O que esperar de um time que aos 11 segundos sofre um gol em jogo decisivo da Libertadores após um erro inaceitável, por soberba e negligência, do seu mais festejado jogador, o meia Jean Pyerre?
Eu pergunto e respondo: que reaja. Mas o Santos não deu tempo. Foi um tiroteio na área do Grêmio. Quando a situação ficou mais administrável, com o time chegando com perigo à área do excelente goleiro John, saiu o segundo gol, aos 16 minutos. Nesse momento, apavorado, pensei nos 5 a 0 do Flamengo.
O Grêmio até deu sinal de vida após a porrada inicial (o gol brasileiro mais rápido da Libertadores em todos os tempos). Jean Pyerre perdeu um gol na cara do goleiro. Depois, Matheus Henrique acertou um belo chute para cinematográfica defesa do santista.
A tentativa de reação do tricolor foi comandada por alguns minutos por JP e MH no meio de campo. Cuca sentiu que o Grêmio dava sinais de vida e escalou um volante para grudar em JP.
Craque que é craque consegue superar esse tipo de situação, não foi o caso de JP nesta noite. Ele acabou se submetendo facilmente à marcação. Aí eu lembro que craque mesmo sabe como livrar-se de uma sombra, movimentando-se mais por setores do campo.
Ficou claro que o gol abalou JP, um jogador realmente diferenciado, mas que para ostentar o título de Craque precisará ter uma postura de maior comprometimento, o que nem sempre acontece.
No segundo tempo, o Grêmio melhorou com “o inútil” Thaciano e Ferreira. Thaciano trouxe mais vibração e competitividade ao meio de campo e Ferreira infernizou a marcação. Curiosamente, os dois participaram do gol. Ferreira cruzou e Thaciano completou de cabeça, um belo gol.
ÚLTIMA ESPERANÇA
Resta agora a Copa do Brasil (o Brasileirão é quase um delírio). Dia 23 o Grêmio enfrenta o amiguinho da CBF, o SP, dia 23, 21h3o, na Arena. Dia 30, no Morumbi, mesmo horário.