Se o Grêmio alcançar a classificação nesta noite, em Salvador, estará provado que seu time de dez jogadores é mesmo muito forte.
Tão forte que dez conseguem levar junto um jogador que tem sido um peso morto, um jogador que chegou precedido de trajetória com alguns pontos altos e outros baixos como um rodapé. Irregularidade, portanto.
Esse jogador, cujo nome não vou escrever aqui porque seria chover no molhado, todos já sabem de quem se trata, estará em campo mais uma vez, e sabe-se até quando o técnico Renato Portaluppi vai insistir com ele.
Renato corre o risco de ser eliminado precocemente da Copa do Brasil – e nós com ele. Aliás, a eliminação poderá ter reflexos no Brasileirão e na Libertadores.
O poder de Midas, que Renato revelou com vários jogadores, a começar por Éverton, que ele transformou de perdedor de gols a fazedor de gols (vale o mesmo para Pedro Rocha), não está sendo suficiente para elevar André a goleador de fato.
Cabe a nós, gremistas, mais uma vez acreditar que ‘agora vai’, que os gols vão finalmente surgir sem depender basicamente do Éverton e agora do Pepê.
Ou, melhor ainda, esperar que mais uma vez a imprensa erre em sua especulação, e que Renato surpreenda colocando Luan mais adiantado, afastando o camisa 9 baixo astral, que não consegue dar a volta por cima para justificar os 10 milhões reais investidos pelo clube em sua contratação.
Já em relação a Tardelli, depois dos últimos acontecimentos, já não acredito nele. Não vejo em Tardelli um atleta comprometido realmente com a camisa tricolor. Ele está aqui, mas com um pé fora e com as malas prontas. É o que ele me transmite em suas manifestações nas quais ele envolve Deus a cada frase. Não acredito em atleta com esse discurso.
O último que levei a sério, e deu certo, foi Baltazar, aquele que dizia “Deus está guardando algo melhor para mim”. E aconteceu aquele gol que até hoje me emociona, o 1 a 0 sobre o São Paulo, no Morumbi lotado.