Três pontos e a volta em alto estilo do matador Diego Souza

Quando vi Diego Souza entre os relacionados para o jogo desta noite contra o Bahia, respirei aliviado. “Se a coisa ficar encardida é só colocar o Diego no segundo tempo que um gol ele faz”. E não deu outra, com a diferença que Borja já havia feito marcado e encaminhava o time para somar mais 3 robustos pontos.

O gol de Diego Souza, nos acréscimos, ratificou a vitória por 2 a 0 e jogou um balde de água fria no adversário, que busca o empate, pretensão que o veterano matador gremista, que uns juvenilistas radicais (repitam comigo: não importa a idade, e sim o futebol que se está jogando) gostariam de mandar para longe da Arena.

Sou fã de carteirinha do DS justamente porque ele quando recebe uma bola, mesmo em condições precárias, sempre faz uma jogada. Foi assim que ele, ao receber um passe de Lucas Silva, conseguiu se desvencilhar de três marcadores em curto espaço, deixando dois caídos, e desviando com categoria, força e agilidade para fazer o gol tranquilizador.

Nesse lance, apareceu na origem, no meio e no toque final o talento que está aflorando no meio de campo: Lucas Silva. Que partida espetacular! O ‘espetacular’ é por minha conta, até porque sou que estou escrevendo, concordem ou não.

Faço muita questão de destacar o LS porque durante o jogo, em alguns grupos de whats só lia críticas ao jogador, que desde o primeiro tempo teve uma atuação que me deixou entusiasmado. Era pau e pau no LS. Mas o pessoal, muitas vezes, por preconceito ou por não aceitar que uma vez na vida, que seja, um jogador que se critica possa jogar bem.

Se continuar jogando assim (soube que Felipão gosta muito dele) Lucas Silva vai brigar para ser titular. Vai concorrer com o Villasanti, que jogou bem e mostrou potencial para evoluir bastante.

A boa notícia é que Douglas Costa está, aos poucos, começando a jogar o futebol que dele se espera. Quem sabe esse futebol não aparece contra o Flamengo no meio da semana, pela CB?

No mais, destaque para o setor defensivo, compacto e firme, permitindo poucos situações de gol do Bahia.

Agora, o Grêmio ainda precisa melhorar para fugir da Z-4. Os sinais, agora, são de que Luiz Felipe Scolari está acertando a mão. Além da vitória, a boa notícia é que o time começa a ganhar corpo, apesar do primeiro tempo horrível que apresentou.

Ah, pelo que vi do Borja, Diego Souza será titular em breve.

Time ‘campeão’ de desfalques busca pontuar contra o Bahia

Não acompanho os outros integrantes do Brasileiro, mas duvido que tenha algum com mais problema de desfalques que o Grêmio. Ontem, li que o São Paulo seria líder em jogar desfalcado por motivos de lesão, doença, apreço ao chinelinho ou alguma questão disciplinar. Pode ser, mas é briga feia.

Quando o time começa a embalar para afastar-se mais da lanterna e respirar na competição, eis que mais uma vez o técnico Felipão não poderá contar jogadores importantes, a começar pelo principal deles, Maicon, que infelizmente talvez nem jogue mais (batendo na madeira, toc-toc-toc).

Nunca pensei que eu faria isso, mas estou lamentando a ausência de Alisson, lesionado. Ocorre, tirando o preconceito, ele tem sido um dos poucos que se salva nos últimos jogos. Além de combativo como sempre, pelo menos três gols saíram de joga construída por ele.

E a preocupação aumenta porque as opções são Léo Pereira e Luiz Fernando. Não são maus jogadores, mas não podem ser solução. São jogadores tipo “agora vai”, mas que nunca decolam. Se eu tivesse que escolher um para jogar na frente com Borja e Douglas Costa eu ficaria com LF. Vejo mais potencial nele do que em LP.

Mas os dois só fazem aumentar a saudade de Ferreirinha, que está sendo preparado para voltar contra o Flamengo.

Outros desfalques importantes, eu diria fundamentais para começar a decolagem, são Vanderson e Tiago Santos. Ambos lesionados. Será que o SP nos ganha nesse quesito?

Não duvido que Felipão poupe um dos zagueiros, elevando o número de titulares que ficam de fora.

Bem, tudo indica que o Grêmio vai enfrentar o Bahia, neste sábado, 19h, com esse time:

Chapecó; Rafinha, Geromel, Kannemann e Cortez; Fernando Henrique, Lucas Silva; Douglas Costa, Villasanti e Luiz Fernando (Léo Pereira); Borja.

Acho que dá pra ganhar. Com sofrimento, claro.

AUSÊNCIA

Agradecendo mais uma vez as palavras de conforto dos amigos pelo falecimento da minha sogra, uma guerreira, que muito jovem deixou o Vale do Taquari, na década de 50, para colonizar com seu marido, Urbano Wildner, o oeste catarinense, mais especificamente a região de Saudades.

É isso, vida que segue.

Grêmio cai nos acréscimos: ‘Tu vens, tu vens. Eu já escuto os teus sinais…’

Parece conto de pescador, mas é verdade: quando sentei para escrever sobre o jogo contra o São Paulo, estava convencido de que o Grêmio tinha deixado o Morumbi com um ponto.

Ocorre que eu saí de frente da TV no começo da prorrogação para tratar de uma questão doméstica. Resultado: não vi o segundo gol dos paulistas. Um gol, aliás, que fez justiça ao adversário, que criou sete situações claras de gol, contra duas do Grêmio.

Então, como eu ia dizendo, estava preparado para falar sobre um empate, quando deparei com a manchete de um site dizendo que o Grêmio havia sido derrotado nos acréscimos, afundando ainda mais no Brasileiro.

Por falar nisso, a segundona está chamando. Os sinais são muito claros, como diz a canção de Alceu Valença no refrão:

“Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais”.

Vejam o que falei para os meus botões quando o SP, no finalzinho, acertou uma bola na trave esquerda, bola que só não entrou porque eu, Chapecó e toda a torcida do Grêmio (refiro-me as gremistas, não aos ‘tesistas’) a tiramos com a força dos nossos olhos assustados.

Aí, eu falei para o meu filho mais velho, que sofria comigo:

“Uma bola como essa quando entra nos acréscimos é sinal de que o time vai cair, mas quando ela bate e volta é sinal de que a salvação virá”.

O que dizer agora? Essa bola não entrou, mas logo viria outra que acabou na rede, sinalizando que Jesus está chamando.

Eu só vejo um jeito de o Grêmio não cair: que esses dois contratados (não escrevo reforços porque não sei se eles realmente vão reforçar e qualificar o time) joguem tudo aquilo que deles esperam aqueles que os conhecem.

Não é o meu caso. Nada sei sobre eles. O que eu sei é que a maioria dos estrangeiros que o Grêmio contrata não dão uma resposta à altura do investimento. A lista é grande.

É importante também, para que o time fique turbinado, é que Douglas Costa jogue bem mais do que vem jogando. Por enquanto, não sei se ele está melhor que o Alisson, por exemplo.

Melhor que o Jean Pyerre, sim, está. JP é um caso perdido. Até o comentarista da TV flagrou: JP raramente pisa na área. E quando fica frente a frente com o marcador, num lance de drible, ele recua, e mata um ataque.

Ou JP está escondendo o jogo para que o Grêmio o negocie por um valor baixo, ou ele já chegou ao seu limite e nós não queremos aceitar ou entender.

Bem, os sinais estão aí, cada um que os interprete como quiser.

Grêmio vira contra a Chapecoense e volta a respirar

Quando a Chapecoense fez 1 a 0 aos 5 minutos e logo após acertou uma bola na trave para depois Gabriel Chapecó salvar num misto de arrojo, reflexo e agilidade, perguntei aos meus botões: “O que nos restará se não vencermos esse jogo?”.

Pensei: só nos restaria trabalhar para fazer uma campanha minimamente digna, porque o rebaixamento seria inevitável, restando a cada rodada frases como “faltam tantos pontos” e “hoje é preciso vencer para afastar o fantasma da segundona”, e por aí vai.

Mas, talvez por intervenção divina, eis que Alisson, que divide com Bruno Cortez as pedras destinadas à “Geni”, acertou um chute forte no canto direito, sem chance para o goleiro.

O empate deu mais moral para o time gremista, que já vinha crescendo no jogo, de forma atabalhoada, é verdade, mas crescia e dominava o adversário, sem no entanto refletir esse domínio em situações de gol.

O gol da vitória saiu de um cruzamento de Alisson (melhor figura em campo) para o estreante Borja, que sofreu pênalti. Borja, de atuação discreta, natural para quem chegou há poucos dias, cobrou com categoria, bola num canto, goleiro no outro.

Mais uma vez o time jogou um futebol pobre tecnicamente, e só melhorou realmente quando Maicon entrou no lugar de JP, e em poucos minutos deu uma nova cara ao time.

A vitória veio em muito boa hora, mas o time precisa evoluir muito ainda para se tornar confiável. Agora, com a volta de jogadores que estavam no DM e as contratações que estão sendo especuladas, Felipão terá condições de armar um time capaz de sair do grupo de risco.

Por enquanto, o Grêmio segue como forte candidato ao rebaixamento. Por incrível que isso pareça.

Vale tudo: gremista torcendo pelo Inter contra o Fla por causa do Renato

O futebol por vezes lembra uma canção em que Tim Maia cantava “… vale tuuuudo, só não vale dançar homem com homem e mulher com mulher”.

A frase, do tempo em que as pessoas não ficavam ao lado dos corruptos de carteirinha, está mais do que superada. Está tudo liberado.

Se a expressão não vale para o sexo, hoje com mais de uma dezena de variações, vale para a política (que mais parece um bordel de beira de estrada) e até para o futebol.

Nos meus mais de 30 anos de atuação como cronista esportivo, já vi de tudo, até cartaz alertando que “é proibido chupar p. no vestiário”. Desconfio que essa proibição esteja superada atualmente, sei lá!

Neste domingo, veremos uma situação maluca, que remete para o vale tudo do inesquecível Tim. O palco será o Maracanã.

Não sei de vocês, mas às 18h15 estarei diante da TV para assistir um duelo que vai mexer com gremistas e colorados.

Flamenguistas não. Eles não entendem porque eles não torcem por suas teses. Se entregam à paixão. E são felizes. É coisa de gaúcho mesmo, mais especificamente de gremistas e colorados.

Vejam só a sinuca em que se meteram os gremistas: a maioria – os normais e lúcidos – vai torcer pelo Flamengo, querem ver o Inter levar uma surra, talvez os mesmos 5 a 1 aqueles.

Mas tem uma parcela pequena, mas ruidosa, insisto, que quer torcer pelo Flamengo, mas não tanto, porque na casamata estará Renato Portaluppi, que essa turma, ajudou a ir embora, secando o técnico/estátua desde sua chegada.

Claro que foi de forma discreta no início, quando o Grêmio passou a jogar o melhor futebol do país, mas aos poucos eles foram saindo do armário para fustigar e atacar Renato, atribuindo a ele todos os males do clube de dois anos para cá. E não importa que ele hoje seja técnico do melhor time do Brasil e vem acumulando goleadas.

Vai ser divertido ver o que sairá nas redes sociais. Tenho curiosidade em ler essa minoria que não lota uma kombi analisando o jogo e seu resultado. Vai dar de tudo.

Se o Inter vencer esse torcedores irão comemorar? Acho que sim, talvez com um certo constrangimento, porque ficará ratificado de novo que realmente existe essa espécie de torcedor, e não apenas os do Grêmio, que torcem mesmo é por suas teses, ou por isso ou por aquilo.

Bem, neste domingo dedicado aos pais vou ficar firme diante da TV torcendo pelo Flamengo, que será o Grêmio por 90 minutos. Ao menos para mim.

CHAPECOENSE

Percebo que há mais expectativa em torno desse jogo no Maracanã do que o confronto desta segunda contra a Chapecoense.

Acho que isso acontece por causa do momento assustador que vivemos. Mais uma vez o time entra em campo sob pressão. De novo precisa porque precisa vencer.

Se não somar três pontos em casa contra o lanterna…

FERREIRA

Ele anda afastado dos treinos, é o que se diz. Largou o Grêmio de mão. Mas o Grêmio não pode largar esse ativo. Hoje eu vejo esse guri como se olha um cheque de milhões de euros. Isto é o que ele representa.

E não se rasga dinheiro.

O que não pode é o clube ceder à essa pressão do jogador e seu empresário.

Grêmio joga pro gasto e confirma classificação

Texto: Copião de Tudo

Tudo bem que o pênalti e a expulsão facilitaram nosso jogo, pois o Grêmio iniciou com dificuldades de sair da marcação alta imposta pelo Vitória, mas um pênalti bizarro do volante João Pedro estragou a tática de pressão baiana que teve o seu jogador expulso, corretamente, facilitando e muito a vida do Grêmio que já era fácil pelo placar folgado no 1º jogo na Bahia.

O goleiro Lucas Arcanjo salvou o Vitória de levar uma goleada, pois o Grêmio assumiu as rédeas do jogo criando cinco chances claríssimas de gol. Mas Ricardinho pareceu o Jonas de 2010 perdendo dois gols claros de novo e isso prova que Borja foi um acerto à pedido de Felipão, e temos ainda o DS que cheira a gols quando está magro.

JP foi o destaque do jogo, mas só acordou após a expulsão do volante que cometeu o pênalti muito bem cobrado por ele por sinal, e cresceu no jogo, mas o adversário era o Vitória com sete reservas, um jogador a menos e a pressão de começar uma decisão depois de um 3 a 0.

Felipão começou com LS, Darlan e JP no meio no 4.3.3, fazendo o TS entrar no 2º tempo para pegar ritmo no lugar do apenas esforçado Darlan que perdeu alguns passes e combate no corpo a corpo, e terminou o jogo no 3.5.2 com entradas do Rodrigues e GG tirando Vanderson e Cortêz, além do fraco Jonathan Robert no lugar de Léo Pereira que nada acrescentou, e LF que entrou e jogou pouco mais que Álisson, a quem substituiu.

Classificação para as quartas da CB foi garantida sem sustos, mas o adversário foi fraco demais, não exigindo nada do goleiro Chapecó, um mero expectador do jogo mesmo que os baianos tenham tentado alguma coisa através de uma pressão no 1º tempo, nada mais que isso.

Acho que Felipão tendo os retornos de Brenno, Rafinha, Kannemann, TS, DC, com os reforços de Borja e um Lateral esquerdo “decente” além de um meia articulador, vai decolar com o time no Brasileirão, pois JP é lento e lerdo demais. Joga apenas troteando com passos largos e atrasa demais o jogo.

Redes sociais tem um culpado para a queda do time: Renato Portaluppi

A primeira impressão de quem acompanha as redes sociais e similares (rádio, jornal, etc) é de que o treinador do Grêmio não é o velho Luiz Felipe Scolari, talvez o técnico mais vitorioso do futebol brasileiro, mas sim Renato Portaluppi.

Para uma parcela da torcida (pequena mas ruidosa), tudo que acontece de ruim no clube leva a assinatura do ‘entregador de camiseta’, ‘técnico de rachão’, ‘lapidador obsessivo’ e ‘cultuador do ócio’ . entre outros rótulos que ele coleciona com a mesma compulsão que o leva a armar times que dá gosto ver jogar e conquistar títulos, além de acumular vitórias nos Grenais.

Renato saiu, ou foi saído, e tudo desandou. Começou com seu sucessor, que tentou manter a estrutura e o esquema herdado de Renato. Tiago Nunes tinha a melhor das intenções, mas depois de um início retumbante acabou sucumbindo. Caiu. Culpa do Renato.

Veio, então, o treinador mais vitorioso na história do Grêmio, ao lado do próprio Renato. Felipão fez o contrário de Tiago. Pegou o time numa situação deplorável e vergonhasa, lanterna do Campeonato Brasileiro. Com as peças disponíveis, tentou simplificar com um esquema em que a bola sobrevoa o meio de campo a todo instante.

Eu não gosto da tal ligação direta, mas considerando-se o nível dos jogadores do setor mais vital, o meio de campo, Felipão não deixa de ter razão. A verdade é que com a mão de obra disponível não é possível fazer mais do que apelar para um esquema tipo ‘pega-ratão’, ‘bumba-meu-boi’ e ‘bola pro mato que o jogo é de campeonato’.

Felipão tem sua responsabilidade, mas não é milagreiro. Tampouco o Renato, que quando teve jogadores de bom nível foi campeão da Copa do Brasil e da Libertadores. Ficou dois anos surfando na onda de ser protagonista do time que jogava, em 2016 e 2017, o melhor futebol do Brasil, que começa a reprisar no comando do Flamengo, para ranger de dentes de um determinado tipo de gremista.

Bem, depois da derrota de sábado, diante do Bragantino, ficou reforçado o que venho pregando aqui, fazendo coro com a torcida. Se não houver reforços de qualidade que cheguem e comecem a jogar, sem passar por uma estada no departamento médico ou com algum casamento em vista, o Grêmio vai cair para a segunda divisão, ou série B segundo a imprensa vermelha quando foi o Inter que jogou na segundona – palavra abominada pelas redações nesse período.

O problema é encontrar jogadores que possam vir e jogar, o posto de outros jogadores que mais passam tempo no DM do clube do que em campo, como o Pinares, por exemplo, que até agora não justificou sua contratação, assim como outros que o clube paga sem qualquer tipo de retorno, a não ser dor de cabeça constante.

Ah, a maioria dos guris da base não tem condições de jogar num clube que aspira sempre os títulos. O mesmo vale para alguns veteranos, os tais ‘bruxos’ do Renato, que aproveitava pouco os jovens. Agora todos sabemos por que.

Apesar de tudo, eu ainda acredito que o time irá safar-se dessa, mas não será fácil. Novo mantra:

-Eu acredito!!!

Gurizada da base pode ser o trunfo de Scolari na reação

A melhor atuação do Grêmio de Felipão aconteceu ontem à noite, em Salvador, com os 3 a 0 sobre o Vitória. Sim, o mesmo time que eliminou o Inter da Copa do Brasil, agora vingado pelo tricolor.

A atuação, até certo ponto surpreendente, foi protagonizada por um time misto, formado por OITO jovens das categorias de base, alguns deles já meio que desacreditados, olhados com desconfiança por parte da torcida.

Eu mesmo tenho minhas dúvidas sobre alguns guris, como Ricardinho e Léo Pereira. Nesse jogo, Ricardinho tirou a urucubaca do corpo, conforme ele deixou claro na comemoração, que pareceu mais uma sessão de descarrego pra afastar o olho grande e algum eventual encosto.

Além do gol, seu primeiro em 13 jogos, Ricardinho deu o passe com açúcar para Léo Pereira, rolando uma bola perfeita para o companheiro chutar na saída do goleiro para fazer 2 a 0. Um gol importante porque o time baiano, completamente batido no primeiro tempo, começava a se assanhar.

São dois jogadores que buscam seu espaço, alternando bons e maus momentos, o que é natural, mas normalmente não se tem muita paciência com jovens, porque existe a pressão permanente dos resultados. Então, é preciso dar resposta rapidamente. É uma pressão também para o guri.

O que mais me chamou atenção em Léo Pereira foi um lance que para muitos foi um desastre. Aconteceu no segundo tempo, quando o atacante passou por dois marcadores, junto à linha de fundo, com um drible curto, ao estilo de Éverton e Ferreirinha. A conclusão foi um chute torto, nas alturas. Comecei a levar mais fé nesse jogador, que é combativo e esforçado.

Ainda falando sobre os guris da base: destaque de novo para Gabriel Chapecó. A zaga não chegou a ser muito pressionada, mas saiu-se bem. Dizem até que os dois zagueiros estão sendo negociados para o futebol italiano. Espero que não. Até o veterano Cortez teve boa atuação, mais segura do que o normal.

Agora, nada supera Vanderson. É outro que não vai ficar no clube muito tempo. Marca, articula e chega à frente com facilidade. Joga muito. Em breve estará na seleção brasileira.

A dupla de meio campo Lucas Silva e Darlan mostrou que merece ser melhor aproveitada. Lucas Silva marcou como nunca e ainda cruzou a bola para o gol de Ricardinho, que, aliás, demorou demais a ser confirmado. Melhor que Lucas Silva foi Darlan. Sábado, contra o Bragantino, eu escalaria Darlan de novo.

Olha, foi uma noite tão boa para esse Grêmio desacreditado que até Alisson esteve muito bem, cumprindo função tática importante e fazendo algumas boas jogadas individuais. Jean Pyerre continua devendo, mas já mostra mais vontade, mais empenho, resultado do trabalho do técnico gremista.

Comprovando que foi uma noite mágica nesse período turbulento do time, o gol de cabeça de Diogo Barbosa, aparando um cruzamento perfeito de Luiz Fernando.

Vou confessar uma coisa, mas não espalhem: gosto muito do Luiz Fernando. Tem força, velocidade, drible. Sua jogada no gol foi uma pintura.

CATIMBA

Um dos grandes nomes da história do Grêmio, o ex-atacante André Catimba morreu na manhã desta quarta-feira (28), aos 74 anos. Ídolo tricolor na década de 1970, ele foi herói do título gaúcho de 1977, com gol na decisão que encerrou seca de oito anos sem título Estadual.

Esse gol de André é como um símbolo, um marco, um divisor de águas, o início do fim da hegemonia colorada no Estado.

Foi muita emoção naquela época. Eu estava na arquibancada. Não trabalhava ainda na imprensa.

Baita centroavante!

Grêmio só empata e vê aumentar o risco de cair

O Grêmio se encaminha para disputar a série B em 2022. Até o torcedor mais otimista já admite a possibilidade, ainda mais depois do empate por 1 a 1 com outro candidato ao rebaixamento, o América mineiro.

Além de deixar de somar três pontos diante de um adversário direto jogando em casa, o time do técnico Felipão voltou a apresentar furos na defesa, no ataque e, principalmente, no coração de uma equipe de futebol, o meio de campo.

Entendo que enquanto não encontrar uma solução para esse setor, o mais vital, Felipão não terá um time competitivo, capaz de sair do atoleiro e de se afastar do grupo de risco.

Bobsin e Fernando Henrique juntos não possuem bagagem para sustentar o sistema defensivo e ainda consolidar uma base de apoio ao ataque. Um deles ao lado de alguém mais experiente pode dar certo. Os dois juntos vão morrer abraçados.

Felipão percebendo que sem Geromel e Kannemann a defesa ficaria muito vulnerável, escalou 3 zagueiros. O time continuou vazando, mas o esquema permitiu que os dois laterais apoiassem com mais segurança.

Vanderson e Guilherme Guedes (enfim aparecendo) souberam tirar proveito. O primeiro gol foi jogada do lateral direito para o esquerdo. Infelizmente Guedes saiu lesionado. Mas tem tudo para ser titular.

Sobre Vanderson, estranho seu choro ao deixar o campo na metade do segundo tempo, cedendo lugar para Rafinha, que, na real, pouco ou nada acrescentou.

O certo é que Guilherme Guedes mostrou que pode resolver o problema da lateral esquerda.

Assim, restaria, a rigor, encontrar um meia de articulação, tipo o Jean Carlos, do Náutico, exímio cobrador de faltas.

Falta ainda um novo camisa 9. Ricardinho precisa voltar imediatamente ao setor de lapidação. Perdeu dois gols feitos. Talvez na equipe de transição ele seja mais útil.

Bem, quem viria para o ataque? Eu sugiro, nesta situação emergencial, o Gilberto, do Bahia. Ele faz gol de falta, de cabeça e pelo chão. Não é o centroavante dos meus sonhos. Mas para quem não quer ou não pode gastar…

LUZ

Sobre o jogo na Arena: vejo que muita gente faz terra arrasada. Vi gente pedindo a destituição de toda a diretoria. A situação está feia, mas nada que o velho Felipão não possa resolver.

Vejam, o Grêmio jogou sem seus dois zagueiros (os 3 que jogaram não me dão confiança, nem o Ruan, que falhou no gol) e sem Matheus Henrique, que muita gente não gosta, mas é o que de melhor o time tem para o setor.

Mesmo assim, ainda em fase de organização, o Grêmio foi quem teve as chances mais cristalinas de gol. As duas com Ricardinho e uma com Alisson.

Então, ainda vejo uma luz no fim do túnel.

Luiz Adriano? É sério isso?

O simples interesse da direção gremista por Luiz Adriano é um acinte ao torcedor, que extravasa sua revolta e indignação nas redes sociais. O torcedor não suporta mais ver o clube como repositório de jogadores veteranos em busca de um aconchego, de um polpudo contrato para engordar sua aposentadoria.

O jogador está na dele. Se existe quem banque, que mal tem? O que não pode, o que é inaceitável, um tapa na cara, é que a direção do clube insista nessa prática que corrói as finanças do clube, que não estão tão bem assim como é apregoado.

Nada contra Luiz Adriano, que ele seja feliz onde se encontra (aliás, por que o Palmeiras aceita negociá-lo se ele é tão bom?) ou em qualquer outro lugar, talvez o Inter, o clube amado pela família do jogador, e, dizem, amado por ele próprio, que teria até uma tatuagem na perna reverenciando o clube de sua formação.

Mais um colorado se infiltrando em nossas linhas? Já não basta uma colorada de conselheira? Nada contra ela, tudo contra quem avalizou essa afronta.

Olha, essa informação/boato de que o Grêmio tem mesmo interesse no jogador, a pedido do técnico Felipão, não pode ter descobramento sob pena que ter como consequência um levante no terreno minado das redes sociais, onde o presidente Romildo já não goza do prestígio de dois anos atrás, sendo alvo constante da torcida.

Se ao menos Luiz Adriano estivesse jogando bem, mas não é isso que acontece. Eu me lembro dele no início de carreira. Era um centroavante rápido, com drible e boa capacidade de conclusão. Hoje, está como outros do grupo: empurrando com a barriga o fim de sua carreira.

É isso: tudo tem um fim. Inclusive este texto indignado.