Se o Grêmio que bateu o Atlético Mineiro – que hoje deu um calor no Palmeiras com direito a uma entregada antológica de seu zagueiro Juninho – foi um alento, a derrota diante do Vasco foi desanimadora, frustante, irritante e, não tem outra palavra melhor, brochante.
E não há nada que justifique a derrota. Ah, levou um gol aos 5 minutos de jogo – um gol de chiripa, mas ainda assim gol – e isso dificultou tudo, conforme ouvi alguém dizer. Ah, três ou quatro jogadores começaram o jogo dormindo, segundo o técnico Renato. Ora, eles tiveram quase uma hora e meia para acordar.
Perder por 1 a 0 desse time fraco do Vasco, e isso depois de bela atuação contra o Atlético poucos dias atrás, não tem explicação, ainda mais quando o adversário tem um jogador expulso ainda no primeiro tempo (31 minutos), é realmente de aceitar que o Campeonato Brasileiro ficou mesmo fora do alcance, mais uma vez.
Resultados ruins acontecem aos borbotões num campeonato insosso como esse Brasileirão de pontos corridos. O problema é quando esse resultado negativo vem acompanhado de uma atuação pífia, desalentadora.
O gol logo de saída complicou, claro, mas um time tarimbado, de técnica superior e entrosamento invejável como é o do Grêmio, precisa tirar esse descuido de letra, acertar a marcação, pressionar na saída de bola, ter mais criatividade.
O Grêmio sentiu a falta de Maicon, mas um time que busca títulos precisa encontrar soluções quando perde um ou outro jogador de referência. Bem, mais uma vez ficou provado que o Grêmio com apenas um dos seus ‘tenores’ (no caso deste domingo o Luan) perde muito de sua força.
É preocupante conviver com o fato de que os Três Tenores não estarão mais juntos. A perda de Arthur é irreparável a meu ver. Resta o consolo de ainda termos dois, até que se descubra um terceiro, o que não é fácil.
Sobre alguns jogadores: Marcelo Oliveira foi uma calamidade no começo, melhorou muito quando saiu. Agora, a derrota não passa por ele, apesar de ter permitido alguns riscos.
Na frente, André parece querer que a torcida do Grêmio comece a chamar por Jael, ou Brocador, ou sei lá mais quem. É incrível a capacidade que ele tem de estar sempre onde a bola não chega.
Marinho entrou bem, mas a jogada puxando a bola para o pé esquerdo e chutar é bastante manjada. No Vitória ele se destacou jogando com mais liberdade na frente, não apenas pelo flanco direito.
Em resumo, mudei de lado: também já não acredito em título do Brasileirão. Pensei que o time poderia chegar vivo à reta final da competição para então brigar para assumir a ponta.
O sonho acabou. Foco total na Copa do Brasil e na Libertadores.