O projeto ‘Tá na área’, do Movimento Multicampeão, contou com a ilustre participação do presidente Romildo Bolzan, que alguns apressadinhos, no início, definiram como um ‘cone’ ou um ‘pau-mandado’ do eterno presidente Koff, que, hoje está provado, até na escolha do seu sucessor teve sabedoria.
Em poucos meses, apesar de herdar dívida volumosa e o peso de 15 anos sem títulos, Romildo foi superando desconfianças e mostrando que estava ali para fazer história. Ele e seus companheiros de diretoria, que, aliás, fez questão de exaltar durante o encontro ocorrido segunda-feira à noite.
Foram muitos assuntos interessantes em pauta, todos abordados tranquilamente pelo presidente, que não se esquivou nem das perguntas mais ácidas e provocativas.
Vou me deter num ponto que ele defendeu: o fato, segundo ele, de o Grêmio ter hoje um elenco que não perde para nenhum outro no futebol brasileiro, e o reconhecimento da mídia do centro do país como poucas vezes se viu, ou nunca, em relação a algum outro time do Estado.
Realmente, não acho que nem o milionário elenco do Palmeiras seja superior ao do Grêmio. Se a comparação for time por time, vejo o time titular do Grêmio superior a qualquer outro.
Tem algum dos grandes de Rio, SP e Minas com cinco jogadores em nível de seleção?
O Grêmio conta hoje com Marcelo Grohe, Geromel, Arthur e Luan como jogadores aptos a disputar a Copa do Mundo, e que só não estão lá por critérios do técnico. A opinião pública nacional, em especial a imprensa do centro do país, apoia esse quarteto na seleção, a começar pelo influente Galvão Bueno.
Um reconhecimento que a gente só percebe com muito esforço na mídia gaúcha, que, na verdade, em alguns casos, parece ressentida com esse sucesso.
Bem, fora esses quatro, que formam uma espinha dorsal vencedora, quase imbatível, tem ainda o Kannemann, que já faz por merecer uma oportunidade na seleção da cambaleante Argentina.
Esse grupo constituído por jogadores que pouco custaram ao clube e alguns formados em casa, trabalhados com competência pelo técnico Renato, se encaminha para conquistar seu quarto título em menos de dois anos.
Durante a reunião, Romildo por duas ou três vezes comentou que uma das preocupações da diretoria é trabalhar para que a transição de um time para outro, com venda e reposição de peças, ocorra de forma a não afetar os resultados de campo.
O objetivo é manter o Grêmio no topo, sempre disputando grandes títulos, o que, nós sabemos, não é fácil, mas também não é impossível.