Grêmio enfrenta o ‘fenômeno’ Atlético-PR na Arena

O Atlético Paranaense está sendo tratado como se fosse a sensação atual do futebol brasileiro.

Não, a sensação do futebol brasileiro é o Grêmio.

Os paranaenses ainda têm um longo caminho a trilhar para alcançar o patamar onde o Grêmio se instalou e não demonstra jeito de sair.

Os dois se enfrentam neste domingo, 19h, na Arena. Pena que jogo tão importante não tenha merecido sequer citação na capa e contracapa da Zero Hora edição fim de semana. Difícil de entender…

Eu sou do tempo em que os jornais divulgavam os jogos em casa na capa para ajudar a levar público ao estádio. Então, não consigo entender. Na verdade, até consigo, mas não quero.

Voltando ao desafiante do dia: li e ouvi que o time comandado por Fernando Diniz, colega de Renato no Fluminense anos atrás, pratica um futebol revolucionário. Baaahhh…

Será que joga com doze? A verdade é que não há nada o que inventar no futebol, e quem tentar será chamado, pejorativamente, de inventor.

Nem o modo do Grêmio é revolucionário. É no máximo inovador no sentido de praticamente eliminar uma das características do futebol texano (denominação perfeita do cornetadorw para definir o RS), que é ‘truvisca na área que o beque faz contra’.

O time de Renato, a partir de uma base forjada por Roger Machado, minimiza o recurso do cruzamento, que muitas vezes só ocorre porque o time não tem recursos técnicos para fazer outra coisa. Nesse caso, é o famoso ‘se livrou da bola’.

Mas irei à Arena conferir esse ‘fenômeno’. Claro, na esperança de que o Grêmio, com um misto bem quente e a volta do craque Luan (veja antes que ele vá embora) e a ausência do Kannemann, expulso na primeira rodada.

INTER

Jogo de alto risco do Inter contra o Palmeiras. O time de Roger Machado pode afundar de vez o rival e seu treinador, até poucas semanas festejado pela mídia.

Ah, esse jogo também não foi citado na capa de ZH, apesar de sua relevância.

Inter cai na CB e derruba teses coloradas

Uma das coisas legais do futebol é que ele insiste em desmentir teses. Por mais que os ‘tesistas’ de plantão saibam disso, eles insistem, e muitos o fazem influenciados por sua paixão, o clube de coração que eles apregoam, sem corar, que ficou no passado, que hoje o que conta é o profissionalismo, a isenção, a imparcialidade. Blá-blá-blá…

Enfim, tudo aquilo que não é exatamente uma verdade, mas também não chega a ser mentira, porque há quem acredite mesmo que é isento, embora a realidade teime em escancarar que no final das contas o coração fala mais alto.

Quem leu ou ouviu os comentários que antecederam ao jogo contra o Vitória, saiu convencido de que o Inter, por ter supostamente mais qualidade individual’, garantiria a classificação na Copa do Brasil, a única competição que o Inter realmente poderia sonhar em conquistar, pensando inclusive na premiação milionária pelo título.

Pois o Inter, o favoritaço da crônica, perdeu no tempo normal, com o Vitória  (um time time modesto) metendo bola na trave até conseguir um pênalti, que existiu, a seu favor. Depois, nas penalidades, o time baiano tambem foi superior, apesar de sua equipe ‘tecnicamente inferior’ ao ‘poderoso’ time que está sendo forjado pelo novato, festejado,  Odair.

Vamos ver o que a ufanista crônica esportiva, em especial os cronistas colorados, vão dizer agora do treinador. Posso adivinhar que depois de tamanha frustração não faltará gente pedindo outro técnico. Os primeiros a pedir serão aqueles que mais o festejavam, podem conferir.

Raciocinem comigo: se o Inter tem melhor time em termos de individualidades, a obrigação seria de confirmar a vaga. Se não conseguiu, algo falhou. Vão dizer: “Odair não soube tirar o máximo de cada uma de suas ‘estrelas’. Portanto, é ele o culpado”. A batata do Odair começa a assar.

GRêMIO

Domingo, na Arena, tudo indica que teremos um jogaço. O Grêmio, melhor time do país já faz algum tempo, contra o festejado Atlético PR, que acabou de eliminar o São Paulo da Copa do Brasil.

Vou conferir se o Atlético é tudo isso. Lógico que sou mais, muito mais, Grêmio. Mesmo que Luan não jogue.

Grêmio sem seus ‘três tenores’ perde parte do glamour

Do empate por 0 a 0 com o Cerro Porteño, em Assunção, nesta terça-feira, recolho algumas certezas:

  • o Grêmio titular sobra diante do Cerro
  • o Grêmio sem dois dos seus ‘três tenores’, no caso sem Luan e Maicon, segue um time forte, mas perde parte do glamour que conquistou o país
  • Agora, se o time tiver dois dos seus expoentes técnicos do meio, como foi contra o Cruzeiro, o padrão Renato de Qualidade fica preservado
  • Arthur, sem os parceiros, ficou sobrecarregado principalmente na função de articulador, apesar do esforço de Cícero para substituir Luan
  • o Grêmio, com seu misto quente, poderia ter vencido se o juiz não fosse tão conivente com a violência e se não tivesse pipocado no lance do pênalti sobre Éverton (aliás, Carlos Simon confirmou a infração e, pelo que soube, Diori Vasconcelos, disse que não foi, nenhuma novidade)
  • Foi um bom resultado, apesar de tudo. Afinal, o Cerro neste estádio, todo remodelado, é praticamente imbatível. Contribuiu para o empate o goleiro Marcelo Grohe, com duas grandes defesas.
  • O lance mais forte do Grêmio no ataque foi a bola de Geromel na trave direita, mas o time chegou com perigo inúmeras vezes.

Sobre o time: destaco o goleiro, a dupla de área, Jaílson, Arthur e Éverton. Gostei também do jovem Madson, que aos poucos revela boas qualidades. Merece apoio da torcida, não corneta. Pela combatividade incansável destaco o carregador de piano Jaílson.

Quem entra no lugar de Luan contra o Cerro?

Quem entra no lugar do Luan? Contra o Cruzeiro, Renato foi de Cícero, um jogador de sua total confiança. Venceu com alguma naturalidade, impondo seu futebol e tonteando o adversário. Cícero fez boa partida, embora para alguns aqui ele não passe de um ‘bruxinho’ do treinador.

Temos, então, o indicativo da permanência de Cícero mais uma vez na vaga de Luan. Alguns preferem Thony Anderson, mas eu acho que ele é muito jovem, inexperiente. Melhor que fique no banco. Além do mais, Cícero, que não aparece muito, preenche espaços, marca e aparece na frente com muita facilidade, surpreendendo a marcação.

Eu tenho uma dúvida apenas se Cícero não irá jogar mais adiantado, entrando no lugar de André, que não foi inscrito. A lógica indica Jael, mas esse jogo contra o Cerro exige certos cuidados.

Com Cícero mais avançado, entraria Jailson. Ocorre que o time paraguaio tem um argentino goleador na frente, o tal de Churin, um cara forte, que vai dar trabalho aos zagueiros.

O Kannemann conhece bem esse jogador, disse que é perigoso e que merece atenção especial. O zagueiro disse que o objetivo será impor o jogo, mas se não der, um pontinho não ficará ruim.

Por isso, penso que Renato comece com Jaílson. E talvez até mantenha Jael, saindo Cícero, que é o que prefiro, na verdade.

Mas estou aqui fazendo elucubrações sobre o que Renato está pensando. Se eu tivesse que apostar, diria que começa Jaílson, saindo Cícero.

No entanto, não apostaria mais que um cédula de 3 reais.

CARTOLA

Fiz 67 pontos, e isso que eu tinha Kannemann, expulso. Em compensação, tinha Arthur como capitão, o que vale nota em dobro.

CAMISA 12

Alguém lembra de ter lido ou ouvido a mídia gaudéria comentar/divulgar, após o jogo de domingo, sobre a agressão de integrantes da Camisa 12 colorada a dois torcedores do Bahia?

Pois é, fosse torcida do Grêmio mereceria destaque, discursos e lições de moral. A Camisa 12 acabou punida com 90 dias de suspensão.

Aqui entre nós, duvido que o prazo não seja reduzido.

 

 

Grêmio, um time para ver, rever e registrar na memória

Sem duas de suas principais estrelas – Geromel e Luan -, a constelação gremista bateu o atual campeão mineiro e da Copa do Brasil dentro do Mineirão, por 1 a 0, e mostrou mais uma vez que está jogando um futebol de outro planeta.

Não poderia ser melhor a arrancada tricolor. Mas está claro que o Grêmio é o adversário a ser batido, o grande desafio.

O Grêmio tem recebido elogios não apenas em território nacional. Ouvi, através das redes sociais, um narrador italiano encantado com o futebol implantado pelo técnico Renato Portaluppi, especificamente nesse jogo contra o Cruzeiro.

O lugar onde os elogios ao Grêmio são mais comedidos é justamente aqui na aldeia. Por que será?

Se fosse o Inter (que estreou batendo o Bahia por 2 a 0 em seu retorno à elite) a jogar algo parecido com o que o Grêmio está jogando (sonho de qualquer colorado), os elogios seriam fartos, abundantes, não tenho a menor dúvida disso.

CAIXA DE FERRAMENTAS

E olha que o time mineiro, dentro do padrão Mano Menezes de praticar uma mistura de futebol com luta livre, tentou intimidar, e, pior, até lesionar os melhores jogadores do Grêmio.

Logo de saída o ex-gremista Edílson apresentou armas para Éverton, numa tentativa de mostrar que estava disposto a abrir a caixa de ferramentas. Edílson parecia ter esquecido que Éverton não se assusta com cara feia, pelo contrário. Quanto mais apanha, mais humilha, a exemplo de Luan.

O Grêmio teve um amplo domínio sobre o Cruzeiro, um adversário forte que se viu desnorteado diante do toque de bola gremista. O técnico Mano Menezes, depois do jogo, praticamente confessou que usa de determinados procedimentos para marcar. Não chegou a dizer que orientou seu time a bater, o tal ‘chegar junto’ que de vez quando fratura uma perna ou algo assim, mas ficou próximo.

Já o craque do time, Thiago Neves, admitiu que marcar o time gremista é tarefa muito difícil para qualquer equipe. Quer dizer, o Cruzeiro fez o que podia, mas não conseguiu conter o atual campeão da América, título que Neves fez questão de lembrar para explicar a derrota em casa.

VIOLÊNCIA

Importante frisar o desempenho pífio do árbitro, que foi tolerante com o jogo violento dos mineiros. Por exemplo, Arthur foi caçado no momento de mais desespero do rival. Levou pelo menos uma entrada muito forte no tornozelo, sem que o infrator levasse sequer amarelo. Pior foi a entrada de Ariel, que atingiu as pernas de André de forma violenta, sendo que a bola estava há uns dois metros do atacante. Lance para expulsão, mas Ariel levou apenas o amarelo.

EXPULSÃO

Aos 30 do segundo tempo, o árbitro, tão permissivo de um lado, mostrou que tem pulso firme quando quer: expulsou Kannemann, que interrompeu uma arrancada perigosa de Arrascaeta rumo ao gol. Foi um vermelho bem aplicado, como seria no lance de Ariel.

Mesmo com um a menos, o Grêmio soube manter a tranquilidade, manteve seu ritmo e não se assustou. O goleiro Marcelo Grohe trabalhou pouco, apesar de alguns lances de perigo na área gremista.

ÉVERTON E ARTHUR

André estreou mostrando sua credencial de matador. Fez um gol de atacante leve e ágil e atento às possibilidades. Ramiro, de grande atuação, foi ao fundo num lance genial, cruzou com efeito, Éverton se antecipou, cabeceou no canto posto, onde entrava o goleador.

Por falar em Éverton, o que está jogando é algo fora de série, o que só reforça a convicção que manifestei dias atrás aqui: Éverton seria uma alternativa interessante para Tite na Copa do Mundo.

Éverton é jogador raro, um atacante com vasto repertório de dribles, arisco, rápido, impetuoso. Enfim, é jogador que justifica o ingresso pago, porque dá espetáculo, mas sempre com objetividade.

Outro que vale a pena sair de casa para ver na Arena é Arthur. Aliás, aconselho que não percam a oportunidade de ver esse time com suas individualidades em ação. Vejam antes que acabe.

É para ver, rever e registrar forte na memória para depois contar para os filhos e netos.

Meninos, eu vi!

 

Cartola 2018: Liga Boteco do Ilgo

Neste sábado tem início o Brasileirão. Para os gremistas, será a chance de levantar repetir o período Felipão, entre 1994 e 1996. Falta só o título do Brasileirão para Renato repetir a mesma sequencia de conquistas.

Para os colorados, bem, acho que só continuar na série A já será uma conquista, apesar do ufanismo de sempre da mídia red.

Paralelamente, acontece o Cartola.

Neste ano, a Liga Boteco do Ilgo vem mais forte do que nunca. Com participantes ‘fortes e especialistas’ no assunto. O campeão levará para casa R$60,00 em créditos para compras de Cervejas Artesanais no site www.cevagol.com.br e mais 01 Copo da Cerveja Penta.

O vencedor terá 30 dias para retirar a premiação.

Para participar, o jogo tem a regra de apenas uma Liga por jogador. Portanto, se você já faz parte de outra Liga, terá que sair de tal Liga para poder ingressar na Liga Boteco do Ilgo.

Se você é novo no Cartola, é tudo bem simples. Entre neste link e cadastre-se de graça. Depois, siga os passos para montar o seu time, escolher a camisa e o escudo. Assim que estiver tudo preparado, é só buscar a Liga “boteco do ilgo” e pedir para participar.

Boa sorte a todos!

A falsa grenalização por Zeca e as previsões astrológicas

Quando sugeri o lateral Zeca, em litígio com o Santos, para o Grêmio, não imaginei que em seguida o jogador seria motivo de um ‘Grenal’.

O Grêmio logo confirmou interesse no jogador, mas se afastou ao saber o que o Santos queria em troca.

O Inter, depois de alguns dias e talvez estimulado pelos colorados da mídia, sugeriu a trocar por Sasha, aquele que Luan “homenageou”.

O Santos pede 6 milhões de euros, segundo a imprensa. É muito dinheiro para um lateral. Mas o Inter, apesar de outras carências, decidiu jogar todas as suas fichas em Zeca, propondo a troca por Sasha.

O Santos quer mais algum dinheiro de volta. E aí é que está o problema. O Inter não dispõe de tanto dinheiro em caixa. Mesmo assim, a mídia insiste.

O Santos joga com a rivalidade Grenal para ver se o Grêmio se aproxima do valor pretendido.

Zeca, é claro, prefere jogar no Grêmio. Aliás, qual jogador hoje no país não gostaria de jogar no campeão da América?

Isso a mídia gaúcha não publica. Insiste em dizer que o acerto está próximo. Esqueceram de informar os russos. Zeca não tem interesse em jogar num time que irá brigar para continuar na série A em 2019. Zeca, como qualquer jogador que atingiu determinado patamar, sempre prefere jogar numa equipe que disputa títulos.

O Grêmio já passou por isso.

Pelas notícias sobre o assunto, se o Inter, por um acaso, contratar Zeca, já está tudo preparado. ‘Inter ganha o Grenal por Zeca’, deverá ser a manchete.

Agora, se Zeca vier para o Grêmio, o que seria ótimo, tudo será muito natural. Não vai merecer esse tipo de manchete, até porque terá dado a lógica.  Ou seja, o cachorro terá urinado no poste.

Ah, o Grêmio repete nesse caso o que fez para contratar André. Espera que o clube, no caso o Santos, caia na real, e trabalhe com valores mais realistas.

 

ASTROLOGIA

De vez em quando o pessoal recupera o texto que repriso abaixo.  Encontrei esse link no tuíter, e agora o compartilho com os amigos.

 

O interminável inferno astral gremista

O amargor da mídia diante das brincadeiras dos gremistas

A crônica esportiva gaúcha anda muito amarga nos últimos tempos, de uns dois anos para cá para ser um pouco mais preciso.

Foi só o Grêmio começar a ganhar que o pânico se instalou.

Aquela alegria esfuziante que se observava nos tempos das vacas gordas ficou pra trás, transformou-se em amargura, inveja e ranço diante do sucesso do grande rival.

Um sucesso mais festejado e exaltado fora do Estado do que aqui na aldeia, um reconhecimento raramente visto, porque a mídia do centro do país normalmente não enxerga além do seu umbigo.

As redes sociais, na verdade, estão mudando isso. A fiscalização dos torcedores é forte e constante. Seria tipo um quinto poder, subindo para o quarto.

Pois as redes sociais são implacáveis. Sobre pra todo mundo, é metralhadora giratória. E fica tudo registrado.

As provocações do Inter, inclusive institucionais, ao Grêmio, estão ali, firmes como um busto em bronze. Eternas.

Como esquecer que o Inter chegou a lançar uma camisa, uma réplica da usada pelo Ajax na decisão do Mundial de 1995, contra o Grêmio?

Quer algo mais institucional que essa ação concreta, clara, que gremista algum esquece?

Ah, o que faz a memória seletiva dos colorados da imprensa e dos gremistas envergonhados ou abduzidos.

Não podemos desprezar o texto cometido pelo ex-presidente Fernando Carvalho há uns quatro anos, em que ele comparava a rivalidade Grenal à rivalidade Barcelona/Espanyol. O Inter, evidente, seria o Barcelona, e o Grêmio ao inexpressivo Espanyol, ambos da mesma cidade.

São muitos os exemplos de brincadeiras institucionalizadas de uma maneira ou de outra pelos dois clubes, sem que alguém tenha saído ferido. A não ser por dentro…

Hoje, usando a infeliz e provocativa provocação (coisa de quem estava por cima), podemos dizer que a gangorra inverteu. Aqui se faz, aqui se paga.

A propósito, por onde anda Fernando Carvalho, antes tão ativo nas redes sociais e microfones de rádio?

Enfim, tudo isso pra dizer que essa indignação colorada diante das brincadeiras dos gremistas (no site do Grêmio ou não, isso é o de menos), em especial a do minuto de silêncio, não passa de uma bruta inveja somada a uma dor profunda.

Que, pelo jeito, vai durar e crescer muito ainda.

Grêmio ganha o Gauchão e garante o melhor técnico do país

O Grêmio começou a vencer o jogo no Bento Freitas quando Renato desviou  o foco da decisão para a proposta milionária do Flamengo.

Depois disso, quase não se falou no jogo final do Gauchão 2018. O assunto na mídia, nos bares, nas filas de banco, nas praças era, além da prisão de Lula, a decisão de Renato.

Tem gente na imprensa que apostou todas as fichas na saída de Renato. Houve até uma brincadeira nas redes sociais de que a oferta flamenguista era de 2 milhões por mês de salário para o técnico tricolor. A metade seria paga pelo Inter, que assim se livraria de Renato, hoje o maior pesadelo dos colorados.

Não são poucos os que gostariam de ver Renato multicampeão longe da Arena, aceitando-o apenas na forma de estátua.

Então, quem acreditou em mim, estava tranquilo, não se deixou influenciar pelas tais informações de cocheira de que Renato já teria tudo certo para ir embora, que teria desistido de alugar uma casa, etc.

E quem viu Renato comemorando no Bento Freitas feliz como uma criança, ou como um técnico que conquistava seu primeiro título, já podia adivinhar que a decisão estava tomada. Até porque assumir um clube tumultuado como o Flamengo, com um elenco que não foi por ele escolhido, era mesmo arriscado demais para um treinador que se consolida como o número 1 do Brasil e está em plena ascensão.

Renato não poderia recuar ao tempo em que era bombeiro, chamado apenas para apagar incêndio. Então, óbvio que ele ficaria.

Para alegria dos gremistas (entre os quais, imagino, até aqueles que o chamavam de Joel Santana) e decepção dos colorados, Renato segue no Grêmio, e projeta agora a conquista do Campeonato Brasileiro, que é o que lhe falta.

Se conquistar o Brasileirão, Renato estará repetindo Felipão, que entre 1994 e 1996, conquistou os mesmos títulos.

A Copa do Brasil fica agora em segundo plano, mas ambicionada pelo volume da premiação.

O JOGO

Começo pelo fim. Que festa fizeram os jogadores do Grêmio. Parecia que haviam conquistado uma Copa do Mundo.

O Brasil entrou para jogar uma Copa do Mundo; o Grêmio, depois dos 4 a 0, jogou ao natural, marcando forte e atacando sem pressa, como sempre, ao ritmo de Maicon e Arthur.

Foram inúmeras chances de gol no primeiro tempo, mas a pontaria estava descalibrada. O Brasil criou duas ou três situações de perigo. Seus jogadores pareciam mais determinados a bater, com algumas entradas maldosas por trás. Luan, Arthur e Éverton eram os principais alvos.

No segundo tempo, logo na largada, o capitão do time, Leandro Leite, foi expulso. Havia levado um amarelo por uma entrada desleal em Luan, e recebeu o segundo ao puxar Jael por trás. Vuaden, que teve uma atuação surpreendentemente boa, acertou.

Espero que os analistas que acusaram de Daronco de estragar a festa no primeiro confronto mantenham a mesma posição agora. Mas uma goleada por 7 a 0, no acumulado, dilui qualquer secação.

No segundo tempo, depois de um domínio sólido, aproveitando a vantagem de um jogador a menos, o Grêmio administrou o jogo, sem forçar muito a busca do gol. Aos 36, depois de sua tradicional troca de passes para envolver o adversário, o Grêmio fez 1 a 0. Cícero, que recém havia entrado, desviou para a rede, após um chute cruzado de Thony Anderson.

Quatro minutos depois, Alisson, que havia substituído Ramiro, fez bela jogada pela esquerda e chutou colocado no ângulo, um golaço. Alisson se encaminha para assumir um lugar no time titular.

O terceiro gol foi de Léo Moura, o vovô da lateral-direita. Desta vez ele aguentou bem os 90 minutos, tanto que apareceu na área aos 44 para receber um lançamento magnífico de Maicon, dominar e desviar com categoria do goleiro.

Não poderia ser melhor o desfecho de uma competição colocada em segundo plano, mas que foi se tornando questão de vida ou morte em função de algumas provocações.

A frase de Renato sobre Jael, dias atrás, cabe também para a participação do Grêmio no Gauchão. O Grêmio estava quieto, desinteressado. Foi provocado. E deu nisso, o ambiente regional acabou ‘criando um monstro’,

Grêmio manda também na aldeia, e isso é muito bom.

 

Éverton, Maicon e a proposta ao Renato

Atenção, se você não tem pleno controle de suas emoções e costuma jogar ovos ou dar tiro quando irritado ou contrariado, por favor interrompa a leitura aqui.

Se o seu caso é ter rompantes incontroláveis de riso a ponto de sofrer dor de barriga ou sentir falta de ar, minha sugestão é de que também pare por aqui.

Bem, estão avisados. Antes de continuar, informo que ainda não estou senil – pelo menos é o que imagino – e até prova em contrário ainda tenho controle das minhas faculdades mentais.

Tudo isso para declarar duas coisas:

  • Éverton merece estar na Seleção, merece disputar a Copa do Mundo;
  • Maicon, hoje, é mais importante ao time do Grêmio que o Arthur.

Pronto!

Eu avisei, não me venham com churumelas, ou, mais modernamente falando, com mimimi.

Faz alguns dias que cheguei à essas conclusões, ousadas, admito, mas que ratifiquei no jogo contra os venezuelanos.

Começo pela mais polêmica e que deve estar provocando frouxos de riso em alguns, o que é aceitável. Não me ofendo.

Já aprendi que as pessoas de um modo geral demoram um pouco para perceber aquilo que eu constato, mas acabam chegando lá.

Éverton é o tipo de jogador capaz de quebrar a monotonia de um jogo, de romper retrancas, de iluminar o caminho do gol com um drible.

Não, ele nunca será um craque como uns poucos que andam por aí (no Grêmio por enquanto o único craque é Luan, mas Arthur tem tudo para atingir esse patamar).

Mas Éverton tem características raras. O que mais se vê hoje é atacante que toda a bola pro lado, pra trás, que não quer se comprometer com o drible, alguns até com medo de porrada, outros por acomodação ou ainda por orientação do técnico.

Éverton é o que Felipão costuma chamar de jogador atrevido. Um moleque com a bola nos pés, e que aparece do nada para receber o passe na cara do goleiro.

Eu, se fosse Tite, pensaria na possibilidade de convocar Éverton, o quinto gremista em condições de vestir a amarelinha no Mundial.

É claro que ele não vai convocar os cinco, até porque seria, de certa forma, enaltecer o trabalho de seu colega e rival Renato Portaluppi.

E eu sei, também, que os técnicos são conservadores. O novo os assusta.

Lembro de Renato no Grêmio, barrado pelo mestre Ênio Andrade, mesmo arrebentando nos treinos. Renato, mal comparando, era uma espécie de Éverton em seu início: ousado, atrevido e irreverente.

São muitos os exemplos. Cito apenas mais um: Zico. Em 1974, Zico começava no Flamengo pelas mãos do gaúcho Carlos Froner. Fazia atuações espetaculares, mas não foi convocado para o Mundial daquele ano.

Estava muito em cima, como agora. Mas Éverton, se continuar evoluindo vai chegar lá.

MAICON

Sem maiores explicações. Quem vê o Grêmio percebe que o jogo passa pelo Maicon, jogador que uns apressadinhos queriam longe da Arena, diziam que custara muito caro, etc.

Se eu tivesse que escolher, hoje, entre Maicon e Arthur, ficaria com o primeiro. Mas sei que o Arthur tem potencial para crescer muito ainda no futebol, enquanto Maicon a meu ver está no seu melhor momento profissional desde a conquista da CB de 2016. Chegou ao seu limite.

Mas como é bom contar com esses dois grandes jogadores no meio de campo para organizar e ditar o ritmo do time.

Melhor ainda é confirmar que é possível vencer sem volante brucutu, ou que suja o calção de barro, como costuma dizer o cornetadorw, criticando essa velha tradição do futebol texano (gaúcho).

RENATO

A proposta do Flamengo é de UM MILHÃO E CEM MIL REAIS POR MÊS, CONTRATO DE DOIS ANOS.

Ele recebe hoje em torno de 600 mil em média, contando os prêmios pelos títulos conquistados.

É de balançar. Mas eu acredito que Renato fica, por isso nem me alongo nesse assunto que tem feito a alegria dos colorados.