Logo após o empate com o Corinthians por 0 a 0 no Itaquerão, no sábado, o técnico Renato alardeou que o time “vai decolar” no Campeonato Brasileiro.
Aparentemente, mais uma bazófia do mestre em fugir do assunto nas entrevistas de pós-jogo com expressões e declarações que buscam desviar o foco do que realmente poderia interessar, como longas e entediantes explicações sobre esquema tático e alterações, coisa que muitos treinadores adoram fazer.
Espero que Renato tenha dito isso com base no que tem visto e no que já decidiu em sua mente em termos de montagem de time. Ele tem feito experiências para avaliar a real capacidade de alguns jogadores, projetando mudanças talvez de esquema.
Diante do campeão paulista, que jogou por uma bola dentro de sua casa, ele insistiu com Montoya pelo lado direito, na função de Ramiro. Ao contrário do que pensam alguns, o argentino jogou também pelo meio, exatamente como fazia Ramiro.
Não acrescentou nada. Nem a tradicional garra argentina ele mostra quando entra. É como um funcionário que bate o cartão ponto e espera a hora da saída.
Então, espero que Renato tenha, enfim, se dado conta de que está na hora de Thaciano ser firmado ali, ou ao menos como alternativa ao Alisson. Montoya nunca mais.
Eu me contenho para não dizer o mesmo de outras contratações. Ainda vou dar um tempo para o Felipe Vizeu. Já o André me parece um caso perdido.
Ele evoluiu, mas continua sem fazer gol. Ele nunca está onde a bola é lançada dentro da área para que ele conclua, que chute a gol, coisa raríssima nesta sua fase no Grêmio.
A exceção foi o cruzamento do Cortêz, que melhorou nesse quesito, e André apareceu para concluir e marcar contra o Fluminense. Lance raro, tanto de um como de outro.
Sobre Cortêz, aqueles que pediam Capixaba no lugar, bradando que ele não jogava porque Cortêz é ‘bruxinho’ do Renato, enfiaram a viola no saco. Capixaba não é mau jogador e talvez com o tempo acabe mostrando mais personalidade tanto na defesa como no ataque.
Para concluir, ou Renato teve uma visão/revelação ou ele agora está convencido do que precisa mudar e com quem ele pode contar.
A mais importante mudança que ele poderia fazer é adotar de vez, imediatamente, o esquema com camisa 9 de ofício. Luan voltou a jogar bem, especialmente em relação a ele mesmo. Renato está trazendo Luan de volta, e aí os caminhos podem se abrir.
Mas a decolagem precisa começar contra o Ceará, obrigatoriamente.
PÊNALTI
Sinceramente, eu não gostaria que fosse marcado contra mim um pênalti como esse que o juiz marcou e depois voltou atrás.
Fagner estava com o braço quase colado ao corpo.
Agora, Marcelo de Lima Henrique poderia ter deixado o lance prosseguir e na sequência marcar a infração. Depois, deu a bola para o Corinthians recomeçar, não o Grêmio.
Outra coisa, o juiz marcou com tanta convicção que poderia/deveria dispensar o VAR.
Mas, sacumé, é o Corinthians. Será que ele recuaria se o lance fosse na área do Grêmio?
‘MOLE’
O time deu ‘mole’ contra o Fluminense e até contra o Santos. Contra o Avaí jogou mal mesmo. Sábado até que que teve boa atuação.
Agora, é inaceitável que a direção continue dando ‘mole’, para usar o termo empregado por Renato.
A demora para contratar zagueiro (s) não tem justificativa.