A exitosa política do Grêmio na formação de jovens talentos

Há alguns anos, o técnico Vanderlei Luxemburgo, então no começo do seu declínio, justificou sua elevada remuneração na época dizendo que, além de vitórias e títulos, ele recheava os cofres dos clubes revelando jogadores das categorias de base. Com isso, ele queria dizer que era um profissional que se pagava, que valia o gasto mensal.

Hoje a situação é outra. Luxemburgo já não fatura tanto e não se tem notícia de alguém que ele tenha revelado para negociação ao exterior.

Dia desses, numa entrevista em que criticava o ‘pouco investimento’ do Grêmio em reforços comparado com outros clubes, o técnico Renato também lembrou que desde sua chegada à Arena, em 2016, o Grêmio, segundo ele, já arrecadou quase 1 bilhão de reais negociando jovens da base.

O valor não chega a tanto, mas é um volume considerável, principalmente comparando com outros clubes da série A. O fato é nesse período de quatro anos e meio nunca em sua história o clube faturou tanto com a base.

É claro que não foi só por causa de Renato, até acho que a participação dele neste processo não é tão expressiva. Mesmo os detratores de Renato precisam admitir que alguns jogadores evoluíram sob seu comando, o que contribuiu para o sucesso da política do clube para a base.

O exemplo mais recente é Pepê, que assinou nesta quarta-feira com o Porto. A transação líquida é de 15 milhões de euros. O Grêmio ainda vai ganhar 12,5% num futuro negócio do Porto.

Quer dizer, além da grana agora, respinga dinheiro no cofre tricolor mais adiante. É o caso também de Diego Rosa, um negócio que irá injetar mais de 42 milhões de reais nos próximos dias, fruto da transferência para o Manchester City.

Um limão que a atual gestão tricolor transformou em limonada. Na época da saída de Diego Rosa houve um bombardeio sobre Romildo e Renato. Renato foi responsabilizado por alguns por não ter aproveitado o jogador, que, na verdade, estava seduzido por uma proposta excelente do exterior. Cabeça feita.

É fato que Romildo é um negociante habilidoso. O caso Pepê é um exemplo. O Porto queria o atacante agora, mas Romildo conseguiu manter Pepê para disputar a CB e ainda estendeu sua transferência até junho.

Está provado que a política do clube nessa área é correta, exitosa.

Falta só ajustar a venda das pedras preciosas com a contratação de peças realmente de qualidade e que venham suprir carências no time TITULAR.

O ‘protesto’ no CT Luiz Carvalho

A manchete no site da RBS diz: Brigada Militar reforça segurança na reapresentação do Grêmio no CT Luiz Carvalho. Fui conferir, imaginando um grupo distribuindo pipoca, por exemplo, com foi feito com Luan, eleito tempos depois o melhor jogador da Libertadores da América.

Quem sabe não jogaram pipoca no Jean Pyerre ou outro candidato à craque do elenco tricolor, pensei cá com meus botões.

De cara bateu uma frustração: a foto ilustrativa da matéria eram dois soldados ao lado de suas motos. Pensei de novo com os meus botões: eu se fosse editor da página teria vergonha de publicar esse material com tamanho destaque.

A ideia de pedir reforço no policiamento teria sido da direção, em função da revolta e indignação da torcida tricolor manifestadas nas redes sociais.

Imagino a decepção da reportagem acionada para cobrir um tumulto na Arena e deparar com um ambiente absolutamente tranquilo.

Até acho que a torcida tinha mesmo motivo de ir ao CT recepcionar os jogadores e o técnico Renato Portaluppi, que a cada jogo perde um pouco de seu prestígio junto à torcida que o homenageou com uma estátua.

Pelo que eu sinto o torcedor ficou tão arrasado com a derrota para o São Paulo, somada com outros resultados negativos e atuações ruins, que preferiu, por comodidade, canalizar seus sentimentos apenas pela internet.

Sem contar que muitos jogaram a toalha e só esperam o fim da temporada para que mudanças sejam feitas.

É possível que, depois dessa ‘ideia’, um grupo de torcedores decida fazer o tal protesto, tumultuando o ambiente de uma equipe que precisa se reencontrar e voltar a vencer.

De minha parte, passada a irritação com a derrota de domingo e as risadas de Renato junto dos adversários, passo a torcer para que o time repita suas melhores atuações e encerre a temporada com o título da Copa do Brasil.

Não será fácil, porque sem Geromel o time se torna uma peneira e alguns jogadores caíram muito de produção.

Deixo no ar um questionamento:

O Grêmio está mal porque os jogadores estão mal, ou está mal porque o esquema já não está dando certo?

O VAR ‘descalibrado’ e a nova frustração com o GRêmio

Minha curiosidade a respeito do VAR é se essa história de equipamento “descalibrado” só acontece em jogos do Inter e, principalmente, em gols e lances que poderiam ser anulados no caso.

O gol de Rodrigo Dourado foi ratificado pelo juiz de campo, que ficou sem pai nem mãe, sem condições de dirimir qualquer dúvida. A meu ver, Dourado estava adiantado quando cabeceou e fez o gol que abriu o placar.

É um lance difícil, por isso a necessidade de ter um VAR funcionando a pleno, como estabelece o regulamento. O Vasco anunciou que vai pedir anulação do jogo. Claro que não consegue. Mas, para o futebol brasileiro, seria bom anular o jogo.

Até por que não é a primeira vez que a ausência ou defeito no equipamento favorece o Inter.

Por isso, gostaria de saber se há registro de fatos similares no Brasileiro. Ou isso ocorre apenas nos jogos do Inter, e a favor do Inter.

MAIS UMA DECEPÇÃO

Escrevi dias atrás que o Grêmio disputaria no máximo uma vaga indireta na Libertadores/2021. Argumentei que mesmo que vencesse seus dois primeiros jogos (SP e Atlético PR), dificilmente venceria o Bragantino a três dias do primeiro confronto com o Palmeiras.

Bem, a realidade mostrou que sou muito ruim de projeção. O Grêmio já no primeiro jogo, neste domingo, contra o SP, foi batido por 2 a 1 e escapou de levar pelo menos mais um gol, ou dois.

Vergonha. Perder para o SP em casa é insuportável. E jogando uma bolinha assustadora.

Ainda bem que o Pinares me vingou ao entrar com tudo no lateral Reinaldo, que segundos antes havia entrado criminosamente em Luiz Fernando. Pinares foi à forra. Acabou expulso, mas saiu de campo aplaudido por uma torcida imaginária que lotava a Arena.

Está faltando esse espírito à maioria dos jogadores.

E, pior, o técnico Renato, líder do grupo, entra no gramado depois do jogo para rir ao lado de jogadores que bateram sem a penalização devida pelo juiz, um fraco.

Não é a primeira vez que Renato sai pra confraternizar com o adversário que minutos antes havia vencido o time dele, o nosso time.

Tudo isso seria suportável se o time conseguisse mais equilíbrio entre defesa, ataque e meio-campo, fosse mais competitivo e aguerrido.

Nem vou comentar a atuação dos jogadores.

Bem, o Grêmio agora praticamente cumpre tabela. Vai perder/empatar com o Atlético PR e depois garantir um empate heróico contra o Bragantino.

Em resumo: estamos pela Copa do Brasil.

Sem Geromel. Só com meia zaga.

O sonho impossível de Matheus Henrique

Matheus Henrique é um sonhador. “Sonhar não custa nada’, diz o belo samba enredo campeão do carnaval carioca de 92, querendo nos fazer acreditar que o sonho não tem custo. Nesta minha longa trajetória já sonhei muito, hoje sonho menos, porque o tempo a cada dia fica menor, já não há muito espaço para sonhos.

Aprendi que qualquer sonho precisa ter amparo na realidade. Caso contrário vira frustração, que vai se acumulando. São desilusões que se sedimentam dentro da gente e nos tornam mais duros, amargos e céticos.

No caso do jovem MH, que tem todo o direito de sonhar porque tem um longo caminho pela frente, é natural que se busque o objetivo maior. No caso do Brasileirão, ele afirmou que o time vai lutar pela vaga direta à Libertadores de 2021.

Está aí um sonho típico de quem sonha desprezando a realidade e a caminhada claudicante do Grêmio na competição. Se, por exemplo, o time tivesse vencido o Grenal – e teve todas as condições para isso, independente da arbitragem -, estaria com 2 pontos a mais.

Aí sim o sonho de MH teria condições de ser concretizado. No quadro atual, o sonho logo irá virar fumaça. Com base na realidade, e no retrospecto de inúmeras decepções após derrotas inesperadas, não vejo chance alguma de vaga direta, ou seja, de terminar no G4.

O melhor que o torcedor pode fazer agora é torcer para que o time garanta a vaga indireta e, de quebra. seque pelo fracasso do coirmão. Fora isso, é delírio, não sonho, e muito menos meta a ser atingida.

São três jogos que faltam. Neste domingo, 20h30m, pega um São Paulo com técnico interino. Tem tudo para vencer. O time vai completo, fora o Geromel. Quer dizer, tem tudo para somar 3 pontos.

Mas já foi assim em jogos aparentemente ‘fáceis’, como contra o Sport, na Arena. O Grêmio foi batido pelo time treinado por Jair Ventura, este que se credenciou a substituir Renato após vencer o Inter e tornar o sonho colorado de tetra no Brasileiro mais próximo de um pesadelo.

O jogo contra o SP é o tal jogo de 6 pontos.

Depois, dia 21, tem o Atlético PR, na Arena. São dois jogos em que Renato irá com os titulares, força máxima.

O problema é o jogo do dia 25, contra o Bragantino, fora. Três dias depois, o Grêmio começa a decidir a Copa do Brasil com o Palmeiras. Qual a chance de Renato escalar um time titular, ou próximo disso, contra o BRagantino?

E quem vai condenar Renato e a direção? CB é prioridade.

Portanto, vaga direta na Libertadores é um sonho impossível.

Mas, como diz a linda canção , na vida não existe nada realmente impossível:

“Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível…”

Depois que o jabuti escalou uma árvore e se mantém no topo, realmente nada na vida é impossível.

Jair

Não, não é do Jair que vocês pensaram que eu vou escrever. É de um Jair menos conhecido, o Jair Ventura, técnico do Sport Recife, que enfrenta hoje o Inter no Beira-Rio. Antes da viagem ele declarou, confiante, que seu time vai jogar pela vitória.

Bem, metade, ou mais, da torcida gaúcha estará com ele. Imaginem se ele consegue concretizar seu sonho, bater o líder do campeonato?

Desde já prevejo que seu nome irá entrar na lista dos candidatos ao posto de Renato, caso o atual técnico gremista realmente não fique.

E mais: Jair Ventura sabe que pode dar um passo importante para treinar o Grêmio, ambição de nove entre dez treinadores do futebol brasileiro, e mais alguns da Argentina e de Portugal.

Desde que contratou Tarciso, no começo da década de 70, por causa de um jogo contra o América, do Rio, que o Grêmio costuma buscar jogadores que se destacam em seus jogos, contra ou a favor. Tarciso impressionou os dirigentes do tricolor em função principalmente de sua velocidade.

Pensei nisso quando senti a disposição do técnico, filho do grande Jairzinho da Copa de 70, em superar seu adversário. Senti firmeza.

Lembrei do quanto o Grêmio penou para superar o Botafogo, de Ventura, em 2016, o melhor ano do técnico carioca. Ele foi escolhido o treinador destaque daquele ano. Chegou a ter 11 vitórias em 15 jogos.

Não faltou gente para sugerir seu nome ao Grêmio.

Depois, a carreira dele patinou. Prova de que um semestre é muito pouco para concluir qualquer coisa a respeito de um treinador que está começando.

Pois bem, caro Jair Ventura, vença o Inter nesta noite que sua carreira pode decolar de uma vez por todas.

Seja contra o Inter o leão que sempre foi contra o Grêmio.

Zaga sem Geromel é preocupação para a decisão da CB

Encerrei o último artigo (post) convocando os gremistas a rezarem pela volta de Geromel para os confrontos com o Palmeiras. Eu sei que ele não retorna a tempo de formar a melhor dupla de área do Grêmio nos últimos 15 anos na decisão da Copa do Brasil.

A frase foi motivada pela minha preocupação com a qualidade dos eventuais substitutos, candidatos a jogar ao lado de Kannemann, que também sofre com a ausência de Geromel, e vice-versa.

Rodrigues, Paulo Miranda e David Braz. Um deles vai jogar, rezando para que Kannemann não se lesione também. Se isso acontecer, corre-se o risco de que volte a ocorrer o que aconteceu na goleada de 5 a 2 contra o Botafogo.

Braz perdeu em velocidade para Rafael Navarro, atacante do Botafogo, resultando no primeiro gol carioca. O jogo já estava 3 a 0, mas o preocupante é a falta de velocidade do zagueiro gremista. Depois, no gol de cabeça de Babi, Paulo Miranda estava mal colocado.

O fato é que nenhum dos três é confiável. Eu ainda apostaria em Rodrigues depois do que aconteceu neste jogo. Ao menos tem velocidade.

Agora, será preciso que Renato ajuste e reforce seu sistema defensivo, não necessariamente mudando nomes, mas melhorando o posicionamento e talvez deixando de propor o jogo, o que deixa o time mais vulnerável.

Se o jogo serviu para aumentar a preocupação com a defesa, foi importante também para a afirmação de Matheus Henrique como um volante que sai de trás e entra na área, que pisa na área, conforme cobra Renato de seus meio-campistas. Até Lucas Silva tem se atrevido.

Está certo que o adversário é fraco. Mas contra o Coritiba, que também vai ser rebaixado, o Grêmio ficou no empate. Então, alguma coisa mudou, evoluiu. Espero que a boa atuação do time, em especial do de MH e Jean Pyerre, não tenha sido um fato isolado.

Outra coisa que me deixou mais otimista foi o primeiro gol do time. O ‘quadrilátero mágico’ brilhou. A jogada começou com ele, o Maestro Maicon, que tocou para MH, que acionou JP, que serviu de bandeja a bola para Alisson entrar entre os zagueiros e desviar do goleiro.

Esse lance é coisa que não se vê em outros times do campeonato. É marca registrada do time de Renato, resquício do futebol que o time jogava (encantava) em 2016, 2017 e parte de 2018. Sempre sonho com a volta desse futebol, mesmo sabendo que é quase impossível.

CLAUDINHO

O goleador do Brasileiro revelou no Bem Amigos que tem proposta do Grêmio. Aos 24 anos, Claudinho vive seu melhor momento, atuando como articulador que marca e chega fácil à área para concluir. Seria um baita reforço.

Claudinho é um pedido de Renato, que inclusive conversou com o jogador no jogo contra o Bragantino na Arena.

Essa preocupação em reforçar o time para a próxima temporada, que começa em seguida, seria um indício de que Renato vai continuar no Grêmio?

PALMEIRAS

Vejo muita gente especulando sobre como o Palmeiras jogará as finais contra o GRêmio. Se vai jogar abatido pela eliminação diante do mediano time do Tigres e/ou cansado pela viagem desgastante. Qual será a motivação depois do desastre, coisa que abate qualquer um, que o digam os colorados que passaram por isso contra o Mazembe.

Na minha opinião, o Palmeiras vai jogar a mil. A premiação é um estimulante insuperável. São 54 milhões ao campeão. Boa parte ficará com os jogadores. Querem melhor motivação do que essa?

Seguem as especulações para o caso de Renato sair mesmo

O ‘corpo’ – na linguagem policial seria ‘presunto’ – nem esfriou e já estão indicando treinadores para o lugar de Renato Portaluppi. Desculpem-me por este início um tanto macabro, mas adequado a esses tempos de tanto ódio por questões do futebol, como se viu no ataque que sofri pelo ‘crime’ de opinião.

Vários nomes são citados entre os brasileiros, fora alguns estrangeiros conhecidos ou nem tanto. O português JJ abriu o caminho para essa invasão, assim como Moisés abriu o o mar vermelho (por favor, não há conotação política nem religiosa).

Particularmente, confio mais nos técnicos brasileiros. Há bons e ruins como em qualquer país. Mas a modinha é trazer alguém que fale espanhol, por exemplo, o badalado Jorge Sampaoli, que cobra caro sem o retorno esperado.

Chegou a ser endeusado por muitos gremistas nas redes sociais. O lugar no momento é ocupado pelo técnico Abel, esse do Palmeiras. O tempo dirá se ele tem sorte ou um talento excepcional.

Contratar pelo idioma não é uma boa. Nem para treinador e menos ainda para jogador. Pinares é um exemplo. Pelo que vi até agora ele não é superior ao Thaciano, ou ao Isaque. Mas habla espanol.

A contratação dele foi um equívoco. Agora, deixar o sujeito, jogador de seleção chilena para entrar nos minutos finais chega a ser uma afronta ao profissional. Aí ele pede para não entrar, o que não é correto, mas é a maneira que ele encontrou de protestar. Ninguém tem sangue de barata.

Não viajou para enfrentar o Botafogo segunda-feira. Não fará falta. Aí dizem que ele não está na posição dele. Pelo amor de Deus. Ninguém sabe a posição dele, sabe-se que é no meio de campo, onde ele até agora jogou um futebol muito mais ou menos.

Jogador de seleção se é realmente bom chega, veste a camisa e desempenha. Sem mimimi.

Voltando ao treinador, antes da bobagem que ele fez na decisão da Libertadores, querendo imitar Renato fazendo gracinha junto ao campo, era o mais cotado entre os torcedores. Foi um deslize de um treinador com um histórico positivo, com altos e baixos como TODOS os treinadores.

Entre os técnicos que surgem como meteoro, fazem uma ou meia temporada luminosa, e os mais cascudos, fico com a experiência, a quilometragem, combinada com atualização e ganas de vencer.

No caso, hoje, Cuca seria um nome a ser considerado.

Sobre Renato, acho que ele deveria fechar o ciclo na final da Copa do Brasil e seguir seu rumo. Ele também precisa dar uma sacudida na mesmice. Seria bom pra todo mundo.

Além do mais, qualquer problema, a gente tira Renato do Leblon.

Só espero que aqueles que hoje o detonam e querem vê-lo longe não reforcem o coro de ‘volta Renato’.

Há quem o detone antes mesmo de sua chegada quase cinco anos atrás, mas esses não lotam uma kombi.

Grêmio deixa de somar três pontos com erros seus e da arbitragem

Com tantas suspeitas sobre as arbitragens ( juiz de campo e VAR) no Brasileirão não posso duvidar que o árbitro Wilton Pereira Sampaio tenha sofrido uma reprimenda de um superior no intervalo de Grêmio x Santos.

Seria algo assim, fruto da minha imaginação neurótica:

‘Onde já se viu dar pênalti do Pará e John com Pepê? ‘, alguém poderia ter questionado, observando que foi um lance confuso, daqueles que o juiz pode dar ou não dar, dependendo do time beneficiado ou prejudicado.

‘Veja o que vc vai fazer no segundo tempo, hein?’.

Aí, no segundo tempo, dois pênaltis para o Santos. O primeiro, com Matheus Henrique na jogada, o juiz marcou pênalti. Os jogadores do Grêmio insistiram para que ele consultasse o VAR. Diego Sousa levou amarelo de tanto reclamar. Kannemann também.

Mas Wilton, do alto de sua autoridade e arrogância, não quis revisar o lance. Um pênalti daqueles que o juiz pode dar ou sonegar, dependendo das partes envolvidas, ao que parece.

Aí, outro lance confuso na área do Grêmio, que vencia por 3 a 2 faltando poucos minutos para terminar o jogo. O atacante Luiz Fernando salta para cabecear a movimenta os braços – não conheço ninguém que consegue saltar com os braços colados ao corpo. Bem, esses lances são sempre discutíveis.

Foi então que o mesmo juiz que não aceitou consultar o VAR no lance anterior, pediu para ver o vídeo, onde aparece a bola na mão do jogador gremista. Prato feito para o juiz marcar a infração, apesar de tudo muito duvidoso.

Assim foi o jogo sob o ângulo de análise da arbitragem. Um 3 a 3 com forte influência da arbitragem. Como disse Matheus Henrique, após o jogo, fica complicado falar depois do que aconteceu no Grenal e continua acontecendo apesar dos protestos e das denúncias.

Sobre este assunto, meu porta-voz é o Neto, que usa seus espaços para atacar o descalabro que ocorre, enquanto a maior parte da mídia nacional (em especial a gaudéria), silencia.

O JOGO

Bem, a gente já viu que a arbitragem foi decisiva, sem intenção, claro. Errar é humano…

Agora tem a parte do Renato. O futebol do time por momentos foi aquele que eu gosto. Os gols foram de jogadas tramadas, toque rápidos, inteligentes. Um show.

Mas aí aparece o maestro para fazer alterações que acabam prejudicando o time. Isso tem acontecido com frequência. Alguns dos empates podemos atribuir ao Renato.

Não entendi por que saiu o Lucas Silva, o único que realmente marca no meio de campo. Colocar Thaciano por que? Não dava para seguir com o mesmo time até o fim? O Santos tinha um jogador a menos quando chegou ao empate.

O Grêmio tinha controle do jogo.

Então, Renato deveria ser mais cirúrgico nas alterações, já escrevi sobre isso.

Ainda sobre o terceiro gol do Santos, nos acréscimos!!!!!

O lateral Diogo Barbosa, com a bola dominada na linha de fundo, resolveu chutar nas pernas de seu marcador. A bola bateu no adversário e bateu nas pernas do ‘esperto’ lateral do tricolor, contratação cara que ainda não se justificou, e que só me faz ter saudade do Cortêz.

Quer dizer, se DB não quisesse inventar faltando minutinhos para o jogo terminar, o Grêmio teria, finalmente, somado 3 pontos, mesmo com erros da arbitragem.

Outra decepção: Rodrigues. Mas o que foi aquilo no primeiro gol do Santos? Eu vi uma meia-lua ou foi impressão minha? Quer coisa mais anacrônica que uma meia-lua no futebol atual?

Rodrigues tem potencial, mas está se tornando um perigo na área. Geromel não volta até a final da Copa do Brasil. Acho que Brás merece novas oportunidades para disputar com Rodrigues.

Começando a rezar para que Geromel antecipe seu retorno.

Grêmio B mantém a escrita: perde mais um pênalti e deixa a vitória escapar

No intervalo do jogo desliguei a TV e fui dormir. Percebi que o final seria mais ou menos como quase todos os outros em que o Grêmio atacou no primeiro tempo e deixou o adversário inflar na etapa final. Não deu outra.

Quando liguei o aparelho, no começo dos acréscimos, fiquei esperando aparecer o reloginho com o placar na tela. Não me surpreendi quando li que estava 1 a 1. ‘Escapei de 45 minutos de irritação’, pensei, diferente dos parceiros que viram todo o jogo e desabafaram no post anterior toda sua revolta. Recomendo voltar uma página e buscar a leitura deles, o GCM, o Copião, o Heraldo, entre outros.

Escrevo e não posso conter um sorriso: eles sofreram mais do que eu. Queria ver a cara deles quando o craque do Tostão e do Galvão Bueno bateu o pênalti e o Wilson defendeu. Seria o 2 a 1 e os três pontos necessários para ainda conquistar algo no Brasileiro.

JP chutou no canto direito, uma bola de força razoável, rasteira. Wilson adivinhou o canto e fez boa defesa, coisa que nossos goleiros não sabem o que é: defender pênaltis.

Assisti a um compacto do jogo – dói menos sabendo do resultado. O Grêmio não produziu muito no segundo tempo. O Coritiba, time ruinzinho, jogou um pouco melhor nesse confronto de mediocridade no Couto Pereira.

Quero recuar para a parte que eu vi. Difícil aceitar o gol de Alisson perdeu ao receber um lançamento preciso de Darlan. Alisson, jogador de boa técnica e algum experiência, chutou no peito do goleiro. Foi incapaz de desviar do goleiro.

Depois, JP meteu uma bola rara nesses tempos sem Maicon e deixou Thaciano em condições de fazer o gol. A bola subiu demais.

Que eu me lembre foi só. Tem o gol do Paulo Miranda, claro, um golaço. Bola cruzada pelo JP, que jogou relativamente bem no primeiro tempo.

Já o segundo tempo não vi e não gostei.

Escrevo essas linhas angustiado e curioso para saber como está o Inter. Mas a minha mandinga só funciona se eu ignorar o jogo dos reds (foi assim contra o Mazembe, conforme já relatei aqui).

Para finalizar, decepção com Ferreira. Não sei se ele foi bem no segundo tempo. No primeira, vi que ele abusou de bolas para trás e para o lado. Teve dois lances em que ele recebeu perto da linha de fundo, rente à área, lado esquerdo do ataque. Eram lances para driblar e invadir a área. Ele, como um veterano cansado, recuou as bolas.

Ora, o Éverton se consagrou justamente por fazer esse enfrentamento com a marcação, passando a dribles. Ferreira se omitiu. No final do primeiro tempo ele arriscou o drible, mas perdeu a bola. Pelo menos tentou.

Então, chegamos ao topo com Éverton; caímos um pouco com Pepê e agora dependemos de Ferreira. Uma gradativa perda de qualidade, de criatividade e de ousadia.

O fato é que precisamos continuar apoiando essas duas promessas (JP e Ferreira), mas as perspectivas por enquanto não são das melhores.

Daqui a pouco saio da clausura, do isolamento, para saber como foi o Inter, que, conforme escrevi dias atrás não perde mais o campeonato, por mais que sequemos.

Há coisas contra as quais não adianta lutar.

Grêmio dá sinais de desmobilização na reta final do Brasileiro

O Grêmio ainda tem o que disputar no Brasileiro, mas a impressão que eu tenho é de final de festa. O técnico Renato, ao chamar pra briga os colorados da mídia após a derrota para o Flamengo, sinalizou que encheu o saco.

Ele parece ansioso para entregar as chaves. As malas já estão junto à porta. Não o condeno. Afinal, são mais de quatro anos de convívio nem sempre harmonioso com a imprensa e alguns setores da nação tricolor.

No Rio, já se comenta que Renato fica apenas até a CB. Eu também acho.

Renato vai cumprir seu contrato/acordo com o presidente Romildo Bolzan. Vai dar o melhor de si, mas eu no lugar dele estaria contando os dias para deixar pra trás os “perseguintes”, como dizia o técnico Ênio Andrade, com quem Renato trabalhou em seu começo ainda no Olímpico.

O ‘velho’`Ênio costumava dizer, brincando, que parte do seu salário nos clubes era para atender/aturar a imprensa. Em especial a gaúcha, onde a rivalidade Grenal transcende os limites do bom senso e da tolerância, do respeito ao próximo.

Renato ainda tem dois objetivos: conquistar uma vaga direta para a Libertadores e a Copa do Brasil, que dá ao campeão um prêmio milionário:

54 MILHÕES DE REAIS.

Se não me engano o dobro do que o clube ganhou com a venda de Luan para o Corinthians.

Mas antes da grande decisão, o Grêmio tem o Coritiba. E aí é que me preocupo. O clima de fim de festa pode atingir os jogadores, e, quem sabe, até o treinador.

O que realmente me preocupa é que o time vai jogar neste domingo, 16h, em Curitiba, com um time misto, por razões diversas.

Não jogam Kannemann, Geromel, Matheus Henrique e Diego Souza. Tudo indica que Pepê, que já sonha com bacalhau, também está fora.

Eu até não me preocuparia tanto se Ferreira estivesse dando a resposta que dele se espera. Vale o mesmo para Jean Pyerre. Imagino a disposição dele jogando no Couto Pereira, contra um candidato ao rebaixamento…

Mas há algo de positivo: Isaque pode ser o ‘9’, já que Churin é dúvida. Então, já chance de um ataque móvel, com muita movimentação na frente. Gosto disso.

No mais, estou preparado para uma tarde tensa neste domingo.

IMPRENSA

Se alguém pensa que Renato pegou pesado contra a imprensa gaúcha, é porque não viu, ou não lembra, do ataque de fúria do técnico Abel, em 2014.

Um trecho:

Abel Braga vociferou contra os críticos de seu trabalho no Internacional. Nesta sexta-feira, o treinador chamou um repórter de mentiroso e um comentarista de esclerosado. Exaltado ao falar do tema, o técnico ainda pediu que as fontes do jornalista fossem reveladas e afirmou que o trabalho dos profissionais viraram ataques pessoais a ele. A bronca de Abel foi com o comentarista Wianey Carlet, da rádio Gaúcha e colunista do jornal Zero Hora. E também com o repórter Leandro Behs, do mesmo diário. “De repente a função do D’Alessandro (suspenso) o Wianey pode fazer. Ele pode fazer, sabe de tudo. Ele só não sabe que a torcida me ama. E me ama por eu ser correto, honesto, homem. Isso aí… –

Veja mais em https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2014/08/29/abel-em-um-dia-de-furia-chama-reporter-de-mentiroso-e-ataca-comentarista.htm?cmpid=copiaecola