Luiz Adriano? É sério isso?

O simples interesse da direção gremista por Luiz Adriano é um acinte ao torcedor, que extravasa sua revolta e indignação nas redes sociais. O torcedor não suporta mais ver o clube como repositório de jogadores veteranos em busca de um aconchego, de um polpudo contrato para engordar sua aposentadoria.

O jogador está na dele. Se existe quem banque, que mal tem? O que não pode, o que é inaceitável, um tapa na cara, é que a direção do clube insista nessa prática que corrói as finanças do clube, que não estão tão bem assim como é apregoado.

Nada contra Luiz Adriano, que ele seja feliz onde se encontra (aliás, por que o Palmeiras aceita negociá-lo se ele é tão bom?) ou em qualquer outro lugar, talvez o Inter, o clube amado pela família do jogador, e, dizem, amado por ele próprio, que teria até uma tatuagem na perna reverenciando o clube de sua formação.

Mais um colorado se infiltrando em nossas linhas? Já não basta uma colorada de conselheira? Nada contra ela, tudo contra quem avalizou essa afronta.

Olha, essa informação/boato de que o Grêmio tem mesmo interesse no jogador, a pedido do técnico Felipão, não pode ter descobramento sob pena que ter como consequência um levante no terreno minado das redes sociais, onde o presidente Romildo já não goza do prestígio de dois anos atrás, sendo alvo constante da torcida.

Se ao menos Luiz Adriano estivesse jogando bem, mas não é isso que acontece. Eu me lembro dele no início de carreira. Era um centroavante rápido, com drible e boa capacidade de conclusão. Hoje, está como outros do grupo: empurrando com a barriga o fim de sua carreira.

É isso: tudo tem um fim. Inclusive este texto indignado.

Eliminado pela LDU, Grêmio foca no Brasileiro para sair da zona de rebaixamento

Ser eliminado de virada pela LDU, dentro de casa, é apenas mais uma frustração para o gremista . Pior ainda é a campanha vexatória no Brasileiro.

A derrota por 2 a 1 (com um pênalti discutível a favor dos equatorianos) pode ser um alerta para que o time coloque todas as suas energias para escapar da zona de rebaixamento.

Quem vê o time jogar sabe que ‘desse mato não sai coelho’, o que ficou claro mesmo na vitória sobre o Fluminense, conforme destaquei no comentário anterior.

Sem reforços, no mínimo um lateral-esquerdo e um meia articulador, o Grêmio irá se manter perigosamente próximo demais da zona do rebaixamento, o que ninguém quer. Quer dizer, há quem queira e torça por isso.

Mas o que está ruim ainda pode piorar. Vai depender das decisões de Romildo e Felipão. Alguns nomes que estão sendo citados como possíveis reforços são assustadores – sem entrar no mérito dos valores absurdos que são cogitados.

Se as contratações não tiverem precisão cirúrgica, a situação ainda poderá piorar. Se não vierem reforços, seja o que Deus quiser.

Como não vi o jogo desta noite na Arena, e também porque estou muito irritado, vou me abster de mais comentários.

Só espero neste momento que o Grêmio foque realmente no Brasileirão e comece a jogar um futebol mais confiável.

Meu tempo de andar de montanha russa já passou.

Felipão arma um time ‘pé no chão’ e vence a primeira no Brasileiro

O grande mérito de Felipão neste começo de trabalho é reconhecer que o grupo do Grêmio não tem condições de repetir o futebol vistoso e vitorioso dos dois primeiros anos de Renato.

Aliás, o maior erro de Renato foi a teimosia de insistir num esquema moribundo, que agonizou dois anos, mas que ainda assim se manteve vitorioso, principalmente se compararmos com o momento atual.

Nestes quase cinco anos com Renato no comando, o clube jamais esteve sequer perto da zona de rebaixamento no Brasileiro. E manteve uma deliciosa superioridade em grenais – coisa que alguns gremistas (?) hoje desdenham.

No sábado, ficou escancarada a proposta de jogo de Felipão: bola pro mato que o jogo é de campeonato. Seria o esquema ‘pega ratão’, popularizado pelo ex-treinador Cláudio Duarte, nos anos 70. Hoje, isso significa ‘dar a bola pra eles, se fechar na defesa e arriscar na boa, sem correr muito risco’.

Não é o que eu gosto, mas é o que a casa oferece. O próprio Felipão deixou muito claro como será o time dele, principalmente nesta situação tensa que o clube vive, assolado pelo fantasma da segundona.

– Tenho que dar proteção aos zagueiros para depois, em algumas situações, termos a condição de fazer o gol e conseguir a vitória. Não é algo que eu gosto ou do meu trabalho, depende das características dos jogadores e do momento que estamos vivendo. Vamos devagarinho, pé no chão para reconstruir tudo – explicou Felipão.

Parabéns ao experiente técnico, que simplifica e que conhece as limitações de seu elenco. Coisa que seu antecessor, Tiago Nunes, não teve a sabedoria de identificar/admitir. Por isso, caiu.

Espero que Felipão tenha sucesso e que continue contando com a sorte, porque vai precisar. Sábado a sorte apareceu com o nome de VAR ,que salvou o time de mais um empate, que, aliás, seria o resultado mais justo pelo que (não) fizeram os dois times. È bom ter o VAR de vez em quando a favor.

O pênalti foi marcado pelo VAR depois de passar em branco por quase todo mundo. Já vi outros a favor do Grêmio que não foram assinalados pelo VAR – não esqueço aquele contra o Atlético PR pela CB -. Antes desse pênalti, houve outro, também sobre Alisson, que o juiz não marcou.

Os três pontos obtidos com a vitória de 1 a 0 (gol de Pinares) sobre o Fluminense, deixam o time respirar, ajudam a dar confiança aos jogadores.

Contudo, se não melhorar sua produção ofensiva (prejudicada pela ausência de Ferreira), o Grêmio terá de conviver um bom tempo com o risco de cair.

ALERTA

O blog não aceita termos pejorativos aos jogadores que vestem a camisa do glorioso Grêmio. Comentários nessa linha serão apagados. Igualmente são vetados palavrões.

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Felipão e uma retranca histórica para neutralizar o ‘casal 20’ dos anos 80

O jogo deste sábado contra o Fluminense me fez lembrar um outro, na década de 80 (se não me engano em 1987), quando o Grêmio enfrentou o clube carioca também pelo Brasileiro.

O Fluminense estava no auge, com uma dupla infernal para fazer gol: Assis e Washington, conhecida também como Casal 20, título de uma série de TV de muito sucesso na área.

Pois o GRêmio foi ao Maracanã enfrentar essa dupla matadora, uma espécie de Pelé-Coutinho ou Joãozinho/Alcindo. Os cariocas eram amplos favoritos.

O que fez o técnico gremista, que recém começava no tricolor? Armou uma retranca de dar inveja a outros adeptos dessa solução.

Na época, no retorno da delegação, conversei com o Paulo Bonamigo sobre o jogo. O Grêmio foi dominado do primeiro ao último minuto. Bonamigo me confidenciou que ele, como um dos volantes, estava proibido de deixar o campo defensivo. Tinha ordem de não cruzar a linha de meio de campo – disse Bonamigo, sorrindo.

Bem ou mal, deu certo. O Grêmio garantiu o empate e saiu do Maracanã como se tivesse vencido. O ‘casal 20’ parou na retranca de Felipão, que meses depois deixou o clube, retornando em 1993 para ser campeão Brasileiro e da Libertadores, entre outras conquistas.

Mais de três décadas depois, temos outro jogo em que o Grêmio não pode perder contra o Flu. Nada como uma retranca amiga, bem ao estilo do gringo.

Garantir o empate, especular a vitória

Depois da vitória – para mim surpreendente pelo que o time vinha jogando – sobre a LDU, o Grêmio encaminhou sua classificação à próxima fase da Sul-Americana.

É um alento, um sopro de esperança, para focar no Campeonato Brasileiro e buscar a recuperação. A vitória foi tão importante que serviu para amenizar a angústia do torcedor diante da campanha que não condiz com a estatura do tricolor.

Já vi de novo brilho nos olhos de gremistas amigos. Alguns já projetam alcançar a ponta de cima. É o efeito Felipão. Não compartilho tanto otimismo, que parece mais fruto do medo de cair, da ansiedade de deixar o fosso do rebaixamento para trás.

Vou passar a ter alguma esperança de chegar ao G-4 a partir do jogo deste sábado, no Rio, 21h, contra o Fluminense. É jogo para vencer – mas os jogos que nos antecederam apontavam o mesmo, e o que se viu foi o oposto: resultados ruins e atuações piores ainda.

Se com um time misto o Grêmio voltou com três pontos do Equador, com o time titular é possível conquistar a primeira vitória no Brasileiro, dando moral e confiança aos jogadores, em especial aos mais jovens.

Agora, não podemos ignorar que o goleiro Chapecó foi o melhor jogador do Grêmio em campo, garantindo a vitória com grandes defesas. Então, o time segue devendo.

O técnico Felipão ainda não definiu o time, mas tudo indica que Alisson será mantido, apesar dos clamores da torcida para que não jogue.

Em princípio, o time terá :

Gabriel Chapecó; Rafinha, Geromel, Kannemann e Cortez; Fernando Henrique, Victor Bobsin, Alisson, Jean Pyerre e Léo Pereira; Diego Souza.

Essa é uma formação lógica. Melhor que isso só se tivesse um lateral-esquerdo com mais qualidade. Os dois que se revezam decididamente não são confiáveis.

Quando um joga a gente sente saudade do outro, e vice-versa.

Outra posição que preocupa é a de articulador. Jean Pyerre até melhorou contra a LDU, mas está longe de mostrar futebol para ser titular. A torcida por ele é grande.

O meia pela lado direito é outro problema para esse jogo. Alisson com seu futebol de toque pro lado e para trás, e muita disposição para nada acrescentar, continua. Felizmente, há Douglas Costa. Mas ele está fora porque tirou uns dias para casar no Caribe. Vai voltar ainda mais fora do peso.

Na frente, Diego Costa é contestado. A torcida do Grêmio é assim, contesta até seu maior goleador na temporada. Tem quem considere bom perder DC e dar oportunidade para Ricardinho, que tem se mostrado um perdedor de gol.

Tem gente que até defende Churin como solução ofensiva.

Por fim, vamos ver se o time tem mesmo potencial ofensivo para decolar no campeonato, mesmo sem seu atacante mais perigoso, o Ferreira.

Sobre contratações. Há muita especulação. De concreto mesmo temos o interesse de Felipão em contar com Paulinho. Seria um grande reforço.

Fala-se também na volta de Giuliano. Sou contra. Já passou por aqui e viria para se aposentar. Esse pessoal com um certo nome só assina contrato de dois ou três anos.

Tem ainda o Lucas Lima, do Palmeiras. Seria o articulador que falta ao time. Mas dizem que ele é um jogador problemático.

Grêmio vence a LDU ao estilo de Luiz Felipe Scolari: 1 a 0

Achei a LDU forte lá em Casablanca, no Equador, a 2.740 metros de altitude, pois levou perigos no 1º tempo e obrigou nosso grande goleiro Gabriel Chapecó a fazer duas defesas difíceis. A primeira aos 08m30s, chute de Amarilla e aos 16m22s com Alcívar da entrada da área. Mas aos 18m03s, numa arrancada espetacular do Vânderson pela direita, ele atravessou uma bola na área e, PASMEM, JP, de boa atuação, disparou a la Bolt e salvou a bola na linha de lado, recuperou e cruzou na medida para Léo Pereira testar pro fundo do barbante: 0x1 Grêmio.

Chapecó ainda fez uma defesa espetacular de mão trocada no ângulo direito num chute certeiro de Billy Arce aos 36m50s, mas o Grêmio controlava o jogo ainda com fôlego, e Álisson numa arrancada pela esquerda recebeu uma bola, tabelou com JP (nota 7.8), recebeu limpa e chutou em cima do goleiro podendo matar o jogo.

Destaque no 1º tempo para nosso goleiro que pode fazer Brenno voltar da Olimpíada e sentar no banco devido suas duas grandes atuações em dois grandes jogos seguidos sem levar gol com muita segurança e com firmeza nos lances.

No 2º tempo, o Grêmio continuava seguro na defesa com Kannemann, um leão de novo, muito seguro, com Ruan na zaga, e até Lucas Silva não comprometeu jogando simples e firme. Aos 08m Vânderson tentou um cruzamento e quase acertou o ângulo oposto obrigando o goleiro a fazer grande defesa. Aos 18m o lateral Piôvi chutou rasteiro passando colado ao posto esquerdo do Chapecó.

A LDU gostava do jogo, o Grêmio já recuava se poupando visivelmente, e Billy Arce testou firme no canto esquerdo de Chapecó e passou raspando aos 21m. Aos 89m Sarará salvou quase em cima da linha após Chapecó abafar uma chegada pela direita de ataque da LDU. Aos 92m30s Ricardinho recebeu uma grande pifada de DC e na cara do goleiro, na marca do pênalti, chutou pra fora.

Destaques para Chapecó, Kannemann, Ruan, JP, que até voltou para auxiliar os volantes, e DC, com uma linda pifada, além de Léo Pereira pelo 1º tempo firme pela direita e oportunismo no gol da vitória.

Felipão segue o trabalho firme e mesmo com 5 desfalques dos titulares mostrou que pode fazer o time evoluir dentro de suas características de armar bem a defesa, fazendo o meio mais consistente. Frisando que o ataque precisa melhorar as finalizações.

Gostei do jogo, do desempenho e do resultado positivo diante das dificuldades da altitude e dos desfalques. Mérito de Felipão, que começa a moldar o time ao seu estilo.

Segue o planejamento.

TEXTO: COPIÃO DE TUDO (interino)

A nova cepa de viúvas de Renato e o desafio de Felipão

Assim como o coronavírus tem novas cepas pra atormentar a vida da gente, também foi identificada nos últimos dias uma nova variante de viúvas de Renato Portaluppi.

A viuvez tradicional no futebol é aquela que deixa torcedores, entre eles dirigentes e um punhado de jornalista (a maioria é colorada), choramingando a perda de um ídolo, como aconteceu logo que Renato foi embora. A crise técnica do time aumentou a dor da ausência do melhor treinador do clube pelo menos nos últimos 20 anos.

A nova cepa de viúva começa por aí: ela não reconhece Renato como um grande treinador, embora tenha festejado os títulos que ele conquistou, contribuindo para engrandecer o nome do Grêmio em todo o planeta e, suspeita-se, até em marte.

Os antirenatistas não se conformam com a saída de Renato. Apesar de odiá-lo queriam que ele ficasse aqui por perto, usufruindo do nosso clima maravilhoso, com muita chuva e frio, bem distante do Leblon.

Esse pessoal constitui um número insignificante em relação ao universo de milhões de gremistas que cultivam a gratidão e o reconhecimento, sem perder, contudo, o senso crítico em relação a Renato e à direção tricolor.

Nesta célula é que proliferam as viúvas autênticas, aquelas que não se conformam com a saída do maior ídolo da história do futebol gaúcho e que estão devidamente imunizadas contra a inveja, o rancor e a ingratidão.

Enquanto as viúvas originais derramam lágrimas, a variante se arma para não dar paz ao Renato, ainda mais agora que ele assinou contrato com o Flamengo.

Parece que estou vendo as redações se mobilizando para acompanhar cada passo de Renato no seu time do Rio (talvez até escalem setorista para acompanhar Renato).

O mesmo começa a se dar nas redes sociais, onde gremistas destilam veneno contra Renato em plena sintonia com colorados, algo inimaginável em outros tempos.

Bem, Renato é mesmo milagreiro: tirou o Grêmio três vezes do atoleiro, colocou o nome do clube no alto do pódio das Américas; contribuiu para o surgimento de uma nova cepa de viúvas; e ainda conseguiu unir um certo tipo de gremistas com colorados.

FELIPÃO

O vitorioso técnico começa a se dar conta do grande desafio que tem pela frente. E corre para fazer o essencial: qualificar o time. Sem isso, não tem chance de ser bem-sucedido nessa empreitda.

Diferente de Renato, não é milagreiro, mas é igualmente competente.

Nesta terça, pra ver o tamanho da encrenca, enfrenta a LDU, no Equador, com um time misto, e sem seu principal atacante, Ferreira.

Provável escalação:

Chapecó; Vanderson, Ruan, Kannemann e Cortez; Fernando Henrique, Darlan e Douglas Costa; Alisson, Diego Souza e Léo Pereira.

Jogo válido pelas oitavas da Sula, 19h15min.

Felipão viu que sem reforços o time não irá ‘decolar’

A principal conclusão que eu tiro após esse empate por 0 a 0 no Grenal nº 433 é que Felipão terá dificuldade para resgatar o Grêmio da zona de rebaixamento. Ainda mais se a direção não providenciar urgente alguns reforços: um meia, um volante, camisa atacante centralizado e, principalmente, um lateral-esquerdo.

Fora isso, a missão de tirar o time da humilhante posição em que se encontra será impossível.

O fato de jogar tão mal contra um Inter que também corre risco de cair confirma isso. O Grêmio praticamente não criou situação real de gol. O goleiro Daniel foi um espectador dentro de campo, enquanto o goleiro Chapecó impediu o pior. Imaginem, perder o clássico na Arena e afundar ainda mais no campeonato.

Felipão, conforme estava previsto, manteve a estrutura da equipe, e não poderia ser diferente, porque mal começou a conhecer o grupo. O ‘treino’ dele foi uma conversa. Até aí tudo certo, o problema é que não havia necessidade de começar com Alisson, o atrasa-jogo.

No mais, gostei da experiência com Fernando Henrique, um volante que vinha gritando por uma chance sem ser ouvido de verdade.

Diferente de muitos, gostei também do Bobsin. Ele, assim como FH, ainda podem evoluir muito, se não forem detonados pela própria torcida tricolor.

Achei que Felipão demorou muito a colocar Vanderson no lugar de Rafinha, que fez outra partida modesta, bem abaixo do que seu currículo indica.

A lateral-esquerda é um caso a ser estudado. É como verão e inverno. Quando é verão, sinto falta do inverno: quando é inverno, sonho com o verão. No caso de Cortêz e Diogo Barbosa, a situação é parecida. O fato é que os dois são insuficientes. Escalar qualquer um deles é uma temeridade.

Outros que ficaram abaixo do que podem: Ferreira, que saiu lesionado, Diogo Costa e Diego Souza.

Os dois zagueiros foram muito bem, calando a bola dos corneteiros. Kannemann foi demais.

E aí chegamos ao goleiro. O Grêmio não teve uma chance clara de gol, enquanto o Inter chegou quatro vezes em condições de marcar. Em todas, esbarrou em Chapecó.

Agora, Felipão terá um tempo para colocar suas ideias e fazer as mudanças necessárias para o time ‘decolar’, como diria Renato Portaluppi, que foi escorraçado da Arena por uma minoria cri-cri.

Felipão, Tiago e o clássico dos desesperados

Diferente daqueles que consideravam Abel Braga superado depois de uma série de resultados ruins, entendo que Luiz Felipe Scolari ainda tem lenha pra queimar, e, ao que consta, está com entusiasmo ‘juvenil’ para assumir e tirar o Grêmio do atoleiro.

Se Abel veio e alavancou o rival e por meio metro não acabou conquistando o título de campeão brasileiro, por que Felipão não pode voltar aos bons tempos?

O time atual, bem trabalhado, tem condições de dar uma resposta muito superior ao que vem apresentando. Se o grupo realmente pensa que manda, vai levar um susto. Felipão tem nome, trajetória vitoriosa e personalidade para agitar o vestiário e chamar para o seu lado todo o grupo, ou quase todo. Fica claro que com Felipão malandro não se cria.

GRENAL

Não poderia ser maior o desafio do técnico multicampeão. Pega o clube numa situação delicada, pra não dizer assustadora, e de cara enfrenta o velho rival, também de treinador novo e igualmente em crise, neste caso além de técnica, financeira.

Vejo muitas especulações sobre qual o time para começar o clássico deste sábado, 16h30, na Arena. A definição vai ocorrer no treino da tarde desta sexta.

Não vou arriscar algum palpite. Acho certo, no entanto, que Diogo Barbosa está fora, por mim até do banco. Sou mais o viejo Cortêz.

Na frente, Douglas Costa, Diego Souza e Ferreira.

O meio de campo é que está complicado. Matheus Henrique não vai fazer falta. Gosto dele, mas também ele caiu de rendimento.

Sem volante no estilo que gosta, Felipão deverá escalar Bobsin, Darlan e JP, que será devidamente pilhado pelo veterano técnico. não vai abrir mão de dois volantes de pegada. Assim, jogam Bobsin (Lucas Silva) e Darlan. Não acredito que ele aposte em Fernando Henrique, ainda pouco testado.

Importante: não esperem muita inovação. Ele vai conhecer mesmo o time um dia antes do jogo, praticamente sem treinar. Portanto, ele não vai inventar. A não ser que ache um volantão escondido.

TIAGO

Tiago Gomes tentou, mas realmente vencer ou empatar com o Palmeiras era demais para um treinador em formação. Ainda mais dirigindo um time em crise técnica e emocional.

Teve a infelicidade de sofrer um gol no primeiro minuto. Falha de Geromel. Depois, o segundo gol, falha de Dougas Costa, grande destaque tricolor na partida. Sinal de que será muito importante do time na retomada que virá, eu acredito, com Felipão.

Tiago Gomes – o Começo

Técnico que é acolhido pelo grupo tem mais chances de obter sucesso. Desde, é claro, que ele saiba se impor e não se submeta aos jogadores. É o que se espera do Tiago Gomes, alçado a técnico do time principal após a demissão de Tiago Nunes.

São inúmeros os casos de treinadores da ‘casa’ que começam bem, favorecidos por esse acolhimento, mas que não conseguem manter uma sequência exitosa por muito tempo. Pode ser o caso de TN, que assumiu o Atlético-PR depois de uma boa campanha com o time sub 23, e conquistou títulos como a Copa do Brasil.

Contratado pelo Corinthians, fracassou. Idem agora no Grêmio. Sentiu a falta de um apoio maior por parte dos grupos? Ou TN realmente não soube trabalhar como o técnico que chega num ambiente de areia movediça?

Hoje, ele discute na Justiça uma dívida de 700 mil, que o clube paranaense reluta pagar. Do Grêmio ele levará quantia equivalente. É um bom dinheiro, mas não suficiente para apagar o dano à sua imagem de técnico emergente.

Bem, Tiago Gomes começa acolhido pelo grupo, ao que se diz. Sua promoção seria em função de uma consulta da direção às lideranças do vestiário, onde tem muita cobra criada – no bom sentido. Outros nomes teriam sido rejeitados.

Tudo indica que o pessoal vai correr por ele. É o que acontece no início da relação. São inúmeros os treinadores que surgiram assim. Lembro do Cláudio Duarte, década de 70. Ele se lesionou e teve de parar. Foi acolhido pelos companheiros e assumiu de treinador. Acabou conquistando um título do Gauchão, que naquele tempo valia muito.

Palmeiras

O novo treinador do tricolor pode permanecer no cargo se as vitórias começarem a surgir, de preferência já nesta quarta-feira, 19h, em SP, contra o forte time do Palmeiras.

Tiago Gomes começa com uma alteração importante, que vinha sendo pedida nas redes sociais. Rafinha e Vanderson fazendo o setor direito, com Douglas Costa articulando pelo meio. É uma tentativa. Acho que o meio campo fica mais povoado, mais compactado. Esse é a ideia, vamos ver se funciona.

Não gostei de ver o nome de Diogo Barbosa na provável escalação. Por mim, ele ficaria em Porto Alegra. Sou muito mais o Cortêz, apesar de tudo. Ou Guilherme Guedes, mas não sei o que se passa com esse jogador.

A hora é de fechar com o time. É preciso começar a somar pontos o mais rapidamente possível. Nada melhor que iniciar uma reação batendo o Palmeiras em sua casa.

Acompanhe aqui os próximos capítulos dessa epopeia para fugir do fantasma do rebaixamento.

Tiago Nunes, parte III (final)

O Grêmio deu mais um passo rumo à Série B do Brasileiro ao conseguir, com muito esforço, ser derrotado dentro de sua casa pelo Atlético/GO. um time mediano, sem estrelas, mas aplicado taticamente, com seus jogadores sabendo o que fazer em campo.

Não se pode dizer o mesmo do time de Tiago Nunes, que mais uma vez não soube armar o time de maneira adequada para fazer gols e evitá-los. Diante disso, a demissão é inevitável.

No jogo deste domingo, na Arena, esperava-se um Grêmio mais incisivo no ataque, criativo no meio de campo e seguro na defesa. Nada funcionou.

Agora, como ser seguro se um dos quatro da linha de defesa erra demais, compromete toda a marcação e ainda atrapalha na frente. Eram 8 minutos de jogo e eu já pensava se ficaria mal tirar Diogo Barbosa naquele momento. Ele teve uma atuação calamitosa até ser batido vergonhosamente no lance do gol.

É claro que outros jogadores também não jogaram bem. O time todo foi esforçado, mostrou indignação, mas isso não é suficiente. É preciso mais, a começar pela organização tática. TN foi batido pelo técnico adversário, Eduardo Barroca, fato corriqueiro nessa fugaz passagem do treinador.

TN parecia sem reação. Cheguei a fica com pena dele quando aparecia em primeiro plano na tela da TV, em close. O que se passava pela sua cabeça? Ser demitido de dois clubes grandes em pouco tempo é terrível. Empaca qualquer carreira.

Aos 40 minutos do segundo tempo troquei a compaixão pela revolta. Foi quando vi à beira do campo o lateral Vanderson e o meia Darlan, jogadores que poderiam ser titulares. Ele deixou os dois para os minutos finais. Inexplicável. Parece até provocação.

Bem, quem vier terá muito trabalho. A melhor opção é Renato Portaluppi. Tem a vantagem de conhecer cada um dos jogadores. O que é importante diante do quadro trágico do clube.

Em segundo lugar, Felipão. Há quem diga que ele está superado. Abel também estava quando levou o Inter ao vice-brasileiro.

Além da troca de treinador, é preciso qualificar o time. A começar pela lateral-esquerda.