentarista da rede Globo não viu pênalti de Moisés. Ele puxou Geromel, que tentava correr sem ser agarrado, pelo menos por uns quatro metros dentro da área. Pênalti aqui e na China.

Já Douglas Costas fez um primeiro tempo de luxo, driblando e, diferente de Ferreira, se impondo fisicamente à marcação. No segundo tempo, ele jogou mal, e acho que só não saiu pela bola parada e por ser uma preocupação para qualquer sistema defensivo.

No mais, gostei do sistema defensivo. O goleiro gremista quase não trabalhou até em função disso. Não acho que ele tenha errado no gol vermelho. Gostei da dupla de volantes. Só o sistema ofensivo deixou a desejar. Continua faltando um meia habilidoso, que centralize o jogo. E este não é, decididamente, o tal de Campaz.

Bem, só nos resta lamber as feridas e lamentar o resultado negativo (injusto) que nos afunda cada vez mais.

Por enquanto, depois desse 1 a 0 amargo, era isso que o resto que sobrou de mim tinha a dizer.

O favorito não assume o favoritismo mesmo num estádio com torcida única

O Grenal que tem a numeração de um esquema de jogo, o 434, não apresenta um favorito. Não deveria ser assim. Afinal, um clube disputa vaga direta para a Libertadores 2022, enquanto o outro vive a constrangedora situação de lutar contra o rebaixamento.

O favorito, em tese, é o Inter. Tem um time mais entrosado e com moral mais elevado, enquanto o Grêmio tenta se aprumar na competição. Mas não está fácil, porque mesmo quando joga melhor, como foi contra o líder Atlético, ainda enfrenta arbitragens devastadoras.

O Grêmio tem a seu favor neste sábado, 19h, no Beira-Rio, só com torcida vermelha – é impressionante a agilidade do tribunal desportivo gaúcho quando se trata de punir o Tricolor – o retrospecto recente.

São 20 clássicos com o técnico Renato Portaluppi no comando. NOVE vitórias, 8 empates e 3 derrotas. Vinte gols a favor e oito contra.

Além de uma sequência humilhante de vitórias em clássicos, não pode ser ignorado o lance do arrego, no qual jogadores colorados pediram que o Grêmio diminuísse o ritmo para não golear.

Foi um evento marcante, inédito, raríssimo, que os colorados amargam e alguns gremistas azedos menosprezam porque foi sob a tutela do técnico Renato, talvez o profissional que mais grenais venceu com a camisa tricolor.

Pois agora, mesmo com um time melhor estruturado, contra um Grêmio instável, nem assim os colorados, de um modo geral, arriscam apontar o favoritismo do Inter.

Até os mais fanáticos colorados da mídia estão discretos. Aprenderam nos últimos anos a respeitar mais o seu grande rival. Fazem brincadeiras, em especial com o fantasma da segundona (dizem que ele vai aparecer durante o jogo), mas são cautelosos, não falam em placar avantajado, por exemplo.

Mas não disfarçam o sonho de uma goleada estrondosa, como aqueles 5 a 0 aplicados pelo Grêmio com Roger Machado no comando. Essa goleada doeu, e ainda dói nos colorados.

Os colorados querem porque querem recuperar a hegemonia no Estado. Estão poupando jogadores nos últimos 15 dias só para colocar em campo sua força máxima no jogo deste sábado. Perderam muitos pontos com essa estratégia.

Portanto, o Grêmio terá de ser muito valente. O Inter praticamente joga sua vida neste Grenal. Se perder, depois de tanto esforço, a casa poderá cair.

O TIME GREMISTA

Eu começaria praticamente com o time que venceu moralmente o Atlético Mineiro, e que teve um começo avassalador, reconhecido até pelos atleticanos.

Nesse jogo, o time de Mancini mostrou a sua cara, mostrou que pode competir de igual para igual com qualquer outro do Brasileiro. Pena que chegou tarde…

Então, acredito que o time terá:

Chapecó; Rafinha, Geromel, Kanemann e o eterno Cortez; Lucas Silva, Thiago Santos e Villasanti; Douglas Costa, Borja (que vai fazer os gols que ficou devendo) e Ferreira (Campaz ou Alisson).

Esse deve ser o time que irá enfrentar um estádio todo vermelho, torcendo para que a arbitragem não lhe prejudique, que tenha uma atuação correta, imparcial.

Se isso acontecer, o Grêmio vence.