Grande parte daqueles gremistas que desdenharam o título do Gauchão do ano passado, estão agora perfilados nas redes sociais cobrando uma vitória no Grenal para evitar que o seu velho rival dispare na liderança do… Gauchão.
E assim vai o nosso tradicional campeonato dos campos precários e iluminação insuficiente. Uma hora é importante, como agora; em outras, uma bobagem para servir de laboratório sem preocupação maior.
O importante é testar os guris da base -dizem, mas basta empatar um jogo contra um modesto time do interior – a maioria com folha de pagamento inferior ao que ganha um Alisson, só pra citar umas das ‘genis’ do grupo -, para começar o tiroteio nas democráticas redes sociais que o presidente Romildo, em boa hora, largou de mão de tantas ofensas que vinha recebendo, e que eu senti na pele.
Aliás, decidi abrir mão da ação para acionar os meus detratores quando vi que as agressões, calúnias e injúrias são comuns nessa selva, e que nesses tempos de pandemia tudo se torna mais agressivo, mais tenso, mais raivoso e belicoso.
Então, todos podem continuar fazendo seus comentários desde que se identifique, que se cadastrem. Quem não o fizer será excluído. A casa é minha, é pequena, um pouco maior que um quitinete, modesta, mas é minha. E aqui entra só quem eu aceitar.
Mas voltando ao Gauchão, vejo o Inter como favorito, embora o jogo seja na Arena nesse horário de boate, 22h15.
O Inter vai com força máxima. E está mais entrosado. O Grêmio vai com um time misto. A dupla de área é de guris. Medo. O mais experiente da linha de quatro defensores é o Barbosa, que parece um juvenil de tão açodado.
Então, viria bem o Thiago Santos, volantão daqueles que se consagrariam assim como Caçapava na década de 70, e China nos anos 80. Hoje, não há lugar para eles nos grandes clubes, mas é bom ter uma opção como essa no grupo. Ainda mais quando se joga com uma dupla de área como a deste sábado.
O clássico é uma prova de fogo. Penso no goleiro Brenno. Começou muito bem esse período de provas. Teve uns vacilos, mas nada de preocupante. Fez grandes defesas. A titularidade só depende dele. Agora, se as coisas não correrem bem no Grenal ele passará a ser questionado.
Por isso, torço muito por ele, até para impedir que a direção contrate outro goleiro meia-boca, como fez ao trazer Paulo Victor e Vanderlei, contratações que eu critiquei. Há rumores (boatos, espero) de que o clube estaria buscando um goleiro experiente. Medo.
Bem, vamos ao Grenal que pode ser o batismo do sucessor de Éverton e Pepê.
Provável time: Brenno; Vanderson, Ruan, Rodrigues e Diogo Barbosa; Maicon e Matheus Henrique; Alisson, Pinares e Ferreira; Diego Souza.
Jovens da base à disposição do técnico: Heitor, Fernando Henrique, Léo Chú, Léo Pereira, Pedro Lucas e Ricardinho.