Vitória importante e afirmação de Alisson

O técnico Renato Portaluppi gosta de correr risco. Escalar um time reserva dentro de casa, na data de aniversário do clube, é uma temeridade. Talvez não para ele, que já cansou de dizer que confia no grupo, que não tem apenas um time titular, etc.

Está certo, era o Paraná, um time fraco, mas o Grêmio já andou perdendo para times de igual envergadura utilizando uma formação com suplentes Aliás, tivesse sido mais comedido nessa estratégia o Grêmio estaria hoje com pelo menos uns seis pontos a mais. Portanto, muito firme na disputa do título do Brasileirão.

Felizmente, o time reserva mostrou algumas novidades que o deixaram mais qualificado em relação a outros jogos, em que o time se arrastava em busca de um golzinho. Então, Renato estava certo, até porque o que interessa na competição é somar pontos, jogando mal ou jogando bem.

O time reserva jogou bem, e isso é alentador. O que mudou em relação a outras atuações, algumas deprimentes que levaram à perda de pontos preciosos. Quero frisar que concordei e concordo com o planejamento do clube e sua escolha de prioridades, mas não gosto de radicalismo. Menos radicalismo e estaríamos melhor posicionados.

Bem, para encurtar esse texto porque hoje é domingo, um dia ensolarado, e praticamente tudo já foi escrito pelos parceiros do blog, que sofrem do grande mal que é a ansiedade. No post anterior há inúmeros textos sobre o jogo. Leiam lá e depois voltem pra cá, é minha sugestão. Verão algumas preciosidades, de gente detonando o Renato por escalar reservas antes de a bola começar a rolar. Gente de pouca fé…

O Grêmio venceu por 2 a 0, e poderia ter sido mais. Alisson sofreu pênalti, Douglas, que alguns gremistas gostam de ofender sei lá por que, bateu mal, mas fez o gol. Depois, de novo Alisson, o melhor em campo, deu um presente para Capixaba cabecear com precisão, de olhos abertos, para encobrir o goleiro e ampliar.

Sobre Capixaba, gostei da estreia. É cedo para uma conclusão, mas por enquanto é possível afirmar que Cortez tem um bom reserva.

O jogo serviu também para conferir melhor o futebol do Matheus. O guri está pronto, apesar do porte um tanto frágil para enfrentar as agruras de uma Libertadores. É uma boa opção para Renato.

Jean Pyerre teve pouco tempo. Está claro que Renato o quer como forte alternativa ao Luan. Pelo posicionamento nesse jogo, ele vai jogar entre a linha de volantes e a de ataque. Exatamente na zona de Luan. Renato já disse que vê em Jean Pyerre potencial para jogar mais perto do gol.

Grande vitória nos dia dos 115 anos do clube que honra a todos nós.

MÉDICO

Mudança no departamento médico do clube. A substituição acontece por que teria ocorrido erro de avaliação de Jael e André. Por conta disso, o time ficou um camisa 9 para disputar a prioridade do ano.

Grêmio: do Viagra ao time de novo sem centroavante de carteirinha

Se até algumas das grandes descobertas da humanidade aconteceram por acaso, por que o futebol tem de ser diferente?

Super Bonder, penicilina, raio X, picolé e até o Viagra foram descobertos sem querer.

O Viagra, conhecido por aqueles que dele necessitam -não é o meu caso, mas de uns primos e amigos meus sim -, era um medicamento testado para um problema no coração. Fracassou. Mas deu resultado um tanto mais abaixo. Não sei se é verdade, porque nunca experimentei.

Entro no assunto que interessa assim que vocês pararem de rir…

Então, o acaso está presente no futebol dentro e fora de campo, na hora do jogo.

O Grêmio começou a dar certo quando o presidente Romildo não conseguiu contratar o técnico Doriva, do Vasco. Doriva era naquele momento um técnico novato, de um bom trabalho, assim como tantos que surgem, empolgam, e depois vão diminuindo de tamanho.

Aí veio Roger, bom custo/benefício. E foi melhor que a encomenda. Arrumou a casa, mudou o modo de de jogar do time. Quando bateu no teto, foi substituído por Renato, contratação muito questionada por alguns sabichões, aqueles que estão sempre certos.

Curiosamente, Roger começou a entrar em declínio no Grêmio quando lhe empurraram goela abaixo (ou foi a pedido dele, sei lá), um centroavante aipim, o Bobô.

Para felicidade da torcida, Bobô foi embora e o Grêmio ficou sem o tal camisa 9 de carteirinha.

Foi aí que apareceu o melhor futebol do Grêmio desde 2011, sem centroavante fixo, mas com um ataque de movimentação inteligente, toque de bola de qualidade dos três tenores: Douglas, Luan e Maicon, o grande líder e avalista desse esquema tão exitoso.

Foi o melhor futebol do Grêmio também neste período de quatro títulos conquistados.

Agora, com os deuses de futebol voltando a olhar para a Arena, eis que os dois centroavantes estão lesionados, e um terceiro já havia ido embora.

Não há mais camisa 9 no clube.

Chegou a vez de voltarmos ao segundo semestre de 2016.

O Grêmio vai enfrentar o Paraná com um time misto, talvez com os dois novos inscritos, Matheus Henrique e Jean Pyerre.  Seria bom que eles jogassem até para avaliar se eles já podem ser titulares também na Libertadores.

O certo é que o time não terá um camisa 9 – tão ao gosto dos texanos defensores do volantão, do zagueiro rebatedor e do centroavante aipim -e isso já é motivo para comemoração.

Ah, alguém acredita que a lesão de André é verdadeira?

Maicon, o capitão que incorpora o espírito gremista

Maicon mexeu num abelheiro. É forte a reação da mídia colorada – e também nas redes sociais –  contra suas declarações, principalmente as que afrontam o reserva idolatrado, D’Alessandro, e o garoto dourado que há mais de dois anos aguarda uma tal de proposta de R$ 100 milhões de um clube inglês.

Não é a primeira vez que Maicon representa, em campo, o espírito gremista. Além de vestir, e honrar, a camisa tricolor, se impondo com sua técnica e entrega nos jogos, Maicon consegue captar o sentimento do torcedor.

Foi assim, de maneira especial, no clássico em que encarou o provocador argentino ao dizer que não permitiria que ele apitasse o jogo, um velho hábito que o ídolo vermelho viu ser aceito pelos árbitros do Gauchão. Fora isso, com a bola rolando, D’Alessandro nunca teve refresco com Maicon.

A consagração de Maicon perante a grande maioria dos gremistas – não a totalidade porque sempre tem algum que gosta de devolver agressões, verbais ou não, oferecendo a outra face -, aconteceu no Gre-Nal de domingo, que terminou com vitória injusta dos titulares vermelhos e de 45 mil colorados sobre o misto gremista.

Maicon voltou a encarar D’Alessandro, Damião & cia, entrando em detalhes sobre a súplica de jogadores colorados após o Gre-Nal vencido pelo Grêmio por 2 a 1, pelo Gauchão, para que o time moderasse as provocações. Enfim, como repetiu Maicon, pediram arrego. O que revoltou Maicon e o técnico Renato foi que na primeira oportunidade os colorados fizeram provocações, conforme relatou Maicon em sua entrevista coletiva, que conseguiu superar a de Renato, domingo, em termos de polêmica.

Levando tudo isso para dentro de campo, que é o que interessa, fiquei com a impressão de que Renato ficou mordido, assim como seu capitão, que já entra na galeria dos melhores capitães que o Grêmio já teve em toda a sua vitoriosa história.

Espero que a indignação dessas duas lideranças – aliada à do presidente Romildo, como se viu após o jogo – tenha reflexos no Brasileirão. Renato me pareceu determinado a trabalhar para que o Inter não conquiste o título, repetindo que faltam 14 rodadas e muita coisa pode acontecer.

Espero que da parte do Grêmio ocorra uma mudança na forma de encarar o brasileirão para que o título não caia no colo do rival. Para isso, nada melhor do que ‘pilhar’ o time para jogar todas as partidas como se fosse uma eliminatória da Libertadores.

Vamos começar pelo Paraná, sábado.

CHINELINHO

De vez em quando leio aqui um ou outro comentário chamando Maicon de ‘chinelinho’. Recebo isso como ofensa grave a um jogador tão identificado com o clube e sua torcida. Jael, por exemplo, ficou muito mais tempo que Maicon no DM desde que chegou ao Grêmio. E não é chamado dessa forma tão pejorativa, uma agressão a um jogador tão importante neste ciclo  vitorioso do Grêmio, que tanto orgulha a nação tricolor.

Se todos os jogadores atuassem com a indignação de Maicon diante dos resultados adversos o Grêmio estaria em situação ainda melhor.

TOSTÃO

No aspecto técnico, Maicon é uma exceção no futebol nacional. Recentemente, o grande Tostão não poupou elogios ao meia gremista.

Quem me acompanha há mais tempo sabe da minha admiração pelo futebol de Maicon, jogador inteligente, com visão de jogo e técnica refinada.

É claro que ele não a vitalidade de outros tempos, mas continua sendo importante, fundamental para o time que ainda pode ser considerado o de melhor futebol do país.

 

 

Misto tricolor perde mesmo jogando melhor

O time misto do Grêmio calou o Beira-Rio muitas vezes. A torcida que rugia, miou. O medo de perder só amenizou com o gol de Edenílson, um gol ‘achado’, conforme definiu o técnico Renato, após o jogo, disparando sua metralhadora giratória verbal.

ARREGO?

Não vou entrar nessa discussão sobre um pedido de arrego que teria sido feito por jogador (es) colorados a colega (s) do Grêmio, que o time tirasse o pé do acelerador num clássico anterior neste ano. Não sei se é verdade, mas havia muita indignação entre os gremistas, inclusive do presidente Romildo, ao protestar contra o que aconteceu após o jogo.

Vou me restringir ao que ocorreu nos 90 minutos, pelo menos até que o episódio seja esclarecido. Maicon deve saber detalhes.

O GOL ACHADO

E aí começo pelo que mais importa no futebol, o gol. Edenílson cabeceou livre na faixa central, quase na risca da pequena área. Quem deveria estar ali era Bressan. Quem estava de fato era Bruno Cortez, um dos destaques da partida. Bruno estava sozinho entre dois colorados, Pottker às suas costas, o outro, Edenílson, vindo de trás, à sua frente.

Será que esse gol teria acontecido se Kannemann estivesse em campo? Acredito que não.

Pois é, aqueles gremistas que estão mais revoltados com a derrota deveriam levar em conta, de verdade, que o time jogou sem seu grande zagueiro, sem seu capitão, e sem seu atacante mais eficaz. Sem contar Jael, que pode não ser grande coisa, mas está (é) bem melhor que André.

DESFALQUES

É muito desfalque de qualidade. Pois o time, mesmo assim, jogou de igual com o líder do campeonato, contra 45 mil colorados ansiosos por uma vitória arrasadora, e que por pouco não deixariam o estádio frustrados.

Renato disse que o Grêmio merecia ter vencido. Olha, ele até pode ter razão. Lomba fez duas grandes defesas, fora os lances de perigo na área colorada, onde Moledo bateu e provocou sem ser perturbado pelo juiz. Aliás, ele deu cartões amarelos com muita facilidade para os jogadores do Grêmio, em especial quando o jogo estava indefinido.

MORDIDO

Entre as consequências dessa derrota que devolve o Inter ao topo da tabela, está algo muito interessante e positivo. Renato, os jogadores e Romildo ficaram muito mordidos com os incidentes ocorridos no pós-jogo. Renato deu a entender que vai entrar de corpo e alma na disputa do brasileirão.

CBF

‘Faltam 14 rodadas’, disse ele, falando em força máxima contra o Paraná, sábado, a três dias do jogo contra o Tucumán. O Grêmio queria antecipar esse jogo para quinta-feira, mas a CBF não concordou. Quer dizer, nos tira Éverton do clássico e ainda não apoia um clube filiado numa competição da relevância da Libertadores.

Será que se fosse o Flamengo o pedido seria atendido? Não precisam responder.

INDIVIDUALIDADES

André mais uma vez decepcionou. Pior que ele só Jonathan Alvez, que errou tudo.

Outro que errou demais foi Luan. Renato explicou que o jogador teve problemas durante a semana. ‘Combinamos que ele jogaria até onde desse’, disse o técnico.

Então, foram duas nulidades no time gremista. E quem escreve isso é um admirador de Luan, e também alguém de apoiou a vinda de André.

Gostei que Jean Pierre entrou. Em poucos minutos fez mais que Luan.  Pepê agitou na frente, mas sem muita consequência. Substituiu Thaciano, que foi muito bem ao lado de Cícero. A dupla deu conta do recado. André poderia ter saído mais cedo.  Thonny Anderson teve pouco tempo para jogar.

Mistão tricolor para estragar a festa colorada

Gosto quando o Grêmio não é apontado favorito em Grenal pelos especialistas, aqueles mesmos que cobravam D’Alessandro na seleção argentina e que comparam, sem constrangimento, Kannemann com Cuesta, este Bressan com grife.

Percebo que a grande maioria da mídia tradicional – e também os colorados nas redes sociais – considera o Inter favorito neste domingo. Sabe como é, estádio lotado, tarde de sol, clima de festa que se esparrama nas arquibancadas e desce ao vestiário vermelho, quem sabe contagiando os atletas. Quem sabe?

Assim meio de longe, o que se vê é um Inter muito mais seguro e confiante, mais senhor de si, não aquele Inter do primeiro turno, que se encolheu como pinto na bombacha durante o frio cortante da campanha gaúcha no auge do inverno.

Gosto de ver o Inter assim, otimista, faltando pouco para calçar salto alto, estimulado pelos ditos especialistas e suas colunas tingidas de vermelho. Um pessoal que sonha não apenas vencer, mas devolver aqueles 5 a 0 que continuam doendo na alma de cada colorado, e com razão.

Não tenho dúvida de que o técnico Odair Hellmann ainda tem pesadelos com esse Gre-Nal na Arena, em agosto de 2015. Aliás, Rodrigo Dourado, que já foi comparado aqui por um desses especialistas ao Arthur (sem comentários), é o único que sobrou daquele desastre rubro. Ele em campo e Odair no banco.

Odair nunca vai admitir, mas penso que seu maior sonho é aplicar uma goleada no Grêmio.

No jogo do primeiro turno, ele reconheceu a diferença de qualidade em relação ao Grêmio – traduzida não em gols, mas em três pênaltis sonegados -, mas agora vejo nele um técnico mais ambicioso.

Odair vai querer seu time amassando o Grêmio, encurralando o Grêmio, diante de 40 mil colorados eufóricos.

E é aí que o favoritismo pode se diluir, como um vinho bom que azeda e e vira vinagre.

É com essa esperança que vou acompanhar o clássico, que, a meu ver, não tem tem favorito.

Aos colorados mais assanhados, quero lembrar que o Inter vive seu melhor momento nos últimos tempos, e ainda assim tem apenas três pontos a mais que o Grêmio, que jogou a grande maioria das partidas com time reserva ou misto, como este que entra em campo para colocar água no chopp dos colorados.

Espero apenas que a arbitragem, diferente daquela do turno, na Arena, seja realmente neutra e competente.

 

 

Liberdade de expressão e os abusos

Entre as coisas que eu prezo muito está a liberdade, em seu sentido mais amplo.

Como jornalista, defendo sempre a liberdade de expressão e luto contra aqueles que gostariam de calar a imprensa. Sou contra, por exemplo, um Conselho Nacional de Jornalistas, conforme foi proposto não faz muito tempo.

Agora, há os excessos em nome dessa liberdade. É só dar uma olhadinha rápida nas redes sociais. É assustador.

Aqui neste minifúndio improdutivo que é o meu (nosso) blog, tenho sido bastante descuidado, negligente até, tolerando abusos em alguns comentários.

Eu sempre penso que as pessoas vão se dar conta das agressões que cometem, e deixo passar. O máximo que faço é pedir que as pessoas sejam mais tolerantes e menos agressivas.

Mas como a violência e a truculência verbal tem aumentado, decidi endurecer.

A partir de agora, quem postar comentários de baixo nível, principalmente expressões racistas (muito raras aqui, mas acontecem), será bloqueado e impedido de voltar ao blog.

Não podemos conviver com racistas, nem aqui, nem em lugar algum.

A Libertadores e o São Brasileirão das Almas Perdidas

Depois do susto no jogo contra o Estudiantes, com a classificação sendo alcançada de maneira dramática e ‘enfartante’, passou pela minha cabeça o pensamento de que o campeonato brasileiro seria mais fácil de conquistar, mesmo a partir de agora, do que a Libertadores.

Penso que há consenso de que o título estaria encaminhado se o Grêmio tivesse desde o início eleito o Brasileirão, colocando Copa do Brasil e Libertadores em segundo plano.

Quero deixar claro que concordei com a decisão de priorizar o torneio sul-americano e a CB. Foi a melhor decisão. Sei que os radicais devotos do São Brasileirão das Almas Perdidas pensam diferente, faz parte.

Quero me deter no momento atual. Para chegar ao título da Libertadores o Grêmio terá adversários muito poderosos na semi e na final. Claro, antes tem de passar pelo Tucuman, um clube de menor peso, mas nem por isso fácil de ser superado.

Então, considerando o parto que foi bater o Estudiantes, que não pode ser comparado a um River Plate ou a um Boca Jrs, entendo que a Libertadores este ano está mais complicada de ser conquistada.

O problema é que para chegar com força e em condições de título o Grêmio terá de seguir sua estratégia de poupar titulares em jogos dos brasileiros, escalando em alguns casos time reserva mesmo.

Se fizer o contrário, o Grêmio terá muito mais chances de ganhar o Brasileirão. Só não defendo com mais ardor essa ideia por dois motivos: já no jogo desta quinta, contra o Santos, o time será obrigatoriamente misto. Não jogam Éverton, Kannemann, Cortez e Maicon. Quer dizer, não tem como vencer o Santos, condição fundamental para continuar com chances sólidas de tri.

Ah, não tem como desconsiderar também a arbitragem. Será a mesma do grenal do primeiro turno e do jogo entre Cruzeiro e Inter, em que o sr Wilton Sampaio anulou um gol legítimo do Cruzeiro.

Temo, ainda, por cartões que possam desfalcar o Grêmio para o clássico de domingo.

Prosseguindo: o segundo motivo é justamente o Grenal. Em condições normais, o Grêmio entraria como favorito, mas com os desfalques de Éverton e Kannemann, e mais algum outro que pode acontecer a partir da arbitragem no Pacaembu.

Esses dois motivos prejudicam um pouco a tese de que ainda pode ser mais fácil o Brasileiro do que a Libertadores.

O que está muito claro é que a estratégia atual afasta o time do título do Brasileiro, deixando o caminho mais tranquilo para o rival, que tem sido abençoado pelo São Chico do Apito Amigo.

Mas fica a competição maior, que é só para os mais fortes.

Temos de acreditar. E, se for o caso, orar pedindo a benção dos Deuses do Futebol.

PREMIO PRESS

Pessoal, vamos apoiar nosso amigo RW, devoto maior do São Brasileirão das Almas Perdidas:

http://cornetadorw.blogspot.com/2018/09/iniciou.html

Adversários da ponta patinam e o Grêmio avança

O que vou escrever nas linhas abaixo dificilmente será encontrado na mídia  local, ao menos na intensidade que a situação requer. O árbitro Wilton Pereira Sampaio, aquele do Gre-Nal do primeiro turno, quando o Grêmio foi prejudicado pela não marcação de três pênaltis, anulou um gol legítimo do Cruzeiro no início do segundo tempo.

Não assisti ao jogo entre Cruzeiro e Inter, que ficou no 0 a 0 por causa do equívoco – de novo – a favor do time gaúcho. Mas vi e revi os principais lances, entre os quais esse do gol anulado de Raniel. A bem da verdade quem sinalizou foi um auxiliar, mas era lance para o juiz assumir a responsabilidade.

A alegação é de que Bruno Silva teria empurrado o lateral Iago, antes de cabecear a bola para dentro da pequena área. O curioso é que nem Iago, que teria sido a ‘vítima’, nada reclamou, nem seus companheiros que estavam no lance.

Quem rever a jogada vai confirmar que realmente não houve nada parecido com uma falta do Bruno Silva.

O técnico Mano Menezes ficou muito indignado:

-Nem os jogadores do Inter reclamaram. O gol foi legal.

Se houve má-fé? Mano comentou:

-Claro que não acho que é má-fé. Má-fé é quando se tem provas.

Pois é, vamos ver o que dizem nossos isentos (?) comentaristas de arbitragem.

Não ouvi nenhum até agora. Quem ouviu por favor nos informe.

GOLEADA

Com um misto muito quente, o Grêmio fez mais do que o dever de casa contra o Botafogo. Não apenas venceu, como goleou por 4 a 0 e até poderia ter feito mais. O juiz deu dois pênaltis, ambos claros, e sonegou um sobre Jael, puxado na risca da pequena área.

Jael foi o destaque do jogo.

Seu segundo gol, o dos 2 a 0, é enaltecido pela imprensa, não a daqui, mas a do centro do país. O Grêmio trocou passes durante um minuto e meio, até a bola cair nos pés de Cícero, que não é craque, nem merece ser titular, mas é um jogador importante muito útil, o que não é reconhecido pelos neófitos.

Pois Cícero, tido como ‘bruxinho’ de Renato por esse pessoal ingrato, fez um lançamento primoroso para Jael, que dominou já se livrando da marcação, mandando a bola para as redes.

Agora, o mais importante é que o Grêmio foi o único dos integrantes do G-4 que somou três pontos. Está agora a apenas seis do líder São Paulo, um time que decididamente não tem fôlego para se manter muito tempo na liderança

O risco é considerável de que o Inter assuma a posição. Afinal, Grêmio e Flamengo estão envolvidos em outras competições. Sabe como é, coisa de clube grande…

Por outro lado, o Palmeiras, com seu futebol pragmático, vem escalando a tabela rapidamente. Está ao lado do Grêmio, 40 pontos.

É importante que o Grêmio faça 100% de aproveitamento antes do jogo contra o Tucuman, pela Libertadores. Se isso acontecer, se manterá na briga pelo título.

 

 

A maior lição do jogo que quase tirou o Grêmio da Libertadores

Cada jogo normalmente traz algumas lições. A vitória por 2 a 1 sobre o Estudiantes, na terça-feira, reforça a máxima de que o jogo ‘acaba quando termina’, mas ensina principalmente que chegou a hora de mergulhar no Campeonato Brasileiro como um miserável num prato de feijão.

Por questão de segundos, o Grêmio não foi eliminado da Libertadores, grande meta tricolor na temporada. Seria um duro golpe. Seria a segunda eliminação em curto espaço de tempo.

Felizmente, Alisson marcou esse gol que entra para a história do clube como mais um feito digno da mística da imortalidade.

Então, a lição que fica, cabeça fria, cabeça no lugar, é que o Grêmio não pode mais depender de um jogo mata-mata, que agora teve um resultado a nosso favor, mas que pode ser o contrário mais adiante.

Como há uma pausa considerável na Libertadores, não há motivo para não focar no Brasileiro com a intensidade dedicada em cada jogo da Libertadores.

É importante um trabalho forte da direção e da comissão técnica nesse sentido.

Fazer de cada jogo do Brasileiro um mata-mata.

Cada derrota, cada resultado negativo, significa maior distância do título. Até que fique tarde demais e estejamos todos nós dependendo de um golzinho mágico, quase impossível, na última bola de um jogo.

Assim, espero que o Grêmio como um todo se mobilize para vencer o Botafogo neste sábado na Arena. Que sejam escalados o maior número de titulares possíveis.

Que a torcida mostre à direção e ao Renato que anseia pelo título do Brasileiro tanto quanto quer o tri do Brasileiro.

Para isso, é preciso uma presença maciça, não os 18 mil torcedores que estão sendo projetados para o jogo. Que sejam barateados os preços dos ingressos.

O torcedor precisa mandar esse recado à direção: queremos o Brasileirão.

 

Copiando o Lauro Quadros: “Aquilo que ninguém disse”

O Lauro Quadros, com quem tive a honra de trabalhar na Folha da Manhã e na Folha da Tarde, costumava dizer durante o icônico Sala de Redação que iria dizer aquilo que ninguém ainda havia dito.

Na maioria das vezes era algo irrelevante, já que realmente tudo de verdadeiramente importante já havia sido dito. O fato é que ele chamava a atenção para si e instigava o ouvinte.

Hoje, imito Lauro, que continua o mesmo cara alegre e elétrico com quem convivi em viagens e nos corredores do prédio da Caldas Jr.

Pois vou comentar o que até agora não li nem ouvi em lugar algum.

É sobre o gol histórico de Alisson. O gol que mantém o Grêmio vivo na Libertadores e, de quebra, silencia aqueles que já preparavam um bombardeio ao planejamento do clube em relação a escalar time reserva, misto ou titular.

Pois há um personagem que ninguém destaca nesse lance, e que foi fundamental para que o gol acontecesse. Não se trata de Luan e Alisson, claro, porque é deles o protagonismo, sem dúvida.

Antes de revelar o nome do ‘terceiro elemento’, é bom lembrar que Alisson, ao sair de campo após marcar o gol disse que Luan tomou para si a cobrança da falta dizendo que iria fazer o que havia sido treinado. E aconteceu o gol resultado de treinamento, mostrando que o técnico Renato treina cobranças de falta para a área, assim como todos os técnicos, imagino. Só que nem sempre dá certo. Na maioria das vezes não dá certo.

Mas neste caso deu muito certo.

Vamos ao que ninguém ainda disse, pelo menos que eu tenha constatado, até porque não vejo/leio/ouço tudo.

Quando Luan corre para bater a falta o Bruno Cortez aparece claramente bloqueando a ação de um defensor argentino, inclusive abrindo os braços, enquanto o adversário forçava para alcançar a bola, que vinha na direção deles. O argentino ficou desesperado quando viu que não chegaria à bola, graças à muralha de Cortez, enquanto Alisson se antecipava para desviar e fazer esse gol fantástico.

Um gol que fez toda a nação tricolor explodir de alegria, para desespero de torcedores do Estudiantes e de secadores da aldeia,que hoje estão em busca de camisas do Tucuman.

Como disse Luan ao Alisson, que queria bater a falta, ‘vamos fazer o que foi treinado’. E assim foi feito.