Os anônimos assistentes adicionais e seus erros humanos

Poucos profissionais do futebol têm vida mais tranquila em sua atividade que o ‘árbitro assistente adicional’, nome que a CBF dá para os auxiliares que ficam na linha de fundo, junto às goleiras.

Assim como o VAR, esse sujeito veio para diminuir o número de erros nas arbitragens. Mas o que se viu até agora é que mais complica que ajuda. A frase cabe também para o VAR, uma boa ideia que está sendo manipulada ao sabor de interesses nem sempre honestos.

Desconfio que nem o árbitro principal, inclusive os dois auxiliares, têm uma relação pouco amistosa com esses seres que mesmo errando seguidamente não são execrados nem tem seus nomes citados.

Sobra tudo para o coitado (neste caso o adjetivo cabe) do árbitro, que acaba pagando também pelo erro do tal adicional (tem o 1 e 0 2, totalizando seis na equipe de arbitragem, o que quase lota uma kombi).

O juiz principal é que mais sofre. E ele nem ganha tão mais assim. A remuneração de um juiz Fifa é de uns 4 mil. O tal juiz de linha de fundo embolsa uns 800 reais, talvez mil, para ajudar o trio principal. Ganha bem menos, mas com a vantagem de permanecer quase anônimo.

Alguém já ouviu uma torcida xingar a mãe desse ‘auxiliar’ que mais atrapalha que auxilia?

Não, sobra sempre para o juiz, que tem nome estampado nas páginas, especialmente após uma atuação ruim.

Vou fazer um teste, coisa rápida, uma perguntinha apenas. Quem responder  certo vai ganhar uma cerveja 1903, pilsen, artesanal.

Lá vai:

-Qual o nome do assistente de fundo que marcou pênalti a favor do Inter, aos 45 do segundo tempo no jogo contra o time misto frio (informação que tem sido quase sonegada pela imprensa gaúcha) do Atlético do Paraná?

Não sabem, né. Pois trata-se do glorioso Eduardo Cordeiro Guimarães, carioca, morando atualmente em SC. Ele chegou a ser juiz no Rio, mas não se deu bem. Teve problema sério. Em 2014, num clássico Flamengo x Vasco, ele anulou um gol de Douglas (esse mesmo) numa cobrança de falta, a bola entrou e ele não validou o gol.

Na época, ele ganhou as manchetes. Hoje, nem nota de rodapé nessa função discreta de quinto ou sexto auxiliar.

Agora, o juiz que ele deveria ajudar se quebrou ao seguir sua sinalização, que acabou resultando na vitória colorada.

Hoje, o Brasil inteiro sabe o nome do pobre juiz que levou fé nessa marcação: Rodrigo Ferreira, catarinense.

Em todos os programas de TV, noticiários, etc, está lá o nome do árbitro do jogo sendo exposto amplamente. Já o do assistente se mantém em segundo plano, ignorado por aqueles que deveriam informar corretamente.

Queiram ou não, Eduardo Guimarães foi protagonista nesse jogo.

Mas este blog, modestamente, está lhe fazendo justiça.

PALMEIRAS

Nenhum clube do Brasileiro foi tão favorecido com os tais erros humanos como o Inter. Nós, aqui da aldeia, sabemos disso faz tempo.

Por isso, não nos surpreende a manifestação do presidente do Palmeiras nesse sentido, citando inclusive um levantamento da própria CBF.

Confira:

https://www.lance.com.br/palmeiras/presidente-diz-que-inter-mais-beneficiado-pela-arbitragem.html

DOUGLAS

Gol anulado pelo agora assistente de linha de fundo, Eduardo Guimarães.

A bola entrou quase um metro e nem ele nem o juiz de linha deram o gol.

Conmebol exala odor de esgoto cloacal

Lamentável a decisão da @conmebol, entidade com largo histórico de histórias mal contadas. Imaginei por um instante que ela tivesse um mínimo de seriedade, dignidade e transparência.

Nem vou comentar mais esse assunto que tem odor de esgoto cloacal.

Agora, sou um sonhador. Sonho com o dia em que os clubes brasileiros abram mão, todos eles, da Libertadores enquanto ela for comandada por velhos ‘gardelóns’, decidindo sempre contra o Brasil e a favor dos clubes argentinos.

Resta o Brasileirão.

IMPORTANTE VITÓRIA EM MG

É preciso ser realista no Brasileirão. Matematicamente, ainda é possível brigar pelo título. Mas a realidade aponta que o Palmeiras será campeão, e que, portanto, o melhor a fazer é torcer para que o time de Felipão dispare e afaste de vez a ameaça de título vermelho.

O objetivo tricolor no Brasileirão, agora, é entrar no G-4 e não mais sair.

Agora, existe uma motivação a mais – e para mim mais importante – para ver o Grêmio subindo na tabela: é a competição paralela com o Inter. Que ‘título’ fenomenal seria entrar no G-4 na vaga colorada, que ficaria em quinto lugar. Tudo é possível.

O primeiro passo para isso foi dado em Belo Horizonte, no estádio Independência. O Grêmio fez 1 a 0 aos 2 minutos e resistiu bravamente, coisa que não conseguiu no meio da semana diante do River, quando acabou permitindo a virada (um gol que deveria ter sido invalidade).

O gol tricolor teve origem num escanteio após defesa de Victor, numa conclusão de Éverton. Jean Pyerre cobrou e Jael conseguiu, enfim, ganhar uma bola pelo alto. Victor defendeu, deu o rebote e Geromel fez o gol.

O mesmo Geromel, aos 36, salvou de peixinho uma bola que entrava no canto direito, já com Paulo Vitor batido. Geromel, outra atuação estupenda e decisiva.

O Atlético teve mais posse de bola e iniciativa. O Grêmio tratou de se defender, mas sem perder possibilidades de contra-ataques.

A defesa saiu-se muito bem. Mas o destaque vai para o meio de campo, onde Jean Pyerre e Matheus Henrique tiveram atuações alentadoras, mostrando que Renato já pode pensar em ambos como alternativas concretas para o time principal.

Na frente, Éverton foi o mais incisivo e perigoso, mas mostrou que ainda não está em sua melhor forma técnica. Alisson entrou no lugar de Ramiro e acrescentou qualidade. Tanto que na reta final do jogo o Grêmio teve pelo menos duas chances claras de ampliar. Tetê substituiu Éverton, e pouco contribuiu, embora o adversário já estivesse exausto.

PALMEIRAS

Bateu o Santos por 3 a 2 e segue disparado na liderança. Tudo indica que o Palmeiras será mesmo o campeão.  Menos mal. Podia ser pior.

JURÍDICO

Parabéns ao integrantes do jurídico do Grêmio e ao presidente Romildo Bolzan. Foram bravos e competentes na ação. Tão eficientes que a Conmebol, tivesse ainda um mínimo de dignidade, estaria constrangida ao negar a punição extrema ao River Plate e ao seu treinador, que deve estar gargalhando agora, rindo da nossa cara. Mas tem volta.

 

Grêmio enfrenta os ‘gardelón’ da Conmebol

O Boca Juniors confirmou a classificação à final ao empatar com o Palmeiras por 2 a 2 (jogo de ida foi 2 a 0). Destaque para Benedetto, autor dos dois gols na Bombonera, e que voltou a marcar. Três chances de gol, três gols.

A dupla de zaga tricolor terá trabalho com ele. Sim, estou considerando que o Grêmio irá ganhar a vaga. O técnico Gallardo descumpriu o regulamento, aliás, se lixou pra ele, e a punição prevista é de derrota por 3 a 0. O resto´é conversa de gardelón.

Aliás, tem gardelón dando entrevista dizendo que apenas o técnico deve ser punido, não o clube.

Bem, quando uma desvairada chamou um goleiro do Santos de ‘macaco’ a punição foi do clube. O Grêmio foi eliminado da Copa do Brasil em função desse episódio.

O certo seria mesmo punir a torcedora, rapidamente identificada pelo clube.

Em casos de doping, a punição fica restrita ao jogador flagrado, embora muitas vezes o clube pudesse ser beneficiado com o doping de seu atleta.

É óbvio que Gallardo não desrespeitou a punição da Conmebol sem contar com o aval da direção. Ele orientou o time à distância, foi flagrado no vestiário no intervalo e assumiu tudo em entrevista pós-jogo. Réu confesso, portanto.

Cabe à Conmebol fazer cumprir o seu próprio regulamento, punindo o River Plate e colocando o Grêmio na final contra o Boca.

Ah, considero o River Plate mais time que o Boca, apesar do Benedetto.

VAR, Bressan e River adiam sonho do Tetra gremista

Justo quando estava melhor no jogo, o Grêmio acabou levando dois gols, o que resultou na eliminação da Libertadores/2018 com o placar agregado de 2 a 1 para o River Plate.

Friamente foi isso que aconteceu. No primeiro tempo, o Grêmio jogou muito atrás, foi pressionado e por detalhe não levou um gol. No segundo, quando equilibrou e explorava melhor os espaços deixados pelos argentinos, veio a derrocada.

Tudo começou aos 36 minutos, com Ramiro fazendo uma falta perto da linha do meio de campo no centroavante Pratto, uma falta desnecessária e que, naquele momento, tinha alto risco.

Relato aqui que na hora me deu um mau pressentimento.

Num jogo tenso, difícil, qualquer falta que possibilite alçar uma bola para a área, é perigosa. Foi o que pensei quando Ramiro fez a falta. Borre desviou de cabeça e empatou.

Tudo seria diferente se aos 21 minutos, Éverton, fizesse o gol após receber lançamento preciso de Cícero. Foi a melhor chance de gol ocorrida nos dois jogos, e o Grêmio a desperdiçou.

FATOR BRESSAN

E aí aconteceu o gol que desestabilizou o time gremista. No rastro dessa jogada, o pênalti de Bressan, aos 41 minutos. O VAR foi acionado, ninguém viu na hora que Bressan havia erguido o braço esquerdo, temerariamente, dentro da área, desviando arremate de Scocco.

Sim, Bressan mais uma vez protagonista. Justificou todo o temor que a torcida tinha a seu respeito como substituto de Kannemann, suspenso. Renato teve a sabedoria de escalar Paulo Miranda, de ótima atuação.

O problema começou quando Miranda saiu com cãibra. Entrou Bressan. Silêncio na Arena.

E foi assim, em silêncio, que minutos depois os mais de 53 mil gremistas presentes deixaram a Arena.

Em campo, a festa argentina.

FATOR RENATO

Não é fácil disputar dois jogos de tamanha envergadura sem seu principal jogador. A ausência de Luan foi decisiva, tanto quanto a falta de um zagueiro mais qualificado para o lugar de Bressan.

Luan é um jogador que faz crescer o futebol de quem está ao seu lado.

Renato fez o que esteve ao seu alcance. Só acho que exagerou ao manter o time muito recuado no primeiro tempo. Corrigiu o posicionamento no segundo tempo, mas aí faltou mais qualidade nas jogadas ofensivas, e depois também no sistema defensivo.

FATOR QUALIDADE

Geromel foi um gigante. Grohe muito seguro. Paulo Miranda ótimo na bola aérea.

Os laterais: Leonardo fez o gol e foi bem na marcação. Seu fraco segue sendo o apoio. Bruno Cortez continua sem dar acabamento às suas avançadas, mas de um modo geral foi bem.

Maicon esteve bem até que cansou. Michel abaixo do que pode render. Cresceu no segundo tempo.

Ramiro, muita correria, e aquela falta que resultou no primeiro gol, o gol que abriu as portas do inferno tricolor.

Cícero deu uma papinha para Éverton definir a classificação. Fora isso, atuação mediana.

Alisson foi combativo, esforçado, mas pouco inspirado. Jael jogou o futebol de sempre, muito limitado, mas sempre combativo.

Em resumo, sobrou torcida, sobrou esforço e dedicação, mas faltou um pouco mais de qualidade.

 

 

 

 

 

 

Os ventos purificadores e a decisão contra o River

O ciclone previsto pelos serviços de meteorologia não aconteceu. Restou um vento frio e forte o suficiente para varrer entulhos, limpar o terreno para novos tempos e arejar o ambiente.

Depois do que aconteceu domingo nada mais afeta meu estado de espírito.

Nem a notícia de que Luan está fora do jogo decisivo contra o River Plate me atinge. Estou tranquilo, sereno e confiante. E sempre com um sorriso de felicidade.

Na verdade, ainda torço para que tudo não passe de uma jogada do Renato e que Luan apareça, nem que seja no banco de reservas para deixar os argentinos preocupados.

Afinal, trata-se o melhor jogador da Libertadores/2017.

Bem, se Luan não jogar, espero que Renato mantenha Michel ao lado de Maicon. Os dois formam uma dupla quase imbatível.

À frente deles, Ramiro, Cícero e Éverton. Sem Luan, Renato deve mesmo começar com a estrutura que saiu vencedora em Buenos Aires. A volta do endiabrado cebolinha vem em boa hora.

Se ele não começar, continua Alisson, que foi bem no primeiro jogo, mas que não tem a velocidade e o ímpeto do titular Éverton, imbatível nos contra-ataques.

Na lateral-direita, apesar de Leonardo estar jogando bem e ser mais forte na marcação, prefiro Léo Moura. O River não vai se abrir, vai jogar fechado. É importante ter um jogador como o veterano Léo Moura, mais criativo e de técnica superior.

No mais, é esperar que os ventos purificadores soprem mais uma vez a favor do Grêmio.

Eu até gritaria ‘todos na Arena’ para finalizar, mas como fazer essa convocação se nem eu mesmo estarei lá (não consegui ingresso)?

Fica o chamamento do Mestre Renato: vamos lotar a Arena e buscar a vaga à final da Libertadores.

 

 

Reservas vacilam na defesa em jogo de reviravoltas e sete gols

Não fosse o aproveitamento excepcional do Sport nas bolas aéreas, o time reserva do Grêmio teria vencido o jogo. Acabou perdendo por 4 a 3 e se afastando do G4.

O problema é que o time pernambucano soube aproveitar o desentrosamento e os vacilos dos defensores. Nem a presença de Kannemann foi suficiente para ajustar a marcação nas bolas alçadas.

No último gol, há um impedimento do volante Jair (autor do primeiro gol), que escapou da marcação de Capixaba e encaminhou a vitória do Sport, um time que luta para não ser rebaixado e que não vencia fora de casa havia dez jogos.

Não fossem essas falhas, esses descuidos, o Grêmio teria vencido. Do meio para a frente o time fez a sua parte, eu diria sua obrigação, mesmo com reservas em campo: fazer gols numa equipe que corre risco de rebaixamento.

Analisando as individualidades, destaque para Matheus Henrique. O Sport vencia por 2 a 0, e o Grêmio pressionava. Aos 37 minutos, em belo lance individual descontou. Os pernambucanos reclamaram toque de mão, mas a bola resvalou de leve no braço da promessa tricolor.

O importante é que Matheus Henrique está mostrando evolução. Marca e arma, só exagerou um pouco na retenção de bola, perdendo alguns lances.

No segundo tempo, com a desvantagem, o Grêmio foi pra cima. Ocorreram quatro gols em 12 minutos.

Aos 5 minutos, Madson (de boa atuação ofensiva) sofreu pênalti. Capixaba cobrou e converteu. O Grêmio mal saboreava o empate e o Sport, no minuto seguinte, empatou, em outro descuido absurdo do sistema defensivo. Aos 12 minutos, Madson tocou para Tony Anderson empatar de novo: 3 a 3. Aos 18, Jair fez o gol da vitória.

Os reservas gremistas ainda insistiram em busca do empate. Mas aí faltou qualidade e tranquilidade.

Jean Pyerre entrou muito bem, jogando com elegância e exibindo técnica apurada. É outro que tem tudo para confirmar. Mas ainda não confirmou.

Outro guri, Pepê, teve bons momentos, lembrando um pouco o Éverton em seu início, intercalando boas e más jogadas.

Em síntese, Renato faz muito bem em colocar os jovens talentos aos poucos no time titular, deixando para os mais cascudos esses jogos da Libertadores, onde a bola tem sido mera figura decorativa de tanto que se joga no corpo do adversário.

CHORADEIRA

O Inter reclamou muito, demais até, após sofrer o gol de empate do Vasco, sábado à noite.

O pessoal, em especial os dirigentes, esqueceu do pênalti claro a favor do Vasco que o juiz não marcou, ainda no primeiro tempo.

O fato é que foi pênalti no final.

Agora, a choradeira é normal. No caso, tem mais a ver com uma tentativa de condicionar as arbitragens para os próximos jogos.

O Inter, que já foi tão beneficiado, precisa aceitar com mais altivez os resultados negativos quando a arbitragem não lhe favorece.

Renato e Maicon, dia de reconhecimento a esses dois ídolos

Esta é pra pirar os antirenatistas enrustidos que só aguardam o momento certo para sair do armário. Confiram:

https://globoesporte.globo.com/rs/futebol/noticia/renato-gaucho-aparece-em-lista-de-50-melhores-tecnicos-do-mundo-de-revista-inglesa.ghtml

Vejam no original:

https://www.fourfourtwo.com/features/fourfourtwos-50-best-football-managers-world-2018-first-30-names-revealed?page=0%2C2

Renato aparece em 28º lugar, três posições abaixo de Mourinho. É uma façanha, único brasileiro nessa lista.

Confesso que não dou muita bola para essas listas, rankings disso ou daquilo.

No caso, a lista serve para provocar os antirenatistas, em especial os da mídia que sofrem com ele, que diz e não manda recado.

De fato, é uma honra para um profissional que muitos gremistas queriam ver longe do clube.

Renato aparece entre os 30 maiores. Na minha lista imaginária, eu o colocaria tranquilamente entre os dez melhores treinadores de futebol dos últimos três anos.

Para quem já foi comparado ao Joel Santana e tido como um bon vivant, que só queria saber das praias cariocas, é um progresso considerável.

Para um técnico que não anda com livros debaixo do braço nem se preocupa em fazer ‘estágio’ em clube europeu, é uma conquista e tanto.

Queiram ou não, Renato já é um dos melhores técnicos do futebol gaúcho de todos os tempos, ao lado de nomes como Osvaldo Rolla, Ênio Andrade, Carlos Froner, Tite e Felipão.  Se eu esqueço alguém me ajudem.

MAICON

Outro que termina a semana em alta é o volante Maicon. Pra mim, um dos melhores meio campistas do Grêmio de todos os tempos.

Muito deste Grêmio vitorioso, vocacionado para ser múmia de tanta faixa que conquista, se deve ao Maicon.

Ele é o cara que seu sustentação ao esquema lançado por Roger Machado, comandando o time em campo e dando o ritmo adequado que tanto encantou os amantes do futebol como um misto de arte com força, velocidade e aplicação tática.

Depois, Renato chegou com a mesa posta, aplicou o tempero na medida exata e eis que estamos nós, gremistas, aqui felizes, uns mais que os outros, mas todos felizes ao seu jeito, mais crítico, menos crítico, mais murrinha, mais cri-cri e, no meu caso, mais chapa-branca, como já me chamaram.

Voltando ao Maicon, o Tite, que apesar do lance do Éverton continua sendo um técnico de ponta – mas já sem a minha admiração -, revelou que se o grande capitão gremistas fosse mais jovem o convocaria para a seleção brasileira. É o reconhecimento ao Maicon, e um orgulho pra mim, que venho endeusando o Maicon desde a campanha do penta da Copa do Brasil.

SPORT

O Grêmio vai com time reserva contra o Sport. Não sei quem vai jogar, mas sei que será o melhor disponível, sem os titulares, claro.

É jogo para vencer, somar três pontos e continuar na ponta de cima, talvez à frente do Inter, nesse nosso pequeno campeonato local.

Grande atuação e vitória épica sobre o River Plate

O técnico Renato Portaluppi cada vez mais faz por merecer a estátua. Quando todos duvidavam que seria impossível vencer, ou até mesmo apenas empatar com o River Plate, no Monumental de Nuñes completamente lotado, eis que Renato monta um esquema que hoje seria chamado de covarde se tivesse fracassado.

É óbvio que Renato só armou um esquema com quatro volantes por sentir que não haveria outra maneira de atingir o grande objetivo do time desde que foram confirmadas as ausências de Luan e Éverton, que era de ‘voltar vivo para Porto Alegre’, conforme cansou de dizer o Romildo Bolzan. Sim, o empate já seria um resultado muito bom diante das circunstâncias.

Renato armou um esquema para não perder, e se perdesse que fosse por um placar recuperável. E ninguém pode criticá-lo por isso, embora a gente saiba que não faltariam ataques com adjetivos pejorativos. Os comentaristas de resultado definiriam o esquema como ‘acadelado’, quando foi a necessidade impôs essa solução ao Renato, um técnico ofensivista por natureza.

Então, Renato armou o esquema possível. E aí contou com sua estrela, que voltou a brilhar depois de alguns jogos um tanto nebulosos. Tirou Michel da cartola na segunda-feira, conforme revelou o jogador após o jogo. E o volante, que ficou meses sem jogar e só voltou no sábado, apareceu na área para aproveitar escanteio batido por Alisson para fazer o gol da vitória. Um golaço de cabeça.

Uma vitória épica, histórica, daquelas que viram lenda a cada relato. Porque o que se viu foi um time focado, homogêneo, aplicado taticamente e decididamente determinado a impedir a vitória do queridinho do setor vermelho da imprensa gaúcha, que agora deve iniciar um processo de diminuir o time argentino, que’ não é tudo aquilo’, etc.

O time imbatível, assustador, um tigre feroz,vai virar um gatinho manso.

Dias atrás eu escrevi que o River Plate não é tudo isso que pintavam, como se fosse um time superior ao atual campeão da América. O resultado obtido em Buenos Aires prova que eu estava certo: com o time titular a vitória seria muito possível, diferente do que muitos apregoavam.

Bem, agora tem o jogo da volta, dia 30. É preciso respeitar o adversário, primeiro passo para vencer e ir à final da Libertadores. Sem Kannemann. mas com Éverton e Luan. Grêmio muito perto de uma decisão contra Palmeiras ou Boca Juniors. Prefiro o segundo, seria um jogo com mais cara de Libertadores.

Para concluir, ótima arbitragem do juiz peruano. Algo está mudando na Conmebol…

Sobre as atuações, nota 10 para todos. O Grêmio foi um bloco monolítico. Se no primeiro tempo o River levou algum perigo, com Marcelo Grohe fazendo duas grandes defesas, no segundo o equilíbrio foi ainda maior. Marcelo fez apenas uma defesa, entre uma e outra porrada nas costelas.

Renato deu um nó tático no argentino Gallardo. Será que leremos isso na imprensa local? A imprensa do centro do país já destaca esse aspecto como fundamental para a vitória.

 

 

Nada é impossível para o Grêmio

Dois fatos abalam minha confiança numa vitória nesta terça sobre o River Plate, o queridinho da vez por setores da mídia gaúcha, sempre pronta para um ‘alentaço’ em favor do Inter e um tanto, digamos, comedida quando se trata do Grêmio.

O primeiro é sobre a ausência de Éverton e Luan. Menos mal que Luan acabou se incorporando à delegação, que deixou Porto Alegre neste domingo com grande manifestação de gremistas no aeroporto.

Ao que tudo indica Luan irá jogar, mesmo com essa droga (fascite plantar) na sola do pé, que acomete pelo que vi até agora apenas jogadores do Grêmio.

Luan vai ficar pelo menos no banco, o que já é alguma coisa.

Duro mesmo é vencer o River em casa sem a velocidade e o ímpeto de Éverton. Acreditava mesmo na vitória, apesar do oba-oba sobre os argentinos.

Outro fator que me deixava confiante também já não existe: o River perdeu invencibilidade histórica de 32 jogos.

Foi batido pelo Colón. Gallhardo, assim como Renato, escalou um time reserva, perdeu por 1 a 0. Renato fez o mesmo contra o América Mineiro e empatou por 1 a 1, joguinho danado de se ver.

Interessante, dois dos mais festejados técnicos das Américas adotam a mesma estratégia: poupam titulares quando entendem necessário. Será que Gallardo enfrenta a mesma crítica?

Bem, sempre digo que um time com invencibilidade longeva está a cada jogo mais próximo de ser derrotado. Imaginava que isso pudesse acontecer diante do Grêmio. O problema é que agora acabou essa série invicta.

Então, vou para esse jogo  contra o River Plate assinando um contrato agora de empate por qualquer placar.

Meu otimismo, baseado em evidências, caiu bastante.

No entanto, acredito no trabalho de Renato, na estrela de Renato, no talento e na garra dos jogadores e, principalmente, que nada é impossível para o Grêmio.

Véspera de decisão e especulações sobre a saída de Renato

‘Mas que perguntinha, hein?’, reagiu Renato, forçando um sorriso, ao ser questionado por uma repórter sobre se ficaria no Grêmio ao final de seu contrato.

Nada de novo, tudo muito previsível. Basta se aproximar um jogo decisivo, como esse de terça-feira, contra o River Plate, que sempre tem um repórter ‘criativo’ para perguntar e/ou especular sobre a saída do técnico gremista no fim do ano.

É como esses times que batem no craque adversário em rodízio. Quando o juiz, que normalmente é complacente com a violência, decide por um fim na pancadaria, o alvo já está todo lanhado ou até esfacelado.

Vamos ver o que está reservado, ou sendo preparado, para a véspera do jogo, com a delegação tricolor já em Buenos Aires.

Por certo vai aparecer algum clube que ‘teria’ feito proposta e que, segundo ‘um alto dirigente’ gremista, até já estaria acertado com Renato. Algo assim.

Porque esse pessoal não pode ver o Grêmio numa decisão sem aparecer com uma ‘informação’ desestabilizadora. Eu sei que Renato, os jogadores e os dirigentes já estão acostumados e esse tipo de coisa não os atinge, mas que é irritante, é.

Tenho curiosidade em saber se isso acontece também com outras equipes, como Cruzeiro, que acaba de ganhar outra Copa do Brasil, comemorada aqui em Porto Alegre pelo setor vermelho como se fosse título colorado. Coisas que só acontecem aqui em território texano.

Será que a imprensa argentina vai questionar o Gallhardo sobre uma eventual proposta para deixar o River? Mano Menezes teve de responder sobre isso antes da decisão diante do Corinthians?

Bem, de uma coisa tenho certeza, antes do jogaço contra o River vão aparecer ‘notícias’ sobre uma eventual saída do Renato ou de algum craque gremista.

Quem viver, verá.

P.S. – Será que vai aparecer alguma proposta pelo Odair Hellmann às vésperas do jogo contra o Santos?

RECHE

Fico sabendo pelo sempre ligado RW, que o Luís Carlos ‘Capitão’ Reche informa hoje o que adiantei há duas semanas: o presidente do CD tricolor, Carlos Biedermann, assumiu que seu sonho é ser presidente do Grêmio. Ele está mesmo na disputa.