Sem querer que pareça excesso de otimismo nem alienação grau 9 na escala Richter em meio a onda de louvação ao adversário do Grêmio na terça, dia 23, ouso dizer que o River Plate, o novo queridinho da imprensa isenta no Estado, só está invicto desde fevereiro e com mais de 30 jogos sem perder por uma razão muito simples:
Não enfrentou o Grêmio!
Nesses oito meses de invencibilidade não enfrentou o atual melhor time das Américas, o atual campeão da Libertadores. Tem gente que esqueceu ou que não quer lembrar disso.
Não tenho por que temer esse time argentino. É evidente que é um time forte, e não apenas isso, um clube poderoso e influente.
Há que se respeitar esse time com toda a sua tradição e sua história, mas principalmente pelo seu presente.
O passado não entra em campo quando a bola começa a rolar.
Mas respeito não é sinônimo de temor. Desde que foi confirmado esse confronto tipo nitroglicerina pura o que mais leio e ouço na mídia gaúcha é que se trata de um adversário imbatível.
Nós já vimos isso, e eu escrevi a respeito: eles, vocês sabem que, começam enchendo a bola do adversário, tanto que chega a assustar os mais sensíveis e aqueles que mal engolem Renato e seu futebol nada ‘texano’, ou seja, sem aqueles ‘cuidados’ defensivos que tanto agradam os fãs do aipim, do chutão pra área, do volante do calção sujo de barro, etc.
Se dependesse dessa turma que perambula por programas de TV e Rádio pregando a volta do futebol pragmático, tipo ‘truvisca no fedor que o beque faz contra’, Renato começaria com Bressan de volante, na falta de jogador tão ou mais limitada tecnicamente.
Eu acredito muito na vitória sobre o River nessa disputa de dois jogos. Gosto de enfrentar esses ‘super times’.
Ainda mais quando se super não tem nada. O River realmente é um time forte, mas pode ser batido por esse Grêmio forjado na qualidade, com um estilo de jogar respeitado e admirado, especialmente longe daqui do Rio Grande dos caranguejos vermelhos.
Hoje, esse time tão festejado é sétimo colocado no campeonato argentino, que tem o Tucumán como vice-lider, sete pontos atrás do líder Racing.
Não, eu não duvido da capacidade do River Plate, uma potência das Américas.
É que eu acredito muito no Grêmio!