Força máxima tricolor e retranca colorada

O que mais aparece nos dias que antecedem ao Gre-Nal são especulações de todos os tipos, ainda mais quando fortalecidas por treinos secretos, sorrisos marotos, silêncios, mistérios e respostas evasivas.

A semana do clássico de número 411 começou com uma onda daquelas gigantes que surfistas corajosos e/ou suicidas adoram. Eram insistentes os boatos e opiniões teimosas de analistas colorados e, como diz o cornetadorw, de gremistas com a síndrome de Estocolmo, apontando para um time reserva do Grêmio.

A onda havaiana virou uma marolinha. 

Claro, a onda se explica: um time reserva do Grêmio é tudo que os colorados gostariam de ver neste domingo na Arena.

Até não duvido que havia essa intenção em determinado momento no lado azul, um processo, se foi esse o caso, abortado nas redes sociais. Dez entre dez gremistas defenderam um Grêmio com força máxima, tolerando desfalque somente em algum caso especial, como lesão ou processo evidente de fadiga.

Nada de poupar jogador pensando no Cruzeiro, na Copa do Brasil.

O ‘título’ que interessa no momento é uma vitória no clássico para dar um empurrão no maior rival em sua caminhada rumo à segundona.

Bem, depois do jogo, é outra história. Aí, sim, foco na Copa do Brasil, colocando o Brasileirão em segundo plano. A partir do Gre-Nal, sim, a torcida gremista irá aceitar, até com entusiasmo, que muitos titulares sejam poupados em determinados jogos.

Então, força máxima contra o Inter, que, por sua vez, vai embalado pelos últimos resultados.

Será um grande jogo, sem dúvida.

RETRANCA

O técnico Celso Roth, pelo que li, se diz satisfeito com um empate. Realmente, um ponto na Arena será um resultado muito bom para quem tenta escapar do rebaixamento.

Para o Grêmio, só a vitória interessa. Soube que há uma premiação milionária. Mobilização total no Grêmio, do porteiro ao ‘ponta-esquerda’.

Diante disso, Roth muito provavelmente irá escalar seu time com três volantes, numa tentativa de erguer uma muralha diante de sua área, congestionar o meio de campo para neutralizar o toque de bola tricolor e explorar contra-ataque com seus velocistas, em especial Vitinho, este um jogador diferenciado.

DOUGLAS

Pelo lado gremista, espero que Douglas não seja poupado. Há comentários nesse sentido. Como se sabe, e como venho dizendo aqui há muito tempo, Douglas em casa é um leão; fora, um gatinho.

Douglas, portanto, precisa jogar este Gre-Nal. Que seja poupado do jogo contra o Cruzeiro, que é fora de casa.

Se for para poupar algum titular, que seja Marcelo Oliveira. Iago já mostrou que é melhor marcador. O que seria interessante taticamente, porque liberaria mais Edilson.

A propósito, Vitinho joga muito pela esquerda. Ramiro terá de ficar atento, cobrindo as subidas de Edilson.

No mais, é esperar que a arbitragem seja absolutamente neutra.

E que os atacantes do Grêmio melhorem substancialmente o índice de acertos nas conclusões.

CORNETA

http://cornetadorw.blogspot.com.br/2016/10/pipocao-inconformado.html

 

Agora vamos ao que interessa: o Gre-Nal

O Grêmio jogou como costuma jogar fora de casa: mal. Pois mesmo jogando mal durante a maior parte do tempo, o objetivo foi alcançado, e isso sim merece ser festejado.

A Copa do Brasil se joga assim, degrau por degrau.

O Grêmio pegou o adversário mais poderoso entre todos que estão em atividade hoje no futebol brasileiro. Fez uma partida brilhante na Arena, onde costuma jogar bem, venceu por 2 a 1.

No segundo jogo, em território inimigo, conseguiu galgar mais um degrau, com as pernas vacilantes, é verdade, mas atingiu o objetivo.

O primeiro tempo do Grêmio foi assustador. Mesmo assim, o Palmeiras não conseguiu marcar.

Teve duas ou três boas oportunidades, mas nenhuma tão clara quanto a do Grêmio, desperdiçada pelo Pedro Rocha. Naquele lance em que ele ficou cara a cara com o goleiro, com a bola à feição, o Grêmio perdeu a chance de causar tanto sofrimento e raiva à sua torcida.

O Grêmio teve uma postura digna nos minutos iniciais, marcando a saída de bola do Palmeiras na intermediária. O problema é que ao recuperar a bola errou passes demais – Douglas e Maicon foram os que mais erraram -, prejudicando a jogada ofensiva. Diante disso, o Palmeiras foi empurrando o Grêmio para o campo defensivo. Não era essa a proposta de jogo do time, que começou pensando em fazer o recomendável: marcar um gol e depois sim se resguardar e jogar no desespero do Palmeiras.

O gol palmeirense no começo do segundo tempo foi um golpe. O time de Renato havia começado bem, ameaçando o gol. Houve falha no sistema defensivo e Thiago Martins cabeceou para a rede.

O Grêmio não se intimidou. Foi para cima e passou a criar algumas situações. Tudo melhorou com a entrada de Éverton no lugar de Pedro Rocha, que estava realmente muito mal.

Em um de seus primeiros lances, Éverton foi agredido com um carrinho maldoso de Allione no guri gremista, que havia entrado com grande disposição. Allione acreditava, por certo, que a arbitragem seria conivente, como tem sido ao longo do Brasileiro em favor do Palmeiras. Foi expulso. Era tudo que o Grêmio precisava.

O mesmo Éverton tratou de fazer justiça ao que acontecia em campo, marcando um belo gol em sua jogada tradicional, manjada, mas que ainda causa estragos.

Depois, o Grêmio, nos contra-ataques, poderia ter liquidado o jogo, mas faltou objetividade e mais concentração no acabamento das jogadas.

Agora, o Grêmio pega o Cruzeiro, que eliminou o Corinthians com autoridade.

Primeiro joga, fora. Decisão na Arena.

INTER

No outro jogo da fase semifinal, Inter x Atlético Mineiro. É um torneio Sul-Minas revivido.

O Inter superou o Santos mesmo jogando com um time misto. O time paulista tinha a vantagem do empate, mas jogou mal. O Inter tirou proveito e fez 2 a 0, resultado que não deixa dúvidas.

Já o Atlético, que não tem jogado bem contra o Inter, penou para superar o Juventude.

Apontado como candidatíssimo ao título em função de seu elenco cheio de estrelas – decadentes, a meu ver -, o Atlético será eliminado pelo Inter.

DOUGLAS

Se o Grêmio jogar sem Douglas no confronto fora de casa contra o Cruzeiro, as chances de sucesso são maiores.

Conforme já escrevi muitas vezes, Douglas só joga bem na Arena.

Então, minha sugestão é que Renato comece com Bolanos para articular com Luan, deixando Douglas para entrar no decorrer do jogo se for necessário.

GRE-NAL: FORÇA MÁXIMA

Agora, vamos ao que interessa.

Não, não me refiro à eleição em POA.

Hoje, nada é mais importante que o clássico de domingo.

O torcedor gremista quer o título da CB, é evidente, mas se tiver que optar fica com a vitória no Gre-Nal.

O grande título da torcida neste final de ano seria o rebaixamento colorado. Sonho de dez entre dez gremistas.

É bom que a direção e a comissão técnica do Grêmio tenham plena consciência disso.

E não ousem escalar time misto no clássico, boato estimulado por setores vermelhos da imprensa.

Um resultado negativo – derrota e até empate – seria péssimo, mas somente será suportável se o Grêmio jogar com sua força máxima.

Meu conselho é que não desafiem essa torcida…

 

Pelo título da CB e queda colorada

O Grêmio está a sete jogos de um título nacional. Mas isso parece ser secundário para certos setores da imprensa AM (Abaixo do Mampituba), que preferem especular sobre a possibilidade de um time reserva no Gre-Nal.

Ora, esse tipo de boato – e não passa disso, boato – serve apenas para irritar gremistas, que pululam nas redes sociais detonando a direção, o presidente Romildo, o Renato, o papagaio do Renato, a filha do Renato.

Tudo em cima de uma desinformação. 

A Copa do Brasil para alguns, no caso, o Inter, ficou em segundo plano por dois motivos: o Santos tem vantagem e, além disso, o grande objetivo colorado hoje é fugir do rebaixamento e de uma eventual humilhação no Gre-Nal de domingo. Por isso, o time vermelho será misto para enfrentar o Santos, mantendo o foco pleno no Brasileirão.

Para o Grêmio, o foco neste momento é unicamente na CB. A classificação depende de um empate contra um mistão que o Cuca deve levar a campo.

Sim, o técnico Cuca decidiu imitar o ‘anti-treinador’ Renato Portaluppi. Cuca sabe que seu time estava mortinho na última rodada e só venceu – de novo – com ajuda da arbitragem. O clube do presidente da CBF, nesse quesito, vai muito bem na competição.

As arbitragens favoráveis aparecem nos momentos mais enroscados do Palmeiras. Mas, claro, nada mais do que erros humanos tingidos de verde. E de nada adiantou o presidente do pobre Figueirense espernear.

Outro que está devagar quase parando é o Flamengo, que caminhou em campo contra o Inter e frustrou a minha secação.

GRE-NAL

O Grêmio tem duas prioridades neste momento: conquistar um título nacional e torcer (contribuir se for o caso) para a queda do rival.

Então, o time para o Gre-Nal deve ser força máxima. Independente do que acontecer hoje à noite.

Os dois objetivos correm paralelamente.

Para muitos gremistas, a imensa maioria, na verdade, se tiver que optar vai preferir a queda do Inter ao título da CB.

Afinal, um título nacional cedo ou tarde irá acontecer, já o rebaixamento colorado…

Não, isso não tem preço.

Que a direção esteja bem consciente disso.

 

 

O acerto de Renato e a secação frustrada

Diferente da maioria, penso que Renato Portaluppi – com aval da direção, ressalte-se – não agiu errado ao escalar um time inteiro de reservas para enfrentar o Santos.

Ficou escancarado que o objetivo é conquistar a Copa do Brasil. Queiram ou não, o Palmeiras vai mais desgastado para o confronto de quarta-feira. Não poupou titulares na rodada. O Grêmio vai com sua força máxima e agora sabendo que pode contar com alguns jogadores que quase não recebem oportunidade.

Então, ponto para Renato.

Noventa por cento da torcida gremista desprezam vaga para a Libertadores. Todos querem título. Então, a direção gremista colocou em segundo ou terceiro plano a vaga tão rejeitada pelos gremistas nas redes sociais.

Agora, os mesmos que desprezam a vaga estão irritados porque o clube optou por focar na CB – mas segue na briga pela vaga tão rejeitada por muitos. 

O pior que poderia acontecer na Vila Belmiro neste domingo seria uma goleada. Mas para quem levou recentemente 4 a 0 do glorioso Coritiba jogando com força máxima até isso é superável.

O melhor seria uma vitória. Que quase veio no lance iniciado por Bolanos e concluído muito bem por Éverton que, como disse Renato após o jogo, fez o certo, só faltou um pouco mais de força no toque sobre o goleiro.

Outro aspecto positivo: Éverton mostrou que está pronto de novo e Bolanos teve chance de ganhar mais ritmo de jogo.

No final das contas, o empate ficou de bom tamanho. O Santos mereceu vencer pelo número de situações criadas e volume de jogo, mas esbarrou numa defesa bem postada.

Aí, destaque para Thiery, um fenômeno. Destaque também para Bruno Grassi.

Ah, importante frisar que com o time titular o Grêmio raramente consegue pontuar na Vila Belmiro. Imaginem se entra com os titulares e perde do Santos, o que não seria nenhum absurdo. O moral do time cairia, e isso não é bom para quem tem um jogo decisivo dentro de três dias.

Portanto, examinando friamente, a decisão de Renato foi correta. Claro que é uma questão polêmica, mas eu fico com Renato nessa.

SEGUNDONA

A crítica mais feroz de muitos gremistas é por que não ter usado o mesmo time para enfrentar o Vitória, de modo a prejudicar o Inter em sua luta para escapar da segundona?

Realmente, poderia, mas as circunstâncias eram diferentes. 

Além do mais, Renato foi contratado para conquistar título, não para pensar em estratégia para rebaixar o Inter.

SEGUNDONA II

O Inter não vai cair. A vitória sobre o Flamengo afastou esse risco, na minha opinião, claro, porque ao escrever aqui expresso a minha opinião.

O Inter não vai cair muito mais pela incompetência de equipes como Figueirense, Coritiba, Vitória e Sport. 

Fora isso, tem um jogador que cairia perfeitamente no Grêmio: Vitinho.

Então, estou largando a secação.

É duro torcer para time enganador como esse Flamengo, que não entendo como pode estar disputando o título do Brasileirão.

O Flamengo é o repositório de sobras da dupla Gre-Nal: Pará, Rever, Alan Patrick e… Fernandinho. 

Além do mais, tem o Diego, de péssima atuação, quase ex-jogador, só toquezinho sem criatividade. 

Larguei.

Briga no Inter: a casa está caindo

Faz tempo que aparecem sinais de que o vestiário colorado está rachado. 

Mas não leio nem ouço alguém da imprensa falando sobre isso, como é feito, aliás, quando se trata do Grêmio.

Se um jogador espirra e ninguém diz ‘saúde’, pronto! Vestiário rachado. Mas isso no Grêmio.

No Inter, os jogadores estão se pegando faz tempo. Vazou um áudio de uma suposta briga. Teve aquela discussão entre Valdívia e Paulão durante um jogo, o que foi flagrado pela TV. Há outras histórias que apontam para uma crise das feias.

Tanto que a Swat Colorada está com dificuldade de controlar. Um pequeno grupo de bombeiros cansados contra incendiários com todo o gás.

Agora, essa briga entre Anderson e William, o guri do cotovelo assassino. 

Cena com direito a soco ao melhor estilo pugilista e sangue na boca. William até teve sorte de ser contido pelos companheiros.

Apanharia mais, porque Anderson é muito mais forte.

Então, será que agora vão assumir que o vestiário colorado rachou?

Aqui, pelo andar da carruagem, vejo que é mais que rachaduras, omitidas pelos especialistas no assunto.

Já há sinais claros de que é mais do que isso.

Os indicativos são de que a casa está caindo.

Grêmio vence com grande atuação

O Grêmio teve uma atuação tão boa, tão alentadora, que deixou a sensação que pode eliminar o Palmeiras e seguir rumo ao título do Copa do Brasil.

O que se viu foi um time objetivo, de jogo verticalizado e que não se envergonha de dar chutões quando necessário e de insistir em cruzar a bola para a área em vez de um toque-toque cansativo e sonolento. 

Zagueiro que é zagueiro não pode sentir vergonha de dar chutão.

Começa por aí essa nova defesa, uma defesa que tem se mostrado eficiente na bola aérea, pesadelo que contribuiu para afastar o time de objetivos maiores neste ano. 

O Atlético Paranaense, rival direto por vaga na G-6, escapou de uma goleada estrondosa. Mais uma vez houve imperícia nas conclusões, mas muito se deve ao goleiro Weverton. Ele falhou no gol, mas passou o jogo sendo muito exigido e evitando outros gols.

Quero destacar que o juiz deixou de dar dois pênaltis. O primeiro aos 40 minutos, quando Pedro Rocha (autor do gol da vitória) foi empurrado por trás pelo número 33 após cruzamento de Ramiro, que, aliás, fez outra grande partida. Pedro Rocha entrava com tudo para cabecear e fazer o gol.

O outro foi sobre Luan, no segundo tempo. O mesmo número 33 empurrou Luan junto à linha de fundo após ser driblado.

Vale registrar, ainda, que o Atlético praticamente não deu susto. Caiu lutando bravamente, mas sem dar trabalho ao goleiro Bruno Grassi.

Mais um mérito do técnico Renato Portaluppi, que alguns definem como não-técnico ou anti-técnico. São uns doutos do futebol, gente que gosta de técnico de fala rebuscada, expressões pós-modernas e que gosta de posar de estudioso de futebol. 

Renato simplifica. Não inventa, faz o básico, e mobiliza seus jogadores como poucos treinadores.

Por fim, resta a esperança de que todos esses gols perdidos estejam reservados para o clássico do dia 23.

Ah, importante frisar que o árbitro do Gre-Nal será de fora. Está aí algo a ser festejado por todos os gremistas.

FOLGA

Não poderia deixar passar em branco. A folga de Renato parece ter feito bem ao time. 

Como dizia o velho Luxa, folga também pode ser treino.

Desespero à beira do abismo da Segundona

Não me cobrem – ou comemorem, se for o caso – minha falta de maior presença aqui no Boteco.

Como disse certa vez o galinho de rinha argentino, abandonei a barca.

Minha expectativa em relação a possível queda do Inter é tão grande e profunda que perco a concentração e a motivação para escrever.

Estou quase em transe, mergulhado numa meditação que só irá terminar quando alguma coisa, para o bem ou para o mal, estiver definida.

Por vezes sinto-me um zumbi. ‘Só penso naquilo’, que vem a ser o rebaixamento vermelho.

Assunto para escrever não falta, principalmente sobre esse tema que tem sido tão caro para dez entre dez gremistas – alguns disfarçam, mas também estão focados apenas no rebaixamento, o maior título que os gremistas podem almejar neste 2016. Maior até que a Copa do Brasil, até porque esse título é quase inatingível diante das limitações do time e apesar da presença mágica de ‘São Portaluppi’.

Poderia escrever mil linhas a cada rodada só abordando o desespero dos colorados da imprensa Abaixo do Mampituba.

Mas por ter pertencido durante 30 anos à crônica esportiva gaúcha sinto-me desconfortável para dizer certas coisas.

Mas estou bem representado pelo cornetadorw e outros blogueiros, e também por muitos tuiteiros.

Eles dizem o que eu gostaria de dizer.

O fato é que a presença do Inter na zona de rebaixamento está perturbando demais os colorados.

Hoje, por exemplo, é só pau na arbitragem que marcou pênalti a favor do Botafogo – quero informar que passei a ver esse jogo de ontem dois minutos antes do pênalti. Sou, portanto, pé-quente.  

O pessoal esqueceu rapidamente o pênalti cavado por Valdívia e que foi amplamente comemorado pela imprensa gaudéria pilchada de vermelho da cabeça aos pés.

Não vou citar nomes, mas eles estão todos aí nos sites e nas páginas de jornal.

Todos fardados e enlouquecidos, à beira do abismo da segundona.

BRASILEIRÃO

Ah, para quem consegue tirar o foco de entrevero no Z-4, tem jogo do Grêmio na Arena.

Em disputa, uma vaga na Libertadores/2017.

É pouco para quem sonhava com o título, mas é o que a casa oferece.

Dor de dente, a sinceridade de Valdívia e o sucesso de Giuliano

O Valdívia admitiu que se jogou ao pressentir o choque com o zagueiro Lucas Claro, o que resultou no pênalti que deu à vitória ao Inter.

Aliás, a segunda vitória seguida. Está aí uma ideia para a pauta ufanista que envolve o Inter nesses tempos de mobilização total contra o rebaixamento. ‘Inter soma seis pontos em dois jogos.’

Quero aproveitar a iniciativa até certo ponto ingênua – os árbitros agora já sabem com quem estão lidando – do meia colorado para fazer uma revelação.

Confesso que até me envergonho de ter um sentimento tão baixo, mas lá vai:

sempre que vejo a TV dando um close em William penso imediatamente em Miller Bolanos.

É uma dupla inseparável na minha cabeça. Tipo Claudinho e Buchecha, queijo com goiabada, feijão com arroz, Pelé e Coutinho, Alcindo e Joãozinho, etc

Chego a desejar, por momentos, que ele, William, sofra uma lesão que o prejudique tanto quanto a cotovelada que ele desferiu no equatoriano.

Enquanto William consegue exercer sua profissão normalmente, Bolanos sofre sequelas da contusão causada pelo lateral colorado. Foi submetido dias atrás a outra cirurgia na mandíbula.

A cotovelada de William afetou o desempenho e a trajetória de Bolanos e, de quebra, contribuiu para reduzir as chances do Grêmio nas competições, em especial na Libertadores.

Então, é isso, também tenho as minhas pequenezas, também sou humano.

Realmente, ver William jogando feliz e Bolanos afastado dos campos, provoca em mim sentimentos negativos.

Mas isso também vai passar.

GIULIANO

O RW relatou em uma de suas 300 intervenções diárias em várias mídias que o técnico Tite elogiou muito Giuliano.

Ficou claro que Giuliano foi subaproveitado no Grêmio.

No Zenit, ele é o campeão em assistências e ainda não cansa de fazer gol. Na seleção, é destaque.

O técnico Roger Machado não teria visto as qualidades do meia? Duvido.

Roger optou por colocar Douglas como centro do time – conforme destacou o titular do blog cornetadorw.

Coube a Giuliano correr por ele e por Douglas.

Giuliano carregando o piano. Douglas, o pianista.

Aliás, esse tipo de coisa ajuda a explicar a derrocada gremista, que de postulante ao título brasileiro agora corre atrás de um sexto lugar.

DOR DE DENTE

Quando a gente está com uma dor de dente daquelas nada mais interessa.

O foco é a dor de dente. Somos um dente ambulante.

Confesso que a possibilidade de rebaixamento do Inter é a minha dor de dente.

Não consigo pensar em outra coisa.

Nem nas chances do Grêmio no Brasileirão ou na Copa do Brasil.

Até as revelações da Lava-Jato ficaram em segundo plano.

Eu só penso e respiro rebaixamento.

Não apenas eu. Todos os gremistas que conheço estão vivendo hoje em função dessa dor de dente, digo, desse rebaixamento.

Agora, depois da vitória sobre o Coritiba com gol de pênalti (que não existiu), no finalzinho, declaro que o Inter não cai.

Mas a ‘dor de dente’ continua. Enquanto há vida, há esperança.

 

Gremistas e colorados no divã

Gremistas e colorados em crise existencial. Todos no divã. ‘Quem sou eu? Serei azul, ou vermelho?’.

Os gremistas são divididos hoje em três grupos: os que torcem pelo clube incondicionalmente, seja contra quem for, independente de consequências; os que ficam indiferentes na hora do jogo contra um adversário colorado na corrida rumo ao fundo do poço (Vitória, Cruzeiro, etc); e os que simplesmente querem ver o próprio clube sendo derrotado por todos os times que tentam fugir do rebaixamento, prejudicando o Inter.

O terceiro tipo é, hoje, maioria entre os gremistas. Tem gremista que troca vaga na Libertadores pelo rebaixamento colorado. Eu diria que são 100% dos gremistas que pensam assim. Uma parcela, não tão expressiva, abdica até do título da Copa do Brasil se isso significar a queda colorada.

Boa parte dos gremistas quer que o time entregue o jogo para o Vitória, por exemplo. 

Já escrevi anteriormente que essa ‘entrega’ vai ocorrer ao natural, independente da vontade tricolor. Não existe chance de o Grêmio vencer o Vitória nesta quarta-feira. O Grêmio fora de casa é um saco de pancadas.

Então, caros colorados, aceitem que dói menos e ainda se poupem do constrangimento de torcer pelo maior rival. O Vitória vai somar pelo menos um ponto contra o Grêmio. O que é ruim também para o Grêmio, que busca vaga na Libertadores 2017.

Os colorados também estão em crise. A grande maioria torce, mas sem entusiasmo, para que o Grêmio os ajude a escapar da segundona.

O custo disso é que o Grêmio, vencendo esses jogos, acaba entrando no G-6, o que para os colorados é ofensa grave.

Alguns colorados da mídia já se deram conta disso. E estão dando pau na mudança da Libertadores, que prevê mais vagas. Eles defendem que as novas vagas sejam oferecidas somente a partir do próximo ano, não agora.

Claro, hoje o Inter não tem chance alguma de G-6. Seu problema é mais embaixo.

Eles esquecem um detalhe: para levar uma das vagas em 2017 será preciso estar na série A. A série B não disponibiliza vaga à Libertadores.

Mas os colorados, é evidente, acreditam que irão escapar.

Com as calças  – e fraldão – nas mãos, mas realmente acreditam.

Para isso, contrataram uma motivadora que promete transformar os jogadores em ‘gladiadores’.

O que faz o desespero…

Grêmio: campanha fora compromete planos e sonhos

Para quem chegou a disputar a liderança, o Grêmio se encaminha para um final melancólico no Brasileirão.

É até possível que leve na bagagem uma vaga na Libertadores/2017, mas eu desconfio que nem isso.

E não é por falta de esforço, de vontade. Escrevi no comentário anterior, o Grêmio vai ajudar o Inter a cair pra segunda divisão porque seu time decididamente faz campanha de rebaixamento em jogos fora da Arena. 

E quem faz campanha com aproveitamento de 25% fora de casa não tem condições sequer de entrar no G-4, nem no G-5.

Para reverter essa tendência medíocre o Grêmio terá de vencer o Vitória, em Salvador. Jogo duro.

Pelo retrospecto, o Grêmio volta da Bahia com zero ponto. Parte da torcida vai festejar, porque o Vitória irá se afastar ainda mais da gosmenta zona de rebaixamento, onde o Inter chafurda apesar da ‘goleada’ aplicada no Figueirense.

Contra o Cruzeiro, o Grêmio se repetiu. Até deu a impressão de que dessa vez seria diferente. Teve um começo forte, atrevido.

Criou duas ou três boas chances, uma delas desperdiçada por Luan.

Aliás, Luan deve ser o atacante que mais perde os chamados gols feitos neste campeonato. Luan joga muito, mas tem errado demais nas finalizações.

Se Luan, com todo seu talento, erra, como exigir que Pedro Rocha acerte?

O Grêmio tem um ataque ruim, essa é que é a verdade. Um ataque que só funciona mesmo é na Arena. 

Douglas, maestro do time, por exemplo só joga na Arena. Fora, é uma nulidade impressionante.

Já escrevi aqui: usar Douglas só nos jogos em casa. Não entendo como ninguém toma providência a esse respeito.

Exceção: jogos da Copa do Brasil, nos quais Douglas já mostrou que se transforma e se mostra muito útil.

Contra o Atlético PR em Curitiba ele foi muito bem. 

Eleição

Bem, o final de semana não foi de todo ruim: a chamada esquerda foi banida do segundo turno na disputa pela prefeitura em Porto Alegre.