Jogo contra o Flamengo está na lista dos ‘perdíveis’

Quando se analisa a tabela de jogos no início de alguma competição a gente projeta quais são os jogos ‘perdíveis’ e os que podem resultar em empate ou vitória.

Este jogo contra o Flamengo, que tem sido nosso carrasco nos últimos tempos, no começo do Brasileiro figurava como um jogo para empatar e, com menos chance, até vencer.

Mas foi só o campeonato começar que em poucas rodadas ficou claro que o jogo no Maracanã era de alto risco, o que acabou se confirmando. As chances de o Grêmio vencer são remotas.

Mas o Inter foi lá, desacreditado, e goleou nosso carrasco. O time colorado é melhor que o gremista? Não. Então, com um pouco de sorte e falhas do goleiro flamenguista, como aconteceu contra o Inter, a vitória não é impossível. Improvável, sim.

O problema é que o time de Felipão, cada vez mais organizado para não perder e depois seja o que Deus quiser, carrega uma carga pesada demais: os jogos iniciais sob o comando do técnico Tiago Nunes, que deixou o clube com ridículos 8% de aproveitamento. É um peso que deve ser considerado.

Em resumo, o Grêmio tem tudo para levar mais uma chinelada dos cariocas, cada vez mais soberbos. A soberba flamenguista, estampada na cara do tal de Gabigol, pode ser o trunfo maior do tricolor.

Já o Grêmio deve manter a sandália da humildade, mas com um pouco mais de ousadia. Se ficar muito encolhido, a derrota será inevitável.

Ah, em função dessas casas de apostas, vou apostar no Grêmio, que está pagando muito mais, assim como foi contra o Inter.

A EQUIPE

O time terá retornos importantes, como os de Vanderson, Ruan, Thiago Santos, Alisson e Ferreira. As principais dúvidas estão no gol (Gabriel Chapecó ou Brenno) e na defesa (Rodrigues ou Kannemann). Geromel e Douglas Costa continuam de fora. 

Escalação provável: Gabriel Chapecó (Brenno), Vanderson, Ruan, Rodrigues (Kannemann) e Rafinha; Thiago Santos, Lucas Silva; Alisson, Villasanti e Ferreira; e Borja. 

Deu a lógica: Flamengo confirma sua superioridade

Os 6 a 0 do Flamengo sobre o Grêmio nos dois jogos das quartas de final da Copa do Brasil expressam o abismo que separa os dois times.

No confronto desta quarta-feira, o presente da torcida gremista pelo aniversário do clube foi mais uma derrota para o Flamengo.

Agora eu sei como sofreram os colorados em grenais nos últimos anos.

Está certo que o time foi guerreiro, aplicado taticamente, e que manteve um duelo equilibrado na maior parte do tempo e até criou duas ou três situações de gol.

No final das contas, venceu o time reserva do Flamengo, que tem mais qualidade em termos de individualidade. Por exemplo, sai Gabriel (que seria titular no Grêmio) e entra Pedro, que também seria titular no Grêmio, e, talvez, em qualquer outro time do Brasil.

Na comparação com os dois, Borja perde. Não que Borja seja mau jogador. Não, ele até me surpreendeu neste jogo, mostrando que não é apenas um centroavante parasita, que vive do esforço dos outros.

Gostei dele, mas o time segue com um problema grave: a falta de criatividade ofensiva, do meio para a frente. O meio de campo parece que existe para desarmar o adversário e, por falta de qualidade, devolver a bola para ele.

Os atacantes sofrem. Não é de hoje que venho apontando essa dificuldade. A bola não chega, e quando isso acontece falta pontaria nas conclusões.

No mais, é evidente que o time de Felipão é mais compactado na comparação com o que deixou o antecessor Tiago Nunes, que armou um time que era uma peneira. Um time sem defesa, sem meio e sem ataque. Resultado: 8% de aproveitamento no Brasileiro.

Ainda sobre o jogo desta noite no Maracanã, com público porque o Flamengo tudo pode, entendo que o Grêmio começou a cair na partida quando saiu o volante/meia Mateus Sarará. Pode ser coincidência, mas o time desandou e o Flamengo cresceu em campo a partir da saída desse jovem da base.

Agora, o que importa mesmo é o jogo de domingo, de novo no Maracanã, e mais uma vez com torcida, ao que tudo indica.

O time terá Ferreirinha e, provavelmente, Campaz, que misteriosamente não foi escalado por Felipão, o que abre espaço para especulações maldosas.

Diante da superioridade do Flamengo, e da dificuldade do técnico Felipão para armar um time mais equilibrado, até por falta de material humano, não vejo possibilidade de o Grêmio vencer. Talvez um empate.

Esse é o tipo de jogo em que a gente examina a tabela de jogos e contabiliza como 3 pontos perdidos. É assim que eu vejo o jogo de domingo. Jogo para perder.

Misto do Grêmio busca um resultado digno contra o Flamengo

Enfrentar o Flamengo titular é uma coisa, o time de reservas é outra coisa. Mas, ao que se sabe, Renato não vai arriscar. Com certeza ele mandará a campo um time de reservas com alguns titulares para manter um pouco do padrão de jogo da equipe, minha favorita para conquistar o título.

O Grêmio terá contra si, além de um adversário de boa qualidade, mas sem o entrosamento do time titular, uns 25 mil torcedores.

O STF do futebol, o STJD, ignorou o regulamento que impediria que um time pudesse jogar em algum momento com seus torcedores nas arquibancadas por uma questão de igualdade, de equidade.

O Grêmio jogou sem sua torcida na ida, por isso confiava que no jogo da volta também não haveria público.

Mas o Flamengo é o Flamengo, e o STF, digo o STJD, é esse órgão que tem mais flamenguista que as areias do Leblon num final de semana de sol.

Aí, quando falam que os clubes vão se unir, eu acho graça, só “riro”, como diz um parceiro aqui do blog.

Bem, vocês vão achar que eu sou louco, e ou sou mesmo, mas eu acho que dá pra vencer o Flamengo. Até vou me inscrever num site desses que apostas – presentes em todas as camisas do Brasileiro – para cravar vitória do Grêmio nesta quarta, 21h30, no Maracanã. E não duvido que repita a dose domingo, 20h30, também no Maracanã.

Jogar duas vezes contra o time mais forte da competição, na casa dele, e com pouca diferença de dias, só acontece com um clube no mundo.

Ah, destacando que o Grêmio terá um time misto também e vai em busca de um resultado digno.

Vamos ver o que acontece. O futebol é uma caixinha de surpresa, como dizia o filósofo Dino Sani.

Confiram o provável time que começa a partida (não questiono nem entro no mérito, até porque é um jogo para cumprimento de tabela):

Brenno; Rafinha, Rodrigues, Kannemann e Cortez; Fernando Henrique; Jhonata Robert, Lucas Silva, Villasanti e Léo Pereira; Borja.

Já o Flamengo, com Renato fazendo mistério, virá com um time misto, que pode ser o seguinte:

Diego Alves; Matheuzinho, Rodrigo Caio (Bruno Viana), Gustavo Henrique e Ramón; Willian Arão, Thiago Maia (Andreas Pereira), Vitinho e Everton Ribeiro; Michael e Pedro.

É um time de respeito, meia dúzia teria lugar no time titular do Grêmio e de praticamente todos os clubes do Brasileirão.

PRÊMIO PRESS

O grande Júlio Ribeiro está lançando nova edição do consagrado Prêmio Press, do qual fui finalista na única vez em que participei.

Decidi voltar ao tatame.

Estou na disputa.

Grêmio vence sem sustos, mas com humildade e muito suor

Os primeiros minutos do jogo foram assustadores. Se eu fosse como alguns apressadinhos rápidos no gatilho para criticar e mais rápidos ainda para omitir opiniões e palpites infelizes, eu teria feito um twitter preconizando outro resultado negativo e anunciando que o fim está próximo.

Mas me contive, e valeu a pena. O time reagiu, mesmo sem jogar um bom futebol, e aos poucos foi controlando o jogo e, por consequência, acabou chegando aos dois gols, ambos de jogadores que admiro.

O primeiro foi de Diego Souza, que aparou de cabeça uma bola ‘leve’ cruzada por Alisson, subiu e cabeceou com estilo, impulsionando a bola, que ganhou peso e chegou à rede. Não é coisa para principiante o que DS, que uns especialistas em peteca vivem corneteando, fez nesse lance. Mérito também de Alisson, sempre tão criticado – muitas vezes com razão.

Já o segundo gol foi marca registrada de Ferreirinha, corta pra dentro e chuta no canto oposto ao do goleiro. Um belo gol. Ferreirinha é o tipo de jogador que me faz tirar a bunda da poltrona (esta expressão tem sido muito usada ultimamente) para ir ao estádio, no caso a Arena gremista.

Com os 2 a 0 no placar, o Grêmio foi para o segundo tempo com mais serenidade, podendo trabalhar melhor a bola. Felipão ganhou o duelo tático com Tiago Nunes, que, aliás, perdeu do Ceará quando treinava o Grêmio, e agora como técnico do Ceará, voltou a perder.

Importante ressaltar que quando Felipão substituiu TN o Grêmio tinha 8% de aproveitamento – salvo engano. Hoje, tem 56% (5 vitórias, 3 derrotas e 2 empates.

Quem desprezar estes dados é no mínimo mal intencionado. No futebol, nada é mais eloquente que os números.

Confesso que depois do susto inicial, passei a acreditar que o Grêmio não vai cair. O veterano Felipão está arrumando a casa, isso é nítido. Não é o futebol que aprecio, mas é o futebol de resultado, que, ao final das contas, é o que realmente importa.

Ainda sobre o jogo. Gostei do Rafinha, o melhor do defesa, pela inteligência, seriedade e aplicação tática. Mas todos do setor foram relativamente bem. O meio-campo se manteve sólido, faltando mais criatividade na criação de jogadas. Os atacantes se valeram de seus talentos para marcar os gols.

OS CLIQUES

Os caçadores de clique estão na deles, deixo bem claro. Não é fácil atrair e manter leitores nas redes sociais. Muita gente atuando. Então, muitas vezes o pessoal exagera, o que leva à perda de credibilidade – início da derrocada de qualquer jornalista e/ou blogueiro e afins.

Neste domingo, um título chamou minha atenção: ‘Grêmio ganhou do Ceará sem fazer força’. Como assim?

Aí, você vai ler o comentário e vê que o conteúdo não tem nada a ver com o título provocativo. O autor, tido como gremista, quis dizer simplesmente que o Grêmio venceu o Ceará sem maior atropelos, sem maiores sustos, diferente do que vem ocorrendo.

A verdade é que o Grêmio teve que se esforçar muito para vencer. Foi sem susto, mas com muito suor.

Em resumo: caí na pegadinha do título e gerei mais um clique para o autor.

Grêmio precisa calçar a ‘sandália da humildade’ para sair do grupo da morte

Caiu a ficha. Custou, mas agora estou convencido de que a realidade gremista é conviver com a turma do rodapé da tabela de classificação.

Mesmo que o time consiga sair do grupo da morte, a vergonha é irreparável. Em poucos jogos um dos clubes mais cotados para disputar o título do Brasileiro afundou na competição. Não é vergonhoso?

A vergonha será ainda maior se o time não conseguir superar essa crise.

Fui me dar conta da situação miserável que vivemos durante a rodada desta noite de 7 de setembro, quando o Juventude, fora de casa, largou na frente diante do Corinthians, que conseguiu com muito esforço empatar.

E empatou com um gol de Roger Guedes, que boa parte dos gremistas, inclusive uns daqui, queriam no Grêmio. Guedes provou que é um definidor, e já no primeiro jogo marcou o gol que impediu a derrota do Corinthians. Ah, batendo falta ao estilo de Zico. Quem faz isso no atual grupo tricolor?

Foi aí que eu vi que o Juventude (o Juventude!!!) não deve nada ao Grêmio. É duro escrever isso, mas é fato. O mesmo vale para os demais participantes, com exceção da pobre Chapecoense, virtual rebaixada.

O Grêmio pode ser um dos outros três que irá cair. É preciso ter consciência disso. Admitir para si mesmo que estamos à beira do abismo é o primeiro passo para não cair. É preciso reconhecer o risco, e respeitar TODOS os adversários.

É um bom momento para deixar a soberba de lado e calçar a sandália da humildade.

Para começar, é importante parar de falar em penta da Copa Brasil, do tri da Libertadores, da série de vitórias em Grenais e os títulos regionais conquistados. E, por favor, vamos parar de lembrar que até pouco tempo atrás o Grêmio praticava o futebol mais bonito e eficiente do país. Passou.

Vamos concentrar nossas energias torcendo para Grêmio, começando pelo jogo contra o Ceará, dia 12, e, óbvio, secando nossos rivais, time medianos como este Grêmio que está aí.

Mediano, sim. Até prova em contrário. Vamos ver se as duas contratações, Villasanti e Campaz, realmente podem fazer a diferença e acrescentar a qualidade e competitividade que faltam ao time.

Conforme escrevi dias atrás, se eles não derem a resposta que o time precisa, e Douglas Costa não começar a jogar de verdade, a queda será inevitável.

Como desgraça pouca é bobagem, me toquei hoje que o jogo contra o Flamengo, pela CB, será dia 15, data de aniversário do tricolor. Mais humilhação à vista?

MAICON

Mais do que merecida a homenagem da torcida ao Maicon, que honrou o manto tricolor enquanto teve pernas para correr normalmente. Maicon tem lugar garantido entre os dez melhores meio-campistas que vi jogar com a camisa gremista. Ao lado dele, por exemplo, jogadores como Iúra, Valdo, Dinho e Tita.

Maicon foi, também, muitas vezes, um torcedor dentro de campo, especialmente em Grenais.

Protesto na Arena e a nova realidade do vestiário tricolor

A torcida do Grêmio se antecipou ao anúncio da liberação de público nos estádios de futebol, feito ontem pelo governo, e voltou à Arena por sua conta e risco.

Cumpriu com galhardia a missão de municiar a imprensa (vermelha ou não) com elementos para deboche e gozação.

A manifestação, que era para ser pacífica não foi exatamente na Arena, mas no Centro de Treinamento. O pessoal começou a chegar às 13h, horário de almoço. Não se sabe se houve distribuição de sanduíche de ‘mortandela’.

O fato é que o pessoal estava com apetite para bagunçar.

Até o batalhão de choque da gloriosa Brigada Militar foi acionado para conter a pequena e agressiva multidão composta, até onde se sabe, apenas por gremistas, todos muito irritados com o rumo que o time tomou pouco tempo depois de conquistas memoráveis.

No auge do tumulto, o policiamento teve de apelar para bombas de efeito moral e gás lacrimogênio.

Se por um lado é bom esses jogadores saberem que ninguém aqui é bobo, por outro, não há dúvida de que esse tipo de iniciativa não dá futebol pra ninguém.

Talvez até contribua para perturbar os jogadores mais suscetíveis à pressão desse tipo.

É possível que o Grêmio retome diferente sua participação no Campeonato Brasileiro, passando a jogar um futebol à altura de sua grandeza e representatividade.

Não faltará quem diga que essa transformação seria, então, em função do protesto violento ocorrido nesta tarde de quarta-feira.

Não, se houver um crescimento do time na competição será acima de tudo porque Felipão ganhou carta-branca para trabalhar, mantendo no grupo apenas os jogadores verdadeiramente comprometidos com a instituição e, em especial, com as ideias de futebol do técnico.

É a nova política do vestiário tricolor. Quem não estiver de acordo, vai sair.

MAICON

Maicon deixa o Grêmio pela porta dos fundos. Pela grandeza de sua trajetória no clube, marcada por grandes vitórias, belas atuações e títulos conquistados, Maicon merecia mais.

O grande capitão merecia uma despedida festiva, homenagem, Arena lotada, aplausos e o nome de Maicon ecoando até o infinito.

Era mais ou menos isso que eu previa para esse jogador que chegou questionado, mas que se impôs com seu futebol elegante, técnica elevada, combativo e indignado diante de atuações ruins do time.

Foi o maestro do melhor time do Grêmio que eu vi jogar, um time que durante dois anos encantou não só a mim, mas a todo o país.

Maicon está entre os dez melhores meio-campistas (entre meias e volantes) que vi no Grêmio. E também um dos mais vitoriosos. Poucos colocaram tantas faixas quanto Maicon.

Confira a nota divulgada pelo Grêmio

O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense comunica a antecipação do término de contrato com o atleta Maicon Thiago Pereira de Souza, em decisão ocorrida nesta segunda-feira, de forma consensual entre as partes. Maicon foi apresentado em março de 2015. Defendeu o Tricolor em sete temporadas. Realizou 248 jogos, marcando 15 gols. Neste período, conquistou a Copa Libertadores da América, a Copa do Brasil como capitão, a Recopa Sul-Americana, o Tetracampeonato Gaúcho e o Bicampeonato da Recopa Gaúcha. Suas qualidades como atleta e como cidadão marcaram época e fizeram de Maicon um ídolo da Nação Gremista, sendo convocado para deixar seus pés eternizados na calçada da Fama. O Grêmio agradece os inestimáveis serviços prestados ao Clube.

E eu agradeço, particularmente, por Maicon ter contribuído para mostrar que é possível jogar futebol com técnica, beleza e elegância sem deixar de ser competitivo e vitorioso.

Obrigado, Maicon!

Contratações não resolvem e Grêmio volta a perder

Dias atrás eu escrevi que o Grêmio só não cairia se as contratações anunciadas dessem resposta de alto nível, jogadores que realmente capazes de fazer a diferença. Os três, digamos, reforços, até agora foram discretos, opacos, no momento em que o time precisa de talentos individuais.

Borja, Villasanti e Campaz, pelo que mostraram até agora, são medianos. Está certo que a mostra ainda é pequena, não dá para tirarmos conclusões definitivas, mas já sinalizam alguma coisa.

Borja, que era o mais conhecido de nós, é um centroavante dependente da qualidade dos companheiros, em especial dos ‘pontas’ e dos meias. Não gosto desse tipo de jogador parasita, incapaz de um drible. Ontem, perdeu um gol no seu forte, o cabeceio.

Villasanti é um volante/meia, um Luiz Carlos Goiano, conforme definiu Felipão, que ainda busca um ‘Roger’ para a lateral-esquerda, onde o carimbador Rafinha busca preencher o espaço, mas parece mais preocupado em discutir com a arbitragem. Faz caras e bocas de indignação.

Mas voltando ao Villasanti, tem tudo para ser o titular, mas não é o cara capaz de resolver uma partida numa bola enfiada, um drible, um chute de fora da área. Enfim, o Grêmio precisa mais do que ele apresentou.

Campaz, dos três, é o que aparentou em um jogo e meio ter potencial para ser o jogador que rompe paradigmas dentro do jogo, rompendo as linhas, como costumam dizer comentaristas, técnicos e jornalistas. Até agora não rompeu coisa alguma. Potencial ele tem, se movimenta, é inquieto, briga pela bola, e até parece se dar bem com ela. Mas contra o Corinthians ele foi insuficiente para o que o time tricolor precisa para escapar do inferno que é esse Z-4.

Enfim, em resumo, se Villasanti e Campaz não jogarem bem mais no ‘terço ofensivo’ (outra expressão dos tempos atuais), o Grêmio não escapa da queda. Nem mesmo se Douglas Costa se recuperar e voltar a ser uns 80% do que um dia foi o Grêmio escapa.

Não, não vou rezar. Deus tem coisas mais importantes para resolver.

SÓCIO

Qualquer associado gremista tem o direito de desligar-se do clube. O que não pode é, sendo realmente gremista, fazer campanha pela desassociação. Coisa desse tipo pode inviabilizar do clube se houver desligamento em massa, o que não irá ocorrer, claro.

Mas aqui neste modesto espaço esse tipo de campanha não terá guarida. Pelo contrário.

Depois da goleada, foco agora é só no Brasileirão

O Grêmio foi eliminado da Copa do Brasil 2021 ao ser goleado pelo Flamengo por 4 a 0 na Arena, levando os quatro gols no segundo tempo, quando teve um jogador a mais durante os 45 minutos. Ah, o Flamengo é o mesmo que caiu de quatro diante do Inter pelo Brasileirão.

Em síntese, foi isso que aconteceu nesta noite de 25 deste mês de agosto que não acaba nunca, e que agora nos ‘brinda’ com uma chuva intensa e constante.

A rigor, o Grêmio ainda pode classificar-se à fase semifinal, mas se jogando metade da partida com um jogador a menos, e levou quatro, as chances de devolver o placar são zero.

Espero que Felipão e a direção limitem-se à árdua missão de tirar o clube da zona de rebaixamento o quanto antes. Este é o principal objetivo a partir desse balde de água fria jogado sobre todos os gremistas.

No duelo Portaluppi x Scolari, ganhou o ‘entregador de camiseta’, que aproveitou o intervalo para dar nova cara ao seu time, marcando um gol logo nos primeiros minutos do segundo tempo, depois de uma forte pressão inicial.

Uma pressão que se esperava do Grêmio. Mas Felipão manteve sua estratégia de primeiro garantir o empate e depois buscar um golzinho, quando o mais lógico seria iniciar avassalador no segundo tempo.

Que se posicionou assim foi o Flamengo de Renato Postaluppi, como era previsto. Renato nunca jogou esperando o adversário, sempre foi propositivo, e até chamado por alguns de ‘técnico faceiro’. Pois é.

Teria muito o que falar sobre o jogo, mas o principal mesmo foi o nó que Renato deu no Felipão.

Tem mais um aspecto que está passando livre nas redes sociais. Vanderson precisa tomar maracujina. Está muito nervosinho o guri. Ele participou de dois entreveros como protagonista, e acabou expulso no final.

Sobre o estreante Campaz, a mim ficou claro que se trata de um jogador diferenciado. Entrosado e adaptado, vai ser muito útil na briga contra o rebaixamento. O mesmo vale para Villasanti.

Por fim, o que me deixou muito irritado foi ver Diego Souza entrando na metade do segundo para jogar como meia, buscando o jogo, deixando a área para Borja.

Não, Felipão. Não. Diego Souza só pode jogar no espaço de um quitinete, ou no máximo um apartamento de dois quartos. Ele não é mais guri para jogar numa área maior. Hoje, ele é um matador, frio e cruel, mas ali no espaço dele.

Felipão parece não saber disso.

Que ano, que ano…

Grêmio encorpado para duelo contra o Flamengo do ídolo Renato Portaluppi

O Grêmio vai encorpado como nunca até agora nesta temporada. Pela primeira vez Felipão tem praticamente todo grupo à disposição.

Bom para o técnico que terá opções de qualidade para começar o jogo contra o Flamengo, e também no banco de reservas para eventuais alterações.

Confesso que essa situação me deixa confiante numa vitória sobre o time do grande ídolo Renato, que, de tão emocionado, pode se atrapalhar na hora de escalar e definir o esquema para esse duelo histórico contra os cariocas.

É claro que Renato não vai se abalar com essa história. A emoção nesse caso vai durar até o árbitro apitar o início do jogo. Depois é cada um por si: Felipão x Renato.

E nós mais uma vez de fora do espetáculo, porque o governador, que anda sorridente saracoteando pelo país, vetou público no grande jogo. Aglomero seletivo: vale em alguns casos, em outros não.

ESCALAÇÃO

Bem, vamos ao time, que deverá ser este:

Gabriel Chapecó;

Vanderson, Geromel, Kannemann e Rafinha (qualquer outro será intolerável);

Tiago SANTOS, Lucas Silva e Villasanti;

Douglas Costa, Borja e Alisson;

No banco, reserva de luxo para entrar e fazer o seu no segundo tempo, Diego Costa. Além de, talvez, Campaz e Ferreirinha