Gurizada gremista começa a mostrar ao que veio

Desde meu tempo de repórter da Folha da Tarde, no apagar das luzes da década de 70 e alvorecer dos anos 80, que eu gosto de ‘descobrir’ jogadores das categorias de base que podem estourar.

Confesso que já errei muito, principalmente no período citado, quando eu era um noviço, assim como os alvos das minhas observações.

Acho que acertei mais do que errei nas projeções. Cada um dos meus palpites renderia um artigo. Algumas das histórias já contei aqui e no botecodoilgo.

Não tenho problema em reconhecer meus erros, ainda mais quando se trata de avaliar o potencial de cada jovem que surge.

Acertei em cheio algumas vezes. É o caso do Paulo Roberto, volante no juvenil/juniores e lateral-direita no Grêmio, multicampeão. Ele foi campeão gaúcho de juniores. A zaga, salvo engano, era especial: Pinga e Aloísio. O técnico era Jaime Schmitt.

Lembro muito bem do PR, o coelhinho, em seu começo. E aí é que eu achego onde queria chegar. Vanderson me lembra muito o PR. O cruzamento para o gol de Thaciano (tem gente queimando a língua) foi ao estilo do Paulo Roberto. Resta saber se ele chuta também tão forte.

Sobre a vitória de 2 a 0 sobre o Esportivo, o time da gurizada foi muito bem. Melhor que a encomenda. Nunca foi fácil jogar em Bento.

Gostei muito do Lucas Araújo. Tem pinta de volante titular.

Léo Chu foi bem e mostrou que será um bom reforço para esta temporada.

Brenno mostrou tranquilidade, o que é meio caminho andado para um goleiro.

O zagueiro Ruan tem um baita potencial.

Enfim, qualquer conclusão agora é uma temeridade.

Vou pesquisar no acervo de artigos as avaliações que fiz dos guris da base num torneio antes da pandemia. Quero comparar com o que escrevi neste sábado à noite.

Time peruano ‘deu mole’ e o Grêmio massacrou: 6 a 1

O Grêmio estreou com goleada na Libertadores/2021, nesta quarta-feira, na Arena, e encaminhou sua classificação à próxima fase da competição. E é isso que interessa.

Se o Ayacucho é fraco e ‘deu mole’, como diria o técnico Renato Portaluppi, bom para o Grêmio, que aplicou 6 a 1 ao natural, em sua maior goleada na competição. O segundo jogo será em Quito, semana que vem.

Todos nós já vimos grandes clubes complicarem jogos contra adversários tão frágeis quanto essa equipe peruana. Eu não esqueço, por exemplo, um certo clube sendo eliminado de um mundial de clubes por um modesto time africano.

O que eu faço diante de uma jogo assim, que foi transformado num jogo-treino pela fragilidade do adversário e pelo foco do time em fazer resultado? Eu busco ver aspectos positivos, mas, é claro, sem me iludir.

Vi que o clube está achando dentro de casa um lateral de muito futuro, Vanderson. Marca firme e joga com personalidade na frente.

Gostei muito do Pinares. Agora sim está mostrando que é um jogador de seleção. Os dois primeiros gols do time foram com assistência dele, que se mostrou vibrante e talentoso, além de aguerrido.

Na esquerda, Ferreirinha, que por vezes parece estar com o diabo no corpo. É outro que está se afirmando como titular, ou pelo menos como uma opção de luxo para romper barreiras.

Destacando, ainda, o veterano Diego Souza. Três gols, o último uma pintura. Parecia um guri atrevido ao invadir a área a dribles para fazer o gol. Não, com o Palmeiras ele dificilmente conseguiria fazer isso. Faço esse reparo porque sei não faltará alguém para fazer essa observação, tão óbvia quanto oportuna.

O jogo foi útil para confirmar que o time precisa urgentemente de um goleiro mais confiável. Vanderlei falhou feio no gol dos peruanos ao dar um tapa frouxo na bola.

O importante é que o Grêmio vai para o segundo jogo com a classificação assegurada, que era o objetivo de Renato.

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Grêmio não resiste à superioridade do Palmeiras

Venceu o melhor. O Palmeiras conquistou o título da Copa do Brasil/2020 com total legitimidade. Bateu o Grêmio na Arena por 1 a 0, numa atuação sofrível do tricolor, e, neste domingo, no Allianz Parque, ratificou sua superioridade técnica, tática e física, com um 2 a 0 muito adequado pelo que se viu.

O pior, ao menos pra mim, foi que o time colocado em campo por Renato, com Thaciano e Vanderson, começou tão bem que eu cheguei a sonhar que a vitória seria possível. O sonho durou uns 10, 12 minutos, e virou quase um pesadelo, como tantos outros jogos do tricolor no ano da pandemia.

A lamentar, e muito, o gol perdido por Pepê (de má atuação) logo nos primeiros minutos, num cruzamento de Vanderson, que não deixou ninguém sentir saudade de Victor Ferraz. Thaciano é outro que entrou bem, substituindo JP, mas é evidente que não tem condições de ser titular.

O pessoal da terra arrasada, destilando ódio, já entrou em campo nas redes sociais. Tem muito o que mudar, mas existe uma boa base para armar um time mais competitivo para esta temporada.

O que não dá é ver torcedor defendendo que os associados deixem de pagar mensalidades, o que foi proposto no ano passado por um cronista esportivo.

A hora é de reconhecer a superioridade do Palmeiras, os problemas do Grêmio e de trabalhar de forma rápida para qualificar o time.

É o que a torcida gremista merece.

Grêmio tem condições de reverter o favoritismo palmeirense

Com a vitória no primeiro jogo e, principalmente, por sua atuação superior, o Palmeiras é o favorito para conquistar a Copa do Brasil. Penso que sobre isso não há muito o que discutir.

Agora, favoritismo se conquista com muito trabalho, muito esforço, mas não é definitivo. Pelo contrário, no futebol só vale mesmo até a bola a rolar.

Aí tudo pode mudar. O bom futebol que o time de Renato apresentou em vários jogos ao longo do ano pode acontecer neste domingo, 18h.

Sei que é quase um pensamento mágico, até porque o adversário joga em casa e está muito bem estruturado, mas nada impede que o Grêmio com sua imortalidade histórica se supere e vença o confronto.

Muito se fala sobre o time que Renato irá escalar. Conservador como todos os técnicos numa final de campeonato, ele vai manter o time que vem jogando.

Mas é possível que Jean Pyerre fique para o segundo tempo.

O Palmeiras virá a mil pra cima do tricolor, e o Grêmio precisará ser mais competitivo para não ser patrolado.

Então, o mais razoável seria começar com um volante/meia com mais pegada, e com velocidade para aparecer na frente eventualmente.

Eu começaria com Thaciano. Sei que vou ser execrado, tudo bem.

O importante é ganhar a disputa no meio de campo, o que é muito difícil com JP.

No mais, é torcer para que o jogo não seja decidido nos pênaltis.

Romildo contrata o melhor técnico do país dos últimos cinco anos

Há duas maneiras de analisar e avaliar a renovação de contrato de Renato Portaluppi: o Grêmio contratou o melhor técnico do país nos últimos cinco anos ou um treinador que nas últimas duas ou três temporadas mais errou do que acertou.

O presidente Romildo Bolzan optou pelo treinador que chegou aqui em 2016, em meio a uma crise técnica (pra variar), e que levou o Grêmio a viver um dos melhores períodos de sua história, rompendo um ciclo de 15 anos sem grandes conquistas, e tendo seu time apontado como o de futebol mais bonito e eficiente do país.

A verdade é que Renato superou as expectativas mais otimistas.

Bolzan, imagino, olhou em seu entorno, consultou pessoas de sua confiança e, depois de conversar muito com seu travesseiro, decidiu não arriscar trazendo algum medalhão ou um técnico emergente, desses que nunca realmente emergem, ou algum estrangeiro desconhecido.

Entre o certo (?) e o duvidoso, melhor ficar com aquele que decaiu, mas que já mostrou o que pode fazer tendo na mão um grupo de mais qualidade.

A contratação de Renato atende o anseio da maior parte da torcida. Mas desagrada colorados ressentidos e gremistas que queriam ver Renato pelas costas e que, se dependesse deles, nem teria sido contratado cinco anos atrás.

Pois é, terão de aguentar Renato por mais algum tempo, talvez até dezembro. O bom, pra eles, é que com Renato aqui não vai faltar assunto para seus espaços nas redes sociais.

FATOS

Em sua terceira passagem pelo Grêmio, o ídolo se tornou o técnico com mais jogos na história do clube, ganhou uma estátua na Arena e conquistou os títulos da Copa do Brasil de 2016, da Libertadores de 2017, da Recopa Sul-Americana de 2018 e dos estaduais de 2018, 2019 e 2020, além de uma Recopa Gaúcha.

Gauchão: time B gremista aplica goleada na estreia

De volta ao Gauchão, sempre negligenciado no início e ‘Copa do Mundo’ na reta final. Esse comportamento vale para os times, seus torcedores e imprensa ‘escrita, falada e televisada’, além dos incansáveis críticos das redes sociais.

Vamos ver qual será a atitude da mídia nesta quinta ao falar sobre a goleada do Grêmio B por 4 a 1 sobre o Brasil de Pelotas, na Arena. Quero comparar com o que fizeram com o Inter, que penou para vencer o Juventude por 1 a 0, e teve seus goleiro, o novato Daniel, incensado, festejado e idolatrado.

Não faltou quem o apontasse como futuro titular do time vermelho e, verdade!, até da Seleção Brasileira.

Bem, cada um com suas fantasias e convicções. O fato é que o Inter só venceu graças e duas defesas no ‘grito’ de seu jovem goleiro, que, verdade seja dita, tem mesmo condições de disputar a titularidade.

Quem sabe o Grêmio não imita o Inter e dê mais valor aos seus goleiros da base. Tradição para isso é o que não falta.

O Grêmio fez bem em escalar seu time reserva. Só não entendi por que Ferreirinha começou o jogo, sinalizando que domingo volta a ser apenas uma alternativa para o segundo tempo.

Sobre as individualidades. Gostei do lateral Vanderson, que pode ser titular em pouco tempo.

Gostei também do Thaciano, jogando como volante/articulador, e com chegada à frente.

Quem me agradou mesmo foi Pinares. O chileno marcou, armou e apareceu para concluir. Pena que não foi inscrito na CB.

Teve uma gurizada que entrou, mas com pouco tempo. Renato parece preocupado em lançar guris no apagar das luzes de sua gestão do vestiário tricolor. Ricardinho, goleador do time sub-20 é um exemplo.

Será que Renato está plantando para ele mesmo colher agora, ou o objetivo é deixar um legado para um eventual sucessor?

Estou convencido, hoje, de que ele fica ser for campeão da CB.

Boatos sobre contratações e a dúvida: Renato fica ou sai?

O Grêmio tem uma final de Copa do Brasil pela frente, mas o noticiário e os comentários nas redes sociais envolvem a possível saída de Renato Portaluppi e boatos sobre contratações. As redes sociais são terreno fértil para plantação de ‘notícias’ sobre supostas negociações.

Uma delas chama a atenção: o Grêmio estaria interessado em Matheus Babi. Todo jeito de notícia plantada por empresário, talvez até contando com a ajuda de algum jornalista ansioso para dar um furo ou algo mais. A época é propícia para plantios desse tipo.

Mas pode ser que essa iniciativa dê frutos. Mas a resistência da torcida é grande. Independente disso, o nome do jogador entrou na roda e virou motivo de debate e, principalmente, de indignação.

Meu temor é que a direção já fez contratações piores. Então, a preocupação que se vê nas redes sociais tem sua razão de ser.

Será complicado iniciar uma temporada com esse tipo de contratação. Ainda mais se perder a Copa do Brasil, o que é provável. A torcida espera que sejam contratados jogadores que possam fazer a diferença. Mais do mesmo, não.

Imaginem iniciar a Libertadores com Luiz Fernando e Babi no ataque, ambos oriundos do Botafogo.

Outro boato que me incomoda: Danilo Fernandes, que está deixando o Inter, poderia parar na Arena. Danilo é um goleiro do nível dos que o Grêmio tem. O Grêmio precisa de um goleiro para ser titular incontestável.

Um grande time começa com um grande goleiro, já disse alguém, com um certo exagero. Mas me serve pra fechar este parágrafo.

Hoje, eu insistiria com Cássio, já que Weverton não sai do Palmeiras.

PREPARAÇÃO FÍSICA

Outra especulação que ronda a cidade: o preparador físico Cristiano Nunes deixou o Inter, que vai adotar a comissão técnica do argentino. Aparentemente ele fez um bom trabalho – não entendo muito de preparação física.

Se ele não for colorado, seria um nome a ser avaliado.

TREINADOR

Agora, nada movimenta e mobiliza mais os gremistas que essa dúvida se Renato vai ou fica. Há debates acalorados.

De depender de mim, ele vai. Mais de quatro anos num clube acaba criando uma série de dificuldades. E Renato já dá sinais de que não consegue tirar mais do time.

Agora, poucos arriscam sugerir algum nome para o cargo. Um nome experiente ou um técnico da nova geração? ou um estrangeiro?

Vamos aguardar os acontecimentos de domingo.

CADASTRO DO BLOG

Muitos debatedores deste espaço entenderam meu pedido. Agradeço pela confiança e prometo total sigilo.

Quem quiser participar basta passar informações para o email ilgowink@gmail.com

Grêmio joga mal e sonho do hexa fica mais distante

Tempos atrás eu escrevi que sem Geromel as chances do Grêmio na Copa do Brasil eram pequenas. Ainda mais considerando as opções. Mais uma vez o Grêmio errou na composição de zagueiros para enfrentar uma temporada tão pesada.

Pouco escrevi sobre essa final com o Palmeiras. Não quis criar maiores expectativas. O tombo se torna mais dolorido quando se sonha muito alto.

Vejam os colorados. Começaram o Brasileirão sonhando com uma vaga para a Libertadores. Com a ajuda dos ‘deuses’ do futebol, o time foi além do previsto, e o vice-campeonato, que antes seria formidável, tornou-se uma calamidade para eles, os colorados.

Sobre o jogo desta noite na Arena, infelizmente vi confirmado o meu temor. O Palmeiras é superior ao Grêmio. No primeiro tempo, foi triste de ver.

No segundo, o time reagiu, até porque tinha a obrigação de reagir jogando em casa e perdendo por 1 a 0. Mas só foi ameaçar quando ficou com um jogador a mais pela expulsão do zagueiro Luan, aos 19 do segundo tempo. E quando entrou Ferreira, o Ferreirinha.

Houve pressão e escaramuças na área dos paulistas. Mas o goleiro Weverton, salvo engano, não fez uma defesa importante sequer.

O gol de empate não aconteceu. E eu fiquei pensando em procurar o Procon, já que me venderam a ideia de que o Grêmio seria diferente, superior a esse que vem jogando, mas todos vimos que continua tudo igual. Tristemente igual.

O Grêmio pode ser campeão da CB? Pode, mas Geromel não volta e a zaga é a mesma. O esquema é o mesmo.

Jean Pyerre vai seguir no time porque sempre se espera dele o passe definitivo e o chute na gaveta, e isso se tornou muito raro, não justificando sua presença de titular. Com ele, fico com a impressão de que estou com um a menos.

Aí você para a esquerda do JP, e encontra Diogo Barbosa. Não marca bem, não dribla ninguém, e cruza mal. Enfim, é inferior ao Cortêz e segue no time, faça chuva, faça sol.

Eu me irrito com esse jogador principalmente porque o admirava no Cruzeiro e comemorei sua contratação. Errei feio.

Sobre o gol, Paulo Victor, se fosse mais ágil e mais focado, teria saído do gol para afastar a bola. Talvez não conseguisse, mas isso é outra história.

Ele e o Vanderlei: atira a camisa para cima e quem pegar joga. Não haverá diferença. Aliás, digo isso há muito tempo.

Aqui uma sugestão: o Grêmio contrata Cássio, dispensa seus goleiros e promove uns dois ou três dos goleiros formados na base.

Sobre Ferreirinha: Renato tem a obrigação de começar com ele. Entrou e deu nova vida ao time, um sopro de esperança. Quem sai? Pepê ou Alisson.

Outra substituição: Cortêz no lugar do Diogo. Sem vacilar.

E a zaga sem Geromel? Que os deuses do futebol que tanto ajudaram o Inter se lembrem de nós.

Por fim, um pedido: que ninguém no clube diga que o Grêmio será diferente domingo, no jogo da volta.

Flamengo festeja título e Inter amarga decisões (corretas) do VAR

Quem diria, o time mais beneficiado por decisões do VAR e agregados acabou deixando escapar o título do Brasileirão jogando em casa, justamente por não ter ao seu lado a ajuda externa tão importante para a chegar ao topo da tabela.

Valeu o alerta das últimas semanas.

Nesta última rodada, o VAR foi decisivo contra o Inter em dois lances, que em algum momento mais propício e sem tantos olhares vigilantes, a consulta talvez fosse favorável aos colorados.

No primeiro , Ramiro tocou na bola ao dar um carrinho para interceptar a jogada. O juiz, aquele que sonegou três pênaltis a favor do Grêmio num Grenal de tempos atrás, foi lépido e faceiro apontar a marca do pênalti.

Nadine, comentarista da rede Globo, afirmou que era pênalti porque o braço de Ramiro estava estendido para trás, como se fosse possível dar o carrinho sem apoiar os braços no gramado. Sabe tudo…

No segundo lance, esse foi de matar torcedor. A dois minutos do final, já nos acréscimos, gol do Inter. Seria o gol do título. Foguetes e gritos por toda a cidade. Inter campeão!

Do céu ao inferno. O bandeirinha assinalou impedimento. E acertou em cheio. O VAR não teve outro jeito. Anulou o gol do ‘tetra’.

Resta saudar o trabalho do técnico Abel, que conseguiu armar um time competitivo, de futebol simples, dependente de bolas aéreas. Eu diria que Abel é o melhor treinador do Brasileirão.

Saudar também o Flamengo, que, apesar do vexame de não bater o SP de campanha tão instável (perdeu por 2 a 1), por pouco não entrega o título para o Inter, este também incompetente por não conseguir um gol mísero golzinho contra o mediano time do Corinthians.

Flamengo é o merecido campeão. Tem o melhor time.

Saudar ainda o goleiro Cássio. Tempos atrás quando o Grêmio contratou Vanderlei, eu critiquei. Escrevi que era um bom goleiro, mas do nível de Paulo Victor. Se era para trazer alguém para fazer a diferença, que se contratasse, então, o Cássio.

Não dizem que Deus escreve certo por linhas tortas? Pois o Grêmio não contratou o ‘meu’ goleiro porque havia um plano divino para ele: evitar a vitória colorada na última rodada.

Grêmio

Não vi o jogo, claro. Acho que nenhum gremista trocou os jogos de SP e Inter para sofrer 90 minutos com o futebol do time B do Grêmio.

Dei umas espiadas no jogo. Não vi nada de bom.

Domingo, vamos saber se valeu a pena abrir mão do Brasileiro.

O melhor assume a ponta e Grêmio confirma vaga na LA/2021

O melhor time do futebol brasileiro pode não ser o campeão do Campeonato Brasileiro. Se isso acontecer será uma tremenda injustiça.

Neste domingo, finalmente o Flamengo assumiu o seu lugar na tabela de classificação, o lugar de melhor equipe: a ponta de cima.

De quebra, tirou do galho mais alto um jabuti que insistia em ocupar uma posição que nunca poderia ser sua.

O time menos qualificado, mas bem organizado e competitivo, manteve um duelo equilibrado com o adversário de muitos talentos individuais.

O Flamengo acabou vencendo em função justamente por ter mais qualidade técnica, nem tanto tática e fisicamente.

O jogo, como tantos na competição mais longa do universo, foi marcado pela arbitragem. Por sorte e/ou maior vigilância, o juiz Raphael Claus teve um desempenho muito bom, acertando nos lances decisivos.

Acertou ao expulsar, com ajuda do VAR, o lateral Rodinei, no início do segundo tempo. Os colorados da mídia gaúcha, em sua maioria, atestam que foi uma expulsão injusta.

É sintomático que o jogador não esboçou qualquer reação ao receber o cartão vermelho. Até seus companheiros foram tímidos nas reclamações. Na verdade, para mim ficou claro que Rodinei não visou a bola, ao contrário do que dizem seus defensores.

O pênalti a favor do Inter no começo do jogo realmente existiu e foi bem marcado.

O gol de Pedro, na reta final do jogo, foi bem anulado. O atacante empurrou com as duas mãos o adversário na linha do meio campo, roubando-lhe a bola e partindo em direção à área, marcando um belo gol.

Três lances importantes, três acertos.

Agora, na torcida para que o Flamengo confirme o título contra o São Paulo para que os defensores dos pontos corridos digam: venceu o melhor time.

Qualquer outro não será o time de melhor futebol do país.

THACIANO

Não vi o jogo Grêmio 1 x 0 Atlético PR. Não passou em lugar nenhum, pelo menos que saiba. Perdi 90 minutos de irritação.

Ouvi um pouco pelo rádio e me assustei.

Depois, vi os melhores momentos num site. O Atlético foi superior. Paulo Victor fez grandes defesas, uma delas, a mais difícil, um cabeceio traidor do Paulo Miranda. Impressionante.

O execrado Thaciano, um dos alvos preferidos dos torcedores raivosos e intolerantes, fez o gol da vitória, um golaço.

O Grêmio garantiu, assim, no mínimo uma vaga na fase preliminar da Libertadores.

Não é motivo para festejar, eu penso.

Mas é importante participar da competição maior das Américas.

Agora rumo ao título da Copa do Brasil.